História The Price of Fame - The night is ours

As dificuldades eram muitas mas a felicidade se fez presente em muitos momentos da minha infância e início da adolescência, comer a comida da minha avó ou até mesmo cantar pra minha mãe, assistir aos jogos com meu avô, jogar basquetebol com os velhos amigos.  

Sinto falta desse Justin, ele se foi a muito tempo e pra todos os efeitos sem volta, isso até  a Charlotte entrar na minha vida e mudar todas minhas certezas emocionais, baseando-se nisso minha força de vontade e determinação só tem um objetivo agora, dar um passo de cada vez atrás desse sentimento que me faz tão bem.    

...  Se despedir foi mais difícil do que eu pensava, com uma sensação de paz e euforia voltei pra casa cantarolando Ed Sheeran.

 

Acordei na manhã seguinte ainda meio perdido com tudo que aconteceu noite passada, abrindo os olhos devagar estiquei o  braço pra pegar o celular,  quase sem bateria e com muitas chamadas perdidas em sua maioria de Scoot. se espreguiçando devagar me sentei apoiando a coluna na cabeceira, ainda meio sonolento não havia reparado nas horas, 15:30.   

Atrasado me levantei com pressa indo direto pra debaixo do chuveiro, aproveitando para escovar os dentes ainda no banho evitando perca de tempo, como na maioria das vezes peguei a primeira roupa que vi, terminei de se arrumar uns 10 minutos depois, peguei o celular e sai correndo do quarto.   

Por pouco não tropeço e desço rolando escada abaixo ao  notar Scooter parado ao pé da escada de braços cruzados com uma expressão nada agradável.   

— A reunião era 13H, sabe quanto tempo perdi te esperando ? –   

— Desculpa,  perdi a noção das horas e dormi demais. – sorri sem graça me sentando no sofá.   

— Justin ... precisámos conversar, você desapareceu ontem à noite quando era pra estar na festa da Richie. – bufou alto enquanto andava de um lado pro outro.   

— Eu fui à festa só não fiquei por muito tempo. – dei os ombros desbloqueando o celular.   

— Não sei  o que aconteceu e nem quero saber , apenas ligue pra Sofia e se desculpe, convida ela pra sair, sei lá. –   

— Tá maluco Scoot ? Não tenho por que me desculpar com aquela patricinha mimada. –   

— Lionel me ligou hoje cedo enquanto eu tomava café da manhã, tive de ouvir por uma hora reclamações de um dos meus grandes ídolos graças a você. – aumentou o tom de voz.   

— Ahah, o que ? Me explica direto por que ainda não consegui entender, o que você ou o pai dela tem haver com isso ? – franzi a testa jogando o celular de lado.   

— Sua presença foi confirmada, pra todos os efeitos vocês são um casal, as pessoas esperavam ver você ao lado dela, isso não pode acontecer de novo Justin. –   

— Pelo menos em algo  concordamos, não vai acontecer de novo até por que  nunca fomos um casal e definitivamente não existe nenhuma chance de ficarmos juntos outra vez. – falei sério, porém Scoot mantinha o sorriso debochado no rosto.   

— Entendo sua irritação, as mulheres podem ser difíceis mas vocês dois vão se acertar. – me deu um tapinha no ombro, só pode ser piada.   

— Vou fingir que não ouvi o que você disse – sorri irônico  

— Não estou brincando. – arqueou as sobrancelhas.   

— Era só isso que queria falar comigo ? – me levantei do sofá irritado.   

— Marquei uma reunião, é o tempo de se acalmar .... você só tem a ganhar. –   

— Não tenho mais 16, 17 anos e não vou fazer contrato, não sei como essa ideia passou pela sua cabeça. –   

— Eu sei de tudo isso mas essa é uma exceção, você sabe o que o sobrenome Richie representa pra música, é uma grande oportunidade. -    

— Ok .... – respirei fundo colocando as mãos na cintura. — Quanto tá ganhando com isso ? –   

— Isso é uma ofensa pra mim, inacreditável. – arregalou os olhos se fazendo de desentendido.  

— Exatamente .... – sorri fraco — Foi assim que me senti com essa proposta no mínimo bizarra, reflita sobre isso Scoot, é realmente inacreditável. – dei os ombros indo pra cozinha.   

Faminto ataquei a geladeira, suco, sanduíches, cookies, frutas e café, estufado olhei no relógio, 16H30, como sempre subi correndo escovar os dentes, pesquisei o endereço da tal agência no Bing e chamei os seguranças.   

