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História The Punk Stepfather - Meet the new boss


Escrita por: gabyssrose

Notas do Autor


Oláaaaaaaaaaaaa, minhas amoras!
Como estão? Espero que bem.
Então... eu não demorei tanto, né? Na verdade, era pra eu ter postado antes, mas estou sem internet em casa, então sinto muitooooo.
Bom, o capítulo tá bem grande e um pouco confuso, pois quem me conhece sabe que eu vou misturando os acontecimentos e explicando ao decorrer. Então, veja bem, no próximo cap tudo vai ser explicado, certo? Então peço perdão se ficou um pouco rápido demais.
Desculpem tbm pelos erros e aproveitem... ok???
No prox cap tem Rainbow <3 hehehe

Capítulo 9 - Meet the new boss


Fanfic / Fanfiction The Punk Stepfather - Meet the new boss

Todos me encaravam com expectativa, exceto Cloe, que tinha um olhar preocupado e Duff, que parecia com um pouco de raiva. Era óbvio que eu não gostava de festas, porém, eu faria de tudo para atrapalhar a vida daquele punk.

Soltei um sorriso e concordei com a cabeça.

— Seria ótimo! — respondi.

Izzy riu e Duff revirou os olhos.

— Viu?! A garota tem um bom gosto. — disse o moreno para o loiro.

— Tanto faz. — disse Duff e deu de ombros, indo para a garagem.

— Nós saímos lá pelas dez. — disse Izzy antes de dar de ombros e sair da cozinha.

Restou apenas Cloe, Stee e eu. O loiro estava atacando um pedaço de bolo enquanto Cloe me encarava com um olhar preocupado.

— Querida, você tem certeza disso? — ela questionou.

— Claro, Cloe. — respondi rapidamente. — Fique tranquila. Eu não bebo e nem fumo, só irei pela música mesmo.

Ela continuou com um olhar preocupado, mas não disse mais nada. Ficamos mais um tempo ali até que Stee foi para a piscina, Cloe começar o almoço e eu fui para a biblioteca. Enquanto eu subia as escadas, esbarrei com Slash. O moreno vestia apenas um shorts  — que não tapava nada — e seus cabelos estavam mais bagunçados que o normal.

Ele sorriu e eu retribui.

POV-Slash

Eu não me importo com nada, pois isso é perda do meu precioso tempo. Eu vejo garotas diferentes se ajoelharem todas as noites para mim. Na segunda, uma ruiva, na terça, uma morena, na quarta, uma noite e assim por diante. Não sei seus nomes, seus endereços e muito menos suas histórias. A única coisa que eu sei é do caminho entre suas pernas e que elas sempre farão tudo que eu mandar.

Eram pouco mais das onze da manhã e a minha companhia da noite anterior já tinha ido embora, o que fez com que eu agradecesse aos céus, pois eu estava morrendo de dor de cabeça. Na noite passada, eu havia bebido muito e fumado o triplo, o que era bem comum.

Eu gostava da minha vida. Gostava da fama, das drogas, das bebidas e, principalmente, das mulheres. Eu tinha tudo que um homem podia querer. Exatamente tudo. Então do que eu poderia reclamar?

Levantei da cama com certa dificuldade, vesti um shorts azul e amarrei meus cabelos pra trás, em seguida desci para a cozinha. Eu estava faminto e o cheiro do almoço fez meu estômago roncar.

No caminho, eu esbarrei com Raven, a ruivinha. Confesso que ela era bonita, porém, era tão nova e eu não queria ser preso. Além disso, eu preferia mulheres mais... hum... exóticas e selvagens.

Sorri para ela, que retribuiu, e logo cheguei na cozinha.

— Finalmente. — disse Cloe com um tom alto.

Eu coloquei as mãos sobre a cabeça.

— Por favor, sem gritos. Estou morrendo de dor. — reclamei.

Cloe bufou e foi até o armário, de onde retirou alguns compridos para a dor e me entregou. Sorri para ela, que apenas me lançou um olhar de reprovação, e tomei os remédios. Percebi que ela estava prestes a começar um sermão, mas eu fui salvo por Axl, que adentrou a cozinha.

O ruivo não parecia nada bem. Ele estava vestindo apenas uma calça de couro preto, seus cabelos estavam todos desarrumados e havia olheiras gigantes embaixo dos seus olhos.

— Mas o que diabos aconteceu com você? — Cloe perguntou assustada.

— Nada. — Axl respondeu e deu de ombros, pegando uma vodka na geladeira. — Victória já apareceu?

