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História The Queen of my heart - The girl of the House Amsberg


Escrita por: gabydcb

Notas do Autor


Oi leitores(as) e quem me conhece,

Eu estou iniciando mais uma fanfic - sim, eu pretendo escrever as duas ao mesmo tempo - mas dessa vez, procurei uma pegada mais diferente. Nada de escola. Nada de garota que mudou de país e conheceu um novo amor. É uma história medieval, se passando na idade média, onde tudo era baseado nos seus bens e sua linhagem. Mantive a base de um seriado que me apaixonei, Reign. Claro que muitas coisas eu tirei da minha cabeça, e não se preocupem (para quem assiste o seriado), eu não vou sair matando os protagonistas :B

Enfim, lindeusos...

Comentem. E podem favoritar também. EU AGRADECERIA, tipo, MUITO :D

Espero que gostem <3

Capítulo 1 - The girl of the House Amsberg


Fanfic / Fanfiction The Queen of my heart - The girl of the House Amsberg

Elle Amsberg

Escócia, 1577

– My lady – dizia uma voz próxima a mim - Já são horas para despertar. A irmã Leonora precisa de sua ajuda no estábulo esta manhã.

Estendi meus braços vagarosamente para cima, espreguiçando-me, enquanto abria meus olhos devagar. Pisquei algumas vezes, sentindo a claridade invadir meu campo de visão rapidamente. Me virei para o lado e vi a pequena Estela abaixada ao lado de minha cama.

– Mamãe ainda não chegou de Edimburgo? – Questionei, sentando na beirada da cama. A garotinha apenas sinalizou negativamente com a cabeça –  Estranho... Ela já deveria ter voltado há dias. Já se passaram duas semanas e nada.

–  Não se preocupe, my lady, sua mãe deve estar resolvendo algo de importância para ambas –  Ela disse, tentando me tranquilizar. Despi-me, entregando minhas roupas de dormir para ela, que tomou meu vestido em mãos e assentiu com uma pequena reverência antes de se retirar dos meus aposentos.

Não gosto de ser tratada assim. Ainda que as freiras me proporcionem afazeres normais de uma garota para minha idade, todos aqui ainda insistem em me tratar como princesa. Meu reino nem é meu, de fato. Estou escondida na Escócia com mamãe há 12 longos anos desde que tudo aconteceu. Nos retiramos às pressas da Irlanda do Norte por temerem nossa vida. Nunca mais voltei ao castelo, nem vi meus cachorros, ou sequer pude visitar o túmulo de meu pai. 

Todas essas coisas me frustram, pensei. 

Fui até o banheiro que dividia com mamãe e havia um enorme barril com água fresca. Certamente irmã Mariotte deixou para mim esta manhã, ela sempre faz essas coisas por mim. Peguei meus objetos de higiene pessoal e minha caneca de banho, para iniciar meu dia. Hoje é quinta-feira, dia de ordenhar as vacas e limpar os estábulos. Um longo e trabalhoso dia, assim como todos os outros, desde que cheguei no Convento.

Não mais a tardar, já vestida e arrumada, desci ao piso inferior em direção a cozinha. 

– Bom dia, irmãs – desejei, fazendo uma pequena reverência a todas.

Em uníssono, todas me desejaram o mesmo. Irmã Mariotte me abraçou gentilmente, enquanto passava pela porta.

  – Você gostou da água hoje, minha pequena? – Ela questionou, encostada no vão da porta.

– Estava maravilhoso, irmã. Obrigada. Onde está Irmã Leonora? - Perguntei, sorrindo para ela.

– Estão todos a mesa, ainda. Vá tomar o seu café – Mariotte passava os dedos gentilmente pelo meu cabelo escuro, antes de se despedir e seguir para a área externa do convento.

O clima lá fora estava particularmente nublado e parecia que brevemente choveria. O vento passava em meu corpo com traçados fortes, fazendo meus cabelos levantarem. Estava frio. Mas era um bom dia, como todos os outros. Segui até a enorme mesa de alimentação, sentando-me ao lado de Irmã Leonora, que me recebeu com um tímido sorriso nos lábios.

– Bom dia pequena Elle – Ela anunciou, dando espaço para sentar – Acordou disposta para o estábulo?

Eu ri.

– Certamente, irmã – Respondi, colocando o lenço sob minhas pernas – Mas, você sabe por onde anda mamãe? Ela está demorando demais. Há tempos está em Edimburgo!

Irmã Leonora franziu o cenho e apertou os lábios.

Algo havia acontecido.

– Elle – Ela começou a falar, com certa cautela – Sua mãe foi chamada pela corte irlandesa para uma audiência com o ministério. O regente estava sem condições de governar, pois contraiu gripe. Eu sinto muito contar-lhe isso agora, mas sua mãe foi tomar a posse do trono até você estar pronta para isso.

– Pronta para isso, você diz me casar com aquele imbecil da Alemanha? – Questionei, respirando profundamente.

– Elle, você precisa esquecer algumas coisas no passado e focar no seu reino e seu povo – Irmã Leonora virou-se para mim, tocando em minha mão repousada na mesa – Será uma excelente rainha. Tenho orgulho de ter criado você e te ensinado tudo o que sabe. Mas você, para ser amada e querida por seu povo na Irlanda, precisa aceitar o seu destino.

