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História The Protest - Explosion


Escrita por: cabellovip

Notas do Autor


Apreciem esse capítulo, com moderação! HAUSHUAHSU...
@cabellovip

Capítulo 13 - Explosion


Pov Lauren.

 

Ser médico é extremamente complicado, e não é pelo fato de você ter que estudar quase 10 longos anos, é pelo fato que existe algo humanamente maior do que isso.

Ser médico, é uma tarefa árdua e exige dedicação total, todos os dias. Entretanto, na medicina, você encontrará alegrias que nenhuma outra profissão permite encontrar, porém tristezas extremas.

Poucas pessoas sabem disso tudo antes de entrarem na faculdade de medicina ou durante os primeiros anos. O processo de explorar o ser humano em busca de suas fragilidades biológicas – sejam físicas ou psicológicas – é uma arte que precisa ser refinada diariamente. O conhecimento que galgamos é infinito, não há limites para o saber médico. Quanto mais se sabe, mais se pode ajudar o outro, mais nos tornamos médicos. Quanto menos sabemos, mais perigosos nos tornamos para a sociedade. É uma realidade dura a que nos submetemos quando entramos para a medicina. O compromisso constante com o aperfeiçoamento tanto intelectual quanto moral. Do primeiro ao último dia.

Você consegue, desligar-se do seu lado humano para atender alguém? Você consegue, fingir que não se importa com uma questão ou com uma pessoa e ser unicamente profissional no tratamento da mesma?

Eu, Lauren Michelle Jauregui Morgado, não consigo ser assim, e provavelmente, nunca serei.

-Ela está indo bem Dra. Jauregui, há duas semanas desde que ela chegou aqui, você e o Dr. Phil tem feito um trabalho incrível. –A voz suave de Margot soara encorajadora.

-Eu sei, eu na verdade estou surpresa que seu quadro vem avançando tanto assim. Eu só estou receosa de algo acontecer, sinto que essa criança já sofreu demais. –A respondi sem tirar os olhos da pequena Abigail que dormia tranquilamente.

Já haviam se passado duas semanas desde que ela deu entrada no hospital, posso dizer-lhes que eu havia me apegado a ela, era pessoal. O suspeito de ter feito isso com ela ainda estava detido, e sua mãe ainda não havia sido localizada. Hoje anunciariam quem seria seu advogado de defesa e quando estaria marcado o julgamento, a polícia estava na espera de conseguir mais provas. Na mídia mostravam várias simulações do ocorrido, o hospital havia virado um centro de jornalistas, todos querendo uma foto exclusiva da criança. Era impressionante como as pessoas não se comoviam com o caso, apenas estavam ali porque ou queriam buzz ou, queriam dinheiro. Até eu havia virado um alvo desses sugadores, eu saí no jornal como “A médica do caso de Abigail Collins”. 

-Dra. Laur? –A voz da pequena tirou minha atenção.

-Oi Abi, como você está se sentindo? –A questionei chegando mais próxima dela.

-Um pouco melhor, mas o peito ainda dói, aqui oh. –Ela disse apontando para o local próximo a sua costela esquerda. E não era para menos, a pequena havia sofrido duas fraturas ósseas no local, a dor que ela sente me admiro que ainda consiga falar, já vi homens fortes adultos com apenas uma fratura no mesmo local e choravam feito bebes.

De fato, a pequena Abigail era muito forte.

-Oh, então porque você não descansa mais um pouquinho meu amor? –Falei fazendo carinho em seus cabelos, ela era uma criança doce e muito fácil de lidar, não entendo como um ser humano pode ser capaz de ferir alguém tão impiedosamente desta maneira.