Opa... se chamou de Victória é por que tem coisa séria rolando.

— Não, querido, mas ela sempre vem almoçar conosco, então logo deve chegar. — Cloe respondeu rapidamente.

Axl apenas concordou com a cabeça e se retirou novamente. Eu conhecia o ruivo o suficientemente bem para saber que ele tinha brigado com Vicky ou provavelmente iria brigar, pois ela era a única capaz de abalar os sistemas do ruivo.

Aproveitei que Cloe se distraiu novamente com as panelas e decidi sair dali antes que ela me desse um sermão novamente. Subi para meu quarto, joguei meu corpo contra a cama e abracei um travesseiro.

O cheiro de sexo e perfume feminino estava impregnado em cada canto do cômodo e eu adorava dormir enquanto sentia essa mistura.

POV-Vicky

Depois de mostrar todo o apartamento para minha irmã e explicar tudo que ela precisava saber, eu decidi ir para a Hell House, já que era sexta-feira e eu sempre almoçava com os meninos, isto é, quando eles acordavam antes das duas da tarde. Falei para Anna que eu precisava trabalhar e peguei minhas coisas, saindo de casa. O relógio marcava pouco mais do meio dia quando eu peguei a estrada e bastou pouco mais de meia hora para que eu chegasse ao meu destino.

Deixei o carro na garagem e subi diretamente para a cozinha, onde encontrei Cloe terminando de fazer o almoço.

— Oi, Cloe. — falei, animada.

Ela sorriu para mim.

— Oi, querida. Eu estava esperando por você. — disse ela, simpática como sempre.

— Que bom. — acabei rindo. — O que temos de bom hoje?

— Espaguete com bastante queijo e carne assada. — respondeu, enquanto olhava as panelas.

— Adoro! — comentei. Sentei-me no balcão e acabei recebendo um olhar preocupado de Cloe. — O que foi?

— Eu acho melhor você ir ver como o Axl está. — respondeu. — Ele nem sequer dormiu essa noite e hoje mais cedo parecia bem acabado.

Ergui as sobrancelhas, encarando-a curiosa.

— De novo? — questionei.

Cloe apenas concordou com a cabeça. Eu soltei um suspiro, desci do balcão e saí da cozinha, subindo até o segundo andar. Assim que cheguei ao quarto do ruivo, encontrei a porta entreaberta e Axl deitado em cima do seu piano de calda.

— Axl? — chamei-o enquanto batia levemente na porta.

Ele apenas virou o rosto para me encarar. Havia olheiras profundas em seus olhos e seus cabelos estavam mais bagunçados que o normal. Era bem evidente que ele estava perturbado.

Ele nada disse, então eu acabei entrando de vez no quarto e fechei a porta. Aproxime-me do piano e me sentei no banquinho, ficando bem de frente com o rosto do ruivo.

— Está tudo bem? — perguntei com cautela.

Seus olhos verdes encaravam-me de baixo, pareciam bem tensos e preocupados. Axl era como uma incógnita, consequentemente, seu olhar era um enigma que me fazia questionar todas as leis do universo.

Aqueles eram os raros momentos em que Axl parecia uma criança indefesa e com medo. Não sei exatamente o porquê, mas eu me sentia realmente mal quando ele estava daquela forma. Eu não gostava de vê-lo triste e isolado. Não gostava de vê-lo atormentado. Eu gostava do meu Axl animado, completamente maluco e hiperativo.

— Axl... — suspirei e coloquei as mãos sobre seu rosto. — O que está havendo? São os pesadelos de novo?

— Nada. — respondeu secamente e desviou o olhar, mas não se mexeu.

— Eu conheço você como a palma da minha mão e sei quando você está mal. — revidei, acariciando seu rosto. — Brigou com Stephanie novamente?

Ele bufou, revirou os olhos e imediatamente ficou sentado no piado, ficando bem de frente para mim e com as pernas cruzadas.

— Isso não tem nada a ver com a Stephanie. — respondeu. — Isso tem a ver com você.

— Comigo? — perguntei surpresa. — O que eu fiz?

— Você tem agido estranha ultimamente. — disse ele, respirando fundo. — Quase não fica mais aqui, não dorme mais aqui e nem sequer passa mais tanto tempo comigo. Eu sinto como se você estivesse se afastando e não gosto disso, ainda mais quando sei que é por causa do Shannon e...

— Axl! Para! — falei, seriamente, e levantei, ficando na altura dele. — Eu já disse um milhão de vezes que não tenho nada com o Shannon e que nunca terei. Entenda isso, por favor.

