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História The Purchased Love - Capítulo Trinta e Dois - A long night


Escrita por: MrsPriorEaton

Notas do Autor


Eu volteeei!!!

E agora é para ficar!!

Por que aqui.....

Aqui é o que??????

Aqui é o meu lugar🎶🎶🎶🎶🎶

KKKKKK brincadeiras á parte! Sim meus amores eu voltei!

Sei que algumas meninas ficaram desesperadas quando eu anunciei o Hiatus da fic, mas o feedback de vocês pedindo para eu postar mesmo assim, que vocês aguentavam ver ela sem a memória foi o melhor.

Vocês são demais ❤❤❤❤❤.

Eu até tentei recomeçar a fic do ponto que eu parei, tentei modificar a situação dela mas sinceramente eu odiei o rumo que eu estava levando! Eu cheguei a escrever dois capítulos com uma nova versão dos fatos e sinceramente eu não teria coragem de postá-los. Eu estava realmente decidida a mudar tudo, maa depois de todas aquelas mensagens lindas de vocês 😍😍😍😍😍, sério me deu a força para eu retomar a minha ideia original. Eu prometo para você que vocês não irão se arrepender, pelo menos eu espero!

Bom peço que você me entendam também, o vestibular que eu to inscrita está chegando e eu estou em uma semana suuper atarefada em questão de revisão, simulados, aulões e sinceramente não tenho tempo nenhum! Como vocês já sabem eu já tenho 11 capítulos escritos e posta-los não será um problema, mas sim não conseguir responder todos os comentários. Eu já estou devendo respostas de três capítulos - o que eu não estou nada feliz - mas estou esforçando-me para responde-los.

Não estou feliz em postar sem ter respondido todos vocês, mas eu realmente estava ansiosa para dizer que não, NÃO TERÁ MAIS HIATUS! Eu não sei como ficará a frequência de capítulos, mas fiquem tranquilos que eu não irei abandonar vocês!

Quantos aos comentários, eu vou respondendo um por um de acordo com o tempo que vai aparecendo-me! Espero que compreendam e que tudo dê certo!

Um big beijo e até o próximo 😚😚

Capítulo 33 - Capítulo Trinta e Dois - A long night


Tobias

“Tobias,

Hoje eu estou com vinte e duas semanas e acabei de retornar do hospital. 

Eu estava até alguns minutos atrás com o meu telefone agarrado em minhas mãos com o pensamento de ligar para você. Eu gostaria de poder ligar para você, mas então lembrei-me que você não liga para nós e que você ouvindo ou não o que eu tenho para lhe falar, não irá lhe fazer diferença nenhuma. 

Mas como eu inventei de lhe escrever este diário aqui estou eu, segurando uma folha A4, com uma enorme foto em preto e branco segurando as lágrimas que insistem em descer de meu rosto para lhe contar que vamos ter uma menina. 

Sim, uma menina. Eu estou sem palavras para poder descrever o que eu estou sentindo então irei deixar fixado na página do lado uma copia do ultrassom para você poder sentir, nem que seja um pouquinho, a sensação que eu estou sentindo em meu peito.” 

Encaro a foto da página ao lado e trisco nela, fitando-a incrédulo. Olho para Sophie, olho para foto e fico tentando entender como algo tão pequeno igual estava naquela foto poderia estar tão grande quanto a Sophie – não que ela fosse grande, por que eu ainda a achava pequena, mas na foto ela estava menor ainda. 

Eu estava em mais uma das minhas noites em claro. Já faziam três dias que Sophie estava morando comigo e eu ainda sentia receio em dormir – todos os meus instintos ficavam ligados com medo dela cair do berço, ou se engasgar e até ontem dela se enforcar com o cobertor. Como eu não sabia que aquilo poderia acabar sufocando a Sophie eu acabei enrolando ela em duas cobertas ontem, por que estava frio e ela tremia um pouquinho. E foi ai que Ana entrou em meu quarto e me deu uma bronca do tamanho do mundo por ter enrolado ela daquele jeito. Ela retirou os cobertores na mesma hora e trocou a roupa do Sophie, vestindo-a com algo mais quente. Eu fiquei tão apavorado com aquilo que mandei ela dar um fim  em todos os cobertores que tinham ali. 

“Eu mal havia começado a ser pai e já estava expondo a minha filha ao perigo.” – Penso suspirando.

Aquilo tinha me deixado muito mal e eu só consegui melhorar quando eu fui na livraria mais próxima de minha casa e comprei alguns livros para ajudar-me a entender o mundo da paternidade. Beatrice havia tido nove meses para se preparar para este momento, eu só tinha alguns minutos – minutos esses que eram quando ela dormia. 

