História The Power Of Chance' - Cap. 6

(...)

Ally como sempre, foi muito bem recebida. Um jantar muito agradável, cheio de recordações. Os pais de Lauren tinham Ally como uma filha do coração.
Após o jantar, Lauren convida Ally pra irem tomar um drink no “Buddha Bar” um lugar que tinha vontade de conhecer. Ally aceita o convite. Se despedem dos pais de Lauren, e seguem para o bar.
Assim que chegam, Ally está com os olhos brilhando ao ver que o local, era maravilhoso, o manobrista se aproxima do carro, elas descem, e ele segue para guardar o carro:
 
- Que lugar lindo, Lauren!
- Sim, pesquisei antes de sair de casa, um lugar para irmos, depois do jantar. Preciso respirar um ar diferente. E quando vi as fotos do ambiente, na hora vi, que era aqui que viríamos buscar esse “ar” . (risos) Vamos, estou louca pra beber algo, e sentar.
- Ah sim, estou tão encantada que até ficar aqui do lado de fora admirando já está bom (risos) vamos, quero beber também, o trabalho está me tirando a paz.
 
( Ally era médica residente no “Presbyterian Hospital Universidade de Columbia e Cornell” estava no seu último ano de residência, havia optado por se especializar em cardiologia. Muitas vezes se perguntava se havia sido feliz na escolha. Mas era muito competente, que até os professores à disputavam para que os acompanhassem, seja nos tratamentos ou até mesmo nas cirurgias. Fazia alguns trabalhos voluntários. )
 
Sentaram-se no balcão mesmo, o bartender logo veio atendê-las. Sem passar muito tempo elas estavam à vontade, a conversa estava leve, Lauren, sabia que era disso que ela precisava, um lugar agradável e sua amiga que sempre esteve com ela em todas situações.
Mas Ally, sabia que teria que interromper a conversa descontraída e tocar no assunto que estava deixando sua amiga desconfortável, à ponto de sentir necessidade de buscar um lugar diferente do que elas costumavam ir, para conseguir distrair.
 
- Olha eu estragando esse momento maravilhoso, para lhe perguntar o que está acontecendo.
 
Ally se vira para Lauren, com um olhar terno mas preocupado.
 
- Jurava que você ia deixar eu me divertir hoje, (risos) mas pelo visto sua preocupação sempre ganha.
Ally, acho que estou ficando louca, só para começar, lembra da minha paixão da cafeteria, e que depois me fez o favor, de bater na traseira do meu carro?! Naquele dia depois do nosso jantar, fui especular com o porteiro, se ele a conhecia, e adivinha?! Ele buscou nas imagens das câmeras de segurança do estacionamento e reconheceu Camila, e tem mais, ela é casada, e o pior, moram no 5º andar do meu prédio. Mas não é só isso, comecei a receber umas mensagens de texto, de um número que não conheço, tentei ligar mas a ligação não completa, e quando retorno a mensagem, recebo a mensagem anterior novamente, não exatamente igual, mas como o mesmo recado. Cheguei a pedir para um investigador, buscar informações, mas ele não encontrou nada, e disse que o número não existe em nenhuma área.
 