......  

Distraído no celular não cheguei a prestar atenção no percurso e quando notei já havia chegado, não foi muito difícil acha-la já que a mesma conversava na calçada com quatro garotas e um rapaz, notando a atenção deles no carro baixei o vidro, ouvi alguns gritos histéricos das amigas de Charlotte que fazia cara de paisagem sem disfarçar, vestindo roupa social inteira preta, cabelo preso, salto e com óculos de grau ela estava muito sexy, linda como sempre.  

Percebendo a agitação se formar ao redor.  coloquei os óculos escuros e  subi o vidro, vi ela se despedindo das amigas que não paravam de fazer perguntas, ao se despedir do tal cara ele a abraçou de um jeito muito liberto, só sei que não gostei.   

— Hey ... – sorriu sem graça entrando com agilidade. — Tudo bem ? – franziu a testa me encarando.  

— Tudo bem e você ? – impulsivo  lhe roubei um beijo antes que ela pudesse responder.   

— Hmm – grunhiu afastando nossos lábios. — aconteceu alguma coisa pra você vir até aqui ? – arqueou a sobrancelha desconfiada.   

— Não, por que ? – franzi a testa.   

— Eu sei lá sinto que você não tá normal, não me parece bem, eu fiz algo errado, é isso ? –   

— Não Char você não faz nada errado, tá tudo bem  comigo, é impressão sua. – jogando o cabelo pro lado ela se acomodou no banco tombando a cabeça no meu ombro.   

— Justin – sussurrou.   

— Oi –   

— Por que você tá tão pra baixo ?-   

— Você não vai desistir,  vai ? –   

— Não. – ergueu a cabeça cruzando os braços e me encarando.  

— Com esse biquinho que você faz quando me coloca contra parede só me dá vontade de te morder. –   

— Não muda de assunto – fechou a boca segurando o riso.   

— Tá .... – bufei revirando os olhos. — Não é grande coisa, só que .... um pouco antes de vir te buscar tive um desentendimento idiota com Scooter. – cocei a testa desviando o olhar.   

— Do tipo ? – pigarrou.   

— Isso não é importante, dormi demais e perdi hora, ele já estava irritado e ... podemos mudar de assunto ? – não sei o motivo mas não me sinto seguro em contar o que Scooter me propôs, não posso arriscar com a Charlotte.   

— Tudo bem, se você se sente melhor assim – sorriu arfando baixo.   

— Agora me diz, como foi seu dia ? – sorri colocando um mecha de seu cabelo atrás da orelha.   

— Hmm, segunda feira é sempre corrida, revisar os projetos que serão publicados durante a semana, telefone não para de tocar, o de sempre ... o que me preocupa é que tenho uma campanha pra apresentar daqui a um mês e ainda nem comecei, meu estágio tá acabando e essa campanha é meu passe, é isso que decide se vou ser efetivada. – serrou os dentes.   

— Eu não tenho dúvidas de que você vai ser efetivada. –   

— Bom, meu visto é de trabalho se acabou o trabalho acabou Los Angeles pra mim. – suspirou baixo.   

— Não, isso não vai acontecer Char, eu posso te ajudar a fazer a campanha, qual a sua ideia ? –   

— Haha, Justin você é o Justin, tem coisas mais importantes pra se preocupar, você mal tem tempo de dormir, não vou te fazer perder  tempo com isso. – deu os ombros olhando pela janela.   

— É importante Charlotte, me preocupo com você e isso não é perder tempo, só por que sou o que sou na minha profissão não posso te ajudar ? –   

— Não foi isso que eu quis dizer, é só que não quero te atrapalhar em nada. – mordeu os lábios.   

— Hmm, nós vamos brigar se isso acontecer outra vez, eu já disse que você nunca atrapalha, não quero que você se sinta assim. –   

— É difícil. – bufou   

— Não, não é difícil .... somos um garoto e uma garota que se gostam, eu quero estar com você e você quer estar comigo, só isso que importa pra falar a verdade. –   

— Hmm, fala de novo a última parte – molhou os lábios aproximando seu rosto do meu.   

— Que você que ficar comigo ? – perguntei sussurrando entre os lábios, me fuzilando afastou o rosto bufando baixo. — Hmm, vem aqui vem – murmurei a puxando pela nuca. — Você é muito irritadinha sabia ? –   

— Hmm ... – fez bico   

— É por isso que eu quero ficar com você baby – avancei pra cima dela a deitando no banco.   

— Justin, os seguranças estão aqui – disse baixo.   

