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História The present-Imagine Jungkook (em revisão) - Busan


Escrita por: Bia_KookPark

Notas do Autor


Oii,
Tô de volta!
Esse capítulo foi mais difícil de escrever porque eu tive que incorporar outra personagem.
Pra quem não sabe a Sun-Hi "existe". A personalidade dela é inspirada em uma amiga minha, então tive que juntar a amiga com uma coreana e saiu a Sun-Hi!
Mas sem enrolação, espero que gostem!
Boa leitura <3
LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!

Capítulo 15 - Busan


Fanfic / Fanfiction The present-Imagine Jungkook (em revisão) - Busan

                                                                   [Pov Sun-Hi On]
    Acordei com a vibração do meu celular sob o travesseiro. Tirei ele e desliguei o alarme vendo (S/N) se remexer mas não acordar. Levantei sonolenta e fui para o banheiro me arrumar. Olhei-me no espelho e passei as mãos em minhas madeixas recém tingidas. Respirei fundo ligando o chuveiro. Hoje era o dia.
    Depois do banho vesti uma calça jeans preta alta e um cropped de mangas longas também preto. Calcei uma bota preta de salto e fiz minha maquiagem. Pó, blush, rímel e gloss eram suficientes. Peguei uma bolsa azul escuro, meu celular, a mala que havia preparado na noite anterior e fui para a porta abrindo a mesma lentamente.
    -Já vai?- (S/N) perguntou me assustando.
    -Já- Respondi baixo vendo ela coçar os olhos e deitar a cabeça novamente.
    -Ok- Bocejou- Vá com Deus.
    -Fique com ele- Respondi e respirando fundo saí do quarto.
    As outras ainda dormiam e eu não pretendia acorda-las. Comeria mais tarde a caminho de Busan. Deixei um bilhete avisando que já tinha saído caso (S/N) não se lembrasse.
                                            "Já parti para Busan caso não me encontre.
                                             Volto na quinta, fiquem bem!- Sun-Hi"

