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História The Price of Fame - Heart Confused.


Escrita por: LadyCarrie

Notas do Autor


Boa leitura a todos.

Capítulo 19 - Heart Confused.


Fanfic / Fanfiction The Price of Fame - Heart Confused.

A vida é realmente uma caixa de surpresas, quando acordei hoje pela manhã achei que seria um péssimo dia sem ter a ideia de que tudo iria ficar mil vezes pior, feito um muro de concreto um peso caiu sobre meus ombros me proporcionando mais tristeza ainda.  

Atrasado alguns minutos voltei correndo pro palco com a cabeça a mil, cada verso, cada palavra e melodia me causava uma sensação diferente, fechando os olhos deixei se levar pela música e o sentimento, embora eu estivesse se esforçando estava muito difícil se manter forte e não chorar, sem conseguir segurar por muito tempo cai em lágrimas.  

“ Antes de tudo quero pedir desculpas, eu amo todas vocês, estar aqui vivendo esse momento é o meu propósito e é muito importante pra mim, não é uma coisa legal pra se dizer mas infelizmente não vou conseguir concluir o show, estou chorando e peço desculpas mas às vezes é difícil segurar, toda essa energia e conexão que criamos essa noite me deixarão  com as emoções à flor da pele, a verdade é que acabo de receber a notícia de que uma pessoa muito importante pra mim sofreu um acidente grave , não seria justo continuar quando minha cabeça está em outro lugar pois preciso ser sincero com todas vocês, me desculpem por não terminar o show mas eu preciso ir, me desculpem  ... Eu te amo. “ – desliguei o microfone saindo do palco. 

— O que você tá pensando Justin ? Volta pro palco. – Scoot gritou tentando me impedir de passar  

— Não dá ... – respondi bufando baixo. – Alguém procura o Mikey pra mim por favor – falei pegando o celular no bolso.  

— As beliebers vão ficar revoltadas com essa, pensa bem no que você tá fazendo.  –  

— Scoot agora não dá,  depois nós conversamos e as beliebers vão entender, sei que tenho o apoio delas então não me faça duvidar disso, to voltando pra Los Angeles me dá licença. – respondi discando o número da Melissa. — Caramba vou procurar o Mikey. – desviei dele saindo dos bastidores.  

....  

LIGAÇÃO MELISSA.  

— Alô ? –  

— Oi que bom que você ligou, as coisas estão feias por aqui. –  

— Como ela tá ? – esbarrei em Kany no meio do corredor, sinalizando com o mão avisei pra ele me seguir.  

— ... hmm –  

— Fala Melissa, qual a situação dela ? –  

— Não sei te falar ... caramba é muito ruim falar esse tipo de notícia mas ela vai fazer uma cirurgia com duração de doze horas, foi uma batida forte na cabeça e os médicos estão só esperando o inchaço diminuir um pouco, tem coágulos dos dois lado da cabeça. – suspirou — E não é só isso ....  o Sam está bem e consciente, contou uma história e todos acreditaram e o mais triste de tudo isso é que ela não pode ao menos se defender. –  

— Seja sincera comigo .... ela corre riscos ? –  

— Estamos rezando pra que o melhor aconteça. – que frase horrível de se ouvir, cortando profundamente ela foi direto no peito como uma faca.  

— Me manda o endereço do hospital, em menos de uma hora eu to aí. –  

— Espera acho que você não entendeu, não é uma boa ideia  você aparecer por aqui. –  

— Isso sou eu que tenho que decidir, sinceramente não me importo nem um pouco com as besteiras que esse doente fala. –  

— Aparecer aqui só vai complicar as coisas pra própria Charlotte afinal seu nome também está envolvido. - 

— Se eu se importasse com tudo que falam de mim ficaria trancado dentro de casa. – arfei baixo abrindo a porta de trás do carro.  

