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História The Punk Stepfather - Hello, little sister!


Escrita por: gabyssrose

Notas do Autor


perdão pela demora, meninas, mas eu estou sem internet em casa... e só agora consegui vir pra casa dos meus avós. Peço perdão mesmo
Enfim, o cap tá meio chatinho, mas no próximo eu prometo que vai estar melhor.
por favor, comentem e digam o que estão achando <3 <3 <3

Capítulo 8 - Hello, little sister!


POV-Duff

Depois de deixar Susan no aeroporto, eu voltei para a Hell House. O relógio marcava pouco mais de oito horas da noite quando eu adentrei a casa e joguei meu corpo contra o sofá. Minha mente estava completamente exausta e minha cabeça doía muito.

Eu não sabia o que fazer com a garota. Ela me odiava demais para me obedecer e eu não podia ser cruel com ela, pois isso só pioraria a situação. Eu estava de mãos atadas até que Susan voltasse.

Fui tirado dos meus pensamentos quando duas vozes conhecidas invadiam a sala.

— Eu já disse que Shannon e eu somos apenas amigos, Axl. — dizia Vicky enquanto jogava sua bolsa no sofá.

— Aquilo não pareceu só amizade. — o ruivo revidou, emburrado. — Além disso, ele sempre fica grudado em você quando estamos no mesmo lugar.

— Shannon é carinhoso, apenas isso. — disse ela e deu de ombros, encarando-me. — Olá, loiro! Tudo bem?

— Mais ou menos. — respondi e acendi um cigarro. — Susan foi viajar a trabalho e eu estou responsável pela Raven. Não sei o que fazer!

Vicky riu.

— Calma, amor. Eu vou te ajudar com ela. — disse a loira e piscou.

Abri a boca para agradecer, mas fui impedido por outras vozes invadindo a sala, dessa vez eram Steven e Izzy.

— Hey, dudes! — disse Steven, rindo. — Nós tivemos uma ideia.

— Lá vem merda. — sussurrei, fazendo Vicky rir levemente. — O que foi?

— Izzy e eu estávamos querendo ir ao Rainbow amanhã para aproveitar os últimos dias de férias. — explicou Steven.

— Opa, eu topo! — disse Axl, rindo malicioso.

Percebi Vicky revirar os olhos, mas não disse nada.

— Ótimo! E você, punk? — Stee perguntou.

— Por mim... de boas. Eu peço para Maria olhar Raven. — respondi.

— Certo, então eu vou lá avisar o Slash... — disse Adler e começou a subir as escadas, mas parou assim que ouvimos alguns barulhos estranhos. Provavelmente Slash estava com alguma prostituta no quarto. — Bem, depois eu aviso!

Nós rimos, enquanto o loirinho voltou a descer os degraus. Eu traguei meu cigarro profundamente, soltando a fumaça com calma, aproveitando a nicotina.

— Eu vou dar uma olhada na Raven. — disse Vicky, dando de ombros. — Não se matem!

Ela sorriu e subiu as escadas rapidamente, deixando-nos sozinhos. Stee, Izzy e Axl se espalharam pela sala e logo começamos a conversar sobre a banda, o que fez com que eu esquecesse um pouco da garota que me odiava.

 

POV-Raven

Permaneci no quarto por um bom tempo até que alguém bateu na porta. Soltei um suspiro, fiquei sentada na cama e mandei que entrassem. A porta se abriu e Vicky adentrou o quarto com um enorme sorriso.

— Oi. — disse ela. — Atrapalho?

— Não. Claro que não. — respondi e sorri. — O que deseja?

— Ah, eu te disse que queria mostrar uma lugar, lembra? — questionou. Eu apenas concordei com a cabeça. — Vem comigo!

Encarei-a por um breve momento até que tomei coragem e levantei, então saímos do quarto e subimos até o andar de cima. Assim como o andar de baixo, o lugar era cheio de portas, porém, parte dele era uma espécie de galeria aberta, igual aquelas antigas de Nova York. Havia alguns móveis de madeira, inclusive uma enorme mesa que estava cheia de utensílios para pintura, e também telas e cavaletes por todo lugar.