— Eles tão lá na frente, ninguém tá vendo. – sussurrei domando seus lábios.   

Deliciosa como sempre logo Charlotte relaxou o corpo envolvendo seus braços em torno do meu pescoço, hipnotizado por seu corpo nem o fôlego me atrapalhou, sem dúvidas sou louco por essa mulher.   

—  Jus tem alguém batendo na porta – sussurrou entre o beijo.   

— Hmm – murmurei  erguendo o pescoço. — Nós já chegamos – me sentei saindo de cima dela que se sentou em seguida olhando pela janela.   

— Obrigada pela carona – mordeu os lábios.   

— Espera, antes de ir quero saber se você quer sair hoje, um amigo vai dar uma festa. –   

— É ..... hm, não sei ... – franziu a testa.— Não conheço ninguém e nem tenho guarda roupa pra frequentar esse tipo de evento. – sorriu entre os lábios.   

— Por favor –   

— Justin ... –  

— Vai Char, prometo que vai ser divertido. – insisti apertando sua mão.   

— Tá – bufou revirando os olhos — Que horas ? –  

— Passo te pegar as 20h00 –  

— O que ? Falta 1h30 meu Deus, não vai dar tempo não tenho nem roupa pra isso ainda. – arregalou os olhos destravando a porta.   

— Relaxa baby, o auge da sua beleza é quando você tá sem roupa. –  

— Beleza, vou assim então, tudo menos roupa. –  

— Isso é bom, quero ir nessa festa. - ri fraco. — Em um quarto sozinhos e trancados seria perfeito, mas esse não é o caso. – revirei os olhos.   

— Bobo – mostrou a língua — Preciso descer, tenho que começar a se arrumar. –   

— Não mereço nem um beijinho de despedida ?-   

— Merece vários – sorriu tomando iniciativa   

 ....   

Cerca de vinte minutos depois de deixá-la em casa meu celular tocou e era a Sofia, revirando os olhos ignorei diversas chamadas, entusiasmado com o que pode acontecer no fim da noite desci do carro indo direto pro banho, caprichei no chuveiro e até lavei os cabelos mais uma vez, coisa que não costumo fazer duas vezes ao dia.   

Em qualquer outra ocasião minha atitude seria abrir o closet e pegar a primeira peça de roupa que eu batesse os olhos mas hoje farei diferente, um pouco de swag não faz mal há ninguém.   

Distraído na frente do espelho ouvi o celular tocar dentro no bolso do jeans caído no chão do banheiro.   

LIGAÇÃO ALFREDO.   

— Fala irmão, liguei pra saber se você vem mesmo  –   

— Falei que ia não falei ? Aliás já estou quase saindo daqui, como tão as coisas por aí ?  –   

— A festa já tá rolando, os caras já estão todos aqui bebendo álcool feito água. –   

— Haha normal, vocês são o bando de pé de cana. –   

— Falou o rei do copo, relaxa que tem muita vodca ainda JB  –    

— Sai dessa fase cara, sou um novo Justin –   

— Não tá bebendo desde quando ? –   

— Continuo bebendo mas a quantidade é menor, mudando um pouco de assunto ... não tem muitas pessoas aí né ? –   

— Não  cara relaxa, só os amigos próximos e muita mulher, aliás tem umas aqui ansiosas  pela sua chegada, uma mais delicinha que outra, se vai pirar JB. –   

— Então Fredo ... essa é outra coisa que eu quero te falar, convidei uma pessoa pra ir comigo. –   

— Pessoa ? –   

— É ... –   

— Tá .... porque tanto mistério ? Vai me dizer que resolveu assumir a Sofia ? –   

— Não, nunca tive nada sério com ela, só distração, é outra garota nós já se conhecemos a um bom tempo e estamos tentando agora. –   

— Eu  conheço? –   

— Não lembro mas acho que não , ela é um pouco diferente das garotas que você está acostumado a ver comigo. –   

— Agora fiquei curioso, se for gostosa então ... mulher bonita é sempre bem vinda.   

— Ahah não essa, é sério Fredo eu realmente gosto dela e quero que tudo dê certo essa noite, é uma ótima ocasião pra ela conhecer alguns dos meus amigos. –   

— Faz tempo que não escuto você falar assim de uma mulher, a ultima foi a Selena. –  

— Essa é a mulher Alfredo, já a Selena é um passado que sempre ficará no passado. –   

— Entendo ...deve ser uma garota legal mas a Selena cara, é ela que você ama.   

