História The Price of Fame - No labels.

— Tem paparazi lá fora – avisou baixando um pouco o vidro, sussurrou alguma coisa provavelmente pro segurança que estava em pé ao lado de fora e segundos depois a porta destravou. — Pronta ? – abriu a porta me fitando.  

— Pronta – assenti coma cabeça engolindo a seco.  

Dando um pulo pra fora do carro Justin estendeu a mão deu a me ajudando a descer, os paparazi gritavam sem parar o que só aumentou o nervoso, tossindo baixo puxei minha mão, me encarando firme ele puxou meu braço.  

— Não solta da minha mão baby. – sorriu entrelaçando nossos dedos.  

Respirando fundo sorri sem graça erguendo  o olhar, juntos, em público e de mãos dadas, nossa privacidade acabou aqui e agora, que os jogos comecem.   

 

A comida estava maravilhosa e a companhia melhor  ainda, carinhoso e atencioso Justin tocava minha mão a todo momento, o clientes do restaurante foram todos respeitosos conosco com exceção de alguns que nem disfarçavam ao nos encarar. 

O lado de fora do estabelecimento já estava repleto de fotógrafos afinal ganha quem tira a melhor foto, notavelmente incomodado Jus mantinha a postura rígida com cara de poucos amigos, colocando as mãos apoiadas em meu ombro me guiou até o carro, perguntas choviam de todos os lados e o silêncio foi nossa única resposta.  

O celular dele tocou instantes depois e não parava mais, irritado recusou todas as chamadas enquanto fitava o teto em silêncio.  

— Algum problema ? – perguntei baixo.  

— Nenhum -  respondeu sorrindo sem mostrar os dentes.  

— Hmm, me dá um abraço – resmunguei abrindo os braços.  

— Sempre – disse rouco me dando um beijo na testa, me abraçando forte Jus grunhia baixinho.  

— Deita aqui, não gosto de te ver estressado – o puxei fazendo o deitar a cabeça em meu colo, suspirando molhou os lábios  fechando os olhos, com a ponta dos dedos acariciei sua cabeça lhe fazendo um cafuné.  

— Uhm, tá tão bom – sussurrou bocejando em seguida.  

— Só não pode dormir – ri fraco tombando a cabeça pra trás.  

Quieto e encolhido no banco Justin logo pegou no sono, com a perna já dormente permaneci imóvel  só para ele não acordar, é óbvio que estava doendo  mas consegui suportar.  

Cerca de cinco minutos depois o carro estacionou, esticando o braço baixei uma fresta do vidro para ver onde estávamos e infelizmente já chegamos, falta menos de dez minutos pro horário de almoço  acabar ou seja, terei de acorda-lo  querendo ou não.  

— Jus .... acorda meu amor – sussurrei acariciando seu rosto.  

— Uhmm – resmungou abrindo os olhos. — Já chegou ? – perguntou se sentando.  

— Sim – respirei aliviada mechando a perna. — Mas tarde te mando uma mensagem – sorri tirando o cinto.  

— Tá, passo te buscar as 20H00 amanhã. –  

— Ok. –  

— Depois de amanhã tenho uma apresentação no  festival em San Francisco, como é final de semana pensei em ficar por lá mas vou voltar na madrugada do sábado. –  

— Ué  por que ? -  

— Por  que você vai estar aqui. – 

— Não vejo a hora do fim de semana chegar mas caso você encontre alguma amiguinha por lá nem faça questão de me procurar quando voltar. –  

— É uma noite Charlotte, só uma apresentação e estarei de volta , meu pai vai comigo, aliás ele também vai estar no jantar amanhã já que ele chega do Canadá amanhã cedo.  

— Não sei se me sinto confortável em conhecer seu pai agora. – franzi a testa serrando os dentes.  

— Ahah na  hora você vai ficar, conheci sua mãe em uma situação nada confortável, lembra ? –  

— Hmm, voltando ao assunto ... Já que seu pai vai estar com você o risco de esticar a noite na balada diminui não é ? – 

— Como assim ? – riu fraco molhando os lábios, cretino.  

