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História The Proposal - 3. Ask gently


Escrita por: lgbblepot

Notas do Autor


Desculpem pela demora <3 e perdoem meus possíveis erros, não sou acostumada a escrever no computador.

Capítulo 3 - 3. Ask gently


Depois de passar mais um tempo atendendo telefonemas e marcando reuniões e recados, John teve que ir ao departamento de imigração com Sherlock, como combinado. Não estava nem um pouco afim de fazer isso – sim, estava morrendo de medo. -, mas Holmes explicou claramente que ou ele aceitava os termos de boca calada, ou ele iria ser demitido no momento em que Anderson assumisse o cargo de editor – o que era bem óbvio que iria acontecer.

O local estava lotado de pessoas mas, como de se esperar, Sherlock apenas passou na frente de todas, como se nada – e absolutamente nada. – importasse no momento.

—Preciso que dê entrada neste visto de noivo. – disse para um cara negro alto, ignorando os comentários irritantes de John sobre a maldita fila.

O  rapaz revirou os olhos e suspirou de uma maneira rude, pegando os papeis das mãos de Sherlock, analisando-os.

— Sr. Holmes?

—Sim.

—Por favor, venham comigo. – pediu, se dirigindo até uma sala nos fundos.

Holmes virou-se para olhar John, com sua típica expressão de tudo-irá-funcionar-porque-eu-estou-no-comando, e praticamente o arrastou até a sala, já que o mesmo se recusava a sair do local em que estava parado. Era como se seus pés estivessem grudados ao chão.

Adentrando o local, avistaram um homem de altura media, que se apresentou como Sr. Gilbertson. Depois de terem sido educados, cumprimentando-o  – ou melhor, depois de John ter sido educado, já que Sherlock ficava mexendo constantemente em seu celular fissurado no trabalho. -, sentaram em dois bancos que estavam na sala e esperaram o homem começar a falar.

—Então, - começou. – Eu tenho uma pergunta para vocês. Vocês estão cometendo fraude para que ele não seja deportado e mantenha a função de editor-chefe na Golden Books? Ou estão realmente apaixonados?

—Isso é ridículo. – o cacheado respondeu, vendo que John já estava em estado de choque novamente. – É claro que estamos apaixonados. Onde você ouviu isso?

—Bem, recebemos uma ligação hoje essa tarde de um tal Philip Anderson, dizendo que o casamento era uma farsa total. – respondeu, checando os papéis do visto.

Sherlock precisava pensar em alguma coisa rápida e inteligente para responder, algo que fizesse sentindo. Já havia percebido que não podia contar com a ajuda do assistente – meu Deus, o mesmo apenas continuava parado olhando para o nada provavelmente pensando em algo ruim. -, então tinha que se virar totalmente sozinho.

—Oh, sim, pobre Anderson. – mentiu. – É um relacionamento do passado, sabe? Foi bem, bem complicado. Acho que ele ainda não superou. – o moreno fez o melhor que pode contanto essa mentira completamente nojenta. Mentir nunca foi tão irritante como estava sendo agora.

—Ah, certo. – respondeu um tanto desinteressado em conversas como ex-namorados vingativos. – Deixe-me explicar o processo que está prestes a começar. O primeiro passo será uma entrevista agendada. Cada um ficará em uma sala e eu vou perguntar coisas que casais de verdade deveriam saber sobre um ao outro. Segundo: eu analiso seus registros telefônicos, falo com seus vizinhos e entrevisto colegas de trabalho. E, se suas respostas não coincidirem, você será deportado indefinidamente. – apontou para o cacheado. – E você, meu rapaz, terá cometido um delito, com uma multa de US$250.000 e uma pena de cinco anos.

John o olhou sem expressão alguma. Sabia que algo iria dar errado – mesmo que não tivesse acontecido nada no momento, mas iria. O homem perguntou se ele tinha algo importante para falar, antes de começar tudo. Sherlock o encarou. Deus, Watson estavam sendo encarado por duas pessoas perigosas que possivelmente causariam sua morte de alguma forma, como diabos queriam que ele pensasse em alguma coisa para falar que não consistisse na palavra “Socorro”? De qualquer forma, ele respirou fundo, e começou – ou tentou. – a falar.

—Bem, a verdade é que...  Sherlock e eu... Somos apenas duas pessoas que não deveriam se apaixonar. – sim, a única coisa descente que conseguiu falar foi uma mentira que Sherlock havia falado antes mas, que se dane. – Não contamos para ninguém no trabalho porque eu iria receber uma promoção. – nesse exato momento em que a palavra “promoção” foi dita Sherlock o olhou confuso.

— Uma promoção? – perguntou com uma expressão totalmente confusa, misturada com um tanto de raiva.

—É. – confirmou. – Enfim, nós achamos que seria totalmente inapropriado eu ser promovido a editor enquanto estávamos namorando. – John tinha sorte de estar olhando reto no momento, para não perceber o quão frustrado o cacheado estava;

—Então, - Sr. Gilbertson disse. – Vocês contaram a seus pais sobre esse amor secreto?

