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História The Plebeian - Capítulo Um


Escrita por: Gabrieli

Notas do Autor


Oiii amores!!
Primeiramente, não matem por estar postando mais uma história e não atualizar as outras!! Essa é uma história original minha tbm, eu marquei como categoria de A seleção porque eu me inspirei nela, mas nenhum personagem dela vai aparecer. Essa história é ORIGINAL MINHA. E ELA ESTÁ NO WATTPAD TBM COM A MESMA CAPA E MESMO TÍTULO.
BOA LEITURA!

Capítulo 1 - Capítulo Um


Fanfic / Fanfiction The Plebeian - Capítulo Um

____Corra! ____o cansaço embaçava minha visão, cambaleava com os pés aos tropeços decaia ao chão sem saber o que viria a seguir. A segunda rebelião em menos de 48 horas. ____Vamos Maria, eles chegam como a rapidez do vento.

            Minha mãe fazia um árduo sacrifício para me carregar junto dela, mais alguns metros e estaríamos dentro de casa. A madeira áspera na caixa da porta perfurava meus dedos e aquilo bastou para despertar meu cociente novamente.

            Assim que cruzei a porta minha mãe a fechou atrás de si, passando a chave na tranca.

____Por precaução teremos de fechar toda a casa, permaneceremos aqui até que a cidade acalme. ____ela corria pela casa executando suas próprias ordens. ____Desça e avise seu pai, eles devem estar trabalhando no porão.

            Não neguei sua ordem, enquanto atravessava a sala e ia em direção a uma parede secreta, entrei no vasto mundo de meus pensamentos. Revoltas como aquelas aconteciam seguidamente, mas nem todas as vezes vinham com tamanha força. Geralmente, algumas pessoas se reuniam para questionar os soldados e o comandante, inutilmente era a tentativa que tinham de que funcionasse. A monarquia já estava fornecendo demais a população, mas eles cobravam ordem e ao menos um pouco de respeito. Ninguém passava fome ou necessidades em relação a saúde, não precisava se pagar nada, cada um tinha sua profissão e mesmo assim sempre havia aqueles que não queriam se ajudar. Que faziam questão de serem ajudados. Mas estes, porém, eram ignorados pela realeza, a não ser que obedecessem às ordens.

            Ao menos duas vezes por semana, um comandante das tropas viria a cidade e cobraria a taxa de imposto do comércio da cidade. Se você tinha qualquer loja ou residência que vendia coisas, você tinha que pagar imposto. E para que não houvesse desvio de dinheiro, eram mandados pessoas do próprio palácio para determinar a tarefa. Se havia uma coisa admirável na monarquia, era que eles sempre foram unidos e confiavam suas vidas a de seus colegas de serviço. Normalmente, acreditasse que desde os tempos do governo ainda se tem os mesmos soldados da guerra. Talvez seja algum tipo de bruxaria, mas é o que comentam. Pois nunca se ouviu falar de pessoas da comunidade servindo a realeza. Existia outra coisa.

            No começo do ano, eram enviadas carruagens em algumas cidades, nas comunidades que haviam sobrado, pois a guerra devastou o pais inteiro e muita coisa se perdeu nela, como a limitação de tecnologia. Enfim, soldados acompanhavam milhares de carruagens, o chefe das tropas do rei selecionava algumas garotas e elas deveriam de ir ao palácio. Com sorte eram escolhidas por membros da realeza, como os soldados, chefes de guarda ou até mesmo o próprio rei.

            A mil anos atrás quando a guerra terminou, o autoritário senhor das tropas foi nomeado o primeiro rei depois do governo. Durante um tempo o povo se calou e juntou os cacos que havia sobrado de suas casas e de sua própria esperança. Duzentos anos depois, quando sua estrutura estava um tanto mais sólida o povo começou a pressionar a realeza. Ninguém nunca via quem eram seus soberanos, como o palácio tinha a forma ou o que poderiam esperar de melhor.

            Com isso, o rei cujo rosto era coberto por uma máscara, assim como de seus servos, decretou que as mais belas moças seriam mandadas para o palácio e uma rainha seria escolhida, assim como outras teriam a chance de se casar com o clero real. O pais se viu em tomada alegria, pois além de terem suas adoradas filhas na corte, eles ganhariam dinheiro para se manterem e estariam protegidos.

            Mas toda a história tem um, porém, não é mesmo. O lado ruim era que, nem todos queriam esposas, e algumas garotas se portavam de forma inadequadas e acabavam infligindo regras, o que acabava em sua morte. Não somente elas morreriam, mas sua família também. Aquele era o risco, poucas retornavam de lá. Era raro vê-las voltar e alguns de seus familiares evaporavam do nada.

            O rei se casou, teve um filho que até os dias de hoje encontrasse sentado em seu trono governando o pais por trás de uma máscara. Por trás de seu exército. Sem uma rainha.

            Para alguns era um sinal de luz e uma chance para colocarem alguém na monarquia novamente. Mas nem todos estavam contentes e era por isso que haviam rebeliões, pois eles sabiam que um lote enorme de garotas seria levado para o palácio, das quais nem vinte retornariam para casa.

____Pai, a rebelião começou. ____desci o último degrau e contemplei o novo projeto que eles tinham em mão. ____Ficou ótimo!

____Obrigado. ____meu irmão era o tipo que adorava elogios e os recebia com tal empolgação.

Abri um leve sorriso por ver que não estavam preocupados com o movimento da cidade.

____Você sabe que precisa se arrumar e depois que a confusão acabar, esperar pela carruagem. ____meu pai se aproximou e depositou um suave beijo em minha testa.