— Não se faça de bobo, se alguma coisa acontecer por lá não se dê ao trabalho de conversar comigo depois, tudo que eu espero de você é sinceridade. –  

— Para de falar bobagem Charlotte, nada vai acontecer mas já que é pra deixar avisado .... Se  sair na sexta noite, hmm.... não quero  você perto de nenhum amiguinho. – disse sério trincando o maxilar. 

— Hahah tá – ri fraco dando os ombros.  

— Por que a risada ? O assunto é sério. – pigarrou arqueando a sobrancelha direita.  

— Eu sei – baixei o olhar sem graça lhe dando um selinho.-  

— Se cuida tudo bem ? . – sussurrou me dando um abraço  

— Uhum, você também . – retribui o abraço fungando seu pescoço.  

Puxando meu rosto pro lado me beijou sem nenhuma pressa, calmo e acariciando minhas costas Justin explorava toda minha boca bem devagar, aos poucos comecei a sentir um aperto no coração já sofrendo com a saudade.  

— Tchau gostoso, até amanhã – finalizei o beijo sugando seu lábio inferior.  

— Até amanhã gostosa – riu fraco me dando um beijo na testa.  

Respirando fundo abri a porta do carro descendo em seguida com o coração pesado .  

Se pudesse passaria todas as noites ao seu lado, lhe enchendo de carinho e coisas positivas mas para o meu azar não posso, venho dormindo fora de casa muitas vezes nessas últimas semanas e preciso maneirar.  

A recepção na volta foi um pouco estranha, não sei se era apenas impressão mas senti que todos estavam me olhando, a tarde foi agitada e com pouco tempo pra pensar resolvi focar no trabalho e evitar as pessoas, a certa altura os comentários aumentaram e a maioria nem fazia mais questão de disfarçar, incomodada peguei meu maço de  cigarros na bolsa e subi pra cobertura.  

A vista da cidade agitada de alguma forma me acalmou, estalando o pescoço acendi um cigarro respirando aliviada.  

— Hey – ouvi uma voz atrás de mim.  

— Ah, oi Mel – ri fraco olhando pra trás.  

— Amigas pensam igual – sorriu parando ao meu lado acendendo um cigarro.  

— Hmm, nem me fala não vi a hora de fumar, já estava ficando irritada lá em baixo. – arfei  baixo dando um trago.  

— Qual problema ? –  

— Sério que você não sabe ? -  

— É, o assunto de hoje é você ou melhor dizendo você junto com o Justin Bieber de mãos dadas na entrada  de um restaurante. –  

— Ahah, você viu as fotos ? –  

— Todo mundo viu amiga. –  

— Hmm .. –  

— Eu vi vocês dois quando estávamos saído pra almoçar, as meninas também. –  

— Viram o que ? – pigarrei.  

— O beijo, aliás e que beijo em. - - riu fraco.  

— Hmm, é foi só um beijo. – sorri sem graça.  

— Não, eu não acredito nisso. – cruzou os braços me questionando.  

— Mel ... – bufei baixo.  

— Charlotte .... qual é amiga já tá na internet pra todo mundo ver, vai negar até quando ? – 

— Não estou negando é que sei lá, não costumo falar sobre isso entende ? – sorri entre os lábios.  

— Quando você namorava  o Sam já est .... –  

— Não,  claro que não. – respondi a interrompendo.  

— Foi só um dúvida, sua irmã estava falando o contrario durante o almoço. –  

— Irmã. ? –  

— É, a Daphanne. –  

—  Credo, aquela garota é uma cobra insuportável. –  

— Hahahaha eu sei,  não gosto muito dela mas tento ser gentil, mas e aí até agora eu to boiando. –  

— Ah sei lá, conheci ele quando ainda morava no Brasil, ele estava em turnê e se hospedou de última hora no mesmo Hotel que eu estava, pouco tempo depois mudei pra cá e a gente se viu e logo após  praticamente perdemos o contato  até aquele d ..  

— Dia no clube ? – perguntou me cortando.  