— Então como pode explicar seus sumiços, eim? E sua falta de tempo e de atenção comigo? — ele revidou.

Era realmente difícil discutir com Axl Rose, principalmente por que ele sempre agia como uma criança mimada. Porém, naquele momento, eu sabia que teria que dizer algo para acalmá-lo ou ele continuaria agindo estranhamente.

Porém, assim como Anna não sabia dos meninos, eu também não queria que eles soubessem dela, pelo menos não por enquanto. Então, acabei inventando algo.

— Okay, você venceu. — falei, fazendo com que o ruivo me encarasse curioso. — Você quer a verdade? Então a terá.

Ele ficou em silêncio, esperando que eu continuasse.

— Eu aceitei um trabalho em um jornal e estava correndo atrás de algumas coisas importantes, como fontes, imagens e fatos. — menti.

Ele pareceu acreditar...

— E por que não me contou? — perguntou e cruzou os braços.

— Por que você me conhece e sabe que eu sou supersticiosa. — revidei e revirei os olhos, cruzando os braços também. — Eu queria terminar tudo antes de te contar. Simples assim.

O silêncio se estabeleceu por vários segundos até que o ruivo fez algo que me surpreendeu bastante. Ele envolveu minha cintura com os braços, puxando-me, e abraçou com meu corpo com força, deixando a cabeça um pouco abaixo dos meus seios. Segundos depois, eu suspirei e coloquei as mãos em seus cabelos, acariciando-os.  

— Desculpa, mas é que minha vida iria virar um caos sem você para me ajudar. — disse ele.

Eu apenas suspirei pesado, mas acabei sorrindo.  Axl e sua bipolaridade iriam acabar me deixando maluca um dia, mas eu não me importava com isso, contato que ele estivesse bem.

— Tudo bem, ruivo. — falei e suspirei. — Agora por que você não tenta dormir um pouco?

Ele levantou o olhar para me encarar e concordou com a cabeça, descendo do piano. Nós fomos para a cama e nos deitamos juntos, até mesmo por que axl me puxou e não deixou que eu saísse. O ruivo deitou sobre minha barriga e eu comecei a acariciar seus cabelos.

Ficamos assim por um bom tempo até que ele dormiu e eu acabei dormindo também.

***

POV-Raven

Eu estava distraída com um livro de filosofia.

— Raven! — ouvi alguém me chamar.

Ergui o olhar e encontrei Cloe na porta da biblioteca.

— Oi, Cloe!

— Querida, você não vai comer algo? Está aqui desde manhã. Não comeu nada o dia inteiro. — disse ela, preocupada.

Ergui as sobrancelhas, encarando-a.

— Que horas são? — perguntei.

— São quase sete horas da noite, amor. — ela respondeu.

Eu arregalei um pouco os olhos. Era incrível como eu simplesmente amava ler e como eu conseguia me perder nas diversas páginas de bom livro, tanto que nem via o tempo passar.

— Eu não estou com fome, Cloe. — respondi, rindo. — Sério.

— É, mas tem que comer. — disse ela, com um tom rígido. — Vem. Desça e venha comer alguma coisa.

Eu até tentei insistir que não estava com fome, mas Cloe acabou me convencendo e nós descemos para a cozinha. Assim que passamos na sala, eu percebi que Duff, Izzy e Slash estavam assistindo os jogos. Percebi que o loiro me lançou um olhar de desprezo, mas eu apenas dei de ombros e continuei seguindo Cloe.

Quando chegamos na cozinha, Cloe preparou um lanche maravilhoso e eu fiquei comendo enquanto conversávamos. Não demorou muito e Vicky apareceu.

— Boa noite, meninas! — disse ela com uma carinha de sono.

— Oi, Vicky. — falei e a abracei. — Está tudo bem?

— Sim. — disse ela e bocejou. — Eu fiquei conversando com o Axl e acabamos dormindo.

— Eu percebi. — disse Cloe, rindo. — Eu fui ver se vocês queriam almoçar, mas os dois estavam dormindo tão gostoso na cama que eu fiquei com dó de acordar vocês.

Percebi que Vicky ficou um pouco vermelha, o que me fez rir.

— Bom, ah... eu vim pegar algo para o Axl comer. — disse a loira, mudando de assunto.

— Ótimo. Eu fiz lanches! — disse Cloe.

Vicky pegou alguns lanches, agradeceu e saiu da cozinha novamente. Eu terminei meu lanche e decidi subir, já que logo eu teria que me arrumar.