— As portas fechadas são onde os meninos guardam os instrumentos e também algumas coisas, como as coisas de terror do Slash e as bugigangas de Steven. — explicou Vicky enquanto ria. — Já essa galeria, digamos... é minha.

Encarei-a com certa curiosidade. Então Vicky era pintora?

— Você pinta? — perguntei.

Ela concordou com a cabeça.

— Sim, desde o ensino médio. — respondeu ela, rindo. — Axl sempre gostou das minhas pinturas e acabou fazendo essa galeria para mim, mas agora coma agenda lotada da banda, eu não tenho tempo para continuar meus trabalhos.

As paredes estavam lotadas de pinturas, sobretudo aquelas de animais e paisagens, e todas eram realmente muito boas. Vicky tinha muito talento!

— Adorei, Vicky! — comentei, enquanto olhava ao redor.

Ela riu e agarrou meu pulso, puxando-me.

— É, mas não é isso que quero te mostrar. — comentou.

A loira puxou-me até duas grandes portas de madeira. Só então eu pude perceber que haviam alguns desenhos de arvores entalhados na madeira. Algo realmente muito delicado e bonito.

— Bom, eu sempre fui apaixonada por livros, tanto que fiz faculdade de jornalismo por isso. — explicou ela. — Axl também sempre gostou disso em mim e como eu passo mais tempo aqui do que na minha própria casa, ele mandou que construíssem isso no primeiro aniversário que eu passei com a banda.

Foi então que ela empurrou as portas de madeira, fazendo com que eu arregalasse os olhos. Escondido atrás daquelas portas estava uma enorme biblioteca. Enorme mesmo. As paredes eram todas com estantes embutidas, sendo que todas estavam cheias de livros. Havia uma enorme mesa de centro com um mapa gigante, além de vários móveis de madeira e também, na lateral da sala, havia uma escada de madeira que parecia dar na cobertura da mansão.

— Meu Deus! — falei, maravilhada.

Vicky riu.

— Há livros de todas as partes do mundo e em todas as línguas que você imaginar, até mesmo as extintas. — explicou a loira. — Axl fez o inferno para comprar até mesmo os livros raros que eu tanto queria, sendo que alguns ele foi até a Alemanha para conseguir.

Eu apenas sorri e comecei a andar ao redor, observando cada detalhe. Aquilo sim fez com que eu me animasse! Eu simplesmente amava ler. Amava mais do que tudo. E ter um lugar como aquele... seria como um refúgio.

— Bem, eu sei que é complicado para você... sabe, toda essa situação... — disse a loira, chamando minha atenção. — Então achei que você iria gostar disso. Você pode ficar a vontade para ler o que bem quiser. Os meninos são preguiçosos demais para subirem aqui.

— Ah, obrigada, Vicky! Obrigada mesmo! — falei e corri até ela, abraçando-a. — Isso é realmente incrível.

Ela riu e me abraçou forte também, soltando-me em seguida.

— Bem, eu preciso terminar algumas coisas lá embaixo, mas fique a vontade, pequena.

Eu apenas concordei com a cabeça enquanto a loira dava de ombros, fechando as portas atrás de si. Eu soltei um suspiro e sorri, completamente em choque com o tanto de livros que eu tinha para conhecer.

 

POV-Vicky

Deixei Raven na biblioteca e desci para a sala, onde encontrei os meninos todos reunidos, sendo que agora até Slash estava com eles.

— Como ela está? — perguntou Izzy, fazendo com que todos me encarassem.

— Eu a levei até a biblioteca. — respondi ao albino.

— E então...? — Duff perguntou.

— Ela gostou. — respondi e sorri. — Pelo jeito ela ama livros como eu.

— Sim. — o loiro respondeu, dando de ombros. — Valeu por ajudar, Vicky.