— Exatamente, foi quando o Sam começou a surtar, até então era um relacionamento legal mas entender que um homem e uma mulher podem ser amigos  é impossível pra aquele doente. –  

— Ele pediu pra que você escolhesse entre o namoro de vocês e sua amizade com Bieber.  –  

— Não com essas palavras mas foi basicamente isso e foi isso que fiz, a minha escolha. –  

— Mas não era um relacionamento legal ? –  

— Era mas não pra mim, sempre existiu uma história interrompida, Sam me ajudou a camuflar esses sentimentos mas no fim de tudo descobri que os sentimentos nunca morrem. –  

— E agora como você se sente ? –  

— Feliz, Justin é uma pessoa incrível e um dos meus melhores amigos, dizendo em voz alta da até um certo alívio, é bom dizer como ele é um cara legal, ver como todos o julgam me deixa muito nervosa. –  

— Eu acredito amiga, ele é definitivamente lindo, apaixonante, tem uma voz e  um corpo maravilhoso e o beijo não deve ser muito diferente, só que .... – arfou baixo. — Toma cuidado pra não se machucar, eu lembro da época em que nos conhecemos e como você estava passando por uma fase difícil, não precisa ser um Eistein pra ligar os fatos e descobrir o nome do culpado, só toma cuidado Charlotte.  

— É diferente agora Mel, errar uma vez é humano, errar duas é burrice, agradeço a preocupação e a descrição  mas está tudo bem. –  

— Se é isso mesmo então fico feliz, vocês ficam lindos juntos, aliás ele é lindo de qualquer jeito né, nossa só de pensar já dá calor. – sorriu se abanando.  

— Hmm ... – sorri forçada.  

— Sabe aquela piada do Facebook, lugares que eu sentaria ? – riu dando os ombros.  

— Vai se foder Melissa. – falei baixo revirando os olhos.  

— Nossa que stress, calma só elogiei seu amigo – riu fazendo amigo entre aspas.  

— To calma Mel, mas não acho legal você sair falando isso por aí, parece um vadia barata.  

— Não quero ser uma vadia barata. – resmungou batendo o pé.  

— Haha é, você tem que ser um vadia com classe, não pode sair dando por aí feito doida, diga a si mesma que é uma garota difícil. –  

— Ok, mas me responde um coisa, você foi um vadia de classe com o Sam pois isso eu sei bem afinal vocês mal transaram, e com seu amigo é assim também ? Quer dizer ... no meu mundo amigos não se beijam quem dera fazem outras coisas.  – riu baixo arqueando a sobrancelha.  

— Hoho, no meu mundo isso acontece, amigos podem beijar na boca, não vejo problema nisso. –  

— Ok, não sabia que você era liberal assim amiga, sempre me surpreendendo. –  

— An ? Como assim liberal. – franzi a testa sem entender.  

— Justin tem muitas outras amigas. –  

— Haha isso é engraçado mas .... definitivamente não é assim que as coisas funcionam, mas sim ..  ele faz o quer com quem quiser. –  

— Isso significa ? –  

—Ele pode sair pegando quem quiser por aí a única diferença é que isso acontecer a Charlotte aqui não vai estar  disponível, nossa relação é sem rótulos e não liberal, uma coisa é bem diferente da outra. –  

— Nossa relação ? hmm. –  

— É só modo de dizer sua louca. –  

— Sei, vou fingir que acredito ..... mas você ainda não me respondeu. –  

— Responder o que ? –  

— Você é uma vadia de classe com ele ?  tipo você e o Justin são amigos que se beijam só isso.  

— É – pigarrei engolindo a seco. — Beijos sem maldade. – ri fraco dando os ombros. — Vamos entrar, já tá quase na hora de irmos embora. –respondi dando as costas 

— Vamos ... – disse Mel vindo logo atrás de mim. — Meu deus como sou inocente e lerda, não acredito Charlotte. –  

— Oi ? – me fiz de desentendida entrando no elevador. –  

— Vocês transam, meu Deus você é uma inspiração pra mim amiga. – disse alto me chacoalhando.  

— Não sei do que você tá falando Melissa  mas fala baixo. – sorri sem graça.  

— Aí desculpa, como você consegue ? Quer dizer ... qual seu segredo ? –  

— Tem certeza que naquele seu cigarro tinha só nicotina ? Isso é delírio, toma cuidado amiga. - 

— Não intendi nada, você tá afirmando ou negando ? Agora fiquei confusa. –  

— Isso é bom – sorri largo saindo do elevador. — Até amanhã amiga. – se despedi indo pra minha mesa. 

— Te ligo mais tarde – disse alto de dentro do elevador. –  

— Ok – ri baixo balançando a cabeça.  