    Desci para o hall e quando estava saindo do prédio encontrei com Namjoon e Hoseok, ótimo.
    -Tudo bem, Sun-Hi-ssi?- Namjoon perguntou franzindo o cenho ao ver minha mala.
    -Tudo- Sorri falso- Só vou fazer uma visita pra minha tia em Busan- Apertei a alça da bolsa esperando que eles se tocassem. 
    -Ah- Hoseok sorriu- Boa viagem!
    -Gomawoyo, sunbaes- Sorri e desviando-me deles segui para a portaria onde um táxi já me esperava.
    Não é por maldade, nem porque não gosto deles. Eu gosto e geralmente agiria educada e fofa como sempre. Mas hoje não é um bom dia.
                                                                      ***
    A viagem de metrô duraria um pouco mais de duas horas. Tempo suficiente para pensar nas palavras que diria e os caminhos que usaria para não me reconhecerem. Temo que pintar o cabelo não tenha sido suficiente. 
    Sentei-me em meu acento, que era ao lado de uma mulher com duas criança que não calavam a boca ótimo duas vezes. Coloquei os fones de ouvido e os óculos escuros. Encostando a cabeça na janela comecei a comer os salgadinhos que tinha comprado na estação.
    Estava quase adormecendo quando senti alguém tirar um dos fones. Levantei a cabeça e deparei-me com um par de olhos pequenos e brilhantes me encarando. Ergui os óculos e encarei a criança depois olhando para sua omma que estava ocupada arrumando o cabelo da outra criança.
    -Seu cabelo é bonito- Disse o garotinho que parecia ter no máximo 9 anos.
    -Gomawoyo- Sorri sem mostrar os dentes e puxei o fone da mão da criança colocando-o novamente e escorando-me no vidro.
    -Omma!- Gritou fazendo-me fechar os olhos- Por que a senhora não pinta o cabelo da Noona assim?- Apontou seu dedo em minha direção e pude sentir o olhar da mulher sobre mim.
    -Sua irmã é muito nova pra pintar o cabelo- Respondeu com uma voz meiga que me fez lembrar a minha quando pedia algo para meu appa.
    -Ela é mais velha que eu- O garotinho continuou- E desse jeito é legal- Sorriu fazendo seus olhos sumirem.
    -Deixe a moça quieta e sente-se em seu lugar- Ordenou- Já falei que não é bom ficar em pé dentro de um trem- Advertiu.
    -Tá- Resmungou fechando a cara.
   -Não se preocupe- A garotinha de cabelos escuros abraçou o irmão- Quando for mais velha meu cabelo vai ser daquela cor- Eles olharam para mim e depois riram cúmplices. 
    Observei aquela cena tão familiar e descendo o óculos revirei os olhos. Inocentes.
                                                                                 ***
    O resto do trajeto foi calmo, as crianças não falaram mais. Saí do trem e chamei um táxi para me levar até a casa da minha tia. Chegando lá bati na porta e a mulher animada de sempre veio me atender.
    -Sun-Hi-ssi!- Abraçou-me forte- Como vai?
    -Vou bem- Sorri- E a senhora?
    -Melhor impossível- Tomou a mala de minhas mãos e a levou para dentro- Seus primos estão viajando. Por que não avisou que vinha? Eu mandaria eles esperarem- Sentou-se no sofá depois de levar a mala para um quarto.
    -Não queria incomodar- Sentei-me ao seu lado e sorri- Vou ficar por pouco tempo- Suspirei e desviei o olhar- A senhora deve saber o que aconteceu de novo?
    -Claro- Assentiu parecendo triste- Não sei por que você se sacrifica tanto- Passou a mão em meus cabelos.
    -Não depende só de mim- Sorri fraco- Trouxe os temperos de Seul que a senhora tanto gosta- Mudei de assunto levantando-me- Estão na mala.
    -Ótimo- Levantou-se também- Você já almoçou?- Neguei- Então vou fazer um almoço de reis- Ergueu a mão e foi para a cozinha.