— Justin  me responda com sinceridade, vocês já foram pro México juntos alguma vez ?. - 

— Ah .... uma vez mas faz tempo, por que isso agora ? –  

— Entendi, era só isso que eu queria saber. –  

— Não entendi, o que isso tem haver com o fato dela estar no hospital ?. –  

— Você já pagou alguma coisa pra ela ou algo assim ? –  

— Não, espera .....  isso é uma entrevista ? Por que tá parecendo, não tem nexo essas suas perguntas garota. –  

— O padrasto da Charlotte acha que você paga pra ela, o Sammuel também disso isso e bom a mãe dela achou uma quantidade grande em dinheiro escondido no meio das roupas delas. –  

— Desculpa, é impressão minha ou você está insinuando que a Charlotte dorme com os caras por dinheiro ? -   

— Não sou eu que estou insinuando nada, mas até que algumas coisas fazem sentindo. –  

— Tá ... isso só pode ser algum tipo de brincadeira. –  

— Se você aparecer aqui a mãe dela vai te encher de perguntas, não sei como mas ela sabe sobre uma tal viagem ao México e ela acha que você a contratou. –  

— Isso é ridículo, vocês todos são um bando de loucos por colocar em questão esse tipo de coisa, são acusações muito sérias a se fazer. –  

— Ninguém acusou você de nada Justin. –  

— Foda – se, eu não sei qual o problema com a mãe da Charlotte mas essa mulher tá falando merda, acusar alguém sem provas é calúnia, não me interessa o que essas pessoas desequilibradas estão falando, só quero poder se certificar de que ela está bem. – bufei baixo desligando em seguida.  

Minha cabeça estava a mil, cheio de compromissos e de cobranças meu tempo era curto, cerca de uma hora depois já estava em L.A, sem saco e muito menos paciência me senti meio confuso e sem saber o que fazer, calado e perdido em meio a meus pensamentos pedi ao motorista para me levar até o hospital, subi o vidro tampando sua visão para trocar de roupa e peguei a mochila jogada ao meu lado, sem cabeça pra socializar e sem querer chamar atenção optei por vestir a roupa mais simples que encontrei, desliguei o celular e subi o vidro pois o carro havia acabado de parar.  

— Chegamos ? – perguntei colocando o celular no bolso.  

— Sim senhor. –  

— Ok, me espera aqui. – avisei descendo do carro, na vaga ao lado estava Mikey e mais dois seguranças.  

— Vai entrar sozinho ? – ele perguntou descendo do carro.  

— Acho que não tem problema. –  

— É acho que não, vou ficar de olho aqui fora, quando você sair com certeza vai ter paparazzi. –  

— Tudo bem – sorri sem mostrar os dentes.  

— Boa sorte lá dentro, vai dar tudo certo. –  

— Valeu cara. – assenti com a cabeça respirando fundo e entrei no hospital.  

Nervoso e fitando o chão caminhei até a recepção, falei seu nome e pedi informações porém a recepcionista não soube me dizer muita coisa, gentil e aparentemente sem me reconhecer ela me orientou indicando o andar e área. 

Subir de elevador era a melhor escolha e mesmo assim escolhi subir dez lances de escada, embora calmo e quieto por fora por dentro minha cabeça fervia, dando um passo de cada vez subi sem presa cantarolando baixo.  

'' I've been beaten down, I've been kicked around, but she takes it all for me. 

Eu tenho sido quebrado, eu tenho sido chutado 

Mas ela tirou tudo isso de mim. 

And I lost my faith, in my darkest days, but she makes me want to believe. 

E eu perdi minha fé, nos meus dias sombrios 

Mas ela me fez querer acreditar. 

Well I had my ways, they were all in vain, but she waited patiently. 

Bem, eu tive meus caminhos, todos foram em vão, 

Mas ela esperou pacientemente. 

It was all the same, all my pride and shame, and  she put me on my feet. 

Isso foi sempre o mesmo, todo meu orgulho e minha vergonha 

E ela colocou meus pés no chão. ''

O corredor estava praticamente vazio, ao fundo vi a mãe dela sentada em uma das cadeiras da sala de espera, acompanhada de um grupo de pessoas inclusive a tal amiga da Charlotte ela não aparentava estar tão preocupada com o filha já que sorria sem parar, revirando os olhos bufei baixo sentando o mais longe possível.  

Sentando e fitando o teto fiquei por um tempo, evitei ao máximo contato visual com as pessoas ali até ver o médico surgir no corredor, angustiado e impaciente se levantei fazendo barulho e recebendo alguns olhares, percebi então que só agora haviam notado a minha presença e pelo que parece algumas daquelas pessoas ficaram bem incomodadas com isso. 

Com semblante sério o médico logo começou a falar, sem entender e ouvir muito bem o que ele dizia se aproximei dando de ombros.  