— Selena é importante na minha vida, fez parte de uma fase inesquecível e isso nunca vai mudar mas hoje posso dizer que o carinho e amor que sinto por ela não passa de amizade, não a amo como antes e nunca iremos voltar a ser o que fomos um dia. –   

— To sem palavras JB, jamais achei que te ouviria  falar assim da Sel, fico feliz que finalmente você superou e pelo jeito a tal garota misteriosa tem muito haver com isso, estou errado ? –   

— É .... garota mais legal que conheço , meio doida e um pouco tímida mas vocês vão gostar dela –   

— Beleza, te espero aqui –   

— Até já – desliguei.   

Pensativo guardei o celular no bolso e sai do quarto pronto pra buscá-la, avisei ao chefe da segurança minha pretensão de dirigir o carro, entrando em acordo com ele decidimos que o carro dos seguranças iriam um pouco atrás me dando espaço,  é falsa sensação de liberdade não verei ninguém mas eles estarão lá.   

Estalando o pescoço dei partida no carro em direção à casa da Charlotte, gosto de pensar em como seria se ela fosse canadense e estudasse comigo na escola, Char sem dúvidas seria a mais bagunceira.   

Viajando legal estacionei na frente de sua casa e nem percebi, sim às vezes tenho alguns delírios loucos, voltando a si tirei o cinto e desci do carro o travando em seguida, dando passos curtos parei no parapeito da calçada, fitando os pés cogitei em pegar o celular e mandar uma mensagem pra ela sair porém decidi fazer tudo diferente dessa vez, respirando fundo caminhei até a porta devagar e apertei a campainha.   

.......   

— Só um segundo – ouvi alguém gritar atrás da porta.   

Ansioso meus pés estavam impacientes, me virando de costas pra porta coloquei as mãos no bolso assoviando baixo.   

— Oi – ouvi sua voz atrás de mim com o barulho da porta fechando em seguida.   

Virando pra frente enquanto tossia engasguei com a própria saliva, em um piscar de olhos a fitei dos pés à cabeça, esse golpe foi forte.   

— Uau – franzi a testa arregalando os olhos. — Você tá incrível – sorri pegando em sua mão.   

— Você também está lindo. – sorriu assentindo com a cabeça.   

De mãos dadas caminhei com ela até o carro abrindo a porta como um exímio cavaleiro, dando a volta correndo entrei travando as portas.   

— To meio nervosa – disse baixo colocando o cinto.   

  

— Não precisa, você vai se divertir acredita em mim. –   

— Tá – suspirou baixo — Vamos então ? –   

— Espera, tá faltando uma coisa – sorri me aproximando.   

— O que ? – jogou o braço esquerdo em cima do meu ombro molhando os lábios devagar. –   

— Hmm – resmunguei baixo roçando nossos lábios, provocadora como sempre Charlotte chupou meu lábio inferior devagar me encarando com seus lindos olhos castanhos arregalados.   

Milésimos de segundos depois já nos beijávamos intensamente, a saudade acumulada ainda grita alto e sem dúvidas a sensação de saciedade irá demorar pra aparecer, afastando nossos lábios com as mãos apoiadas em meu ombro ela sorriu fraco me dando selinho na ponta do nariz.   

— Pronta ? – sorri virando a chave na ignição.   

— Pronta – respondeu animada batucando no painel.   

— Trabalha amanhã ? – perguntei dando partida.   

— Sim senhor. –   

— Hmm, não dá pra tirar o dia de folga ? –   

— Quem dera mas não é assim que as coisas funcionam, não posso nem pensar em faltar um dia sequer. –   

— Tudo bem – resmunguei — Quando for 00H00 te trago pra casa ou acha muito tarde ? –   

— Eh .... eu disse a minha mãe que vou dormir na casa da Mel e de lá vou pra agência amanhã. –   

— Eu vou ficar com você até amanhã não a Mel. –   

— Eu sei – riu fraco.   

— Pensando bem acho que podemos pular a parte da festa e ir direto pra casa. –   

— Magnífico – bateu palmas aliviada. –   

— Haha mas sério, precisamos mesmo ir pois já estão nos esperando. –   

— Quem está nos esperando ? –   

— Meus amigos –   

— Amigos no plural ? Você  disse que estávamos indo a festa de um amigo. –   

— Esqueci de mencionar esse detalhe  – olhei pra ela franzindo a testa.   