Fiquei o  resto da noite em casa e sozinha, trancada no quarto passei a maior parte do tempo deitada vendo Tv, Mel me chamou via Skype e conversamos um pouco por cerca de quarenta minutos, gentil e motivadora ela pouco me perguntou sobre ele , o assunto em questão dessa vez foi minha vida, é animador ter alguém em que eu possa confiar e conversa, Mel é uma das poucas pessoas que conheço que não se deslumbra com a fama, obviamente ela o admira como cantor e é uma belieber mas acima de tudo ela o vê como um ser humano comum, talvez pelo fato deles terem se visto pessoalmente  ou é simplesmente a personalidade dela, o que importa é saber que  ela não  está querendo tirar informações ou alguma vantagem, só está se comportando como uma boa amiga.  

Já passava das 22H00 quando decidi tomar um banho, cansada e com dor de cabeça desci feito uma tartaruga, ouvi uma conversa alta ou melhor uma discussão entre minha mãe e Kall, agilizando o passo peguei alguns tacos e nachos  na geladeira, uma lata de suco e voltei pro quarto. 

Por receio não mexi na internet, logo que terminei de comer fui ao banheiro escovar os dentes, apaguei a luz do quarto e deitei pra escolher um filme na Tv, o sono não demorou a chegar diferente das respostas do Justin que nunca chegaram, mandei duas mensagens logo que sai da agência e até agora nenhum sinal de vida, tentei se controlar e não ligar mas o impulso foi mais forte.  

Um, duas, três vezes, todas chamaram até cair na caixa postal, decepcionada joguei o celular de lado, desliguei a Tv e fui dormir.   

Acordei assustada e ouvindo  gritos vindo do corredor, abrindo os olhos devagar me levantei da cama indo até o banheiro, enquanto se arrumava fui conferir o celular, nem uma chamada perdida ou mensagem sequer, confesso que fiquei desanima mas o dia mal começou e no momento não há nada que eu possa  fazer.  

Sai de casa com pressa e sem falar com ninguém, pouco ouvi da discussão dessa vez porém o suficiente para descobrir que meu nome  está envolvido, bufando baixo coloquei o fone e dei play na playlist.  

“ Maybe we'll walk away 

 Maybe we'll realize 

We're only human 

Maybe we don't need no reason 

Why 

Come on, come on, come on now 

Maybe we don't need no reason 

Why 

Come on, come on, come on now “  

Olhando pro nada e viajando em meus pensamentos comecei a cantarolar baixinho enquanto olhava pela janela do taxi a caminho da agência quando meu celular apitou, ao ler o nome no visor meu corpo gelou como se o tempo congela-se por alguns instantes.  

MENSAGEM :  

“  No one but you got me feeling this way 

There's so much we can't explain 

Maybe we're helping each other escape 

I'm with you “ Acordei com essa música na cabeça me lembrando de você. “  

Perplexa com a mensagem fofa me derreti toda mas não o bastante pra responder, se fazendo de difícil ignorei a mensagem bloqueando o celular, segundos depois ele começou a tocar.  

LIGAÇÃO J 

— Hey Char, você vai mesmo  me ignorar ? – que voz rouca, socorro.  

— Hmm, talvez. – respondi se fingindo de seria.  

— Ontem, fui se encontrar com o pastor e logo depois voltei pra casa, decidi dormir e acordei só agora, sem sono atrasado . –  

— Isso é bom. –  

— Ta tudo bem ? –  

— Sim e com você ? –  

— Sim, não vai ficar brava comigo, vai baby ? – sussurrou.  

— Não, é meio difícil com você fazendo essa vozinha. – ri fraco.  

— Tenho meus métodos – riu baixo.  

— Besta. –  

— Tudo certo pra hoje à noite ? –  

— Acho que sim, saio da agência as 17H00. –  

— Ok, como já combinado passo te buscar as 20H00. –  

— Estarei esperando ansiosa. –  

— Char ... –  

— To ouvindo pode falar ... –  

— Não é nada demais, só quero que saiba que você é a melhor. –  

— Você também é o melhor Jus .... acabei de chegar na agência, nos falamos depois ? –  

— É, claro ... Até mais tarde Char. –  

— Até mais tarde baby, beijos. . – finalizei a ligação  

— Muitos por favor. – riu baixo — Tchau baby.  