*******

E lá estava eu.

Eu me sentia completamente estranha, porém, de uma forma boa. A imagem refletida no espelho era algo difícil de acontecer, haja vista que eu quase nunca me arrumava para sair, ou melhor, eu quase nunca saia.

Eu estava vestindo um shorts preto e uma blusa veludo vermelho que deixava parte da minha barriga a mostra, juntamente com saltos gigantes e com algumas joias. Eu havia feito uma maquiagem que minha mãe me ensinou — mesmo odiando essas coisas — e deixado meu cabelo de lado.  

Eu estava bonita, pelo menos me sentia assim. O problema é que eu ainda parecia uma adolescente de 17 e eu não queria parecer isso, mesmo sendo uma. Eu estava prestes a sair com o Guns N’ Roses, não queria ser tratada como uma criança.

Bufei, irritada, e acabei dando de ombros. O relógio marcava pouco mais das dez da noite, então eu decidi descer. Na sala, os meninos já estavam todos reunidos junto com Vicky, exceto por Axl, e todos me encararam assim que o estalar dos meus saltos contra a escada ecoaram pelo lugar.

Percebi que todos estavam surpresos, mas nada disseram, até que Stee quebrou o silencio.

— Nossa, Raven. Você está linda. — disse o loirinho.

— Obrigada, Stee. — comentei e sorri. — Nós já vamos?

— Sim, só estamos esperando o Axl. — Izzy respondeu enquanto tragava seu cigarro.

Seu olhar intenso fez com que eu corasse e desviasse meu olhar. Soltei um suspiro e sentei ao lado de Vicky no sofá maior. Foi então que eu percebi que a loira estava com suas roupas normais.

— Você não vai conosco, Vicky? — perguntei para a loira.

— Ah, não. Eu preciso terminar algumas coisas em casa. — respondeu ela e sorriu de canto. — Mas se divirta por mim.

— Claro. — respondi e sorri fraco.

Ficamos ali por mais um bom tempo. Slash e Duff conversavam sobre algo da banda, Stee lia uma HQ e Izzy tragava seu cigarro, ás vezes parando para me encarar rapidamente. Foram uns dez minutos até que Axl descesse já pronto, só então nós saímos da mansão.

Izzy e eu fomos no carro de Duff, enquanto Axl e Stee foram em outro e Slash foi sozinho em seu próprio carro. O caminho inteiro eu fui em silêncio, enquanto os dois conversavam sobre o novo álbum da banda. Confesso que eu estava nervosa com a situação, afinal, eles eram bem malucos, e eu nem sequer sabia o que era beber.

 

POV-Anna

O apartamento de Vicky era realmente maravilhoso e confortável. Era incrível como tudo tinha exatamente o jeito e o estilo da minha irmã, afinal, ela sempre foi a mais meiga, carismática e fofa. Enquanto eu, por outro lado, sempre fui a mais bruta, rígida e um pouco antissocial.

Confesso que eu estava um pouco nervosa com a situação. Quando eu consegui minha transferência para Los Angeles, ela foi a primeira pessoa em que pensei procurar, mas fiquei realmente com medo da sua rejeição. No passado, nós duas passamos por coisas realmente cruéis. Coisas que fizeram Vicky fugir de casa e mudar para Los Angeles e fizeram com que eu me tornasse policial.

Nosso passado havia sido muito cruel, mas, felizmente, tinha acabado. E agora nós estávamos juntas de novo e, felizmente para mim, minha irmã não me odiava.

Soltei um sorriso e terminei de arrumar minhas coisas no meu novo quarto. O relógio marcava pouco mais de meio dia e eu estava faminta, então decidi procurar algo na cozinha. Optei pelo resto da minha torta de pêssego e por um lanche natural. Joguei meu corpo contra o sofá da sala e fiquei assistindo TV enquanto meus pensamentos vagavam pelo desconhecido.

Era sexta-feira e faltavam poucas horas para eu assumir a principal delegacia do distrito de Los Angeles. Eu estava simplesmente eufórica. Meu sonho estava se realizando e isso era incrível. Apesar de todos os perigos e desafios, eu finalmente estava no topo, estava como chefe, e ninguém mais seria capaz de me deter.

*********

Quando o relógio marcou sete horas da noite, eu comecei a me arrumar. Tomei um banho bem demorado e depois sai com uma toalha no corpo. Vesti minha calça preta boca de sino, minhas botas de saltos grossos, um camisete branco e um blazer também preto por cima. Alisei meus cabelos vermelhos e os amarrei em um alto rabo de cavalo, em seguida fiz uma maquiagem básica e vesti meu coldre por cima da coxa.