— Detalhe Bieber ? Isso não é um detalhe. –   

— Calma Charlotte relaxa, não existe quem não goste de você. –   

— Ah para de ser iludido Justin – riu fraco — Agora  tenho que torcer pra não ficar completamente tímida pois se isso acontecer vou precisar encher a cara. –   

— Heeeey não, você no máximo vai beber dois drinks e fracos de preferência. –   

....   

Cerca de trinta e cinco minutos depois estacionei na garagem da festa, localizada em um imenso condômino na rodovia entre L.A e S.D  essa casa é o lugar perfeito pra curtir sem correr riscos de assédio.   

Tirando o cinto e destravando o carro desci alongando os braços, Charlotte desceu devagar, dando a volta no carro parei ao seu lado e ela estava literalmente travada, entrelaçando  nossos dedos segurei firme em sua mão esquerda, visivelmente nervosa bufou baixo fitando o chão.   

— Char – falei baixo.   

— Hmm- murmurou se virando pro lado me olhando.   

— Você tá tensa. –   

— É ... – arfou baixo — sou ansiosa você sabe. – mordeu o lábio tombando a cabeça pro lado.   

— Eu sei baby e é pra isso que eu sirvo, pra te deixar bem relaxada ok ? – perguntei a puxando pela nuca.   

— Ok – sussurrou tombando a cabeça pra trás, domando seus lábios inclinei o corpo pra frente acariciando suas costas.   

— Aí – sussurrou se contorcendo em meus braços toda arrepiada, gostosa.   

— Sua mão  tá suando  frio- falei lhe dando a mão.   

— Vou precisar de um drinque – sorriu tirando o cabelo da frente do olho   

— Eu sirvo você – sussurrei a guiando em direção ao jardim.  

...   

— JB ..... que saudade cara – Alfredo gritou abrindo os braços na minha direção assim que me viu.   

— Fredo – sorri largo me afastando um pouco da Charlotte para  cumprimentá-lo.   

— Bro – disse Maejor logo atrás dele. –   

— Eae cara – lhe dei um soco de leve no peito.   

— Hey JB – disse Martin se aproximando.   

— Fala Martin, tava tocando ? – o cumprimentei lhe dando um tapinha nas costas.   

— Sim ... acabei de trocar. – sorriu me dando um soquinho no braço — Ei espera aquela ali é a ... – apontou pra trás mas o interrompi antes da frase terminar.   

— Hmm – me virei dando três passos pra trás até ela. — Vem cá – sussurrei baixo a encarando. — Pra quem não conhece essa é a Charlotte, Charllote esses são ... Fredo, Maejor e bom o Martin você já conhece – forcei um sorriso   

— Prazer Charlotte, lindo nome –  Maejor sorriu arregalando os olhos.   

— Olá Charlotte, minha casa é sua casa . – disse Alfredo piscando.   

— Hmm, tudo bem hoje Charlotte? – Martin abriu os braços com a intenção de abraçá-la, nada contente com esse tipo de contato entre eles a puxei pro lado envolvendo os braços ao redor de sua cintura, para um bom entendedor meia palavra basta.   

Franzindo a testa Martin a encarava sem entender muito bem o que estava acontecendo, pouco me importa com o que ele pensa ou deixa de pensar.  

Maejor entrou no assunto esportes e acabei me empolgando, tocando em meu braço ela me avisou que ia ao banheiro, sem dar muita atenção continuei a conversa, Snake chegou em companhia de John, entre uma conversa e outra acabei virando algumas doses e fumando meia dúzia de cigarros.  

— Mano abre o jogo , qual seu lance com a garota ? – Maejor perguntou me chamando de lado.    

— Que garota ? – cocei o queixo franzindo a testa .... porra perdi a Charlotte pela festa. — Ah Charlotte ... nós temos um lance. – respondi enquanto olhava para os lados a procurando.   

— Lance ? Se é só diversão ... –   

— Por que cara ? Por que você quer saber disso ? –  interrompi o encarando.   

— Tem uns mano aí  interessado em saber se ela tá solteira. –   

— Não. –   

— Ela namora, tá pegando mulher comprometida JB ? –   

— Não cara ela não namora ninguém mas não tá solteira, tem muitas aqui pra escolher menos ela. –   

— Tá ... – gaguejou colocando a mão no meu ombro — E  você tá namorando ? – perguntou baixo arregalando os olhos  

— Haha que cara assustadora, você tá de máscara Bro ? – ri baixo enquanto ele me fuzilava — Tá agora é sério .... se eu estivesse namorando alguém você saberia. –   

— E solteiro ? – arqueou a sobrancelha direita.   