– Tchau. – ri baixo finalizando a ligação.  

 

Sorrindo sozinha notei meu humor mudar da água pro vinho por ter ouvido sua voz, mas calma e animada pro dia que está por vir paguei o taxista e desci.  

— Hey garota sorriso. – senti alguém me cutucar.  

— Aha Oi amiga, nem te vi. – virei pra trás a cumprimentando.  

— Percebi, gritei seu nome 3 vezes. –  

— Foi, tava viajando no mundo da lua. –  

— Mundo da lua ? sei, esse sorriso Justin não engana ninguém. –  

— Sorriso Justin ? – franzi a sobrancelha curiosa.  

— É, o nome do sorriso que você tá fazendo, sempre faz esse sorriso quando fala dele. –  

— Ahah não faço não. – sorri sem graça. – Vem, vamos parar de falar bobagem e entrar antes de  perdemos a hora. –  

— Vamos garota sorriso. –  

— Mel ... – a fuzilei.  

— Tá parei – franziu a testa fazendo sinal de rendição.  

DEZ HORAS DEPOIS ...  

Cheguei em casa era quase 18H00, assim que abri a  porta me deparei com o casal briguento, abraçados e assistindo TV eles pareciam ter ser acertado, sorrindo cumprimentei os dois porém Kall não respondeu o que achei estranho.  

Sem dar muita importância dei os ombros e fui pro meu quarto, trancando a porta e tirando o salto joguei a bolsa na cama e fui tirando a roupa pelo quarto até chegar ao banheiro, hidratei o cabelo e renovei a depilação só pra garantir.  

O tempo definitivamente voou e quando sai do chuveiro era quase quinze pra sete, respirando fundo tentei controlar o desespero, a  pior parte é escolher uma roupa incrível, coisa que eu não tenho  

Sentada em frente o closet  procurei por alguma inspiração, não quero parecer exagerada, largada, vulgar ou mulherzinha demais, preciso de uma roupa, simples, elegante e sensual, após perder uns cinco minutos fitando o nada me lembrei de um vestido que comprei e nunca usei pelo simples fato de Sam odiar a cor branca, quem em sã consciência odeia uma cor ? Além do mais a cor da paz, eu deveria ter desconfiado que aquele garoto não é normal.  

Na duvida resolvi experimentar e por incrível que pareça fiquei feliz com o resultado, nas coxas e no no glúteo ficou um pouco justo devido aos efeitos da academia, o comprimento também ficou ótimo, um palmo e meio acima do joelho, costas fechada e busto confortável.  

Pra evitar se sujar ou algo do tipo vesti uma camiseta velha por cima do vestido e fui escovar o cabelo, sem tempo suficiente apenas sequei o comprimento e fiz um coque alto, preparei a pele pra aplicar a base, uma sombra clarinha nos olhos e um batom na boca, rímel no cílios e um iluminador pra finalizar, mais que isso eu não sei fazer.  

Sem nada muito elaborado consegui esconder as olheiras e espinhas, destaquei os olhos e só, o dom de não saber muita coisa deixa tudo muito natural, praticamente pronta calcei o salto, passei perfume, reparador de pontas, peguei a bolsa com o celular e sai do quarto apagando a luz e batendo à porta.  

Esbarrei com Cameron no corredor, sem nenhuma educado passei reto sem se pronunciar, dando  os ombros e respirando fundo desci as escadas atenta aos degraus.  

— Já ia te chamar pra jantar, vai sair ? – disse minha mãe assim que viu, vendo TV ela estava jantando no sofá com o prato na mão.  

— Vou sair pra jantar com o Drew –  

— Drew ? Quem é Drew minha filha ? Já falei pra você não sair com pessoas que não conhece direito.  

— Ahah ok mãe, relaxa que tá tudo bem. –  

— Que horas você volta pra casa ? – perguntou seria.  

— Hmm ... – engoli a seco — Amanhã cedo – faiei baixinho.  