Sai do apartamento de Vicky com a chave extra que ela me deu e peguei meu carro no estacionamento. Um Mustang Boss azul, que estava comigo há muito tempo. Eu já sabia onde a delegacia ficava, então não demorou muito para que eu chegasse, já que era bem no centro da cidade.

Deixei o carro na portaria e adentrei o lugar. Havia vários policiais, detidos e outras pessoas de vários setores. Era uma enorme delegacia típica de filmes como Máquina Mortífera ou Um Tira da Pesada.

Assim que os saltos das minhas botas bateram contra o chão de madeira da delegacia, eu notei que todos os olhares se direcionaram para mim. Alguns eram curiosos, outros de deboche e muitos de desdém, porém, eu já estava acostumada. O preconceito contra mulheres de farda era realmente forte, principalmente em grandes cidades, onde os homens achavam que podiam controlar tudo e pensavam que mulheres eram simples vadias manipuláveis.

— Anastásia Laurence? — uma voz masculina me chamou.

Olhei a minha direita e lá estava o capitão David. Era ele quem eu iria substituir. Ele era um homem alto, de cabelos grisalhos e uma barba por fazer. Era evidente que já estava em uma idade avançada e bem cansado, haja vista que ele estava se aposentando.

— Capitão David. — falei, estendendo minha mão que foi apertado por ele. — É uma honra.

Ele apenas acenou com a cabeça e se virou para toda a equipe. 

— Atenção! — o capitão David gritou, fazendo com que todos parassem seus trabalhos e o encarassem. — Como todos sabem, eu estou me aposentando e, de acordo com o protocolo, eu preciso de um substituto. Então, quero apresentar a nova capitã e chefe da polícia de Los Angeles. Esta é Anastásia Laurence.

Todos pareceram ainda mais surpresos. Percebi que alguns cochicharam e riram, provavelmente debochando o fato de eu ser uma mulher. Mas isso não incomodava nem um pouco. Eu havia enfrentado muita coisa parar chegar até aquele posto e não seriam babacas de farda que iriam me derrubar.

— Venha por aqui. — disse David.

Eu apenas concordei com a cabeça e o segui até sua antiga sala, que agora seria minha. O lugar era grande, com uma mesa enorme de madeira e outros móveis do mesmo material puro. Havia uma enorme janela atrás da mesa que dava uma visão para o centro de Los Angeles e também dois vasos de plantas nas laterais. As paredes eram brancas e estavam cheias de manchetes relacionadas aos policiais e as conquistas da força tarefa de Los Angeles.

— Bem, eu já passei por muita coisa e posso te dizer que não é fácil. — disse ele com um tom sério e carregado de saudade. — Porém, assim que vi sua ficha, eu descobri que você era a pessoa certa para ocupar esse cargo.

Ele abriu a gaveta da grande mesa de madeira e tirou uma arma e um distintivo, colocando-os em cima da mesa e empurrando para mim.  

— Obrigada. — agradeci enquanto colocava a arma no coldre e o distintivo no pescoço. — É uma honra ocupar esse cargo.

— Eu imagino. — disse ele, seriamente. — Mas tome cuidado. Eu sei que você veio do interior e as coisas aqui em Los Angeles são um pouco mais cruéis. Aqui é a Terra dos Anjos, onde o Diabo comanda.

— Então eu acho que o Diabo tem um novo inimigo. — falei firme.

Ele apenas sorriu de canto, pareceu gostar da minha postura. Depois de me explicar sobre as coisas mais importantes da delegacia, o capitão David se despediu do lugar — que era como uma casa e uma família para ele — e foi embora, deixando-me como a líder.

******

E capitão David estava certo. As coisas em Los Angeles eram bem cruéis. Em questão de horas, eu já havia visto pelo menos sete pessoas espancadas, cinco chamadas de tiroteios, diversas mulheres agredidas e pelo menos dois homicídios, sem contar os outros diversos chamados. Ainda bem que a equipe era grande e a maioria dos casos estava sob controle.

O relógio já marcava quase duas e meia da manhã... e foi aí que a confusão começou dentro da própria delegacia. Ouvi um grande alvoroço, o que fez com que eu saísse da minha sala.

