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História Um contrato para amar - Don't blame me - chapter 30


Escrita por: Francinematos

Notas do Autor


Boa leitura!!!!

Capítulo 31 - Don't blame me - chapter 30


Fanfic / Fanfiction Um contrato para amar - Don't blame me - chapter 30

Zikiya

Quando cheguei em casa depois de ficar ao lado da minha mãe após o meu pai Zemo fazer e dizer aquele tanto de merda pra ela, vi a casa lotada de flores, Sam estava na sala olhando pro nada e tomando cerveja.

—Faltou pouco pra você matar o meu pai hoje, não é? —indaguei, me jogando ao seu lado no sofá.

—Te contaram o que aconteceu? —acenei positivamente com a cabeça indicando que sim. —Zemo é um crápula, não merece a nossa mãe, eu fico com dó dos nossos irmãos, pra eles tem sido duro se tocar que esse maldito não é confiável. —fiz uma careta.

Era duro escutar isso, mas era real e verdadeiro, meu pai não é confiável, saber que ele tratou minha mãe dessa forma hoje, me fez se arrepender de colocar o nome dele na minha nova certidão de nascimento, me sinto mal por acreditar que  homem que trata minha mãe como nada vá mudar porque uma garota mimada e estúpida.

—Eu sei que você o considera como pai, mas essa é a verdade. —me abraçou de lado.

—Está tudo bem, no meio disso tudo eu sinto muito pela mamãe e pelos nossos irmãos, eles merecem coisas melhores. —retribui seu abraço. —Só quero a felicidade da nossa mãe e dos nossos irmãos.

—Eu também, não vejo a hora da nossa mãe se divorciar desse homem, não vejo a hora dela poder ser feliz ao lado de quem ama de verdade.—Sam murmurou, suspirando pesadamente.

Concordei e fiquei extremamente pensativa.

—De quem são essas flores? —perguntei, curiosa.

—Do seu namorado, ele mandou pra você. —Sam respondeu, com um sorriso malicioso.

Isso me fez arregalar os olhos surpresa, ele simplesmente acha que flores vai mudar o que aconteceu?

Havia um cartão e uma caixinha em um dos arranjos e em outro uma carta, suspirei pesadamente, dei um beijo na cabeça do meu irmão e fui para o quarto.

Abri o cartão e estava escrito a mão.

"Feliz um mês de namoro, desculpe não ser namorado que você merece.

Com amor, seu soldadinho".

Ao abrir a caixinha vi um anel de platina com uma pedra de diamante amarelo, isso me deixou chocada, eu não sou de usar ou gostar de jóias, na verdade ganhei pouquíssimas em minha vida inteira.

O diamante amarelo me fez lembrar de uma conversa que tivemos quando nem estávamos juntos ainda.

—Você está muito bonzinho comigo hoje. —comentei, desconfiada enquanto fazia carinho em Midnight.

—Bem, se você quiser eu posso te arrastar pro quarto e te mostrar meu lado malvado enquanto meto em você. —murmurou, me fazendo revirar os olhos.

—Você é ridículo, eu nunca irei pra cama com, Barnes. —falei, irritadiça.

—Não só vai, como vai se apaixonar por mim. —Ele riu negando com a cabeça.

—Só nos seus sonhos.

Ele se aproximou de mim e segurou em meu rosto, me encarando fixamente.

—Por que um olho amarelo e laranja e outro azul e roxo?

—Porque eu quis.

—Quem está sendo rude agora?

Revirei os olhos.

—Amarelo e laranja representam a parte boa em mim,as coisas que herdei do meu avô e estão na minha personalidade, considero a parte amarela em mim como um diamante, pois é a parte mais preciosa em mim. Roxo é a parte em mim que representa criatividade e coisas boas, azul…—não consegui terminar de falar.

Azul pra mim eram os olhos dele, a paz e a tranquilidade que eles me trazem, mas eu jamais admitiria.

—Azul?

—Meu momento de paz.

—Você também é meu momento de paz, Ziki. —murmurou, me deixando confusa.—Eu consigo te ler facilmente, minha boneca.

Sorri timidamente e dei um beijo na sua bochecha.

Voltando aos dias de hoje eu vejo o quanto estive errada em negar que seria sim dele. Me senti feliz por ele lembrar dessas pequenas conversas.

Abri o envelope da carta e já me preparei.

“Querida Zikiya,

Tentei tomar coragem para lhe dizer o que venho passando todos esses anos pessoalmente ou ao menos por mensagens, mas não consigo, para ser sincero, prefiro nunca lhe contar, pois não quero que você me veja como uma pessoa ruim.