— Acha. Estou aqui para isso. — falei e pisquei. — Enfim, eu acho melhor eu ir.

Percebi que Axl lançou-me um olhar surpreso.

— Hoje é quinta. — disse o ruivo enquanto tragava seu cigarro. — Você sempre fica aqui até o domingo.

— É, mas amanhã eu tenho que receber alguém e não vai dar para ficar aqui. — respondi e peguei minhas coisas rapidamente. — Enfim, beijos, amo vocês.

Sem esperar nada, eu simplesmente dei de ombros e sai da mansão, em seguida peguei meu carro e voltei para casa. Eu já havia limpado tudo, preparado o quarto de hospedes e até mesmo feito a torta preferida de Anne.

Era muito bom saber que minha irmã iria morar comigo, afinal... ela era a única família que me restava.

 

POV-Duff

Assim que Vicky saiu de casa, a mesinha de centro da sala foi chutada por um ruivo completamente raivoso e vermelho. Como já estávamos acostumados, nenhum de nós ligou, exceto Stee, que se encolheu ao lado de Slash.

— Cara... calma. — pedi enquanto acendia outro cigarro.

O ruivo bufou e começou a andar de um lado para o outro.

— Eu tenho certeza que é o Shannon. — disse ele com raiva enquanto puxava seus cabelos. — Eu vi o jeito dele com ela hoje. Tenho certeza de que é ele quem está roubando Vicky de mim.

— Axl, ninguém está roubando ela de você. — disse Izzy com o jeito calmo dele. — Tudo isso é paranoia sua.

— Paranoia?! — o ruivo repetiu. — Ah, mas não mesmo! Eu vou descobrir quem é o puto que está atrás da Victória. Aí sim você verá a paranoia.

Axl deu de ombros e subiu correndo, deixando um rastro de fúria para trás. Eu juro que não entendia a lógica dele. Ele não tinha nenhuma atração e nenhum sentimento romântico por Vicky, então por que ele agia com tanta possessividade com ela?

— Esse cara está cada vez mais maluco. — disse Slash enquanto enrolava um baseado com ajuda de Stee. — De verdade...

Eu apenas balancei a cabeça e permaneci um bom tempo ali fumando cigarros, até que logo Stee, Izzy e Slash estavam bem altos e começaram a rir como três babacas, o que fez com que eu ficasse com dor de cabeça. Contudo, minha consciência acabou ficando um pouquinho pesada e eu acabei decidindo ir ver como a garota estava, afinal, ela era minha responsabilidade e Susan me mataria se algo ocorresse com ela.

 

***

POV-Raven

Permaneci tanto tempo naquele lugar que perdi noção de que horas eram. Eu já havia lido alguns pequenos contos e também separado alguns livros para ler durante minha estadia na Hell House, afinal, eu não tinha nada melhor para fazer.

Eu estava bem distraída com um livro de literatura que acabei levando um susto quando notei a presença da figura loira de dois metros na porta da biblioteca. Ele tinha uma expressão curiosa.

— Querendo me matar do coração? — questionei, revirando os olhos.

— Não foi minha intenção. — disse ele. — Eu apenas queria ver se estava tudo bem com você.

Acabei rindo irônica.

— Jura? O que achou que eu poderia fazer em uma biblioteca? — ironizei. — Me drogar?  Cortar os pulsos? Atear fogo em tudo?

Ele respirou fundo e fechou os olhos rapidamente, abrindo-os em seguida.

— Eu só quero que você se sinta bem. Apenas isso. — disse ele com um tom mais sério. — Sinto muito por tudo que está ocorrendo na sua vida.

Encarei-o seriamente com um olhar de ódio. Como ele poderia sentir muito? Afinal... ele era o culpado de tudo!

— Sente muito? — ri sem humor. — Qual é, punkzinho, você é o culpado de tudo isso!

E foi então que seu olhar se tornou sombrio, fazendo com que eu sentisse um certo receio, mas disfarçasse. Percebi que ele cerrou os pulsos e sua expressão se tornou ainda mais rígida e, de certo modo raivosa.