— O que ? Junto com esse tal de Drew que eu nunca ouvi falar, nem pensar –  

— Mãe eu sei que seu dia foi difícil, teve a briga com o Kall e etc mas por favor não desconta em mim, aonde nós vamos é longe e vai acabar tarde, sou solteira sei me cuidar. –  

— Meu dia não foi difícil Charlotte e a briga tinha um único motivo, você .... Não teste a minha paciência hoje, aliás precisamos conversar. – seu dom de voz não era nada contente e sem duvidas ela não está brincando, esse precisamos conversar me assusta.  

A campainha tocou me despertando do mundo da paranoia, ainda sem noção fitei minha mãe a questionando, que viagem.  

— Abre a porta Charlotte. – ela riu balanço a cabeça.  

— Ahah – cocei a testa sorrindo sem graça.  

— O que foi garota ? Vai abrir a porta e ver quem é. –  

— Eu sei quem é, ele veio me buscar .... Posso ir ou não mamãe linda do meu coração ? – perguntei baixo enquanto olhava pelo olho mágico.  

— Não sei não, ficar em casa hoje é sua melhor opção. – respondeu dando os ombros, minha mãe que me desculpe mas não vou seguir o conselho dela nem fodendo.  

Revirando o olhos respirei fundo contando até dez mentalmente, soltando o ar devagar destravei a porta a abrindo em seguida.  

— Hey – sussurrou sorrindo largo, quase cai pra trás tamanha a beleza, esse homem me enlouquece de um jeito que chega a assustar.  

— Hey – retribui o sorriso o fitando — Só um instante. – sorri corada olhando pra trás. — Mãe, eu te amo – franzi teta tentando uma última vez.  

— Vai, some da minha frente antes que eu me arrependa e não esquece que amanhã  precisamos conversar. –  

— Ok mãe, tudo que você quiser. – sorri falsa, nem tudo. — To indo então, obrigada e até amanhã. – pigarrei saindo antes dela pronunciar a resposta. — Vamos – sorri sem graça fechando a porta atrás de mim.  

— Tá tudo bem  ? – molhou os lábios me fitando dos pés à cabeça, não importa quantas vezes ele faça isso, sempre me sinto sem graça.  

— Ahah tudo ótimo, só tava  se despedindo da minha mãe, mas e com você tudo bem ? – mordi o lábio inferior fitando o chão.  

— Ah tudo ótimo, você tá .... – pigarrou arfando baixo, que agonia... – Você tá incrível Char. – sugou os lábios me puxando pra um abraço.  

— Você também não está nada mal. – sorri retribuindo o abraço, com o coração acelerado e entregue a seus encantos perdi uma das principais leis física, a noção de tempo e espaço.  

Quando cai em si seu lábio doce e úmido tocava o meu pedindo passagem, em êxtase tive a sensação de estar flutuando, seus braços fortes envoltos ao meu corpo me amoleceu inteira, que beijo maravilhoso.  

— Hm  –  se afastou arfando baixo, me guiando até o carro Justin olhava para os lados tentado disfarçar mas consegui perceber que ele estava sem graça.  

Gentil e cavalheiro abriu a porta do passageiro pra mim dando a volta no carro em seguida.  

— Sem seguranças hoje ? – perguntei colocando o cinto.  

— Sim, não tinha necessidade deles nos acompanharem dessa vez. – respondeu colocando a chave na indignação. — Gostou do baby  ? – riu fraco me olhando.  

— Baby  ? O carro ?   - franzi a testa arqueando a sobrancelha direita. –  

— Sim. –  

— É, ele é lindo. –  

— Eu sei –  

— Ok – arfei  baixo.  

— É mentira boba. – riu fraco se aproximando.  

— O que ? Sobre o carro – perguntei sem olhar pra ele.  

— Não .... o carro é realmente muito foda. – sussurrou jogando meu cabelo pra trás, arrepiada fechei os olhos contorcendo o pescoço.  

— Hm ... – engoli a seco. — Vamos se não o jantar vai estar frio quando chegarmos lá. –  

— Esse carro é legal . – riu fraco mordiscando meu lóbulo esquerda 

— Sim ele é. – mordi meu lábio serrando os olhos.  

— Vamos baby. – disse baixo ligando o carro.  

— Você tá conversando com o carro Justin ? – perguntei com tom de deboche.  

— Não, to  falando com você. – riu fraco acelerando.  