-Tudo bem, mas você promete que mais tarde vai me levar nas flores? –Questionou-me e seus pequenos olhos claros estavam cheiros de esperança. As flores era o pequeno jardim que tinha no pátio externo do hospital. Com a ajuda de Keana, essa semana eu levei a pequena pelo menos uma vez ao dia, ela está com gesso no braço direito e 40% do corpo enfaixado, porém com todo cuidado eu fazia esse esforço, ver o sorriso no rosto da criança era algo que valia a pena o momento. É difícil para um adulto ficar em um hospital com tantas dificuldades, dores, momentos insuportáveis, imagina para uma criança. Dar minutos de alegria a alguém que já passou por tantas tristezas era algo extremamente satisfatório.

-Mas é claro, vamos nas flores hoje! –Afirmei  alegre vendo-a pegar novamente no sono tranqüila. A morfina que eu havia pedido para adicionar em seu soro provavelmente fazendo efeito.

Fiquei ali por alguns segundos observando-a até sentir meu celular vibrar no bolso de meu jaleco, observei uma ligação de Frank. Me retirei do local e caminhei até um corredor mais afastado para então atender ao meu amigo:

-Oi Frank.

-Lauren, como você está? –Me perguntou com preocupação evidente em sua voz.

-Estou bem, na medida do possível, e você?

-Idem. Tirando o fato que já tentei de tudo humanamente possível na terra para falar com Dinah e ela simplesmente me ignora. –Pude sentir o seu tom frustrado.

Era de fato, desde que Dinah havia descoberto que eu e Frank fizemos uma aposta casual para eu dormir com Camila, a loira passou a não querer mais sair com ele, alegando que ele foi ridículo com essa situação, e eu não descordo, ambos fomos ridículos.

-Eu vou falar com Camila, para que ela converse com Dinah, até Camila me perdoou, não tem porque ela não te perdoar. –Falei, na tentativa de tranquiliza-lo.

-Falando nisso como vocês estão?

-Bem, quer dizer, eu não sei o que temos para definir algo. Não nos vimos desde o dia que a encontrei na NYU, eu tenho trabalhado demais e ela também, toda vez que marcamos algo ela acaba desmarcando, ou eu. Nossa amizade anda um pouco fria desde que ela se chateou comigo e eu não quero pressioná-la. Mas, honestamente tanto eu quanto ela estamos ocupadas para pensar uma na outra no momento.

Fui sincera, eu e Camila não estávamos brigadas. Nossa última conversa havia sido aquela na universidade em que eu quase a beijei e Chris fez o favor de nos interromper. Nós conversamos por telefone duas vezes na semana passada e de vez em quando trocamos mensagens com gentilezas ou somente para saber do dia uma da outra. Nosso relacionamento estava amigável, embora eu tenha sentido a advogada bem mais fria comigo, Normani estava com outra exposição marcada e eu havia a convidado para me acompanhar, porém era só na  próxima semana.

-Bom, espero que vocês se resolvam, que a amizade não acabe por conta dessa bobagem.  –Frank disse sincero. Ele mesmo reconheceu que foi tolo ter tratado Camila dessa forma, e disse que havia se apegado a Dinah verdadeiramente.

-Amanhã é sábado e temos basquete de manhã, não esqueça! –Alertou-me praticamente berrando em meu ouvido.

-Frank, eu sei, mas...

-Sem mais Dra. J, você já não foi semana passada e sabe muito bem que anda trabalhando demais novamente.

Ele cortou-me nem deixando que eu terminasse, eu afirmei que estaria no nosso habitual basquete para então tranquiliza-lo e ele desligar a ligação.

Realmente, com esse caso da pequena Abigail eu estava trabalhando demais procurando ficar ao máximo de tempo no hospital para conseguir acelerar sua recuperação. Frank tinha razão, toda vez que eu me fechava para o trabalho acabava recusando outros compromissos ao meu redor como se não existisse mais vida.

-Anda pensando demais Dra... –A voz de Keana soou atrás de mim fazendo-me assustar e olhá-la com os olhos levemente arregalados.

-Você me assustou. –Falei levando a mão na boca para conter uma tosse.

-Como está a garotinha? –Perguntou-me absolutamente interessada.

-Menos pior hoje. –A respondi em um suspiro triste ao lembrar-me da atual situação da criança.