- Uau Lauren, isso está parecendo com o que aconteceu há 8 anos, exceto pelo fato das mensagens de número que não existe, mas eu não acredito que ela seja casada, não acredito que estamos prestes a viver tudo aquilo novamente.
- Ou, ou ou! Pare por aí, nada vai acontecer como antes, eu não vou permitir nada se repetir, confie em mim, a primeira vez foi uma lição e tanto, meus pesadelos ainda são frequentes, com toda aquela tragédia, que por mais que os psicólogos digam, que não poderia ter evitado, eu tenho minha parcela de culpa sim. E vivo com isso todos os dias. Mas dessa vez, dessa vez Ally, será tudo diferente, acredite em mim.
- Eu não queria lembrar isso, mas Lauren, você mesma disse que gosta dessa mulher sem mesmo nunca ter falado com ela pessoalmente fora o acidente. Isso não é bom.
- Mas eu falei com ela. Isso ainda não te contei. Graças a essas mensagens, essa manhã, recebo uma me falando para correr no parque. Eu não ia, mas quando saí para varanda, me veio uma vontade de correr perto das árvores, sentir o ar mais fresco, e então fui. Na primeira curva do circuito, com o volume do player alto o suficiente para me tirar toda tensão, de ficar pensando em Camila, acabo trombando em quem?! Na própria. O mais engraçado Ally, é que quando fomos nos cumprimentar, levamos um choque, que até estalou. Ela é realmente um raio de luz. E naquele momento foi mais raio que luz, porque doeu, (gargalhadas) mas o pior foi sentir que ela estava flertando comigo. Tentei não corresponder, mas foi inevitável.
- Ai amiga, isso não é bom. Nenhum pouco, está vendo, foi assim da primeira vez. Sei que você sofreu e ainda sofre, com o ocorrido, então lhe peço de coração. Afaste-se. Nem ao menos continue indo nessa cafeteria. E já que sabe que ela corre no parque, não vá mais lá também. Só você pode fazer isso. E estarei aqui, para te apoiar como sempre fizemos. E vamos sair desse assunto. Quanto mais falarmos disso, mais nos fará pensar, e quanto mais pensarmos, mais nos levará a querer fazer alguma coisa. Então...
 
Ally, dando um gole grande para terminar logo a cerveja, vira-se para o balcão novamente, decidindo pedir algo mais forte para ajudar a digerir tudo que foi dito, ela sabia que dali pra frente sua preocupação estaria voltada a Lauren, ela sabe que de alguma forma Lauren, vai precisar de apoio para superar algo que dessa vez nem aconteceu, sabia que isso faria com que  ela revivesse os piores momentos de sua vida.
 
- Me conte, como vai o escritório? E o lindo do Allan?
- O escritório está ótimo, estamos concorrendo à vários prêmios esse ano, e um deles é internacional.
 
Lauren diz com orgulho, voltando seu corpo para o balcão novamente, pedindo um energético.
 
- Já Allan, o dispensei hoje, não do trabalho, mas cortei qualquer esperança que ele pudesse ter, sei que não vai rolar nada, não com ele, nunca o vi, como um possível affair, é um ótimo advogado e muito profissional, então melhor tê-lo como tal, do que nada.
- Sim, você está certa, desde que falou, que ela tinha lhe convidado para sair, você já havia dito, que não aceitaria porque não tinha rolado nenhuma química. Está certa.
- E você Ally? Como está o último ano? E pra quem você está devendo um café, por ter aceito a reserva no “Village Vanguard” ?
- Ain, Lauren. É uma correria que não tem fim, amanhã mesmo os médicos residentes do último ano, terão que se submeter à um plantão, sem a supervisão dos médicos professores, e estou aqui, bebendo. (risos)
 
Lauren, dá um gole, quase engasgando, com o que Ally acaba de falar, e decide tirar o copo das mãos dela, e diz:
 
- Acabamos por hoje, prometo que se você for bem no seu plantão, no sábado, você nos leva onde quiser.
 
Ally, abre um sorriso de orelha à orelha:
 
- Você jura? Promete? Nossa Lauren, não brinca com isso!
- Claro, saio da bolha novamente no sábado, por você! (risos)
- Não fala assim, sinto que pesei pesado nas coisas que falei pra você mais cedo.
- Ally, não estou sendo sarcástica, e não brigaremos por isso, porque sei que no fundo você está certa. Então deixa isso pra lá. E pense num lugar bom para nos levar, e caso queira convidar mais gente, estou disponível, mas por favor, que sejam pessoas interessantes. (risos)
- Como se eu fosse de ficar perto de gente chata e vazia. Verei se Normani e Dinah, topam ir com a gente. Mas aviso desde agora, nada de flertar com a Normani, Dinah não assume, mas sei que elas têm algo. Então para evitar qualquer conflito, fique na sua.
- E por que, você acha que flertaria com essa Normani?!
- Quando você a vir, você me responde! (risos)
 

Ally pede uma coca com gelo e limão, e Lauren pede mais uma dose de vodka. Assim que terminam suas bebidas, decidem ir embora. Lauren deixa sua amiga em casa, e segue para seu apartamento.

(...)