    -Onde tá meu tio?- Perguntei olhando os corredores vazios.
    -Trabalhando- Bufou- Não sei como as mãos dele não caem de tanto trabalhar- Sorri- Ah! Falando em trabalho, sua omma me contou que você conseguiu um trabalho!- Colocou o rosto para fora da cozinha e sorriu.
    -Sim- Assenti e fui para a cozinha sentando-me em uma das cadeiras da mesa.
    -E como é?- Perguntou enquanto pegava algumas panelas.
    -É legal- Dei de ombros- Tô bem lá.
    -E já tem algum pretendente?- Sorriu de lado fazendo-me corar.
    -Tia!- Exclamei- Eu tô lá pra trabalhar!
    -Eu sei- Deu de ombros- Mas nada impede de existirem casos. Eu e sua omma tivemos vários- Deu um sorriso pensativa.
    -Não preciso saber disso- Tampei os ouvidos- Não tenho interesse nos seus casos muito menos nos da minha omma!
    -Aish!- Jogou uma batata em meu rosto- Vai lavar batatas então- Resmungou e eu ri. Por um lado era bom voltar para Busan.
                                                                                 ***
    Depois do almoço eu saí para resolver os assuntos que haviam me trazido de volta. Parei em um dos grandes mercados da cidade e comprei uma grande porção de frango frito. Até o cheiro daquilo me enojava. 
    Coloquei novamente os óculos e voltei para o táxi ali era um lugar muito fácil de ser reconhecida. Passei o endereço para o motorista e apertando o pacote em minhas mãos amaldiçoei novamente aquele infeliz.
    Antes de entrar paguei o motorista e passei pela revista de sempre. Caminhei até a mulher que estava atrás de uma mesa cheia de papeis e um computador.
    -Visita para Wang Sung- Tirei o óculos e apoiei a mão na mesa.
    -Pode ir- Ela falou sem ao menos me olhar e continuou mastigando seu chiclete como uma vaca mastiga capim.
    -Preciso revistar sua bolsa e o pacote- O guarda impediu minha passagem.
    -Como quiser- Entreguei tudo a ele e escorei-me na parede esperando aquilo tudo acabar.
    -Pode ir- Entregou-me minhas coisas- Ele está a sua espera- Abriu a porta da sala de visitas e eu entrei.
    -Quanto tempo, irmãzinha- Sorriu sínico.
    -Você não cansa, né?- Empurrei-lhe o pacote sobre a mesa.
    -Meu prato favorito- Riu e levantou as mãos para abrir o pacote deixando expostas as ataduras em seus pulsos- Você nunca esquece.
    -Como eu poderia esquecer- Sussurrei para mim mesma- Isso fede como você- Rosnei cruzando os braços sobre o peito.
    -Engraçadinha- Sorriu falso e indicou a cadeira em sua frente- Pintou o cabelo para ninguém te reconhecer?- Riu- Da ultima vez que esteve aqui estava loira.
    -Se você tentasse parar de se matar eu não teria que voltar aqui- Disse fria sentando-me em sua frente- Até quando vai durar isso?- Apoiei as mãos na mesa e debrucei-me sobre elas- Sabe que a saúde da nossa omma não é tão boa assim, mas você continua testando ela.
    -Como se você importasse- Riu soprado- Nem me chama mais de "Oppa" como fazia quando éramos crianças- Zombou.
    -Naquela época você não era um assassino e não tenho respeito por você- Encarei-o com o olhar gélido mas ele não pareceu ter reação- Tem razão- Escorei-me na cadeira e desviei o olhar agora reparando na sala cinzenta- Não me importo com você. Mas me importo com nossa omma e ela se importa com você- Olhei-o novamente- Então pare de tentar suicídio- Ameacei.
    -Ou o que?- Arqueou uma sobrancelha- Vai colocar veneno no próximo frango?!- Sorriu enquanto colocava mais um pedaço na boca.
    -Você não sabe do que sou capaz- Tentei parecer confiante.