— Olha, quer saber, Raven?! — disse ele em um tom muito alto, fazendo com que eu arregalasse os olhos. — Eu definitivamente cansei de ser bonzinho com você. Quer me odiar? Foda-se. Isso não muda o fato de que eu e sua mãe vamos nos casar. Eu amo a Susan e não é uma adolescente mimada que vai mudar isso!

Encarei-o perplexa.

Quem ele achava que era? O rei do mundo? Ah, mas não mesmo!

— Então você quer uma guerra? — perguntei, sorrindo irônica. — Por que, acredite... eu vou fazer da sua vida um inferno.

Para minha surpresa, ele acabou sorrindo irônico também.

— Bem vinda a selva, querida! — disse ele e deu de ombros. — Que vença o melhor. 

Dito isso, ele simplesmente saiu, deixando-me sozinha. Eu apenas revirei os olhos, juntei alguns livros e desci para meu quarto.

Duff era mesmo um retardado que conseguia acabar com a minha paciência e com o meu dia. Eu simplesmente não entendia o que minha mãe havia visto nele.

Bufei irritada e, antes de deitar, tomei um banho quente e vesti meu pijama. Porém, assim que joguei meu corpo contra a cama, esbarrei com a peça de couro preto.

A jaqueta de Izzy.

Eu havia esquecido de devolvê-la. Mordi o lábio levemente e peguei a peça, sentindo o perfume dele. Eu simplesmente não deveria estar sentindo aquilo, mas algo nele chamava minha atenção. Era como se, de repente, a curiosidade sobre ele tivesse tomado meu corpo. Como se eu quisesse descobrir todos os seus segredos, seus mistérios e até onde ele iria chegar.

*****

Acordei com barulhos no quintal. Tentei voltar a dormir, mas simplesmente não consegui, então abri os olhos lentamente e deparei-me com o quarto escuro, mesmo com as janelas e as cortinas abertas. Olhei no relógio no criado mudo e percebi que eram pouco mais de cinco da manhã, ou seja, ainda não tinha amanhecido direito.

Os barulhos do quintal continuaram, fazendo com que eu percebesse que havia alguém mergulhando na piscina. Levantei com calma sendo tomada pela curiosidade, e aproximei-me da varando, afinal, meu quarto ficava exatamente de frente para a piscina da mansão.

As luzes noturnas estavam ligadas, juntamente com a água quente, já que o vapor era evidente. Em meio ao tormento da água devido aos mergulhos, estava a figura pálida e de cabelos negros.

Acabei sorrindo e mordi levemente o lábio.

Ele era sexy. Misterioso, porém, sexy.

Parte do meu consciente dizia para eu simplesmente ignorar e voltar para a cama, mas eu a outra parte dizia que eu deveria ir e devolver sua jaqueta.

Sorri, dando de ombros.

Vesti uma blusa de frio minha, peguei sua jaqueta e saí do quarto, tomando cuidado para não fazer barulho. Caminhei lentamente para o andar debaixo e saí pela porta lateral que dava no quintal.

Ele estava saindo da piscina quando eu me aproximei com um sorriso leve. Sem notar minha presença, pegou uma toalha estendida numa das mesas e começou a secar os cabelos negros. Seu corpo estava completamente molhado e coberto somente por uma bermuda vermelha.

— Não consegue dormir? — perguntei.

Rapidamente, ele se virou para mim com uma expressão tensa, mas que logo se suavizou, dando lugar á um sorriso sacana. Era impressionante como aquele sorriso sempre estampava seus lábios quando eu estava por perto.

— Acho que eu quem deveria perguntar isso. — revidou. — Afinal, está tarde para crianças estarem fora da cama.

Eu ri, sentindo meu rosto quente. 

— Eu precisava devolver isso. — comentei, mordendo o lábio ao observar seu corpo. — Achei que esse seria o melhor momento, afinal... está bem frio aqui fora.

