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História The Queen (Revisando) - Minha Dor, nossa Dor...


Escrita por: CrossVader

Notas do Autor


Genteeeeee!!
Atrasei mas to aqui.
mais explicações no fim do capitulo.
Boa leitura a todos!

Capítulo 3 - Minha Dor, nossa Dor...


Fanfic / Fanfiction The Queen (Revisando) - Minha Dor, nossa Dor...

“Não culpe a vida por todas as coisas que aconteceram a você: muitas dores são causadas pelos nossos próprios erros”

 

 

17 anos atrás

- Kagome! Volte aqui agora! - Ouço papai gritar com a mamãe.

- Ou o quê, Vossa majestade? - Mamãe diz com uma voz estranha.

- Kagome, não brinque comigo! Você melhor que ninguém como sou ocupado. Como tenho deveres e obrigações, não tenho tempo para ficar de brincadeiras com você. Tenho um reino para governar. - Papai diz muito bravo.

- É só nesse maldito reino que você pensa Vossa Majestade! Não tem mais tempo para seus filhos ou para mim. Estou cansada de tantas crianças atrás de mim o tempo todo. Cansada de parir seus futuros reis e rainhas! - Mamãe grita e nunca a vi gritar antes.

- Kagome, não me chame assim. Onde está o ‘meu amor’? Não seja egoísta. Eu te dei o mundo, um reino. Não se refira assim a nossos filhos. As crianças são nossos maiores tesouros. Eles são nossos filhos antes de serem reis ou rainhas. E todos meus fins de semana são seus. Por toda vida, minha rainha, eu te prometi e sempre cumpri. - Papai fala com uma voz cheia de amor que sempre usa para dar me dar boa noite e aos meus irmãos.

Estranho ver meus pais assim. Eles sempre são tão cheios de amor, felicidade, sempre estão se tocando, conversando. Papai faz de mamãe o centro de seu mundo e nós, seus filhos o centro do amor deles.

- Vossa majestade, - diz mamãe com a voz chorosa - eu estou exausta. Feitan quer aprender a jogar basebol e eu não sei como posso ensiná-lo. Sabe que nunca gostei de esportes, e daqui a duas semanas é aniversário de Hinata. Eu estou louca com os preparativos, e tenho um bebê de 3 meses que não para de chorar. - Nesse momento cai no pranto e papai diz com todo seu amor:

- Minha Rainha, eu prometo que tudo vai dar certo. Amanhã é a abertura dos Jogos de Verão em Liverpool, vou precisar me ausentar e levarei príncipe Killua e príncipe Leorio comigo, sei que não é muito, mas vai aliviar a carga um pouco. Prometo a você, meu amor, estarei aqui antes da festa da Hinata. Deixarei vocês aos cuidados de Uvogin e Gingers Freecs irá comigo para Liverpool. - Mamãe somente assentiu, papai foi para beijá-la e pela primeira vez em 12 anos eu senti um frio na barriga e uma sensação estranha no coração quando mamãe virou o rosto.

                               ~~~~~~~~~~~~~~*~~~~~~~~~~~~~~~~

Na manhã seguinte, Bronaghan abre minhas cortinas cantarolando.

- Bom dia, doce princesa. Vossa Alteza tem que se preparar para o café da manhã na companhia de Vossa Majestade, a Rainha Mãe.

Eu resmungo, e tampo minha cabeça com a manta cor de rosa que mamãe me deu como presente no meu aniversário de 10 anos. Dizendo-me que ela sempre ia me proteger do mal e de todos os monstros.

Com um suspiro nada apropriado para uma princesa, digo:

- Bron, porque me acordar tão cedo? Não dormi o suficiente para minha beleza real descansar!

Escuto risadinhas.

- Alteza, - mais risadas - como futura rainha tem vários deveres e obrigações. Para estar preparada para um dia subir ao trono, suas lições começam bem cedo, para que tenha tempo para cumprir sua agenda. Então vamos, levante-se, antes que nós duas fiquemos encrencadas!

Dou um pulo rápido da cama, com toda graça de um menino doido para jogar pedras nos pássaros – não que eu faça isso, jamais!- e digo a Bron:

- Quando eu for rainha, vou criar uma lei onde tudo comece depois de meio-dia! 