-Você vai conseguir Lauren, nós vamos conseguir. –Falou confortante com a mão em meu ombro.

Após o momento, convidei Keana para almoçarmos juntas e ela prontamente aceitou, fomos caminhando até o refeitório do hospital mesmo, visto que estávamos em serviço e não seria bom saíssemos para almoçar fora.

-Sabe, eu conheci um cara ontem, ele foi legal comigo e me chamou para sair. –Ela falava sorrindo enquanto levava uma garfada de sua comida a boca.

-Keana Issartel está apaixonada? –A questionei limpando o canto de minha própria boca com um guardanapo de papel.

-Se até Lauren Jauregui tem interesses amorosos porque eu não?!

-Eu tenho interesses? Desde quando? –Falei bebendo um gole do meu suco de laranja.

-Desde Camila Cabello?

Respondeu parecendo mais uma pergunta, uma pergunta que eu não saberia ao certo responder, não que eu estivesse apaixonada por Camila ou algo do tipo, mas era evidente que eu mantinha interesses amoroso nela, principalmente os que envolviam sua boca e seu cheiro.

Decidi por ignorar Keana fazendo uma piada sobre seu novo affair. Continuamos comendo tranquilamente e conversando, vez ou outra ela soltava umas piadas que sempre faz desde que havia conhecido Camila aquele dia no bar, mas eu apenas ignorava como sempre fazia.

O barulho da TV nem antes percebida por mim fora aumentado, eu cerrei os olhos a fim de enxergar melhor, algumas pessoas no refeitório também estavam absurdamente atentas. O assunto era de meu interesse;

“Após o jogo de polemicas que vem rondado essas notícias a respeito do crime hediondo no distrito de Brooklyn, sobre o padrasto Bruce Clint da pequena Abigail Colins que foi agredida brutalmente e encontra-se internada no Hospital Bellevue. Seu estado ainda não foi revelado, e após procurada a medica que cuida do caso de Abigail não quis dar entrevista a respeito. Porém, informa-se que a criança foi quase assassinada, e seu estado ainda é grave. A polícia segue buscando provas e evidencias concretas para conseguir por seu padrasto atrás das grades. Clint, ainda está detido aguardando julgamento que após adiado algumas vezes, foi finalmente remarcado para próxima segunda-feira. Mas, a polemica agora é aqui, em frente ao Tribunal de Defensoria Pública do Estado de New York, aonde jornalistas aguardam sedentos pelo pronunciamento da advogada de defesa de Bruce Clint que fora revelada como, Dra. Karla Camila Cabello, uma funcionária do TDPNY. Pessoas revoltadas fazem protesto temendo que a advogada consiga evidenciar que Bruce Clint não obteve participação ou seja inocentado, e até mesmo que seja reduzida absurdamente sua pena, dizem que essa é a especialidade da Dra. Cabello. A esposa de Clint, Janet Colins segue ainda sendo procurada pela polícia....“

A partir desse momento eu não ouvi nada que a repórter falava, levantei da mesa com certa brutalidade percebendo o olhar assustado de Keana em mim.

-Lauren, Lauren fica calma, vamos primeiro... –Virei as costas absurdamente grossa sem nem ao menos responder Keana que tinha um olhar totalmente desesperado em minha direção.

Adentrei dentro do meu carro e dirigi o mais rápido que pude para aquele tribunal, ainda estava vestida com meu jaleco branco e até mesmo o estetoscópio estava envolto no meu pescoço no momento. Ignorei todas as ligações que insistiam em vibrar no meu celular. Eu estava sem cabeça para nada, como Camila poderia defender um homem assim, como ela poderia pegar esse tipo de caso? Minha fúria não era somente por ela ser uma boa advogada e as chances de ela reduzir a pena do covarde culpado serem grandes, mas por ela ser ela, por ela ser uma pessoa próxima a mim e por sua conduta.