Ele riu, sabendo da minha mentira esfarrapada, e pegou a peça.

— Não quer entrar? — perguntou, apontando a piscina.

Eu abracei meus próprios braços e sorri sem graça.

— Eu não sei nadar. — respondi. — E também está frio demais para isso.

— A piscina é aquecida. — disse ele. — Acredite em mim... ela é bem quente.

Aquilo tinha um duplo sentido e ver o moreno mordendo seu lábio levemente confirmou isso. Eu apenas neguei com a cabeça.

— Eu vou voltar para a cama, lá provavelmente está quente também. — comentei, dando de ombros. — Boa noite, Izzy!

Sem esperar por repostas, eu apenas voltei para dentro e subi rapidamente para o quarto, onde me tranquei. Joguei meu corpo contra a cama e não pude impedir um sorriso de ganhar meu rosto.

Eu definitivamente não sabia o que estava acontecendo comigo, contudo, confesso que aqueles olhos negros, o jeito misterioso e aquela maneira sexy de morder os lábios estavam causando sensações estranhas em mim.

Sensações novas e que estavam me deixando bem curiosa.

 

POV-Izzy

Ela era uma criança. E eu sabia disso. 

Mas seu corpo era de uma mulher. Isso era um fato. 

Ela ainda tem 17 e poderia ser minha irmã mais nova, ou até mesmo uma filha perdida.

Mas seu corpo não evidencia isso. E as sensações que eu tinha quando ela estava por perto apenas confirmavam o quanto eu estava a desejando e o quanto eu não a via como alguém familiar.

No momento em que aquela menina adentrou a Hell House, eu sabia que teria que tê-la de alguma forma, principalmente física, porém, disfarcei bem isso. Afinal, quem come quieto, come sempre. Não é?! Cruel. Eu sei.

Soltei um sorriso assim que ela desapareceu, adentando a mansão, e decidi ir para meu quarto. Eu costumava mergulhar toda madrugada, aproveitando que a piscina era aquecida e não teria ninguém para me irritar ou atrapalhar. Confesso que me surpreendi quando ela apareceu e devolveu minha jaqueta, usando isso como desculpas para estar ali.

É claro que, com anos de experiencia, eu sabia que, no fundo, ela realmente saiu do quarto para me ver.

Assim que cheguei ao meu quarto, tomei um banho bem demorado e depois vesti uma roupa qualquer, jogando-me na cama logo em seguida. Apoiei minhas mãos atrás da nuca e fiquei encarando o teto branco enquanto refletia sobre Raven.

Eu sabia que ela era nova demais e que isso provavelmente me colocaria atrás das grades em alguns Estados, por isso eu teria que ser calmo e cuidadoso, até mesmo por que eu não era nenhum pervertido e queria fazer ela aproveitar também.

Eu faria Raven aproveitar muito bem sua estadia na Hell House.

************

 

POV-Vicky

Minha noite foi realmente agitada. Tão agitada que eram três horas da manhã e eu estava limpando a cozinha enquanto ouvia David Bowie. Não dormi muito, cerca de pouco mais de duas horas no máximo, e acabei levantando antes mesmo do relógio despertar as sete horas.

Tudo tinha que estar perfeito, limpo e em bom estado. Afinal, eu não queria parecer uma desleixada, como minha mãe costumava dizer.

Eu estava completamente ansiosa e nervosa. Minhas mãos suavam frio e meu coração batia fortemente contra meu corpo. O relógio marcava quase dez horas da manhã e ela poderia chegar a qualquer momento sem nenhum aviso, já que eu havia dito ao porteiro que liberasse sua entrada sem problemas.

Ela era minha irmã, mas já fazia tanto tempo desde a última vez que nos vimos. Na verdade, eu jurava que ela me odiava, e foi realmente surpreendente receber sua ligação... ainda mais depois do que ocorreu no passado... depois que meus pais...

Ah.... fui tirada dos meus pensamentos quando a campanhinha tocou. Soltei um sorriso enorme e corri para abrir a porta.