Bron da uma baita gargalhada e balança a cabeça. Começo a me despir e ir em direção ao banheiro de cara amarrada, quando Bron diz:

- Alteza, não demore. A Rainha Mãe preparou o café da manhã para você e  seus irmãos: brownie com muita calda de chocolate e chantilly, ovos Benedict com bacon e pasta de amendoim.

Nesse momento meu estômago acorda para a vida. Uma coisa sobre mim: comer é meu segundo hobby favorito no mundo!

Entro na minha suíte, tomo um banho de gato, como diz Brenna, irmã de Bron e babá de Hina. Saio e vejo que meu uniforme para o dia já está sobre minha cama: um vestido de linho verde estampado com pequenas e singelas flores, de alças finas na altura dos joelhos. Ao lado da cama, sapatilhas pretas para combinar. Olho para minha penteadeira e vejo Bron arrumar todas aquelas coisas abomináveis – maquiagem, já não basta os vestidos que detesto-. Me viro séria para Bron e digo:

- Bron, nem pensar. Mal começou o dia e não vou me submeter a essa tortura! Tenho apenas 12 anos e não preciso parecer que tenho mais.

- Mas vossa Alteza, sua mãe... - Eu a interrompo com a mão e com toda minha autoridade digo 'não'. Bron baixa a cabeça e me dá passagem. Odeio fazer isso, mas preciso impor alguma coisa no meu dia.

Descemos as escadas em silêncio. Meu quarto é o mais afastado de todos: fica na ala direita, logo depois da Biblioteca particular do Rei, que é minha primeira paixão e hobby em todo mundo, por isso fico tão distante. É o lado mais silencioso do castelo. Da janela do meu quarto vejo todo jardim traseiro do castelo, o que me trás paz e alegria. É meu lugar favorito na casa, onde eu e mamãe nos sentamos todos os dias para o chá das três, junto com Hina, para tomar lições de como ser rainha, ter graça, beleza e educação.

Assim como todo castelo, é bem grande, com muitos quartos, muitas janelas, uma torre, uma ponte elevada sobre um lago, e jardins com muitas flores. Muitas obras de artes de pintores como Michelangelo, Da Vince, Donatello, Rafael Sânzio, Van Gogh, Velásquez, Botticelli, Salvador Dalí, Picasso, Manet, e outros. Tapeçaria persa em cores vivas e quentes, - mamãe é italiana, diz que as cores trazem alegria e paz-. Algumas esculturas revestidas de ouro e muitas fotos de família. Porem tem algo que faz nosso castelo ser diferente, o amor sempre presente, tanto de mamãe como de papai, a alegria, harmonia, a paz. Creio que isso é o que chamamos de lar.

Ouço risos quando chego ao fim da escada, e coloco um sorriso em meus lábios. Está na hora da festa. Bron abre a porta do salão real usado para o Brunch e lá estão quase todos, -com exceção de papai, Leo e Kill- sentados envolta da mesa. Arqueio minha costas, elevo minha cabeça em uma postura altiva e de soberania. Neste momento Alfred puxa minha cadeira, faz uma reverência e indica meu lugar para sentar e com toda dignidade de princesa me sento.

- Bom dia, mamãe. - Me viro para ela que abre seu sorriso mais lindo.

- Bom dia, querida. Dormiu bem? Respiro fundo e digo:

- Queria ter dormido mais, Majestade. - Olho para Bron e prossigo: - Mas meus deveres com a Coroa não me deixam dormir o suficiente.

Todos na mesa me olham e caem na gargalhada. Sempre acham graça em como sou dramática com meu sono, minha comida e meu tempo para ser somente Donna, a pessoa comum.

- Eu entendo bem você, querida. -Mamãe diz com um sorriso zombeteiro no rosto.

Olho atentamente para Kurapica, que não me da um pingo de atenção, somente olha para mamãe, com os olhos cheios de amor, como se nada mais fizesse parte do mundo a não ser ela. Eu entendo essa devoção, atenho por papai.