Você é a pessoa mais importante da minha vida, eu só conheci o que é paz, felicidade e cuidado quando você apareceu em minha vida, sou grato todos os dias por você iluminar minha vida com suas partes amarelas, laranjas, roxas e azuis.

Eu sei que deveria te pedir desculpas pessoalmente pelo que fiz, mas eu me sinto enojado pelo que fiz a você. Jamais deveria ter gritado com você e se pudesse essa parte ruim dentro de mim colocada por meu pai, eu teria feito apenas pra não te machucar.

Me perdoe por ter gritado com você e te pedido pra ir embora, eu juro que não foi minha intenção, eu tenho ficado perdido em minha própria mente, as coisas estão uma bagunça pra mim, sei que não justifica e que te deixei triste, mas eu te peço de coração que me desculpe e me perdoe por não ser o namorado que você merece.

Eu te peço que me dê mais uma chance pra tentar ser melhor, eu não quero perder você, não quero perder o que temos e construímos mesmo com todo o caos, você é tudo pra mim e é a mulher que eu amo.

Com amor, Bucky.”

Isso me fez chorar tanto, foi uma das poucas vezes que ele realmente foi franco comigo e saber que ele me ama me deixou ainda mais emocionada.

Eu o amo também, mas isso não muda nada,não tira o peso dele precisar urgentemente de ajuda profissional, eu me importo demais com o Bucky pra deixá-lo se matar desse jeito.

Não respondi as cartas e os presentes, não tenho estômago pra isso, mas estou analisando o fato dele ter dependência emocional em mim.

Quando sai da faculdade estava conversando com as meninas e Afonso, minha mente continuava em Bucky.

—O seu cunhado acabou de chegar. —Afonso murmurou, com um sorriso sapeca.

Forcei um sorriso e olhei pra trás vendo David, acabei revirando os olhos, esse desgraçado fez o Zan sofrer.

—Conseguiu descobrir o motivo do sumiço do Bucky? —Yelena perguntou, curiosa.

—Não, ele não me disse nada antes de ontem e eu sinceramente acho que nem quero saber. —respondi, suspirando pesadamente.

—Se eu fosse você deixaria as coisas como estão, é o Bucky, ele sempre foi o esquisito do grupo de amizades do meu irmão. —Kate murmurou, me fazendo olhar esquisito pra ela.

O Bucky é introvertido, mas isso não significa que ele seja esquisito, o problema é que ele tem dificuldade de confiar nas pessoas e com a família que ele tem não o culpo muito.

Ah, por que eu ainda o defendo?

—Olha, eu só consigo levar em consideração o que Tobey passa nas mãos dos pais, se for verdade que ele passa por isso também, talvez ele tenha sumido por vergonha de te mostrar os hematomas. —Meg murmurou, sendo a mais sensata.

Meg veio fazer uma entrevista de emprego em uma empresa perto do campus, desde que ela largou a faculdade de direito, tia Kamala disse que seria ela por ela em relação a dinheiro.

—Eu não tinha parado pra pensar nisso, se for isso, justifica o fato dele ter sumido. —Kate falou, pensativa.

—Mas pra mim não justifica, pelo que a cunhada disse sobre isso, Bucky passa uma espécie de tortura nas mãos dos pais, é como se exigissem que ele fosse um soldado perfeito e sem falhas, isso me deixa até desconfortável de chamá-lo de "soldadinho". Isso sem contar que eu não sei nada sobre ele. —falei, em tom triste.

Eu queria continuar e dizer que não quero mais namorar com ele, mas recuei.

—Eu não fazia ideia que as coisas fossem ruins dessa forma pra ele, isso justifica muito do comportamento dele. —Yelena falou, se sentindo mal.—Quer dizer, Nat e eu sabemos o que é ter pais abusivos e se não fosse a tia Zuleide, estaríamos até hoje apanhando e sendo trancadas dentro do porão.

A Yelena e a Nat sofreram muito nas mãos dos pais, ambas foram adotadas, mas unicamente porque os pais queriam se promover em cima disso, elas sofriam maus tratos e até abusos por parte de um tio, quando a Nat se tornou uma modelo, minha mãe a madrinhou e descobriu sobre os abusos, isso fez com que minha mãe se tornasse uma verdadeira onça pra defende-las, desde então as duas foram criadas e cuidadas pela minha mãe.

—Eu sinto muito por isso, Lena. —Afonso murmurou, chocado. —Acho que nesse aspecto, James precisa de todo suporte e está rodeado de puro amor, a mente dele deve está um caos tendo que aguentar tudo isso por todos esses anos. —adicionou, meio preocupado.