— Impossível. – dessa vez foi a vez de Sherlock começar. – Meus pais estão mortos. Tenho um irmão mais velho, Mycroft, mas não faço a mínima ideia de onde ele esteja. E sobre os pai do John, nós íamos contar para eles nesse fim de semana. É o aniversário de noventa anos da avó e a família inteira irá se reunir. Achamos que seria uma ótima surpresa.

—E para onde vocês vão?

—Na casa dos pais do John. – sorriu, olhando para o loiro, praticamente pedindo ajuda por meio de sinais.

—E onde fica?

— Hã, - pensou, suspirando em seguida. – Por que só estou falando? Vamos John, fale também. É a casa dos seus pais.

— Sitka. –respondeu.

— Claro, Sitka. – reafirmou.

— Alasca. – continuou.

—Alasca? – dessa vez a frase soou mais como uma pergunta confusa, do que uma reafirmação.

 

— Vão para Alasca nesse fim de semana? – O homem perguntou um tanto curioso com a viagem.

— Sim, sim. – responderam em uníssono.

— Ótimo. – disse com sarcasmo no tom. – Vejo vocês Segunda-feira, às onze horas das manhã para a entrevista agendada. E é bom que as respostas estejam corretas.

O rapaz entregou um pequeno papel com a informação para John, que já se despedia enquanto Sherlock falava ao telefone – provavelmente com outra coisa relacionado ao trabalho; era incrível como o cacheado nunca parava de trabalhar.

Ambos saíram do departamento juntos, em silêncio, completamente focados em algo. Enquanto Holmes estava totalmente focado em seu celular – quando não era com o computador, era com o celular. -, Watson se encontrava olhando para o nada, irritado. Pensando melhor, não deveria ter topado aquilo —  definitivamente não deveria.

— Então, o que vai acontecer é que vamos até lá, fingindo que somos namorados , contaremos ao seus pais que estamos noivos e tudo mais. – explicou, percebendo que John ainda estava um pouco perdido no assunto. E depois continuou falando e falando, sobre algo como passagens de primeira classe, milhas e comida vegetariana. Sinceramente, Watson não estava nem ao menos prestando atenção; e infelizmente Sherlock reparou. —  Por que não está notando tudo?

— Por acaso você estava naquela sala? - Perguntou irritado. - Escutou cada palavra que aquele homem disse? Porque se sim, sabe o quanto estamos completamente ferrados se alguém perceber que tudo isso é uma farsa.

— Ninguém vai perceber, pare de pensar na mesma coisa mais de cem vezes. - respondeu, checando seu celular novamente. - Além do mais, sua história da promoção foi ótima. Ele caiu direitinho.

— Aquilo era sério.

— Como? - no mesmo instante parou de olhar para o celular, passando a olhar para a figura baixa que estava em sua frente. - Não vou te promover a editor.

— Então eu estou fora, e você está ferrado.

— Que droga, John. - murmurou irritado. - Está bem, está bem. Eu te promovo. Está contente agora?

— Certo. Isso e você também irá publicar meu manuscrito; e eu vou contar para minha família sobre o noivado a hora que eu quiser. Agora peça de uma forma gentil.

— O quê? – perguntou.                   

— Você quer que eu me case com você, então me peça de uma forma gentil. – explicou. – De joelhos.

Sherlock suspirou e revirou os olhos, provavelmente pela vigésima vez naquela manhã. O loiro definitivamente estava abusando demais das chances com aquela história ridícula de casamento falso – que estupidez Sherlock, querer se ‘casar’ bem com o assistente. O cacheado olhou em volta, uma, duas vezes. A rua estava lotada de pessoas, mas já que não tinha escolhas, teve que se agachar de joelhos como foi mandando – só dessa forma para ficar menor que John; de alguma forma estranha, até que estava gostando de fazer isso. Depois de se arrumar de maneira correta no chão, olhou para o loiro e, com a melhor cara que pode fazer, fez a pergunta da forma mais rude em toda história dos casamentos.

— Não. – o loiro respondeu. – Seja convincente.

— John?

— Sim, Sherlock?

— Querido John?

— Estou ouvindo. – respondeu segurando o riso. Realmente, era uma situação cômica.

— Você poderia, por gentileza, com morangos enfeitando, se casar comigo?

— Certo. – respondeu depois de alguns segundos. – Eu não gostei do sarcasmo, mas eu caso. Vejo você no aeroporto amanhã.

— Ótimo.

Respondeu e, bem no minuto em que Sherlock ia segurar a mão de John para poder se levantar, o mesmo saiu andando, deixando o chefe de joelhos no meio da calçada. O cacheado bufou, se levantando sozinho, e retirando a poeira de sua calça preta. Que manhã incrivelmente barulhenta. 



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