Estacionei meu carro de qualquer jeito no local ignorando qualquer regra, sai e me pus a caminhar rapidamente pela entrada dianteira do Tribunal visto que a parte da frente estava repleta de pessoas, paparazzi, repórteres. Bem ou mal, meu cérebro ainda raciocinava coerentemente visando que eu era a médica da criança e Camila advogada do caso que a envolvia, seria absurdamente oportuno para a imprensa nos colocar em situações comprometedoras.

-Dra. Camila Cabello? –Perguntei a uma jovem recepcionista sem nem ao menos cumprimentá-la. O movimento do local era absurdamente extremo com pessoas, policiais, guardas para todo lado.

-Lamento senhora, porém a doutora Cabello encontra-se ocupada no momento. –Ela respondeu olhando-me com curiosidade, deve ter reparado em minha roupa.

-Eu preciso falar com a Dra. Cabello com certa urgência, você pode dizer que horário ela estará disponível? –A questionei com inquietação passando meus olhos para todos os lados.

-Sinto muito, mas a Dra. Cabello está resguardada de qualquer informação, não posso dizer nada para a senhora a menos que ela ou o júri autorize. –Informou-me com lamento, e após me ignorou voltando a suas atividades no computador a frente.

-Você não entendeu, eu PRECISO falar com a Dra. Cabello AGORA. –Me alterei um pouco, dando ênfase nas palavras e ganhando o olhar assustado da jovem novamente.

-Senhora eu sinto muito, se insistir terei que chamar os guardar para retira-la...

-Lauren?! –A voz de Camila chamando meu nome fez com que eu e a jovem recepcionista olhássemos para ela.

-Obrigada. –Me voltei irônica para a recepcionista que me olhou com certa raiva e em seguida olhou para Camila que se aproximou.

-Está tudo bem Janet, Lauren Jauregui está autorizada. –Confirmou para ela que alternou o olhar entre mim e Camila novamente e me entregou uma credencial. Eu a ignorei.

-Não vou precisar disso pois não pretendo entrar. –Disse seca voltando minha atenção para uma Camila confusa ao meu lado. -Vem comigo. –Indiquei e peguei no braço de Camila com certa ignorância, pode ser que me arrependa disso depois, mas, no momento eu só queria que ela me ouvisse.

-Lauren, para! Você está me machucando e eu não posso sair daqui eu estou cheia de compromissos. –Ela disse tentando desvencilhar-se do meu toque e conseguindo, mas sem parar de me acompanhar.

-Eu preciso falar com você a sós. –Fui seca sem olhá-la caminhando em direção ao estacionamento.

-Tudo bem então vamos a minha sala. –Sugeriu e eu neguei com a cabeça.

-Não, fora daqui. –Eu estava irredutível.

-Lauren eu não posso...

-Não pode o que Camila? Me acompanhar? Porque a advogada que está em todas as televisões desse pais está inacessível demais? –Gritei assim que chegamos ao estacionamento, atraindo o olhar de algumas pessoas que passavam por ali.

-Não seja arrogante, não grite comigo. –Ela disse controlando seu tom de voz, sua personalidade forte só não a permitiu gritar na mesma intensidade por provavelmente saber que está em seu local de trabalho.

-Entra no carro.

Ordenei e a observei balançar a cabeça em forma de negação, mas assim que eu entrei, ela me acompanhou. Deve ter constatado que era melhor conversarmos ali dentro longe do risco de alguém nos ver.

-Não saia com o carro, eu realmente não posso sair daqui agora...

-Como você pode Camila, quanto estão te pagando? Eu te pago o dobro para você sair disso! –A cortei seria olhando-a de mais perto. Estávamos dentro do meu carro, os vidros eram absurdamente escuros e contando que havia vários carros ali e quase não havia pessoas, era impossível sermos vistas.

-O que? Mas, isso não tem a ver com valores Lauren, tem a ver com a minha profissão. –Ela disse como se fosse uma verdade absoluta.