Uma coisa linda em Afonso é a empatia, ele poderia me incentivar a dar um pé na bunda do Bucky pra poder ficar comigo, mas ele prefere mil vezes aconselhar com algo que seja benefício pra ele.

—Contando que essa história não te afete, eu sou bem a favor de você o ajudar e cuidar dele. —Kate apoiou.

Acontece que já me afetou.

—Ele precisa de você e também não podemos deixar de notar que ele mudou muito por você. —Meg argumentou.

—Esse é o problema, eu quero está ao lado do Bucky e apoia-lo, mas eu não quero ser uma psicóloga e muito menos um antidepressivo pra ter lidar com os traumas dele como uma especialista, ele precisa de ajuda profissional, não de mim, o que Bucky provavelmente tem em mim é dependência emocional. —desabafei, um pouco receosa.

—David está vindo em nossa direção. —Meg avisou.

—Ótima oportunidade pra você tentar descobrir o que está acontecendo com seu boy.  —Yelena incentivou.

—Oi, gente. —David cumprimentou, me fazendo olhar e o encarar. —Ziki, podemos conversar?

Me virei e o encarei fixamente.

—Sobre? —perguntei, cruzando os braços na altura dos seios.

—Bem, a gente vai nessa, Sunshine. —Kate deu um beijo na minha bochecha e saiu junto com Yelena e Meg.

—Te vemos depois, Danda. —Afonso murmurou e saiu também com seus seguranças.

—Podemos ir pra lugar menos público? —perguntou, colocando a mão no bolso e olhando pro chão.

—Eu só posso ir pra qualquer lugar com os meus seguranças. —olhei pra Torres e Romlow que estavam de longe prontos pra avançar no David caso eu fizesse o sinal.

Eles andam comigo o tempo inteiro, nem sinto mais a presença deles apesar de ainda me sentir desconfortável.

—Não tem problema.

—Em que lugar você quer conversar? —perguntei, ainda muito séria.

Eu iria dizer umas belas verdades pro David por machucar o coração do meu irmão.

—Um restaurante de sua preferência. —respondeu, bem apreensivo.

Concordei e entreguei o cartão de visita do restaurante que eu almoço as vezes e que é aqui perto da faculdade mesmo. Dei as costas pra ele e avisei aos meus dois armários que eu iria a esse tal restaurante.

Assim que cheguei no restaurante, David também chegou, escolhemos uma mesa e assim que ele quis fazer os pedidos, o cortei lhe mandando ir direto ao assunto.

—Você costumava ser mais doce comigo. —comentou, forçando um sorriso.

—Isso foi antes de você ser um otário com meu irmão. —respondi, ríspida.

—Eu fiz o que era necessário pela minha família.

—Sua família faz o que é necessário por você? —inquiri, irritadiça.

Ele ficou em silêncio e respirou profundamente.

—Eu fui criado pra ser leal e minha família não aprova esse tipo de coisa—explicou, com a voz embargada.

—Esse tipo de coisa o que? Amar? —indaguei, colérica.

—Seu irmão e eu nunca iríamos dar certo. —falou, sisudo.

—Se você já sabia disso por que não deixou meu ir embora e seguir em frente sem você? Zan é delicado, por trás daquela armadura tem uma pessoa extremamente dócil e frágil, se você sabia que não iria dar certo por que foi até o final com isso e ainda o culpou pela merda de pais e irmãos que você tem? —questionei, brava.

—Eu não vim falar sobre seu irmão e eu, Zaniel está melhor sem mim, ele merece coisa melhor. —falou, em tom triste.

—Tem razão, meu irmão merece coisa melhor.

—Meu irmão precisa de você, James não consegue nem se olhar de tanto nojo que está sentindo nojo de si mesmo depois do que ele fez, isso sem contar que ele está doente, ele precisa de você. —murmurou, me fazendo ficar com um aperto no peito.

—O seu irmão te pediu pra vim aqui? —perguntei, cruzando os braços ficando na defensiva.

—Não, mas eu estou vendo o quanto ele está mal com tudo isso, ele precisa de você. —respondeu, engolindo em seco.

Isso me fez rir, ele nem mesmo tem coragem de me pedir desculpas pessoalmente, isso deixa tudo ainda mais tóxico pra mim e pra ele.

—O que seu irmão precisa é de AJUDA PROFISSIONAL, eu mostrei e provei a ele que estou ao lado dele pra tudo, mas eu também não posso e nem vou ser uma varinha mágica que o tira da depressão quando ele não faz o mínimo esforço pra se ajudar. —enfatizei, ficando colérica.

—Ele só não sabe lidar com essas coisas, tente ter mais empatia com ele, Zizi. —murmurou, tentando soar amansado.