A figura de cabelos enormes e avermelhados encarou-me com um sorriso discreto. Seu corpo, como sempre, estava ainda mais cheio de curvas, com seios particularmente grandes, uma cintura afinada e coxas bem torneadas por conta do seu treinamento. Afinal, ela era chefe de polícia.

— Olá, Vicky! — disse ela com calma.

Anastasia, ou melhor, Anna. Minha irmã mais velha. Sangue do meu sangue. A única pessoa do mundo que, aparentemente, não me odiava. Ela estava tão linda, tão igual, mas ao mesmo tempo tão diferente.

Senti meus olhos marejados e pulei em seus braços, abraçando-a apertado. Ela riu levemente e retribuiu.

— Sentimental como sempre. — disse, rindo. — Olá, pequena! É tão bom te ver!

Ficamos assim por um bom momento até que eu a soltei e dei passagem, permitindo que ela entrasse.

— É tão bom te ver! — falei enquanto a puxava para o sofá, onde nos sentamos. — Você não tem ideia de como eu fiquei quando você disse que vinha.

— É, eu jurava que você iria desligar na minha cara. — disse ela, desviando o olhar.

Soltei um suspiro, limpei meu rosto e sorri fraco.

— Eu nunca faria isso! — falei e segurei suas mãos.

Anna encarou-me com um olhar de desculpas. E eu sabia bem o motivo. Acho que no fundo ela se sentia culpada e também pensava que eu a culpava. Mas não. Os únicos culpados eram nossos pais.

— Desculpe... — disse ela com um tom baixo.

— Ah, para com isso. Não tem o que se desculpar. — falei, cortando o assunto. — O importante é que você está aqui agora. E vai morar comigo. Nossa, eu estou tão animada!

Anna riu novamente. Éramos bem opostos. Eu era bem sentimental, sonhadora e meiga, já Anna era mais racional, realista e bruta. Realmente... bruta.

— Obrigada por me aceitar aqui. — disse ela. — Sério! Eu realmente ainda não acredito que consegui a delegacia principal de Los Angeles.

— Bem, você realizou seu sonho de se tornar uma grande policial. — comentei, rindo.

— É... e você pelo jeito não deve estar tão mal. — disse ela, olhando ao redor.

Eu sorri envergonhada. Digamos que... ela não sabia do meu trabalho, pelo menos não com o Guns N’ Roses. Minha irmã sempre foi fã do politicamente correto.. e definitivamente não iria gostar nada de saber que eu estava trabalhando com a banda mais perigosa do mundo, envolvida em abusos de álcool, drogas e até roubos de carros.

— Ah... jornalistas ganham bem. — comentei e levantei, indo até a cozinha. — Depois que me formei, arranjei um emprego que paga bem e estou lá desde então.

— Que ótimo! — disse ela e se levantou, seguindo-me até a cozinha, onde se apoiou na bancada.

— Eu fiz torta de pêssego. Espero que ainda goste! — comentei, tirando a torta da geladeira.

— Golpe baixo, Victória! — ela resmungou, mas riu.

Acabei rindo com ela e começamos a comer juntas.

— Quando você começa a trabalhar? — questionei, curiosa.

— Ah, essa noite mesmo eu assumo meu cargo. — ela respondeu, dando de ombros.

— Uol! Que rápido!

— Pois é! Policiais são bem rápidos e competentes! — ela piscou. — Enfim, pode me mostrar o quarto?

— Opa! Já aproveito e te mostro o resto da casa.

Dei de ombros e levei Anna para conhecer o apartamento.

********

POV-Raven

Acordei novamente por volta das nove da manhã. Depois de muito refletir, levantei da cama, tomei um banho rápido, vesti uma roupa qualquer e desci até a cozinha, onde encontrei Stee e Cloe.

— Stee, querido, você sabe como Axl é. — dizia ela, pacientemente. — Tome cuidado, ok?

— A culpa não é minha se meu cachorro não gosta dele. — dizia o loiro, rindo.