“ Por enquanto não há nada que vocês possam fazer aqui, Charlotte está sendo muito bem cuidada, qualquer mudança entraremos em contato “  

Foi a única coisa que consegui ouvir antes dele sorrir e se afastar, confuso franzi a testa encarando a mãe dela que me fuzilou sem disfarçar.  

— Hey – disse Melissa entrando na minha frente. — Por pouco não te reconheço. – ela sorriu.  

—  Oi – pigarrei colocando as mãos no bolso. — O que o médico disse ? – perguntei sério.  

— Ah ... Bom aparentemente a cirurgia foi um sucesso, ela vai ficar na UTI em observação por algumas horas e amanhã vai pro quarto. –  

— Ela está segura agora ? – franzi a testa respirando aliviado.  

— Quebrou um braço e tem alguns aranhões mas ela já está acordada e vai ficar bem. –  

— Tá ... visitas ? –  

— Só amanhã. –  

— Ok .. –  

— O médico já disse que não há nada que possamos fazer aqui, a mãe dela tá distraída agora e ... – 

— É eu sei, vou embora e amanhã eu volto, Obrigada Melissa – sorri sem mostrar os dentes estendendo a mão.  

— De nada Justin. – ela sorriu corada.  

Engolindo a seco dei as costas indo em direção ao elevador, em silêncio entrei no carro se pronunciando apenas para pedir ao motorista que me levasse pra casa, tombando a cabeça pra trás tapei o rosto com as mãos desejando evaporar dali, tudo que eu conseguia pensar era nas coisas que eu disse a ela, toda aquela situação me deixou tão nervoso que na hora a minha intenção era deixá-la  magoada , sou um idiota.  

Quando dei por mim já havíamos chegado, respirando fundo e erguendo os ombros para manter a pose desci do carro, dei boa noite e liberei a todos como se nada estivesse acontecendo, sozinho entrei em casa.  

Solidão, medo e muitas outras emoções dolorosas demais pra descrever, o silêncio logo começou a incomodar me deixando inquieto, não consigo pensar em nada sem ser a Charlotte, entrei no banho desolado, choraminguei e resmunguei sozinho por alguns minutos desligando o chuveiro em seguida.  

Escovei os dentes logo após se enxugar e vestir uma bermuda larga, apaguei a luz e fui se deitar, embora meu  corpo estivesse exausto meu cérebro não conseguia se desligar, virando e revirando na cama nenhuma posição parecia confortável, custei a pegar no sono.  

Despertei com os latidos da Esther, se espreguiçando devagar bocejei se sentando na cama e lá estava ela ao lado da cama balançando o rabo e toda sorridente, a peguei do chão fazendo-a se deitar ao meu lado, ainda com sono e criando coragem para se levantar e enfrentar o dia acabei enrolando um tempo na cama.  

Ainda sonolento entrei no banheiro pra tomar uma ducha rápida, enquanto escolhia a roupa no closet liguei meu celular, desligado a mais de oito horas a caixa de voz estava cheia, algumas mensagens e milhares de notificações nas redes sociais, dando de ombros tentei jogar o desânimo junto com o celular na cama e terminei de se arrumar afinal o dia é longo e ele mal começou.  

Com o celular em uma mão e Esther na outra sai do quarto enquanto checava meus compromissos no Evernote, desligado e sem cabeça para trabalho já havia se esquecido da apresentação que tenho em Miami no período da tarde, sem tempo para pausa entre uma cidade e outra terei de embarcar para Londres assim que os compromisso de Miami acabar. 

Me dói saber que preciso se ausentar justo nesse momento, a dias que me canso de ser quem sou e a única vontade é ficar na cama, hoje é um desses dias e ele está horrível porém não me posso dar ao luxo de parar com tudo, atolado até o pé de compromissos e responsabilidades preciso prosseguir com a minha vida mesmo que sem vontade alguma, já a sensação de estar a abandonando é algo que terei de lidar e suportar ao menos por enquanto.  

Tentar até tentei mas o café da manhã não me descia nem a força, ansioso por notícias resolvi procurar no Google o telefone do hospital e enquanto discava recebi uma mensagem do celular  da Charlotte.  

“ Sou eu ... Melissa, mandei essa mensagem só pra avisar que nossa amiga já está melhor e se recuperando muito bem até agora, conversei com ela alguns minutinhos essa manhã ... aparentemente confusa e calada  pouco falou, por vezes parece dispersa e com a cabeça em outro lugar mas acho que isso é normal depois de tudo que ela passou.  