Balancei a cabeça em tom negativo, sentindo algumas lágrimas caírem de teima em meu rosto.

– Como irei casar sem amor? E se ele me maltratar novamente, Leonora? – As palavras saíam trôpegas e carregadas de mágoa 

– Vocês tinham apenas 9 anos, Elle. Ele não quis te assassinar. Foi apenas um acidente... 

Foi quando a mesa inteira se agitou.

Todas as moças começaram a gritar apavoradas, algumas levantando-se, outras apenas agitando as mãos. Olhei em direção a Estela, que estava trêmula. Ela segurava a Irmã Amy pelos ombros, enquanto a mesma estava caquética. De seus ouvidos saíam sangue. Ela tossiu algumas vezes, liberando uma saliva extremamente rubra e escura. Estela levantou-se rapidamente, e eu fiz o mesmo. Tentei correr em direção as duas, mas irmã Leonora me puxou com violência para próximo dela. Ainda mantia meus olhos diante das duas. Irmã Amy inclinou seu corpo para trás, caindo do banco em que estava. Seu corpo passou a se debater na grama, enquanto saia alguma espécie de líquido esbranquiçado de sua boca.

Dei um grito de horror, tampando ambos os olhos com as mãos.

Irmã Leonora ainda me segurava e me guiava com força até o interior do convento.

Sentia inúmeras mãos me tocarem, e aquilo me deixava com mais medo do que antes. Meu corpo tremia, e eu andava com dificuldades. Não podia acreditar no que havia acontecido em minha frente.

– O q-q-u-e f-o... foi a-q-q-quilo? – Perguntei olhando para irmã Leonora, aos prantos.

– Eu sinto muito que você tenha visto aquilo, Elle – Ela me olhava cheia de compaixão – Irmã Amy provava a sua comida e de sua mãe todos os dias. Não podíamos correr o risco de você ser envenenada em nosso convento.

– Você está achando que... Que estavam tentando me assassinar? – Olhei para ela, incrédula.

– Irmã Amy foi envenenada. Ela provou sua comida antes de chegar em seu lugar, como todos os dias ela fazia. Creio que isso tenha ligação com a volta de sua mãe a Irlanda. Você sabe o que isso quer dizer, né?

– Não. Eu não irei a Alemanha. – Disse, séria.

– Perdão, Elle. Agora a linhagem de sua família e a história de seu reino depende de você – Irmã Leonora tocou meu rosto com ambas as mãos – A partir de agora você é rainha da Irlanda do Norte.

Minha cabeça movimentava-se em negativo. Eu ainda estava incrédula. Além de Irmã Amy ter morrido para me salvar, eu ainda teria que deixar tudo o que vivi para me encontrar com um idiota e me casar com ele. As lágrimas brotavam em meu rosto de modo incessável, e irmã Leonora me levou até meu quarto.

***

No outro dia, logo pela manhã, onde o sol ainda não mostrava seus primeiros raio do dia, irmã Mariotte me colocou de pé. Passaram a madrugada 7 freiras do convento, organizando minha mudança para Alemanha. Eu mal consegui pregar os olhos. Virava-me de um lado para o outro na cama, enquanto a Estela estava ao meu lado segurando em minha mão. Estava com medo. Aterrorizada, para falar a verdade. Como iria simplesmente chegar a Alemanha e casar com aquele ser humano sem escrúpulos? Eu o detestava. E o sentimento era recíproco.

Me despedi de todos com pesar.

Meu coração doía por deixar a vida pacata e o conforto do convento. Me partia o coração deixar Estela. Deixar as irmãs. As garotas com quem conversava. Os animais que cuidava todos os dias no estábulo. Aquilo era a minha vida. Ou eu pensava que era...

– Irei ficar só sem vocês – Falei, com lágrimas nos olhos enquanto abraçava irmã Leonora e Mariotte num só abraço – Como irei sobreviver?

– Ah...  – Mariotte deu um pequeno sorriso de complacência – Você não estará só. Suas amigas de Edimburgo irão acompanhá-la, Vossa Alteza. Elas foram encaminhadas ontem mesmo para a Alemanha assim que informamos à corte o ocorrido. Elas serão suas Damas de Companhia.

– Obrigada. Eu não sei o que faria sem vocês – Disse, com sinceridade, olhando para todos a minha volta.

Estela se aproximou de mim com lágrimas nos olhos. Me abaixei para cumprimentá-la. Ela tinha aproximadamente 10 anos, e eu guardava um vínculo muito forte com aquela garotinha. Eu a cuidei desde que ela chegou no convento, orfã de pai e mãe. Ela cresceu, parecendo-se tanto comigo. Não só de gênio, mas nossa aparência era similar. Meu coração estaria com Estela, mesmo indo embora. Ela sabia disso.

– Querida, eu não quero te deixar – Eu a abracei, soluçando entre as palavras – Como será viver sem você para me acordar todos os dias, Estela?

Seus olhos encontraram os meus. Suas pequenas mãos acariciavam minha trança adornada de miçangas. 

– Sua vida não será fácil lá – Ela me olhou séria – Você terá dor. Mas também conhecerá o amor.

– Do que está falando, Estela? – Questionei, assustada.

– Você saberá. – Ela finalizou, me entregando um pequeno terço feito de contas.

 


Notas Finais


Tentarei postar mais um capítulo ainda essa semana. Prometo.


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