— Hmm,  não acha que anda muito curioso ? – pigarrei desviando o olhar.   

— Ah papai, sabia que tinha alguma coisa. – me deu um tapinha nas costas — Quando bati o olho nela vi o quanto ela é ...  

— Pensa bem no que vai falar – coçando o queixo arqueei as sobrancelhas o encarando.   

— Haha, relaxa .... código dos Bro. –   

— Sei ... – assenti que sim com a cabeça sorrindo sem mostrar os dentes — Me dá licença cara – avisei dando as costas.   

Ignorando as besteiras que acabei de ouvir sai pelo jardim a sua procura, logo fiquei irritado já que não a via em lugar algum, coçando a cabeça acendi um cigarro indo até a varanda e uma risada me chamou atenção, respirando fundo me aproximei com as mãos pra trás devagar e sem fazer barulho.   

— Charlotte – falei baixo parando ao seu lado, assustado com minha presença Martin deu um pulo tossindo em seguida pra disfarçar.   

— Jus ... até que enfim te achei. – Charlotte respondeu tocando meu braço.   

— O que você tá fazendo aqui ? – perguntei sério a encarando, ignorando a presença do desgraçado fura olho.   

— Fui ao banheiro e voltei aonde estávamos mas não achei você, o Martin esbarrou em mim, me disse que queria falar comigo aqui um segundo e depois ele ia me ajudar a te procurar. – respondeu dando os ombros, calma passou por trás de mim envolvendo seus braços ao redor do meu corpo.   

— Então ... o que você quer Martin ? – respirei fundo fechando os olhos, paciência Justin, paciência.   

— Do que você tá falando cara ? – fez cara de desentendido rindo fraco.   

— Não se faz de idiota ... – revirei os olhos.   

— Justin para com isso – Charlotte sussurrou atrás de mim.   

— É JB, escuta a gatinha que é o melhor que você faz. – falou debochado.   

— Cara ..... sem baixaria pois todos aqui somos educados e adultos ... – bufei baixo esfregando a testa enquanto contava mentalmente pra não explodir — Não é a primeira vez que falo com você sobre isso .... eu sei o que você tá tentando fazer. –   

— Foi só uma conversa Bieber – revirou os olhos.  

— Você tá cercando faz tempo .... te conheço filho da puta. – trinquei o maxilar fechando o punho.   

— Pensei que todos éramos adultos por aqui ... Cresce – riu de debochado dando os ombros.   

Meu sangue ferveu na hora, apertando meu corpo com certa força Charlotte sussurrava pedindo pra sairmos dali, engolindo a seco respirei fundo soltando o ar bem devagar.   

— Por favor amor, não faz isso – ela disse um pouco mais alto, Martin não vale a dor de cabeça, ela é minha e nem esse zé mané amigo da onça muda isso.  

— Vem vamos pra lá – virei lhe dando a mão.  

— Justin .... –   

— Oi –   

— Não to muito afim de dançar, ehh vamos beber alguma coisa onde têm menos gente.-   

— Tá – concordei com a cabeça passando pelo meio do jardim.   

....   

— Nossa, essa sala é maior que a minha casa –   

—Realmente é bem grande mas não é pra tanto. – abri os braços me jogando no sofá.   

— O que foi aquilo agora de pouco ? – perguntou colocando as mãos na cintura.   

— O Martin só tem segundas intenções em relação a você baby. –   

— Pra mim ele só  estava tentando ser um cara legal. –   

— Sendo um cara legal cujo objetivo final é te levar pra cama. – pigarrei batendo a mão no sofá pra ela sentar.   

— Você fica sexy quando sente ciúmes. – se sentou ao meu lado se espalhando no sofá.   

— Hmm, fiquei muito irritado quando vi vocês dois conversando. –   

— Em nenhum momento agi com má intenção Jus. –   

— Eu sei – molhei os lábios. — Se você pudesse ficar trancada nessa sala comigo seria um tortura ? – a fitei abraçando uma almofada.   

— Que pergunta é essa ? – franziu a testa.   

— Sei lá – ri fraco.   

— Você bebeu ? – perguntou séria.   

— Uhmm, um pouco. – tossi deitando o corpo pra cima dela a fazendo se deitar no sofá.   

— Um pouco Justin ? – arregalou os olhos tentando se esquivar me empurrando pra frente.   

— Três copos – suguei o lábio inferior mordendo a língua. — Você ainda não respondeu à pergunta. –  

— Hmm, não seria uma tortura estar trancada você, o único problema é a sala. –   

— Qual problema com a sala ? –   

— Nenhum, mas prefiro uma menor,  apertada dê preferência. – piscou.   