Já sobre o horário de visitas começa às 16:00 com uma hora de duração, o andar é o mesmo só muda o quarto 0103.  

Beijos  ... “  

Sem duvidas essa não é uma das minhas melhores semanas, meu único desejo hoje era vê-la afinal foi a primeira coisa que pensei ao acordar e por castigo do destino nem isso poderei fazer, minha apresentação em Miami começa às 16H30 e devido ao fuso vou ter que sair mais cedo ou seja, sem visitas a Charlotte.  

As horas estavam voando e quando olhei já passava da 13H00, entediado no sofá e morrendo de preguiça para fazer a mala decidi entrar um pouco no Twitter só pra checar os comentários pôs show de ontem, como de costume era mentions que não acabava mais, alguns me criticavam já outros me defendiam mas de uma forma ou de outra todos estavam julgando, arfando baixo entrei no perfil da TMZ e sem dificuldades encontrei a matéria um tanto quanto tendenciosa como era de se esperar, isso sem citar as acusações e mentiras tornando hoje mais um simples e normal dia nesse mundo pantanoso de fama, se irritando cada vez mais com alguns comentários absurdos e sem nexo resolvi sair da internet antes que aquilo piorasse minha situação que já não está nem um pouco agradável, aliás preciso guardar força psicológica parar ouvir as reclamações do Scoot mais tarde.  

Com o corpo mole subi pro quarto separar minhas coisas e fazer as malas, pegando as primeiras peças que vi na frente soquei tudo dentro de uma mala e fechei, coloquei meu celular pra carregar e liguei a TV na tentativa  de se distrair o que claro foi em vão, seguindo caminhos e lógicas diferentes tentei ao máximo fugir de tal agonia e mesmo assim meus pensamentos me puxam para ela, para nós dois.  

Afundando a cabeça no travesseiro resmunguei sozinho até fungar e sentir seu perfume, tomado por um intenso calafrio fechei os olhos nos fantasiando ali naquela cama, fortes e bem vivas dentro de mim as lembranças me bombardeavam com sensações a todo vapor, o calor de seu abraço e o doce de seus lábios ainda latentes no ar estava me torturando, sua voz ecoava dentro de mim desestabilizando tudo e elevando o medo e a carência, duplicando a culpa e  a dor da sua ausência.  

Lembro do primeiro beijo que ela me deu e que até hoje está gravado em mim, a noite em que nós conhecemos e em como tudo aconteceu inesperadamente, desde o primeiro momento o desejo foi mútuo e intenso, na época ela me pareceu tão engraçada e descontraída e como o homem que sou minha única vontade era extravasar e se divertir, aproveitar a noite e apenas curtir o momento pois nem em meus sonhos mais mirabolantes cheguei a imaginar que tudo aquilo estava apenas começando.  

Não costumo se apegar e na época perdido entre Selena e Hailey a última coisa que se passava na minha cabeça era se envolver com alguém, sem saber o que o futuro guardava para nós aproveitei aquela noite ao seu lado sem expectativas, a despedida foi um tanto quanto estranha pois embora soubesse que não veria outra vez algo dentro de mim me falava o contrário.  

Crente de que tudo não se passava de uma boa noite de sexo e um pouco de carência voltei para os Estados Unidos com a sensação de algo estava errado, conheci e sai com muitas mulheres nesse meio tempo e nada superava minhas expectativas, o fato é que desde a primeira vez que estivemos juntos  nenhuma outra foi capaz de alcançar, superar ou fazer tão bom quanto ela.  

Mesmo desanimado e com o humor lá embaixo dei o melhor de mim em Miami, curiosas como sempre minhas beliebers não paravam de questionar sobre a história do acidente, tocar no assunto era minha última  vontade porém a melhor opção era esclarecer os fatos para não dar espaço a especulações, sem a mínima inspiração falei muito e não disse nada durante o discurso, assim como meus pensamentos no momento as frases saem sem sentido e nem eu entendia o que estava querendo dizer, sem citar nomes expliquei a situação por alto se desculpando mais uma vez, a agonia era tanta que já não cabia em mim e segundos depois do fim do show eu já estava com o celular pendurado na orelha, fiz muitas tentativas de contato e todas sem sucesso o que só aumentou a preocupação, o tempo estava apertado e as escolhas mínimas me deixando de mãos atadas, com muito pesar e sem opção fiz o embarque com destino a Londres, desliguei o celular, tomei alguns remédios pra dormir e fechei os olhos tentando apagar.  