Cloe apenas suspirou pesado e virou-se para mim, sorrindo em seguida.

— Bom dia, querida! — disse ela, animada. — Com fome?

— Muita. — falei enquanto me sentava ao lado de Stee.

— Ótimo! Vou preparar panquecas para você. — disse e deu de ombros.

Eu apenas sorri.

— Hey, sempre quis te perguntar uma coisa! — disse o loirinho, chamando minha atenção.

— Pode perguntar, Stee. — falei, rindo.

— Sua mãe é loira, então como você é ruiva? Ou isso é tintura? — ele questionou curioso.

Eu acabei rindo. Todos sempre me perguntavam sobre meu cabelo, então eu estava acostumada.

— Minha mãe é ruiva naturalmente, Steven, mas ela sempre descolore o cabelo por que prefere ser loira. — respondi. — Eu acabei tendo a sorte de nascer ruiva também.

— Interessante. — disse ele e sorriu. — Seu cabelo é muito bonito.

— Obrigada. O seu também. — falei.

Ele sorriu e agradeceu, em seguida Cloe serviu meu café. Minutos depois, enquanto conversávamos sobre coisas banais, a cozinha acabou sendo invadida por Duff e Izzy. O loiro estava vestindo apenas uma calça de moletom e tinha um par de luvas de boxa em volta do pescoço, enquanto Izzy estava apenas de bermuda.

— Bom dia! Caíram da cama? — Cloe perguntou, surpresa.

— Que nada. Só acordamos com a garota barulhenta de Slash. — disse Izzy, indo para a geladeira. — Ás vezes penso que as mulheres que Slash arranja tentam competir com Axl.

Cloe bufou e revirou os olhos, enquanto Steven e Duff riram.

— Slash tem que tomar juízo, isso sim. — disse ela. — Toda noite ele está com uma mulher diferente e nem sequer sabe o nome dela.

— Ele sempre foi assim, desde que dividíamos nosso antigo apartamento. — comentou Duff enquanto pegava um pouco de suco e ria. — E acredite... eu acho que ele nunca vai achar alguém que coloque uma coleira nele.

— Não diga isso. — disse Cloe, fazendo sinal de cruz.

Os meninos riram, enquanto eu apenas observava.

— Desculpe, Cloe, mas de nós cinco, o pior é o Saul. — disse Izzy. — Ele nunca teve uma namorada por mais de um mês.

— É, mas um dia ele vai achar alguém por quem ela queira mudar. — disse ela com uma esperança no tom.

Os meninos apenas se entreolharam, mas nada disseram. Eu apenas continuei tomando meu café até que Duff quebrou o silêncio.

— Você vai ficar com a Cloe hoje. — disse ele, dando de ombros. — Os caras e eu vamos para o Rainbow e só voltamos de manhã.

Eu abri a boca para revidar, mas alguém foi mais rápido...

— E por que não leva ela conosco? — perguntou Izzy com um tom calmo.

Todos o encararam.

— O que? — Duff perguntou surpreso.

— Ela é uma adolescente e está sob sua responsabilidade, não é? — disse o moreno. — Por que privá-la do Rainbow?

— Por que lá não é o ambiente certo pra ela?! — Duff perguntou ironicamente. — Eu estarei ocupado demais com as bebidas para ficar me preocupando com a segurança dela.

Era muito estranho ser o centro de uma discussão que você não podia opinar.

— Nós temos vários seguranças, podemos deixar um de olhos nela, além disso... tenho certeza que ela não vai aprontar nada. — disse Izzy com um sorriso de canto.

Qual era seu objetivo?

Duff apenas revirou os olhos e encarou-me.

— Você quer ir com a gente para o Rainbow? — o loiro perguntou sem muita vontade.


Notas Finais


perdão pelos erros, amores <3
eu estou quase sem tempo nenhum pra escrever, então faço tudo correndo.
Peço perdão tbm se ficou meio confuso...
Mas e então? O que acharam/?


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