— Hmm, pode tirar um pouco o pé  do acelerador. –  

— Relaxa Char, sou piloto. –  

— Sei ... me responde uma coisa Jus, você dormiu com palhaço noite passada ?.  

— Palhaço ? por que palhaço ? –  

— Tá todo gozado, cheio de brincadeirinha ... –  

— Haha, como você é tonta Charlotte .... Mas respondendo sua pergunta, não eu não dormi com o palhaço muito menos acordei gozado, já amanhã é quase certeza. –  

— Certeza ? –  

— Que vou acordar gozado, você também. – riu baixo.  

— Ai que horror Justin – ri sem graça.  

— Horror por que ? –  

— Não sei, esse assunto me deixa sem graça, não quero falar sobre sexo com você . – pigarrei baixo sentindo minhas bochechas corarem.  

— Como assim ? Nós fazemos sexo. –  

— Eu sei, mas não precisamos falar sobre isso. –  

— Por que não ? Nosso sexo é gostoso, o melhor de todos. -  

— Se você quer mesmo falar sobre isso é melhor me embebedar antes. –  

— Não sei pra que tanta vergonha, sou ruim de cama ? É isso que você tá com medo de falar ? –  

— Claro que não, você é maravilhoso é que sei lá, às vezes me sinto sem graça, tenta entender meu lado, nunca me imaginei em toda essa situação. –  

— Eu sei Char, mas isso não precisa mais acontecer, não é o Justin Bieber que tá aqui com você agora, é o Justin. –  

— Hmm. – sorri entre os lábios — Nosso sexo realmente é o melhor de todos. – cocei a testa sorrindo sem graça.  

— Eu sei – disse rouco  

— Qual a graça de fazer essas coisas ? – resmunguei.  

— Você fica uma gracinha quando tá envergonhada. –  

— Eu fico irritada isso sim –  

— Exatamente. – riu fraco estacionando o carro.  

— Chegamos ? –  

— Na portaria sim. – respondeu baixando o vidro, assim que o reconheceu o moço dentro da cabine liberou as cancelas.  

— Não vai ter muita gente né ? . – perguntei  nervosa.  

— Acho não Char, que eu saiba o John chamou o  Scooter, Alfredo hmm ... não lembro o resto mas cada um convida quem quer então ... aha lembrei que talvez meu pai também pareça, ele chegou hoje, acho que te falei isso ontem . -  

— Não sei se é uma boa ideia Justin, acho que quero voltar pra casa. –  

— Relaxa baby, você vai se dar bem com todo mundo. – 

— Não dá Jus sério até seu pai vai estar lá, isso é foda poxa,  eu não conheço ninguém.. –  

— Fica tranquila Char, não vou te deixar sozinha, prometo.  

— Caramba, por que fui aceitar vir nesse jantar, meu Deus tá me dando vontade de fazer xixi. –  

— Chegamos –  

— Não vou descer do carro Jus - 

— Vai descer sim, não precisa ficar nervosa assim, respira fundo e repete comigo ... vou me acalmar, vou me divertir e não vou fazer xixi na calça. – riu fraco tirando a chave da indignação.  

— Vou ficar calma e vou me divertir. –  

— Haha boa garota, viu só não é tão difícil quanto parece. –  

Aflita desci do carro antes que ele viesse abrir a porta pra mim, desamassando o vestido respirei fundo.  

— Vamos entrar gatinha ? – sorriu parando ao meu lado.  

— Aham, não tenho outro escolha né. –  

— Hmm vem cá então. – me puxou pra cima atolando a mão na minha bunda.  

— Justin. – o repreendi tentando se afastar.  

— Shiuu. – murmurou domando meus lábios. — Agora sim vamos entrar. – mordeu meu lábio inferior devagar.  

— Vamos – sorri ainda sem fôlego, entrelaçando nossos dedos ele encaixou sua mão na minha enquanto caminhávamos em direção à porta. 

Conversávamos baixinho rindo de uma piada idiota,  Justin estava prestes a esticar  o braço pra girar a maçaneta quando alguém abriu a porta por dentro.  

— Oi mocinha, oi JB. – disse uma voz fina e aguda, levantando o olhar arfei baixo engolindo a seco.  

— Oi Hailey. – Justin respondeu apertando minha mão com certa força.

....