    -Claro que sei- Empurrou o frango para o lado e debruçou-se sobre a mesa ficando a centímetros de mim- Sun-Hi-ssi- Chamou-me com a voz brincalhona- Você tenta parecer durona mas não passa de uma garotinha medrosa- Falou com a voz ríspida e o olhar tão cortante como lamina- Tem medo de não conseguir ser a garota perfeita que nossos pais sonham. De não conseguir proteger todos ao seu redor. De acabar como eu- Voltou para seu lugar com um sorriso de lado- No final você é tão desprezível quanto eu.
    -Chega!- Levantei-me sentindo um nó se formar em minha garganta- Quer saber, Sung-ah?!- Olhei-o com toda a raiva que sentia- Dane-se você! Da próxima vez não corte os pulsos tão levemente. Tenha certeza que as laminas tenham atravessado tudo!- Saí daquela sala com falta de ar.
    -Também te amo!- Pude ouvir ele gritar antes que eu saísse da delegacia.
    Parei na entrada e escorando-me na parede deixei as lágrimas escorrerem. Idiota! Idiota! Idiota! Ele era um idiota eu era uma idiota! Como ainda venho aqui? Sempre é a mesma coisa! Por que ele apenas não acaba com isso de uma vez?! Talvez goste de ver a própria omma sofrendo toda vez que recebe uma ligação dizendo que ele tentou mais uma vez. 
    Três anos preso e 5 tentativas de suicídio. O que ele está esperando? Quer ver o meu orgulho ser pisoteado todas as vezes que meu appa me liga pedindo para vir vê-lo?! Se não fosse pela mulher que nos deu a luz eu nunca viria vê-lo, não faria falta na minha vida.
    Respirei fundo e enxuguei as lágrimas colocando novamente o óculos. Estava feito, eu falei com ele. Comecei a caminhar a procura de um táxi mas parei assim que ouvi aquela voz tão familiar.
    -Sun-Hi-ssi?!- Virei-me vendo uma senhora atravessar a rua e vir até mim- Sim, é você mesma- Ergueu meu óculos encarando-me- Veio ver o traste do seu irmão?! 
    -Como vai senhora, Song?- Tentei parecer gentil.
    -Estaria melhor se não tivesse me encontrado com você- Esbravejou e largou meu óculos deixando-o cair no chão- Como ainda tem coragem de pisar aqui?
    -Não fui eu que causei o acidente- Respondi- Não é culpa minha.
    -Claro que não- Sorriu falso- É culpa de alguém que tem o mesmo sangue que o seu- Segurou-me pelo braço e apertou o mesmo assustando-me- Se não fosse pelo seu irmão eu teria meu filho, minha nora e meus netos aqui comigo!- Apertou-me mais e eu podia ver pelo canto dos olhos que começávamos a ter plateia.
    -Sinto muito- Sussurrei abaixando a cabeça.
    -Claro que sente- Disse com desdém- Mas não vai ser um pedido de desculpas ou uma cor nova de cabelo que vai me fazer perdoar vocês- Soltou-me bruscamente fazendo-me sentir a ardência por causa do aperto.
    -Claro- Concordei levantando a cabeça e olhando a mulher com quase todos os cabelos brancos- Mas a senhora não pode culpar a mim nem aos meus pais pela imprudência de Sung.
    -Garotinha insolente- Seus olhos estavam cheios de raiva mas consegui enxergar apenas o chão depois do tapa que ela deu em meu rosto fazendo-me cair- Todos vocês merecem morrer!- Esbravejou e foi embora pisando duro.
    Sentei-me na rua sentindo o gosto metálico em minha boca. Coloquei a mão sobre o pequeno corte em minha boca que seu anel havia feito. Peguei o óculos e levantei-me como se nada tivesse acontecido. Caminhei até uma das praias de Busan e sem me importar com o salto ou a roupa apenas sentei-me ali. Observando o mar e o sol deixei as lágrimas silenciosas escorrerem.
    Se não fosse aquele maldito acidente meu irmão não estaria preso, não teria se tornado um louco. Se não fosse o acidente não teríamos que ter nos mudado. Se não fosse o acidente não receberíamos tanto ódio.
    Eu não teria que ver minha omma chorando por ver nossa casa ser atingida por comida estragada ou ver meu appa receber um "não" quando ia fazer compras. Não teria que mentir pelo verdadeiro motivo de ter me mudado para Seul.
    Tudo por causa de algumas garrafas de soju, dois carros e um sinal vermelho. Meu irmão tinha saído escondido com o carro dos nossos pais para uma festa com os amigos da faculdade, naquela época ele já não era mais o mesmo. Quando estava voltando, totalmente bêbado, ele avançou no sinal vermelho e acabou colidindo com outro carro. Nesse carro estavam o único filho da senhora Song e a família dele, todos morreram. Disserem que foi um milagre Sung ter sobrevivido, mas para mim não passa de um castigo. Seria bem mais fácil se ele tivesse morrido naquele acidente junto com todos os outros.
    Respirei fundo e bati a mão no peito. Eu vou ficar bem. Eu preciso ficar bem!
                                                                    [Pov Sun-Hi Off]

    


Notas Finais


Acho que não era isso que vocês esperavam, né?! kkkkk
Se vocês lembrarem Sun-Hi disse bem no começo da fic que não gostava de acidentes. Esse é o motivo ;)
Enfim... Espero que o capítulo tenha agradado vocês!
ALGO IMPORTANTE AGORA:
Vou viajar amanhã e talvez só volto na quarta que vem. "Talvez" posso voltar ainda mais tarde.
Conclusão: não vai ter como postar sábado (T-T), pois não tem como escrever muito menos postar.
Peço desculpas e prometo que assim que der eu posto o capítulo de sábado e o de quarta!
Mas vai ser bom porque eu vou poder organizar minhas ideias soltas e trazer ótimos capítulos pra vocês!
Espero que tenham gostado! S2
Ps: tá chegando a hora!!!


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