- Bom dia, príncipe Kurapica. - Ele continua me ignorando e olhando para mamãe, então digo mais uma vez e com mais ênfase. - Bom diaaaa, príncipe Kurapica!

Mamãe como a rainha maravilhosa que é, diz ao meu amado irmão:

- Querido, a princesa Donnavan fala com você. Mostre mais respeito a sua futura rainha.

E como em todos os brunchs, Kurapica olha para mim, faz uma careta, resmunga, desvia os olhos de mamãe e diz:

- Todos os dias essa chatice, Donna.

Mamãe o repreende bem baixinho, para não constrangê-lo. E só quero pegar a peste e lhe torcer a orelha. Kurapica e eu nunca nos demos muito bem, ele tem muito ciúmes de mim com mamãe que é o centro do seu mundo. Eu o entendo um pouco, mas ele não entende que ela fica comigo por ter que me ensinar obrigações de uma princesa e futura rainha. Olho para mamãe que esta em total silêncio e cara de paisagem e repito pela terceira vez.

- Bom dia, Kurapica.

- Bom dia, Alteza. - Diz com toda má vontade, me fazendo rir internamente. Viro-me para Feitan.

- Bom dia, príncipe Feitan.

- Bom dia, Alteza.

Hina, como sempre, está linda e me olha com olhos brilhando de amor e expectativas.

-Bom dia, princesa Hinata.

Ela me olha intensamente e como todos os dias diz:

- Bom dia, amada Alteza.

Como todos os dias, meus olhos se enchem de amor, suspiro e digo:

- Muito bom dia a todos e bom apetite.

Todos começam a comer com avidez, em silêncio, então eu observo mamãe, que nos olha com tristeza. Não entendo o motivo, mas sabe se lá, mulheres são uns mistérios diz papai.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ * ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

As três em ponto já estou sentada em na varanda do meu quarto, aguardando mamãe chegar junto a Hinata. Refaço mentalmente as perguntas que devo fazer hoje, as dúvidas das aulas de etiqueta a serem tiradas. Ouço uma leve batida na porta.

- Entre.

Hina entra em meu quarto, com a graça de uma lady, com apenas dois anos de idade. Então olha para os lados, procurando a sempre pontual Rainha mãe e diz com aquela voz de bebê.

- Danna, cadê mamãe?

Como não sei, olho para ela e faço um gesto nada majestoso, dou de ombros. Mamãe nunca se atrasa, então é estranho. Deixando de lados esses pensamentos e focando na leitura de Direitos Reais já que tenho um tutor para aprender antes de fazer uma faculdade normal, afinal para ser rainha tenho que aprender sobre tudo e todos.

                                                                  ~~~* ~~

Distraio-me em minha leitura, e quando olho para o relógio já são quase cinco da tarde. Assusto-me e procuro Hina nos arredores do quarto e a vejo em pé, de frente para minha penteadeira, com meu vestido para sua festa na próxima semana e o rosto todo borrado. Como a boa irmã que sou, comecei a gargalhar e Hina riu junto a mim. Ficamos ali rindo e ajeitando a bagunça, até que vi que mamãe realmente não viria, então resolvi ir ao salão da rainha atrás dela. Quando chego ao salão, que fica situado na ala esquerda ao norte do castelo, ouço sussurros e por mera curiosidade eu resolvo ouvir a conversa de quem quer que seja, afinal sussurros não são usados em conversas normais e convencionais.

- Uvo, não posso esperar mais. É hoje ou eu desisto de você e de ser feliz. Não quero mais essa vida, não quero ser rainha. Só me dói deixar meus filhos!

Fico muito assustada e coloco a mão na boca para segurar o choro. Mamãe quer nos deixar, pela segunda vez na vida, sinto uma sensação ruim e uma dor esmagadora no meu peito. Mamãe, Rainha da Inglaterra, amor da vida de papai, meu amado pai. Ouço a voz de Uvogin, chefe de segurança de papai. Escudeiro fiel e amigo, que esteve ao lado de papai desde que eram bebês, serviram juntos nas Forças Armadas Inglesas, seus pais eram os braços direitos de vovô.

- Meu amor, sabe que não poderá levar nenhum dos seus pertences.