Cerca de oito horas e meia depois desembarquei em Londres, cansado física e emocionalmente se despedi da equipe e fui direto pro hotel precisando mais uma vez recorrer aos remédios para conseguir dormir.  

Os dias seguintes passaram me perturbando ainda mais, a quase cinco dias sem notícias dela eu não aguentava mais estar na Europa, realizei todos os meus compromissos e evitei ao máximo tocar no assunto Charlotte embora Scooter estivesse forçando o contrário, fraco e sem forçar emocional parar rebater as críticas confesso que se deixei influenciar por alguns comentários mas não o suficiente para conseguir esquecê-la.  

Completando meu último compromisso em uma tarde fria de sábado fui direto para Hotel fazer o check-out e pegar a mala, agitado e  sem tempo a perder embarguei de volta a L.A um pouco mais animado e confiante só por saber que agora falta pouco para vê-la, por mais que meu desejo fosse chegar rápido o voo era longo e demorado o que só me deixou mais ansioso, sem muito o que fazer joguei poker com alguns dançarinos e virei algumas doses só para matar o tempo.  

Desci do jatinho decido a ir direto pro hospital, troquei de roupa durante o percurso e ensaiei algumas frases de perdão embora nada me parecesse suficiente, com o coração palpitando minhas mãos suavam frio tamanho o nervosismo, impaciente e ouvindo música no último volume eu tentava me manter focado e centrado contando minuto a minuto.  

Beirando a hora do almoço cheguei no hospital com o estômago roncando de fome, sem enrolação desci do carro já apertando o passo rumo elevador, minha agitação era evidente e minha presença infelizmente não passou batida dessa vez, sem querer ser grosso ou descontar meus problemas em alguém atendi algumas fãs que encontrei pelo caminho tentando ser o mais atencioso possível.  

Guiado pelas instruções da Melissa fui até o quarto 0103 o encontrando totalmente vazio, franzindo a testa e sem entender muito bem o que estava que  acontecendo corri até o balcão de informações do andar perguntar o número do novo quarto.  

— Com licença, a senhora poderia me informar qual é o novo quarto da Charlotte Andreolli. – cocei a testa arqueando as sobrancelhas.  

— Só um segundo ... – ela sorriu digitando alguma coisa no computador. — Charlotte a paciente do quarto 0103 ? –  

— Sim isso mesmo. –  

— Hm ... aqui no meu sistema consta que a paciente Charlotte recebeu alta ontem no final da tarde. –  

— Recebeu alta ? Ela passou por uma grande cirurgia domingo passado, como pode ter recebido alta tão rápido ? –  

— Isso eu não sei te informar senhor, a única informação que tenho aqui é que a paciente já recebeu alta ... só um segundo. – ela avisou se levantando, chamou um médico que passava caminhando pelo corredor e voltou até mim. — O Doutor Haygan que assinou a alta da paciente, talvez ele possa esclarecer suas dúvidas. –  

— Ok, obrigada ... – franzi a testa tentando ver o nome no crachá.  

— Selena – ela sorriu sem graça.  

— Obrigada Selena – lhe agradeci sem mostrar os dentes, era só o que me faltava.  

Se apresentando cumprimentei o Doutor ao meu lado que não me poupou elogios, segundo ele suas duas netinhas, uma de oito e outra de onze anos são beliebers de carteirinha.  

— Enfim ... você gostaria de informações sobre a paciente Charlotte ? – ele perguntou checando alguns papéis que estavam na prancheta em sua mão.  

— Sim, fui informado de que ela já recebeu alta, só não consigo entender o motivo já que o quadro dela não era tão simples assim.  

— Vocês são parentes ou algo assim ? –  

— Ahah  não, somos amigos ... amigos próximos. –  

— Entendi, de acordo com as regras do hospital é proibida a divulgação de qualquer informação em relação aos pacientes sem ser que seja alguém da família, sua sorte são as minhas netas te adorarem. – ele sorriu enquanto lia alguma coisa. — Senhorita Selena imprima pra mim a ficha da paciente de número 099410103. –  

— Só um instante senhor ...... aqui está. –  

— Obrigada .... – ele assentiu pegando o papel. — Bem vejamos ... ela não é americana ? . – perguntou já afirmando.  