-Camila, eu sou a médica que está cuidado da criança que o seu cliente agrediu, como você pode defender um homem assim? –Falei entre dentes observando-a arregalar os olhos levemente com o susto pela revelação sobre eu ser a médica do caso.

Eu não havia dito a Camila que eu estava trabalhando em cuidar da criança, porque não achei ser necessário, e ela provavelmente por estar lotada de trabalho não ouviu falar nada sobre mim, até porque eles mal divulgam meu nome, só tratam como a “médica do caso. ”

-Lauren, eu não sabia, eu sinto muito pela criança. Mas isso vai além de mim, é meu trabalho eu tenho o meu assim como você tem o seu. –Falou calma, dessa vez olhando-me preocupada.

-Então essa é a sua ética profissional, defender assassinos? –Questionei raivosa, observando-a adotar uma posição também raivosa, as narinas infladas, o perfume forte invadia-me como se pudesse me entorpecer.

-A incompetência profissional é meramente a falta de responsabilidade para com os princípios éticos, não fale como se eu fosse algo que você não conhece. –Permaneceu olhando-me como se estivesse me lendo.

-Se você aceitar esse julgamento, pode esquecer que um dia tivemos uma amizade.

-Eu já te disse Lauren, você está me pedindo para agir com uma conduta diferente. –Falou e em seguida desviou o olhar, nos encarávamos com os rostos próximos.

-Estou te pedindo para agir como humana e não como uma advogada que só pensa nos méritos. –Falei seria olhando para sua boca absurdamente rosada, ela olhou-me incrédula.

-Cala a boca, Lauren!

-Cala. -Rebati, fazendo-a me olhar surpresa. Ela então chegou próxima o suficiente para me fazer perder os sentidos e sussurrou com os lábios colados no meu;

-Você é uma arrogante. –Se afastou bruscamente, virando-se para abrir a porta do carro e deixar o mesmo, mas eu fui muito mais rápida...

A segurei pelo braço e a puxei de volta observando-a arregalar os olhos, para então colar sua boca na minha, que gosto maravilhoso!

 Não perdi tempo, segurei seus cabelos com minha mão e observei quando ela correspondeu o meu beijo. A razão momentaneamente dando lugar para a emoção, seu gosto era tão entorpecente, me deixava dopada como se fosse uma droga.

Camila sugou minha língua com uma vontade extrema, eu fiz impulso para que ela percebesse como eu a queria, e não protestou, sem tirar os lábios dos meus ela passou para sentar-se no meu colo, a segurei firme em suas coxas cobertas pelo tecido da calça escura. Eu a queria, e eu a queria ali mesmo dentro daquele carro. O ambiente estava quente como uma sauna.

-Lauren... Para... –Pediu roucamente quando desci meus lábios pelo seu pescoço sugando seu ponto de pulso.

Eu queria parar, mas eu não conseguia. Senti Camila apertando seus dedos em meus próprios cabelos quando continuei a sucção no seu pescoço absorvendo o máximo de seu cheiro, ela soltou um gemido abafado, contraindo-se em meu colo. Eu sentia-me absurdamente úmida a essa altura e nem havíamos começado.

-Eu te quero. –Confessei, não havia mais porque esconder algo que era evidente, eu a queria.

-Eu também, mas não... Mas, não assim. –Falou com certa dificuldade soltando pesadamente o ar quente.

A beijei novamente ignorando suas palavras, descendo minhas mãos para sua bunda e pressionando a região vantajosa, Camila soltou um gemido abafado contra minha boca e sem se controlar, mordeu meu lábio inferior com certa força.

-Você é tão gostosa Camila, você me tira do controle...

Após minhas palavras, ela desceu sua língua pela minha mandíbula levando-me ao inferno. Segurou-me firme pelo pescoço enquanto sugava o local, quando não achei que não poderia ficar infernalmente pior ela passou a se movimentar lentamente sob o meu colo. Minhas mãos, agora suadas, auxiliavam seus movimentos pressionando bunda.

-O que você quer, Lauren? –Perguntou próxima ao meu ouvido, sussurrando provocadora.