Aquilo me fez negar com a cabeça, eu venho tendo empatia pelo James desde muito antes, a única coisa que cobrei quando começamos a namorar foi que ele fosse franco comigo e isso é o mínimo. Eu tenho me virado em mil pra fazer ele ficar bem e eu tenho que ter mais empatia após ele provavelmente reproduzir o abuso que sofreu de George em mim?

Isso me deixou tão brava, que sai do restaurante e entrei no carro chorando, eu não queria continuar com isso, decidi ir ao clube onde George costuma ir pra assistir strippers, eu sei disso porque já ouvi ele comentando com Júnior, ele faz isso toda semana.

Sai do carro transtornada, entrei no clube e o procurei, logo o vi ao lado do filho. Uma mulher estava fazendo lap dance em George e outra estava pagando um boquete em Júnior.

Que nojo!

Peguei meu celular e fiz várias fotos e vídeos, isso será o que eu vou usar pra fazer esses desgraçados deixarem o homem que eu amo em paz caso eles não se intimidem por mim. 

Guardei meu celular, fui até eles, empurrei a mulher em cima dele e antes que o mesmo pudesse reclamar deferi um soco certeiro em seu rosto.

Vi o mesmo cuspindo sangue e aquilo me deixou satisfeita.

—Saiam daqui, tenho assuntos a resolver com os dois brochas aqui. —comandei para as meninas que saíram.

—Quem você pensa que é pra bater no meu pai sua vadia? —Junior perguntou, me puxando pelos cabelos, o que me fez grunhir de dor.

Antes dele me bater, Romlow que entrou comigo o puxou e o Júnior foi contido pelo homem.

—Bem, eu sou Zikiya Dandara Matos Zemo-Spector, Junior. —respondi, o olhando com superioridade. —Os meus dois pais saberão disso. —falei, dando um sorriso maléfico.

Dei um chute em suas bolas que o fez gemer de dor.

—Você é uma vadia, deveria ter feito o James acabar com você quando notei que você estava enfeitiçando o meu filho. —George falou, se levantando para me enfrentar.

—George, eu sei que sou uma vadia, especialmente quando estou trepando com o seu filho no seu escritório na mansão Barnes. —disse, debochada.

O homem veio pra cima de mim, mas eu o chutei forte, o fez o desgraçado cair sentado novamente, segurei em seu pescoço e comecei apertar com força, o velho caquético começou a engasgar.

—Eu estou fazendo isso como forma de aviso, se você ousar machucar David, Tobey, Dothy, os seus netos e o Bucky, eu faço você parar debaixo de 7 palmos debaixo da terra. —ameacei, parando de estrangular o homem que começou a tossir.

—Acha que eu temos medo de você? —Junior indagou, debochado.

—Deveriam, porque isso foi só um aviso, próxima vez eu mostro uma Zemo-Spector faz com aqueles que mexem com quem ela ama. —respondi, cuspindo em sua cara.

—Eu estou morrendo de medo, garotinha. —meu sogro falou, troçado.

—Romlow, pode descontar sua raiva do último aborrecimento como quiser.

Meu segurança assentiu e começou a bater em Junior e em George, aquela cena foi satisfatória, isso é pouco perto do que ele faz aos próprios filhos.

Comandei para Romlow parar, saímos do clube e eu fui pra casa, pedi pra eles guardarem segredo.

Não me sentia bem agindo dessa forma tão violenta e passando dos limites, mas eu cruzaria a linha o tempo inteiro pelo Bucky, espero que ele não me culpe,eu fiz isso pela proteção.

Quando cheguei em casa, Midnight veio até mim e eu o peguei no colo, brincando e beijando seu pelo por alguns minutos, a essa hora Rosie já foi embora, mas já deixou água e comida no potinho dele e da irmã pra eles não ficarem com fome.

—Amor da mamãe. —o coloquei no chão , peguei o seu brinquedo e arremessei pra longe, ele correu e foi buscar.

Logo Alpine apareceu e se esfregou em minhas pernas, a peguei no colo e beijei sua cabeça, ela inclinou e lambeu o meu rosto, isso me fez sorrir.

—Princesa caçula da mamãe, coisa linda.—disse, acariciando seu pelo e esfregando minha maçã do rosto no topo de sua cabeça. —Eu estou sentindo falta do pai de vocês, mas eu não vou ceder.

Provavelmente ele vai me odiar e me culpar, bati no seu irmão e no seu pai, mas fiz por ele e faria novamente.



Notas Finais


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Zikiya foi lendária sim ou não?

A carta do Bucky, o que vocês acharam?

Zikiya batendo no velho caquético?


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