História The Promise We Made - Colapse and Doubt

Alguns dias passam, e, pouco antes de Roxas sair pra sua missão (que por acaso era com o Axel como parceiro), algo que o choca e praticamente o enlouquece acontece.

                “Mas o qu- Xion!” Eu grito, sem sequer perceber que metade da organização passou a me olhar com isso.

                Xion saiu de um portal das trevas sendo carregada por dusks, inconsciente e parecendo muito machucada, me deixando louco de medo e preocupação.

                “O que aconteceu com ela?! Saïx, ela vai ficar bem?” Eu pergunto, com um leve desespero na voz.

                “Não me surpreende isso ter acontecido, eu já esperava que isso fosse quebrar uma hora ou outra. Por enquanto, quero que vocês levem para o quarto dele, que depois eu vou lá averiguar a situação.” Ele disse para os dusks, me ignorando.

                “SAÏX!” Eu grito. “Eu perguntei se ela vai ficar bem, e PARA DE TRATAR ELA COMO UM OBJETO, PORQUE ELA NÃO É!”

                “Que foi? Vá pra sua missão, você e Axel já deviam ter saído.”

                “Cara, para com isso, por favor. Memorizou?” Axel diz, antes de me carregar pra um portal, pra irmos pra missão.

                “ESSE SAÏX! Um dia ele me paga, eu vou fazer ele chorar e pedir perdão por ter tratado a Xion do jeito que ele fez!”

                “Calma cara. Ele pode ser meio indelicado, mas ele não quis dizer de verdade isso, ok? Eu acho...”

                “Você acha, Axel? Eu tenho certeza de que ele fez de propósito! Como ele pode tratar uma aliada desse jeito?!”

“Calma, Roxas, calma. Eu também tô bem P da vida com ele por causa disso, mas agora a gente não pode fazer nada, então foca na missão que é o melhor que você faz agora.”

                “Argh! Um dia...”

                *Mais tarde...*

                “Roxas. Ei, Roxas, seu sorvete ta derretendo.”

                “Anh? Ih, Nem vi. Valeu.”

                “Cara, tu ainda ta emburrado com o que o Saïx fez?”

                “Não! Não tô, é só como que ele pode?”

                “Você ainda ta emburrado sim. Sério, se eu não soubesse que não temos coração, eu diria que você ta perdidamente apaixonado pela Xion. Chega a ser ridículo.”

                “O-o quê?! Eu? Apaixonado? Não Axel, não, não e não!”

                “Hahahahahaha! Você ta louco por ela cara, aceita. Só não digo apaixonado de novo porque bom, nobodies, lembra?”

                “Affe! Você é muito chato às vezes, Axel.”

                *Na mesma noite...*

                Será que eu tô mesmo gostando dela? Será que eu tô mesmo apaixonado por ela? Não! Não cara, não. Roxas, se segura cara. Você ta bem. Você ta bem, você só tá preocupado com sua AMIGA. Amiga, é só isso. Ela é minha amiga, e eu tô preocupado com ela. Além disso, não dá pra aceitar que tratem uma amiga do jeito que o Saïx fez, não é que eu esteja afim dela ou algo do tipo.

                Apesar de que...

                “Roxas...”

                “Xion...” Eu digo, antes de aproximar meu rosto do dela, e colar meus lábios nos seus.

                É uma sensação muito boa. Eu aproveito cada segundo, cada milésimo desse momento que, para mim, seria o momento mais feliz da minha vida, se eu tivesse um coração. Aliás, eu fico pensando ás vezes, porque não possuímos coração, mas ainda sim, eu me sinto como se eu ainda sim tivesse sentimentos. Como se essa ideia de que não podemos sentir, que somos seres incompletos, fosse nada mais do que uma mentira.

                Algum tempo se passa, e nos separamos.

Eu olho em seus olhos, seus lindos olhos azul ciano, que parece que me encantam, e eu penso o quanto eu a acho linda e o quanto parece que eu a amo.

                “Eu sei que pode parecer loucura, mas eu juro que eu te amo. Mesmo sabendo sobre o fato de sermos nobodies. Aliás, eu tenho pensado, eu nem sei se acredito mais que não podemos sentir, porque o que eu tenho certeza que eu sinto por você, não é um simplesmente fingimento, não é uma mentira que eu acredito ser real. Eu sei que o Xemnas, o Axel, todo mundo diz que não podemos sentir, que não temos coração, mas eu não acredito mais nisso. Eu acredito que, nós da organização, somos nobodies realmente especiais, que mesmo sendo nobodies, ainda somos capazes de sentir. E eu também acredito que eu e você somos capazes de compartilhar esse sentimento, essa sensação que sentimos agora.” Eu digo, e sigo com um outro beijo nela, dessa vez um pouco mais rápido, mais tão apaixonado quanto antes.

                “Roxas... Eu também. Eu também te amo, eu também sinto que isso que estamos compartilhando agora, e muito mais do que um simples fingimento, muito mais do que uma mentira. Pra mim, é uma das poucas verdades em que acredito agora. Eu... Eu...” Ela trava por um momento o que estava falando, e, ao invés de continuar, ela me beija de volta, e começa a abrir o zíper do meu casaco.

                “Toc, Toc!”

                “Ah! Urgh... Já vou...”

*Continua*