-Você! –Respondi ofegante, levando minhas mãos a sua blusa de pano fino, tentando retira-la.

Eu estava soando frio, mas por dentro estava quente como o inferno que essa mulher me causava.

Me pus a desabotoar sua blusa social de pano fino branco enquanto beijava-a novamente nos lábios sentindo ela me dar várias mordiscadas nos mesmos. Nossas línguas se encontravam com objetivo comum, o barulho do beijo era a única coisa que se ouvia dentro daquele carro.

-Você acha que eu sou o que? –Camila disse em tom acusativo ainda entre meus lábios, e quando eu estava quase finalizando o trabalho de desabotoar sua blusa com seu sutiã rendado preto já exposto, ela pulou do meu colo mais rápida que um jato e passou novamente ao banco do carona deixando-me absurdamente desnorteada e, molhada.

-O que? –Foi a única coisa que meu cérebro conseguiu formular de coerente.

-Você vem até aqui para me acusar, ofender meu trabalho e acha o que? Que eu vou me entregar para você assim? –Ela disse seria, mas estava também ofegante.

Lembrei-me do real motivo de eu estar aqui, o desejo cegou-me a raiva. É engraçado como perdemos o controle dos nossos atos por simples gestos. Camila era um furacão, eu não vou negar que nutria um desejo absurdo por ela, e tê-la assim entregue, mesmo que momentaneamente, me fez esquecer as razões.

-Foi um erro isso. –Falei apontando para nos duas. Ela concordou com a cabeça terminando de abotoar sua blusa.

-Não vai mais acontecer. –Ela disse. Pude observar seus lábios carnudos absurdamente rosados, havia um pouco do meu batom vinho em sua boca, mas eu não a avisaria.

-Espero que você repense sobre as coisas Camila, não digo por mim, mas por conduta, não vale a pena defender alguém assim. –Eu disse sincera, olhando-me pelo retrovisor e ajeitando meus próprios cabelos agora desgrenhados.

-Você deveria procurar saber antes de me acusar, você não conhece o meu trabalho para me acusar de falta de ética. A competência de um profissional não é medida pelo volume de atividades que ele agrega ou pelo procedimento que só ele conhece. A sua competência é mensurada por aquilo que você faz com qualidade e mesmo outros sabendo fazer o que você faz. Esse é meu caso, as pessoas sabem o que eu faço com qualidade e praticamente obrigam-me. –Explicou atenta a minha reação.

-Eu não entendo Camila... –Suspirei, ainda chateada por pensar que ela pode participar disso.

-Deixa para lá Lauren, vá embora, faça o seu trabalho que eu farei o meu. –Disse rudemente e se retirou do carro nem ao menos dando-me chance para resposta.

Dei partida no veículo cantando pneu e correndo mais que o esperado. Você finge que algo não mexe com você, mas as vezes você quer explodir.

Nesse momento há 7 bilhões, 470 milhões, 818 mil, 671 pessoas no mundo. (Eu li isso nos gráficos do excel do hospital e não sei se é verdade). Porém, algumas estão fugindo assustadas. Algumas estão voltando para casa. Algumas dizem mentiras para suportar o dia. Outras estão somente agora enfrentando a verdade. Alguns são maus indo contra o bem e alguns são bons lutando contra o mal.

Sete bilhões de pessoas no mundo, sete bilhões de almas… E, às vezes, tudo que nós precisamos é de apenas uma! Eu tinha minha uma em mente, eu queria Camila, eu queria parar de dirigir esse carro e que ela me dissesse que tudo não passou de uma brincadeira, na verdade eu queria apenas que ela voltasse e me dissesse que ela não irá pegar o caso desse homem que fez atrocidades com uma simples criança.

Eu queria que Camila voltasse e me dissesse que me quer tanto quanto eu a quero.

 

Camila Cabello, você é a ULTIMA vez que eu faço isso...


Notas Finais


Mores, não esqueçam o comentariozinho viu, vamos dialogarrrr


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