— Correto, mora e trabalha aqui mas é brasileira. –  

— Hmm, o que consta aqui é que a paciente realmente deu entrada na UTI em estado grave porém teve uma melhora significativa nos últimos dias, o ideal seria ela ainda estar na observação porém devido à trâmites legais tivemos de adiantar sua alta já que a mesma não corria mais grandes riscos. –  

— Trâmites legais ? –  

— Exatamente, por ser de outra nacionalidade e ter recebido baixa no visto trabalhista no início da semana as autoridades locais entraram em contato com a imigração e a embaixada brasileira que foi responsável por fazer o embarque da paciente ao seu país de origem para que lá ela receba os cuidados necessários.  

— Espera deixa eu ver se entendi ... a mandaram de volta pro Brasil ?  

— Sim, fizemos aqui o nosso melhor e tenho certeza de que lá a paciente já deve estar recebendo os devidos cuidados, a mais alguma coisa em que eu possa te ajudar ? –  

— Não ... obrigada Doutor, não sei nem como lhe agradecer. –  

— Foi um prazer te conhecer. – ele sorriu apertando minha mão.  

— O prazer é todo meu – assenti o cumprimentando.  

— Cuide bem dessa voz meu jovem. –  

—  Haha pode deixar – sorri se despedindo indo em direção ao elevador.  

Feliz por ela estar bem e a salvo, chateado por não encontrar o que eu procurava, seus olhos.  

Segui pra casa jogando as cartas na mesa, essa ultima semana me deixou acabado e exausto de tanto pensar, liguei diversas vezes mas o número nem chegava a chamar, entrei nas redes sócias a sua procura porém também não obtive respostas, foi difícil porém me mantive firme, não desisti da conversa que devemos ter apenas cansei de tentar.  

De início senti muita raiva afinal ela sabe como falar comigo e mesmo assim não o fez, fiquei deprimido pois acima de tudo éramos amigos e como amigo essa preocupação me machuca, realmente me importo com ela.  

Os dias foram se passando e minhas tentativas de contato diminuindo, depois de tanto pensar e se torturar com toda essa situação simplesmente fui desanimando, dizer que a rotina voltou a ser a mesma seria blasfêmia, acabo lembrando de uma coisa outra em meio a coisas idiotas e riu sozinho mas não passa disso.  

De resto nada mudou, o trabalho e o amor pelas minhas beliebers e pela música continua o mesmo, o tempo livre venho aproveitando bastante, muitas baladas, amigos e bebidas pois se tem uma coisa que a vida me ensinou é que ela não para, fazendo disso sempre uma lição tento não cometer os mesmos erros.  

Talvez a Charlotte tenha sido um erro, Scooter conversou muito comigo me mostrando outro ponto de vista, puxando na  memória se lembrei de tudo que deu errado para nós dois desde que a conheci, sempre existiu a distância, as diferenças, muita mágoa envolvida somada a diversos desencontros, olhando por esse lado fica fácil perceber que afastados somos melhores, não faço bem pra ela,  na verdade só pisei na bola e convenhamos que a Charlotte sabe bem como tirar as pessoas do sério, agora que tudo passou de certa forma me sinto aliviado, venho curtindo a vinha sem receios e pouco se importando com o que os outros vão pensar, enquanto meu pai sai e se diverte comigo minha mãe volta e meia liga pra reclamar, que estou bebendo demais ou fumando demais ou gastando demais, sinceramente não entendo as mulheres, sempre querendo controlar tudo, Pattie não é capaz de entender que não tenho mais dezessete anos e que sei cuidar da minha vida sozinho.  

Já não bastava tanta confusão acabei se encontrando com aquela maldita mulher, até então era um sábado comum na 1OK o Tay James estava tocando e eu bebendo  e zoando com os caras até que a piriquita infiel apareceu, Selena parada de frente pra mim com aquela cara de mistério, meio alto da vodca cocei a testa serrando os olhos pra ter certeza que não era uma miragem.  

Com um vestido preto apertado ela se aproximou sorrindo e trocando os pés, achei estranho pois na última vez que a vi a mesma me disse que não queria me ver nem pintado de ouro, se deixando levar dei de ombros afastando tais pensamentos, se jogando ela me abraçou apertado me dando um beijo molhado no pescoço, sem jeito sorri sem graça.  

