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História The pianist - Nova vida


Escrita por: claraana_

Notas do Autor


Espero que gostem!

Capítulo 1 - Nova vida


Cheguei encharcada na porta principal do novo apartamento. Torci minha blusa antes de entrar. O zelador estava na entrada, e ajudou minha mãe a carregar as malas. Estava acontecendo uma tempestade lá fora, um dia horrível para viajar. O taxista largou nossas malas na entrada, contou o dinheiro que minha mãe havia dado, e arrancou com o carro. Nem agradeceu.

Logo que entrei, me encantei com a luminosidade que havia no saguão e nos corredores. Era realmente encantador. Tudo parecia muito bonito e conservado.

Quando cheguei à porta do apartamento, o zelador pegou a chave e abriu. Logo que entrei, ele acendeu a luz. Era muito grande. Tinha dois quartos e dois banheiros, uma cozinha enorme e uma sala maior ainda. Fiquei paralisada. Minha mãe olhou para mim e disse:

- Pelo jeito você gostou, não é?

- Adorei! É incrível!

- Que bom. Mas agora entre querida.

Entrei com algum esforço, e coloquei minha mala no sofá.

O zelador era muito simpático. O nome dele era Paul.

- Se precisarem de alguma coisa senhoritas, ficarei feliz em ajudar. Meu quarto é o último, lá em cima.

- Obrigada – respondeu minha mãe.

Enquanto ela arrumava as malas no guarda roupa, eu sentei no sofá, e fiquei admirando o apartamento. Deve ter custado muito caro.

Ah, é... Não posso começar uma história sem me apresentar. Meu nome é Rihanna, e eu tenho 15 anos. Agora eu estava na França! Na verdade, eu sou de São Paulo, no Brasil, mas minha mãe recebeu uma oferta de emprego aqui, e tivemos que nos mudar para cá. Ela ganhava um salário razoável, quer dizer, bom para nós. Mas creio que agora vai melhorar, tudo.

Estudei muito francês e inglês antes de vir para cá, mas eu arranhava ainda um pouco. Minha mãe falava fluentemente as duas línguas. Foi ela que me ensinou.

Para cá, eu trouxe meu único amigo: meu violino, já velho, pelo tempo que eu estava com ele. Comecei a estudar música clássica quando estava na quarta série. Nunca gostei de nada além disso. Fui criada com bons modos e blá, blá, blá... Mas eu não passava de uma garota, normal como as outras. Fui a concertos de Bach e Beethoven; eu gostava, mas não mudava nada para mim. No Brasil tinha aulas de latim duas vezes por semana (achavam que algum dia eu iria ao Vaticano), e não saía de casa, só para ir à escola. Uma vida sem aventuras, um tanto quanto monótona.

Falando em escola, me lembrei dos poucos amigos que deixei no Brasil, e da nova vida que terei que me adaptar. Uma lágrima escorreu no meu rosto. Minha mãe percebeu.

- Algum problema? – Ela perguntou.

- Não, mãe.

Peguei meu violino e fingi estar tocando. Mas mais lágrimas escorreram dos meus olhos.

- Filha, você está chorando...

- Já vai passar.

Minha mãe me encarou.

- Eu sei por que você está chorando. Mas, não se preocupe, você vai se adaptar, vai fazer novos amigos.

- Sei...

Fui até a janela da sala. Era grande, dava para ver Paris inteira, até a torre Eiffel, que estava iluminada. Embaixo do prédio tinha o Le Cafee, onde eu tinha tomado um café muito bom quando cheguei.

A chuva já estava passando, aos poucos. Olhei para baixo, era alto mesmo. Me arrependi de ter olhado. Minhas lágrimas foram sumindo, com o vento que batia em meu rosto.

Pensei em meu pai. Meus pais eram separados, e ele agora estava em Pittsburgh, muito longe dali. Ele sempre me ajudou muito, e dizia para eu nunca desistir. Ele comprou meu primeiro e único violino. Eles se separaram quando eu tinha 11 anos. Tudo isso afundava em meu subconsciente.

Minha mãe me tirou do transe me chamando da sala.

- Querida, acho melhor você descansar um pouco. Tem que estar preparada para amanhã.

- Preparada para amanhã? O que tem amanhã?

- Seu primeiro dia de aula na nova escola.

É mesmo... eu tinha esquecido completamente. Minha mãe não ia me deixar ficar burra.

- Tudo bem, mãe.

Comi uma maçã, escovei os dentes e fui me deitar. Amanhã o dia ia ser cansativo. Minha mãe ia para o trabalho às sete da manhã, e eu ia para a escola no mesmo horário. Amanhã seria outro dia. Novos amigos, nova escola, nova vida...

 


Notas Finais


E ae? Tá só começando...


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