____Não vou ir, serei morta assim que chegar lá. ____disse em desaprovação. ____É impossível que eles mantenham tantas garotas em um só lugar. Mesmo que depois com a escolha da próxima rainha parem de acumular brinquedos.

____Você não entende, quem me dera ser uma garota e fazer parte daquele exército. ____meu irmão reclamou, parecia um tanto irritado. Realmente frustrado com a minha opinião.

____Não precisa ser uma garota, é só você se alistar e tentar convencê-los de que seria um bom soldado. ____disparei tentando mostrar o quão difícil era aquela situação. ____Não vou para o palácio e ponto final. Estamos muito bem aqui, sem eles.

____Querida. ____meu pai me puxou para a escadaria, sentando-se um degrau a baixo do meu. Ele pôs as mãos em meus joelhos e fixou seu olhar no meu.

____Você precisa ir. Tenho a certeza que irão gostar de você. Sabe, você não esteve aqui quando aconteceu, mas já tivemos uma moça de nossa família que foi ao palácio e retornou. ____ele tentava me acalmar. ____Sua descendente, foi selecionada para a dedo para a carruagem e no palácio acabou sendo convidada a ficar, outras garotas foram mortas, mas depois de um tempo os soldados retornaram com ela.

____Mas essa foi a história dela, não a minha. ____tentei retrucar fazendo uma carreta.

____Querida, eles tem os registros de nascimento, sabem que você existe e virão busca-la se não for até lá. ____ele pensou duas vezes antes de terminar. ____Se eles querem você, estarão aqui até o cair da noite e você não terá escapatória. Me prometa uma coisa.

Tentei fingir não ouvir a última parte, mas era em vão ele sabia que encarava seu rosto, mesmo assustada eu ainda conseguia ouvi-lo.

____Me prometa que se você tiver que ir, não fará besteira, seja você mesma. Seja obediente como é, nunca se dirija a eles se não lhe perguntarem algo. E sempre os trate com respeito, a qualquer custo não corra para salvar a vida dos outros se por ventura tenham feito algo de errado. Você precisa seguir a lei. _____ele me parecei mais sério do que o normal, mesmo estando em uma discussão ele parecia saber de algo e queria me proteger. Ele acreditava que eu fosse escolhida e sobreviveria, no entanto, eu duvidava da minha capacidade, mas estaria preparada.

____Eu prometo, pai. ____tentei soar séria da mesma forma. Só relaxei quando ele abriu um sorriso e subimos para a cozinha. O silêncio as vezes nos consumia, e não havia muito o que fazer a não ser ouvir a rebelião se dissipar aos poucos. Mexia com paciência na saia de meu vestido, tentando inutilmente tirar uma mancha de comida. O chá à tardinha era uma das coisas que eu mais adorava fazer, as conversas eram uma ótima forma de acelerar o tempo também.

            O som que veio a seguir ficou gravado eternamente em meu consciente, a chegada deles assustava mais do que qualquer coisa que eu já teria visto na vida. Mas mesmo com aquelas batidas rudes e secas na porta, meu pai a abriu com grande louvor. E depois daquilo, encarei dois pontos negros em meio a uma máscara branca e brilhante, eram como chamas prestes a derreter quem ousasse cruzar seu caminho.

____Viemos busca-la. ____ele apontou com a cabeça em minha direção.

Meu coração batia tão rapidamente que mal conseguia ouvir o que eles conversavam, queria saltar pela janela e decretar o fim da minha vida. Pois eles haviam me notado, e queriam que eu fosse. Senti todas as coisas ao mesmo tempo, raiva, rancor, angustia, medo, sofrimento e até arrependimento por não ter aproveitado meus últimos dias.

____Não fique assim, senhorita. Estará em total segurança no palácio. ____ele percebeu meu medo, acho que não conseguia disfarças minhas caretas. Na verdade, não conseguia ficar calma. Minha mãe apertou minha mão com força e senti em seu olhar alguma coisa que dizia: vá em frente, nós vamos ficar bem.

____Queria, ficará tudo bem. Estaremos a sua espera se retornar do palácio, assim como você estará a nossa espera se ficar lá. ____meu pai tinha o incrível dom de me fazer se sentir melhor. Não tinha como fugir, não tinha opção.

Minha mão ficou mais pesada depois que ficou livre, e percebi que minha mãe tinha me dado algo. Não quis olhar de imediato, pois se fosse algo confidencial ela provavelmente não queria que eles soubessem. A abracei com toda a força que tinha e não pude conter as lagrimas quando cai nos braços do meu pai. Meu irmão parecia fascinado com os soldados, mas eu estava morrendo de medo do comandante. Ele era o braço direito do rei, era quem tinha mais contato com e estava encarregado de nos levar para a morte ou a corte.

            Entrei na carruagem, seguida pelo homem que atormentaria pelo resto de minha vida os meus sonhos. Haviam mais três garotas confusas e amedrontadas, encolhidas cada uma em seu próprio mundo. Elas não falavam, se concentravam no chão aos seus pés e permaneciam assim pelo tempo que levaria a viajem. Tive sorte de conseguir uma das janelas, encarei uma só vez o comandante e fiquei impressionada por encontrar os olhos dele em mim. Desviei, arrependida de não ter feito o mesmo que as outras garotas. Estávamos indo em direção de nossa morte e nada poderia nos salvar.

Segurei ente os dedos o que minha mãe havia me dado, um simples colar com uma pedra escura como pingente. Aquele seria o meu pinguinho de esperança. Se eu não fosse morta logo de chegada, teria alguma chance. 


Notas Finais


Obrigada por lerem!!
BJINHOOOS


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