Conversa vai conversa vem resolvemos ir embora juntos, ainda sem acreditar no que estava acontecendo dirigi direto pra casa com o pé no acelerador, por um tempo pareceu que voltei no tempo, minha ficha tá caindo mas ainda é difícil acreditar que está mesmo acontecendo, desejei isso por tanto tempo, tantas vezes, nós dois juntos outra vez.  

A noite foi longa e muito inesperada, Selena por sua vez estava bebendo muito, fiquei curioso pois pelo que soube ela estava em tratamento e não pode beber mas o medo de por tudo a perder me deixou calado, como ninguém Selena sabe como me agradar, na cama um desejando o outro mais um vez eu ri  sozinho, tudo ia bem e a cede de sexo da piriquita era insaciável mas por algum motivo tinha algo estranho, não fiz sexo com mais ninguém depois da Charlotte não por falta de oportunidade eu só não estava afim, nunca senti algo assim antes, um prazer angustiante delirante e vazio desse jeito, em meio aos seus gemidos outro nome me vinha a cabeça e mesmo querendo acreditar que sim o nome não era da Selena, me sinto péssimo por estar nesse momento incrível no qual desejo a muito tempo se sentindo vazio, chega a ser frustrante.  

Depois de tanto esperar minha chance chegou mais uma vez e dessa vez farei tudo que ela quiser, disposta a me perdoar é retomar nosso namoro Sel dormiu comigo pela primeira vez depois de muito tempo, na  manhã seguinte custei a juntar as peças, disposta e cheia de animação me acordou enchendo meu rosto de beijos, sorrindo se levantei pra ir ao banheiro enquanto ela se trocava.  

— Ei vem cá meu preguiçoso. –  pulou atrás de mim virando meu rosto pra me dar um beijo.  

— Hm – ri fraco lhe dando passagem, embora estivesse feliz a sensação de vazio cismou em aparecer outra vez.  

— O que foi,  parece que você não quer me beijar. – se afastou me fitando.  

— Claro que quero. – sorri a puchando pela cintura.  

— Tem certeza ? Acho que estou mais animada que você. –  

— Estou animado Sel, é que ainda to com sono. –  

— Ok, vou indo pra casa por que tenho que fazer as malas. –  

— Malas ? –  

— É, vou viajar com a Taylor esqueceu ? Te falei isso ontem .... –  

— Aham eu lembro. – cocei a cabeça saindo do banheiro.  

— Volta pra terra meu querido, bom eu to indo. – sorriu me dando um selinho. — Te amo e fui. – sorriu abrindo a porta.  

— Hmm, tchau Sel. – sorri sem mostrar os dentes, mostrando a língua ela saiu batendo à porta.  

Não sei o que deu em mim mas já estava se sentindo sufocado como se algo estivesse parado na minha garganta, pra pensar resolvi beber uma dose de whisky e nesse brincadeira foi meia garrafa, sem se levantar da cama passei o resto da tarde de domingo fitando o teto, as peças não se encaixam pois não me sinto feliz como achei que estaria, sinto o vazio e a sensação de estar sozinho como se algo estivesse faltando.  

Confesso que exagerei na bebida mas nada justifica a recepção que recebi, lindo e calmo como sou eu dormia tranquilamente até uma pessoa completamente maluca ligar uma música alta e ruim do caralho, quase infartando levantei da cama em pulo só.  

— Bonito,  que bonito .... Decidiu acordar senhor marajá. – alguém gritou ao meu lado, odeio quando fazem isso.  

— Mãe ? – se espreguicei confuso.  

— Vamos, levanta dessa cama e entra de baixo da água gelada.  

— Não tenho mais cinco anos não dona Pattie. – resmunguei indo pro banheiro.  

Sonolento enrolei no banho até despertar, enrolando a toalha na cintura sai do chuveiro escovando os dentes em seguida.  

— Só um segundo – avisei indo até o closet se vestir.  

— Nada que eu não tenha visto – ela riu.  