— E vamos apenas dormir –   

— Exatamente – jogou o cabelo pro lado aproximando seu rosto do meu.   

— Com licença casal ... - Martin disse alto se  sentando ao nosso lado no sofá, esse cara só pode estar brincando com a minha cara, empata foda do caralho.   

— O que foi agora ? - perguntei bufando enquanto saia de cima dela.  

—  Eae Drew vai querer jogar ? - ouvi a voz do Alfredo ao fundo, virei-me de lado olhando pra trás e lá estava ele ao lado de Maejor, Malone, Snake, John e algumas garotas, não foi uma boa ideia escolher a sala como refúgio.   

— Jogar o que ? - perguntei se ajeitando sentado no sofá, espertinha Charlotte logo tratou de colocar uma almofada no meu colo pra disfarçar  volume na calça.   

—  O jogo da garrafa. -  disse Malone pedindo espaço no sofá, virou implicância ou oque ?.   

—  Não. - molhei o lábio inferior dado os ombros.  

—  Ah para de ser chato, se todo mundo não  participar não tem graça. - resmungou Fredo colocando uma garrafa de vodca vazia no meio da mesa de centro. —  A Charlotte quer jogar, ela não é chata como você JB, não é Charlotte ? - perguntou a escarando.   

Olhei pra ela que franzia a ponta do nariz sem saber o que responder, mordendo o lábio devagar ela arfou baixo.  

—  Claro – respondeu sorrindo largo, engolindo a seco cocei a cabeça.   

—  Tá, dá espaço pra quem vai jogar Drew, senta ali na poltrona. - disse Fredo.  

— Também vou jogar  – respondi com cara de paisagem.   

—  Beleza, se ajeita todo mundo ao redor da mesa que eu vou girar a garrafa. – Maejor disse animado —  Hmm vamos ver ... -  Fredo, verdade ou consequência ? -  

—  Verdade – respondeu.  

—  Hmm, é verdade que você sempre foi apaixonado pela Selena ? -   

—  Ehhh – gaguejou coçando o queixo enquanto me olhava tentando disfarçar. —  Não. - sorriu sem graça. ... —  Ok, vamos lá que é minha vez de girar – mudou de assunto rapidamente, a mim ele não engana.  — Malone meu querido, verdade ou consequência ? -   

—  Consequência. -   

—  Hmm, te desafio a dar um beijo triplo na Cristyn e na Karen -  

—  É pra já - se levantou indo pra cima das garotas, até que estava demorando pra putaria começar, de todas as experiências que tive esse jogo nunca acabou bem.   

....  

—  Uuh,  Martin ... verdade ou consequência ? - Malone girou a garrafa ainda em pé.   

—  Consequência -   

—  Hahaha adoro isso .. quero que você beije os pés do John. -  

—  Que nojo velho, não vou fazer isso. - resmunou  

—  Claro que vai – John riu tirando o sapato direito.  

....  

—  Se essa história sair daqui processo todos nessa sala, estou falando sério. - Martin resmungou esfregando a boca na manga da blusa,  Charlotte assim como a maioria se controlava para não rir, já eu não fiz o mínimo esforço para disfarçar. —  Vou girar em ... Karen ... verdade ou consequência ? -  

—  Consequência -   

—  Ok, uma dança no colo. - riu sínico.   

—  Uhm ... dança no colo já me agradou .... no colo de quem ? -   

—  Charlotte. -  

— E o que acontece se eu não aceitar ? - Char perguntou.  

— Você tem que aceitar mas posso mudar se quiser ...  dança no colo do Bieber então Karen .. -  

— Chega cansei desse jogo idiota, vem vamos embora. - falei me levantando a puxando pelo braço.  

—  Não Drew qual é, fica ai o jogo mal começou. - disse Fredo.  

—  É Justin, é cedo até pra mim – disse John.  

—  Nós já estávamos indo, Charlotte precisa ir pra casa ela acorda bem cedo amanhã. - menti   

—  Tchau pessoal, vocês são adoráveis. - disse Charlotte  

—  Você que é adorável. - Alfredo respondeu.  

—  Tchau Charlotte, foi um prazer conhece-la - disse John  

—  Tchau Anjo – disse Maejor  

—  Toma cuidado Charlotte o Justin não costuma ser um bom menino.  - debochou Malone.  

—  Hahaha, tchau gente – ela respondeu sem graça.  

—  Tchau – todos responderam em couro.  