Sophie ainda estava muito agitada, ela sentia que alguma coisa estava acontecendo e de horas em outras ela começava a chorar. Eu sabia que ela queria a mãe dela e eu ficava desesperado por não poder ajudá-la. Eu já pensei em levá-la para ver Beatrice, mas eu não sabia como tornar este momento possível já que Sophie só fica no colo e como Beatrice estava “dormindo” ela não poderia segurá-la.

A minha vida estava um caos. Ela se resumia literalmente em hospital, casa e escritório – aquele que eu mantinha em meu quarto, por que eu não havia conseguido pisar o pé em minha empresa esta semana. O meu único momento de relaxamento era quando eu sentava em minha poltrona e abria aquele diário. Ele me trazia muita dor, muita angústia, mas aquela era a única forma que eu conseguia me sentir próximo de Beatrice.

Ergo o meu corpo para cima da cama e encaro Sophie, que ainda dormia tranquilamente. Eu havia colocado o berço em meu quarto apenas por segurança – e um pouco de paranoia. Abro mais uma página da minha dor diária e começo a ler. 

“Tobias, 

Hoje eu estou em minha vigésima quarta semana de gravidez e finalmente decidi o nome de nossa filha. 

Sophie. 

Ela irá se chamar Sophie. É um sentimento engraçado, de pensar que agora eu estou carregando uma pequena menininha. É engraçado começar a pensar NELA agora, pois agora eu sei exatamente o que ela é, agora eu posso chamar ela por seu nome, agora eu posso comprar roupinhas e sapatinhos rosas, agora eu sei que ela é ela, e não que poderá mas ser ele ou ela. Agora é ela. 

Esta semana ela está mexendo mais do que tudo. Nesta semana eu estou começando a compreendê-la como um ser humano, eu estou sentindo ela como uma parte de mim, que daqui a alguns meses irá sair de minha barriga e viver neste mundão. 

Noite passada ela chutou a minha barriga e mexeu-se para o lado logo em seguida. Foi lindo, eu gostaria que você estivesse aqui para poder vê-la.” 

No mesmo instante que termino de ler aquela página Sophie – em seu bercinho – chuta as suas perninhas. Um sorriso brota em meus lábios e fico encarando a minha filha em seu berço. 

“Eu posso não ter visto ela chutando dentro da barriga de Beatrice, mas eu estava vendo agora.” – Penso suspirando. 

“Tobias, 

Hoje eu estou em minha vigésima quinta semana de gestação. 

Noite passada a Sophie soluçou em minha barriga. Foi engraçado, eu fiquei desesperada mas depois descobri que era normal eles soluçarem. 

Está tudo bem com ela, porém estou sentindo fortes dores no finalzinho de minha barriga e em minhas costas. Amanhã eu irei no hospital para ter a certeza de que está tudo bem com ela mas...Eu estou aterrorizada.”

“Dores? Como assim ela sentiu dores?” – Penso passando para a próxima folha desesperado. 

“Tobias 

Estou na vigésima nona semana e a Sophie já está virada na posição para sair.

Está incrivelmente louco a maneira como ela esta se mexendo, chega a ser incômodo algumas vezes, mas estamos sobrevivendo bem. 

Está semana eu comprei o berço dela, resolvi não fazer nenhum quarto, até por que eu não tenho a mínima intenção de continuar na casa de meus pais - não que isso fará alguma diferença para você, na verdade acho que irei rabiscar esta parte.” 

Como assim? Beatrice estava brincando com a minha cara só podia. Ela me escrevia falando que estava se sentindo mal, com algumas dores e que iria no médico ver o que era e depois ela me aparece quatro semanas depois sem me atualizar dos fatos. Eu ainda não tinha perguntado para Shauna o que havia acontecido durante os nove meses, por que eu queria saber por ela – já que ela havia me escrito um diário. Mas ai ela me deixa sem saber dos acontecimentos por achar que eu não iria me importar com ela...Essa Beatrice é difícil. 

Fecho o diário um pouco irritado e tento dormir um pouco. Mas na mesma hora, quase que prevendo que eu iria dormir, Sophie acorda e começa a chorar. Levanto de minha cama em um pulo e encaro aquela coisa fofa com os olhos todo cheio de lágrimas.

- Oh meu amor, não chore por favor! O papai está aqui. – Digo apanhando-a em meu colo. 

Começo a balançar o seu corpinho, de um lado para o outro na tentativa de niná-la, porém, nada a acalmava e ela continuava a se esgoelar no choro.

- Será que é a fralda? – Digo a depositando em minha cama e abrindo o seu macacão. 

Desgrudo as abas da fralda e ajunto suas duas perninhas a levantando-as para cima. Olha a fralda uma, duas, três vezes e nada de encontrar sujeira, ela estava limpinha. Desço suas pernas e grudo a fralda novamente, fechando o seu macacão em seguida.

- Será que é fome? – Digo pegando-a em meus braços novamente. Encaro a tela de meu telefone que marcava ser duas da madrugada.