— Mãe ... –  

— Tá já parei, enfim já podemos conversar ? –  

— Hmm, pode falar que eu to ouvindo. –  

— Vim pra cá pra te ver pessoalmente filho já que por telefone não resolve de nada. –  

— Eu to bem, sério. – sorri voltando do closet. — Voltei com a Selena ontem. –  

— Hm ... e hoje já tá afogando as mágoas ?  - me questionou pegando a garrafa de whisky do chão. –  

— Ah isso ... – sorri sem graça — Não estou afogando as mágoas, essa garrafa é de ontem à noite. – menti. 

— Então agora que vocês voltaram inesperadamente seu comportamento vai melhorar ? Toda essa bebedeira e desperdício de dinheiro que aconteceu nas últimas semanas vai parar agora ? –  

— É ... tá tudo bem mãe. –  

— Não tem nada que você esteja escondendo de mim ou tem ? –  

— Não, por que teria ? – franzi a testa.  

— Bom .... eu sou sua mãe Justin e sei que não é só isso, sei de tudo que acontece na sua vida. –  

— Direto ao ponto ... –  

— Não quer me contar sobre a sua amizade com a Charlotte ? –  

— Como você sabe sobre a Charlotte ? – perguntei engolindo a seco.  

— Internet, Scooter ... – arqueou as sobrancelhas como se fosse óbvio. -  

— Não quero conversa sobre isso. – bufei baixo desviando o olhar.  

— Por que não ? –  

— Não quero, não insista por favor. –  

— Tudo bem filho, posso ver nos seus olhos o quanto está confuso. –  

— Esse assunto está me fazendo mal, não quero pedir outra vez mãe. –  

— Só me responde uma coisa ... Você a ama ? –  

— Ahah quem ? ...  

— Aí aí Justin, a Selena, você ama a Selena ? –  

— Hmm ... é ... amo, eu amo a Selena. –  

— Qual a razão dessa pausa ? Você pensou pra responder. –  

— Não pensei não. –  

— Pensou sim Justin, você excitou. –  

— Não excitei. –  

— Você quem sabe meu filho, se acha que continuar enganado a si mesmo te fará feliz ....só pense para  tomar decisões antes de machucar alguém e ser machucado, sei que muitas pessoas vão falar pra você que é a escolha errada mas é isso mesmo que você quer pra sua vida ? Uma ilusão linda é favorável ou algo real ? –  

— Mãe, aprecio muito seu conselho mas ....  

— Ainda não terminei seu malcriado .... Você sabe quem eu sou, sabe quem você é ... quantas vezes te disseram  que não estava errado ? Que você não ia conseguir ? Isso te fez se esconder de medo ? Desistir ? Tudo isso a nossa volta não  é real, bebidas e carros de luxo, os amigos perfeitos o namoro perfeito, essa não é a vida meu anjo, posso dizer sem erro que todas essas queixas e problemas internos que vem tendo tem um único motivo ... coração carente e machucado, esse vazio que você sente ...  

— Espera .... me sinto um pouco vazio mas não te contei sobre isso.  

— Nem precisa ... – riu fraco me dando um abraço — Seu problema é amor Justin, essa dor e esse medo aí dentro do seu coração sabe o motivo de tudo, sabe quem ele quer e você meu filho, sabe me dizer o que você quer? Pergunte a si mesmo e escute o a voz do seu coração, quem você ama de verdade Justin ?. 


Notas Finais


i am back bitchs ♥
Esse capitulo trouxe muitas novidades como a volta surpreendente de Jelena, já ouviram aquela música '' My mama don't like you and she likes everyone '' pois é rs .... sogrinha Pattie chegou pra agitar um pouco as coisas.
Charlotte aparentemente está bem pelo menos de saúde, voltou a terrinha e pelo que bem sabemos de seu histórico familiar a recepção na volta não deve ter sido agradável.
Disputar com a Selena parece uma causa perdida afinal ela é tudo que ele sempre quis mas será que é o que ele realmente precisa ?
A pergunta que não quer calar é ; Quem nosso Jus ama de verdade ?
Team Selena ou Team Charlotte ? Jelena ou Jar ? qual dos lados vocês estão?
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Esse mês foi sofrido e a escravidão foi no limite com o Ema seguido do Amas e do Arias, muitas de vocês podem estar se perguntando qual a relação entre o atraso do capitulo e as votações. A explicação é simples ... em época de votação não consigo focar em outro assunto e praticamente moro no Twitter, me sinto mal quando fico sem postar mas me sinto pior em abandonar o Fandom e o Justin ... espero o entendimento a compreensão de vocês ♥


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