Assim que cheguei ao salão principal, encontrei alguns policiais tentando impedir que vários fotógrafos adentrassem a minha delegacia, enquanto um outro segurava uma garota loira, que parecia estar caindo de bêbada. Além disso, havia um cara vestindo roupas de couro e uma cartola de couro, que também parecia bem bêbado. Ele e a garota estavam com as testas sangrando.

— O que merda está acontecendo aqui? — perguntei em bom e alto tom enquanto colocava as mãos na cintura.

A confusão parou imediatamente e todos olharam para mim. O policial conseguiu expulsar os fotógrafos enquanto os outros dois que seguravam o casal se aproximaram de mim.

E foi então que eu percebi conhecia aquele cara. Ou melhor, todos conheciam. Ele era o tal de Slash, guitarrista do Guns N’ Roses. Vestia roupas de couro e sua famosa cartola, que segurava grande parte dos cabelos rebeldes. Em seu rosto estava um sorriso debochado e ele estava visivelmente embriagado.

— Ele atropelou um dos fotógrafos, chefe. — disse o policial loiro que segurava o guitarrista pelo braço. — Encontramos várias garrafas de bebidas e algumas drogas no carro.

Ri sem humor.

— Que novidade vindo desse tipinho. — falei.  — Coloque-o na cela e tire o depoimento da garota, isso é... se ela conseguir falar.

A menina estava completamente delirante e ria sem parar, provavelmente por cocaína ou algo pior. Slash riu e revirou os olhos.

— Desde quando uma mulher dá ordens em uma delegacia de Los Angeles? Pensei que homens mandassem aqui, não peitudas com armas.

Eu apenas sorri para ele. Um sorriso também irônico e debochado. Aproximei-me lentamente, ficando cara a cara com aquele marginal. Eu já havia enfrentado tanta coisa ao longa da minha carreira que nem me incomodava mais com os insultos.

— Acha que eu não sou capaz de dar ordens aqui, vagabundo? — rosnei, rindo em seguida.

Ele riu também.

— Já que está tão perto... por que não ajoelha e reza, ruivinha? — disse ele, rindo irônico.

Eu apenas sorri e fiz um gesto de negação com a cabeça, no segundo seguinte, segurei seus ombros e acertei o joelho bem em seu estômago, fazendo com que ele gritasse de dor e caísse de joelhos.

Todos que estavam ali, tantos os policiais quanto os retidos, encararam a cena com surpresa e um pouco de medo. Aqueles que achavam que eu não era capaz de ser uma líder, provavelmente agora tinham mudado de opinião, e aqueles que estavam rindo de mim quando cheguei, agora pareciam crianças indefesas.

— Alguém mais, seja policial ou delinquente, acha que eu não sou capaz de dar ordens? — perguntei em bom e alto tom.

O silêncio se estabeleceu por segundos e ninguém ousou se pronunciar.

— Ótimo! Agora voltem para o trabalho. — falei, fazendo todos voltarem a suas tarefas. Encarei o guitarrista no chão, ainda encolhido pela dor, e depois encarei o policial que era responsável por ele. — Leve-o para a cela. Ele tem direito a uma ligação, assim que ele a fizer, avise-me.

O cabo apenas concordou com a cabeça e levou aquele delinquente para a cela, enquanto eu dei de ombros e voltei para a minha sala.

  

POV-Vicky

Era para meu despertador tocar exatamente as sete da manhã, mas eu fui acordada ás três e meia da manhã por meu telefone tocando. Resmunguei alto e até pensei em voltar a dormir, mas então acabei lembrando que eu trabalhava para o Guns N’ Roses e qualquer telefonema em plena madrugada poderia ser um desastre.

— Alô! — falei com a voz grogue de sono.

— Vicky? É você? — era Slash.

Não falei?!

— O que aconteceu agora? — perguntei bufando enquanto ficava sentada na cama.

Ele riu levemente do outro lado da linha. Um riso nervoso. E, quase como sempre, a única certeza que eu tinha era que: ou ele estava no hospital ou na delegacia.

— Delegacia da West Hill. — disse ele, ainda rindo. — Traga dinheiro ou um advogado. Ou melhor, os dois! Por que eu acho que vou precisar.

Dito isso, ele desligou.

Eu fechei os olhos e respirei fundo.

Trabalhar com o Guns N’ Roses não era fácil. 


Notas Finais


Roupa Raven: https://www.polyvore.com/raveen/set?id=228984568

Vixi... o que será que o Slash aprontou mesmo eim? No próximo cap vocês irão descobrir!
E a Vicky toda fofa com o axl eim? hehehe

Enfim, o que acharam meninas? Muito ruim?


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