Ajeito-a em meu colo e começo a caminhar pelo o corredor. Desço as escadas com cuidado e vou até um quarto que ficava ao lado da cozinha. Dou uma leve batida em sua porta e em questão de meros segundos Ana aparece encarando-me assustada. 

- Você poderia fazer uma mamadeira? – Pergunto agoniado. 

 - Claro senhor Tobias, só por favor pare de balançá-la com tanta velocidade, ela pode ficar tonta. – Diz Ana advertindo-me. 

Não havia percebido que sacolejava com tanta rapidez Sophie, até o momento em que Ana alertou-me. Eu estava tão desesperado em fazer ela parar de chorar que comecei a balança-la igual ao um louco. 

Sento-me no balcão e espero Ana terminar de preparar o leite. Assim que ela terminar eu tento dar ele para Sophie, porém, ela não bebe nada e continua a chorar descontroladamente. 

- Será que é cólica? – Pergunta Ana franzindo a sobrancelha. 

- Cólica? Mas a Sophie já menstrua? – Pergunto ficando confuso com a sua pergunta. 

- Não senhor Tobias, ela ainda não menstrua, mas os bebês em geral sentem cólicas. – Diz Ana explicando-me. 

- Ah. – Digo mais aliviado. – Eu não sei, acho que vou levá-la ao hospital. Eu simplesmente não sei o que fazer. – Suspiro  derrotado. 

- Calma senhor Tobias, você não pode perder a cabeça. – Diz Ana tentando reconfortar-me. 

- Eu sei, é que eu não consigo parar de pensar que se Tris estivesse aqui tudo seria mais fácil. – Digo lamentando-me. 

Mas, no momento em que o nome Tris saiu de minha boca Sophie imediatamente arregalou os olhos e ficou encarando os lados atrás de algo. Era isso. 

- Acho que eu já sei Ana, obrigado. – Digo levantando-me do balcão e caminhando para fora da cozinha. 

O choro de Sophie agora estava menos escandaloso e ela soluçava mais do que berrava.  Entro no corredor novamente e em vez de seguir rumo ao meu quarto, eu paro no quarto ao lado do meu, no seu ex-quarto. Abro a porta lentamente e ascendo a luz sentindo um golpe intenso em meu estômago. Desde aquele dia em que Beatrice foi embora, eu não havia mais pisado os meus pés naquele quarto, e agora que eu estava fazendo isso as lembranças invadiam-me cruelmente. 

Caminho até a cômoda que estava localizada ao lado de sua cama, e sento-me apanhando o porta-retrato que eu havia dado para ela em Cancun. Na foto estávamos eu, ela e um golfinho do nosso lado no dia em que eu a levei para nadar com eles. Ela estava tão feliz, tão radiante. Na verdade, nós dois estávamos, já que só pelo fato dela estar feliz eu também estava.

Engulo em seco e ajeito Sophie em meu colo, o seu choro já estava mais baixinho, mas foi somente eu mostrar lhe o porta retrato que ela cessou o choro na mesma hora. Seus olhos se esbugalharam e ela ficou em silêncio encarando a foto. 

- A mamãe faz falta não faz meu amor? – Digo sendo tomado pelas lágrimas. 

Fecho meus olhos e tento respirar fundo. Estava foda esses últimos dias sem Beatrice, a saudade estava mais forte a cada dia e agora com a Sophie ao meu lado essa saudade só piorava. 

- Ela vai voltar, ela irá. – Digo suspirando. Beijo o topo da cabeça de minha filha e fico encarando-a fitar a foto da mãe dela. 

- Está precisando de ajuda? – Diz uma voz irritante invadindo o quarto silencioso. 

- Não. – Digo seco. 

- Tobias, eu posso não ter ficado com você o tempo todo, mas você sabia que foi eu que cuidei de você quando você tinha o mesmo tempo da Sophie? – Diz Evelyn com a voz rude. 

- Eu sei que foi você que cuidou de mim, mas da minha filha quem cuida sou  eu. – Digo franzindo a testa.

- A Sophie precisa de uma presença feminina na vida dela você não percebe? – Diz ela encarando a minha filha. 

- Beatrice irá voltar, Evelyn.  – Digo frio. 

- Quando? Daqui a um mês? Um ano? Ela pode estar em coma induzido mas quem escolhe a hora que ela irá acordar e ela mesmo. – Diz Evelyn com a voz baixinha. 

- Esse é um assunto ao qual eu não irei discutir com você. – Digo levantando da cama e caminhando em direção á porta. 

- Por favor Tobias, pense nisso. - Diz ela tocando em meu ombro.  

Saio do quarto atordoado e tranco a porta de meu quarto. Solto um suspiro e encaro Sophie dormindo tranquilo. Eu sabia que Evelyn estava certa, mas eu esperaria por Beatrice dez, vinte, trinta anos, o tempo que ela quisesse voltar eu estaria aqui esperando por ela e eu sabia que não seria o único a esperar por sua volta.



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