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História The Pretty Boy - Livro 2 - Doce Redenção - A verdade


Escrita por: TentenS2Love

Capítulo 10 - A verdade


MALUMA

Pai de gêmeos.

Gêmeos.

Gêmeos.

_Maluma – ouço a voz de Amanda batucando em minha cabeça, minha visão começa a clarear-se focando e desfocando o rosto da médica que a atendia.

Um pouco confuso, pisco meus olhos e endireito a postura. Aproximo-me da cama em que Amanda está deitada com a barriga coberta por um gel transparente e a ansiedade de colocar minha mão em seu ventre e sentir que o bebê era real – bebês, corrige meu cérebro – foi tão forte que parei abruptamente antes de meu corpo chegar a trombar na cama. Seu rosto está extremamente preocupado, deixando suas linhas de expressão um pouco mais acentuada.

_Esse é o pai? – pergunta a médica olhando para Amanda e ignorando-me completamente – Se você não o quiser aqui, posso coloca-lo para fora.

E como ela pretendia fazer isso?

Sinto um pequeno sorriso irônico surgindo em meu rosto, abro minha boca ligeiramente para respondê-la mas Amanda é mais rápida que eu.

_Não faz diferença, ele pode ficar.

Volto meus olhos para Amanda, mas ela já está encarando a pequena telinha onde uma massa negra está movendo-se. O som de um coração duplo ressoa em toda a sala fazendo-me tremer.

_Isso é o bebê? – pergunto levemente sentindo um grande bolo em minha garganta.

Minha voz quase inaudível surpreendeu a mim mesmo e mas ainda a médica. A sim! Aquela mulher parecia que tinha me pegado para cristo e não iria deixar com que eu me sentisse bem vindo. O que Amanda tinha dito a ela?

_Um jacaré no petróleo que não vai ser, não é mesmo? – riu-se a médica. Suavizando sua voz ela fala carinhosamente com Amanda – Veja essa aqui é a menina e este o menino, eles praticamente estão em um abraço. Não há muito espaço para eles se mexerem então os próximos meses você pode sentir muita dor nas costas, lembro-me quando estava no nono mês e pensava que iria mixar meus órgãos para fora.

_Você têm certeza que são gêmeos? – escuto Amanda dizer preocupada.

_Não há nenhum problema se for gêmeos – garanto a ela, eu tinha total condição de cuidar da minha família.

_Não sou sua família – diz-me ela irritada, colocando a mão sobre sua barriga e limpando o gel que a médica tinha passado. Ao parecer eu tinha falado em voz alta.

_Já acabou? – indago ao ver a médica desligando o aparelho.

Sem a resposta de nenhuma das duas mulheres, vejo-me obrigado a seguir Amanda para a cadeira do consultório, onde a médica basicamente esfregou em meu nariz que eu deveria para de importunar Amanda, que o estresse faz mal ao bebê e que Amanda está apresentando um quadro de pressão arterial alta, o que é perigoso para a gestação.

_Mais alguma recomendação? – questiono quando Amanda abraça a médica despedindo-se.

_Não para você – sorri a médica fechando a porta do consultório em minha cara.

Amanda vira-se para mim e tenta não uma, mas quatro vezes, dizer-me alguma coisa antes de dar-me as costas e caminhar rápido para longe. Para uma grávida a mulher sabia caminhar rapidamente com precisão de uma fugitiva qualificada.

_Precisamos conversar – começo ao acompanhar seus passos.

_Não quero conversar com você – diz ela ao acenar para Bryan, que me olha feio.

Eles tinham o que? Feito amizade nesse meio tempo que ela estava sozinha?

_Então nesse tempo que você resolveu ficar longe da minha vista – discuto ao desviar da porta de vidro que Amanda abriu para fechar-se em minha cara também – Você estava com Bryan?

Amanda para inusitadamente e vira-se fazendo-me dar uma parada brusca. _Primeiro – conta ela em seus dedos – Não te devo satisfação do que faço ou deixo de fazer com a minha vida. Segundo, você mesmo contratou Bryan para ser meu segurança, então adivinha! E Terceiro – pausa – Bem, não tenho o terceiro, mas quando eu tiver quem sabe não te aviso.

Amanda volta a andar deixando-me puto da vida, eu queria muito socar alguma coisa nesse instante. _Onde você pensa que está indo? – pergunto ao encarar o rosto de Bryan aproximando-se.

_Branquinha – ouço-o dizer. Mas que porra estava acontecendo com aqueles dois? Que intimidade era aquela?– Algum problema aqui? Está pronta para ir embora?

_Sim – responde ela, ao mesmo tempo em que falo – Não.

_Bryan – Brean aproxima-se de seu irmão, tanto cauteloso quanto protetor.

Bryan e Brean estão um pouco machucados mas nada do que eu não estou acostumado, pergunto-me se Amanda presenciou a cena e basta um olhar para ambos e para ela, que percebo que sim. Fecho meus olhos e tento respirar pela boca, minhas mãos fecham-se em punho  enquanto tento memorizar as palavras da médica  “sem estresse, grávida com pressão alta, gêmeos”. Quando abro meus olhos, três pares de olhos me encaram com expectativas diferentes, tento ao máximo transformar minha cara em um sorriso forçado enquanto aproximo-me de Bryan.

_Você está dispensado.

_Amanda precisa de proteção – diz Bryan irritado.

_E seu irmão fará seu ex trabalho agora, estou mandando você para a Bolívia, á alguns assuntos a serem resolvidos – respondo e vejo Bryan começar a responder-me, mas Brean põe uma mão em seu ombro e este sai furioso em direção a seu carro.

_Você não manda em minha vida Maluma – começa Amanda enquanto a arrasto em direção ao carro – Você é o pai do bebê e poderá participar da vida deles...

_Eu não vou participar da vida deles Amanda – praticamente rosno as palavras – Eles farão parte integral da minha vida porra!

_Eu não sou obrigada a viver com você! – grita ela batendo em meu peito com os punhos.

Encosto Amanda na porta do carro, prendendo seu quadril com o meu. Minhas mãos circulam seu corpo impedindo-a de sair.

_Deixe-me sair Maluma – ouço-a gritar.

_Você vai ficar na minha vista – rujo – Isso não se trata de você querer ou não ficar próxima a mim. Estou cuidando dos meus filhos.

_Não vejo como isso...

_Vocês estão sendo ameaçados de morte – chuto minha roda e a deixo com a boca aberta frente minhas palavras – Eu não vou perder os bebês porque você me odeia Amanda. Você vai por sua bunda nesse carro e estou te levando pra casa, enquanto a ameaça não for contida você está ficando lá!

Encaro Amanda perplexa, seus olhos se enchem de lágrimas e a porta do carro se fecha fortemente. Fico uns minutos fora caminhando de um lado para o outro e quando decido-me por entrar no carro as palavras de Amanda cavam algo em mim que nunca senti antes.

Medo.

_Eu tenho medo de você Maluma – ouço-a dizer chorando – Como você pode deixar meus bebês entrarem nesse seu mundo sujo. Se alguma coisa acontecer com eles eu nunca vou perdoar você.

_Nem eu Amanda, nem eu. 



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