Com a mão esquerda sob seu quadril a guiei até a saída, já próximos ao carro e afastados da multidão a abracei por trás envolvendo os braços em sua cintura.  

—  Me desculpa por te trazer nessa festa idiota ? Geralmente eles não falam tanta besteira assim - sussurrei ao pé de seu ouvido.   

—  Tá tudo bem Jus, eles só beberam demais - virou o pescoço pro lado me fitando  

—  Hmm, você não existe baby .. - depositei um beijo molhado em sua nuca enquanto destravava o carro.   

—  Só quero sair logo daqui,  meu corpo está agitado e se um pingo de cansaço – sorriu entrando no carro.   

—  É tudo que eu queria ouvir. - respondi fechando sua porta. — Quer passar em algum lugar ou posso ir direto pra casa ? - perguntei assim que entrei no carro.  

—  Faço de suas minhas vontades – piscou molhando os lábios.   

—  Haha cuidado com o que diz baby, você pode acabar se arrependendo mais tarde. - ri fraco dando partida. -  

—  Tá me subestimando amorzinho ? - sussurrou colocando a mão esquerda em cima da minha perna.  

—  Não me provoca, preciso de concentração pra dirigir. -  resmunguei entre os lábios ao sentir sua mão escorrer na minha virilha.   

—  Ah mais eu ainda nem fiz nada – respondeu debochada subindo a mão   

—  Você só sabe me provocar quando não posso reagir. -   

—  Não é verdade – riu baixo.   

—  É o que vamos ver quando eu estacionar o carro. -  

—  Falta muito pra chegar ? -   

—  Não, to pegando um atalho, por que ? -  

—  Nada ... hmm, eu sou uma garota boazinha lembra ? - gaguejou   

—  Hahaha por que isso agora Charlotte ?  vai me dizer que tá com medo ? -   

—  Eu ? ... hahaha sai dessa, você não põem medo nem em uma mosca.  

—  Então tá - respondi sério.  

—  Sabe que eu to brincando né ? - riu sem graça.  

—  Hmm, sei .. -  

—  Justin é sério -   

—  Chegamos ... -   

—  Já ? Ai caramba, acho que mudei de ideia, me leva pra casa da Mel – franziu a testa assim que estacionei.   

— Agora não tem pra onde correr Char, já ouviu aquele ditado faz o que quer acontece o que não quer ? - pisquei tirando o cinto.  

—  Hoho, o ditado não é assim .. -  

—  Tanto faz ... - sorri dando os ombros —  O máximo que posso fazer é te dar uma vantagem de sair do carro um pouco antes, é boa em correr ? -  

—  Corro melhor que aquela galinha ali. - abriu a porta do carro apontando pro jardim.  

—  An ? Da onde saiu essa galinha ? - franzi a testa saindo carro.   

—  Não sei mas ela é tão fofinha. - saiu do carro toda animada —  Quero pegar no colo, será que consigo ? - disse se aproximando devagar.  

—  Charlotte sua maluca ela vai te machucar. - falei indo atrás dela.   

—  Shiuu, ela é boazinha olha só - se agachou pegando a galinha com agilidade.   

—  Hmm, agora deu até fome – brinquei.  

—  Que horror não diz essas coisas perto dela, ela se assusta não é mesmo Mandy ? - me encarou se levantando com a galinha no colo.  

—  Mandy ? - ri alto esfregando a cabeça.   

—  Todo mundo precisa de um nome não acha ? - arqueou a sobrancelha —  Vamos entrar ?   

—  A Mandy  vai entrar junto com a gente ? -   

—  Pode ? - perguntou manhosa.   

—  Hmm tá, deve ter algum banheiro pra pormos ela e amanhã a gente vê o que faz. -  

—  Será que ela vai botar muitos ovos amanhã cedo ? -   

—  Acho que não, ela perece bem magra e fedida. -   

—  Fedida é apelido, Mandy é personificação da catinga – riu dando os ombros —  Vou precisar tomar um banho tudo bem ? -  

—  Tá, me dá a Mandy que eu vou arrumar um lugar pra ela dormir  e te mosto onde é o banheiro. -  

—  Ok – sorriu me entregando Mandy a galinha.   

Charlotte e suas peculiaridades, se conto a alguém ninguém acredita,  uma galinha de estimação é tão estranho que chega ser engraçado e eu como não sou nem um pouco bobo não vou deixar essa oportunidade passar em branco, já até tenho uma ideia de que peça pregar nela e a Mandy vai me ajudar.