Fico ainda mais assustada com suas palavras e choro incontrolavelmente. Mamãe assente de leve e o beija nos lábios. Enoja-me ver que tipo de pessoa mamãe é uma mulher baixa e sem moral. Tomo uma atitude que sempre vai me assombrar para toda vida.  Entro no salão da rainha, com a melhor pose possível. Mamãe se assusta e solta Uvogin, olha para mim e tenta me dizer:

- Filha...

- Calada, Kagome.

Mamãe me olha horrorizada com a atitude, porém eu levanto o queixo, e com toda graça e poder que possuo, viro para Uvogin e digo olhando fundo em seus olhos:

- A partir de agora são oficialmente desertores, devido seus crimes contra a Coroa e traição de mais alto nível ao seu rei. Não tem direitos de levar nenhum pertence e serão condenados à morte.

Mamãe arregala os olhos e Uvogin engole seco, mas como o homem honrado que eu achei que ele era assente com a cabeça. Escuto um soluço e olho para o lado, e ali está Kurapica com Neon no colo me olhando com uma expressão desolada no rosto. Quase fraquejo, mas me mantenho firme, e por amor aos meus irmãos, me viro para a Rainha.

- Vocês têm duas horas para sair deste castelo, leve suas joias. Não quero nenhum de seus pertences dados pelo  Rei aqui. Não volte mais, nem para morrer. Esqueça que um dia você fez parte desta família e que já foi Rainha da Inglaterra. Tem algo a dizer antes de partir?

- Por favor, Filha... - Eu a interrompo.

- Para você é Vossa Alteza.

Ela limpa a garganta e prossegue.

- Vossa Alteza,  estou fazendo isso por amor. Você não sabe como é viver com seu pai.

Nesse momento minha paciência se esgota e dou um grito.

- LAVE SUA BOCA PARA FALAR DO SEU REI, SUA QUALQUER!- Ela começa a chorar e eu termino: – Não abuse da minha misericórdia, saia logo daqui. Uvogin retire-se com essa mulher imediatamente do castelo e não volte nunca mais!

- Mas eu quero dar adeus a meus filhos! -Diz mamãe aflita.

Eu a olho com todo desprezo.

- Filhos? Quais filhos? O que você abriu mão para viver uma aventura? Os mesmos que ficam atrás de você o dia inteiro, apenas por te amarem e te venerarem? Sim, eu ouvi sem querer sua discussão com papai ontem. Retirem- se.

Ela caminha a passos rápidos, se agacha ao lado de Kurapica, pega Neon em seu colo, sussurra algo para eles, entrega a Kurapica e diz a ele que está indo embora por amor e que um dia vamos entender. Dá um beijo nele e se afasta. Pega na mão de Uvogon, e eu, futura rainha da Inglaterra, vi minha mãe trair meu pai com seu chefe se segurança. Deixei de acreditar que existia amor entre as pessoas. Com 12 anos meu mundo desabou, pela segunda vez. Senti muita dor. Não foi nada comparado a quando eu quebrei meu pé no riacho, onde eu e Killua resolvemos ser Jane e o Tarzan, doeu tanto. Foi uma dor dentro da alma.

Quando meu pai chegou, tive que relatar atos e omitir alguns fatos. Vi o sofrimento em seus olhos, e sofri ainda mais ao ver sua dor. Junto com a dor, veio a decepção. Senti uma dor maior ainda junto à decepção. Fechei meu coração e jurei nunca confiar em ninguém. Nem em quem mais amamos. Isolei-me, e me dediquei com afinco ao meu dever. Ser a melhor rainha para a Inglaterra, a melhor filha para meu pai, e a melhor mãe para meus irmãos. Com 12 anos me tornei mulher, mesmo ainda sendo apenas uma menina e perdi aquilo que chamava de lar.


Notas Finais


Então o que acharam deste segundo capitulo?
Agora fica melhor porque a estoria começa a desenrolar.
Ontem tive alguns problemas no meu carro, sair e arrumar coisas de ultima hora para viajar, mas tudo acabou dando certo, atrasei o cap mas estou aqui!
bjos e de tudo der certo domingo estou de volta!


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