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História The Queen of my heart - God save the Queen


Escrita por: gabydcb

Notas do Autor


Oiiiiiiiiiiiii!
Agora a história está realmente "começando", e hoje vou apresentar mais alguns personagens a quem está lendo. Gostaria que vocês comentassem e favoritassem, pois isso ajudaria minha fanfic a aparecer no link de busca e mais pessoas poderão ler!

Obrigada de todo o meu coração a quem acompanha *emoção* T.T

Xoxo

Capítulo 2 - God save the Queen


Fanfic / Fanfiction The Queen of my heart - God save the Queen

Chateû de Guise, 1577

Estocolmo, 17 de setembro

 

Vossa Alteza,

 

Peço-lhe mais uma vez a Vossa proteção para minha filha, agora Rainha, Elle. Há semanas atrás sofri um atentado assim que coloquei meus pés nesta cidade. Tentaram assassinar-me envenenada para fazer a mesma coisa com Elle. Minha criada acabou morrendo em meu lugar, o que agradeço de todo o meu coração.

Sei que logo esta lástima chegará ao Convento e não quero minha linhagem sofrendo ainda mais. Escrevo-lhe esta carta pedindo proteção não só a Elle, mas a Irlanda do Norte. Estou partindo de Estocolmo em dois dias para comandar o Ministério de meu país, enquanto damos andamento ao nosso acordo. Elle necessita casar com maior rapidez possível. Inglaterra está a todo custo invadir nossas fronteiras, e faço o máximo que posso. Mas haverá um dia que meus soldados e nosso povo não suportarão e necessitaremos de suas escoltas.

Rainha Charlotte, este é meu apelo. De mãe para mãe. De Rainha para Rainha; Salve Elle. Salve a Irlanda do Norte.

Elle certamente entenderá o seu papel para o curso da Europa. Alemanha e Irlanda do Norte, não mais a tardar, serão apenas um só. Não se preocupe quanto ao incidente de anos atrás nas últimas férias que ficamos em seu castelo. Minha garota não é o tipo de pessoa que guarda rancor ou alimenta o ódio, sabemos que tudo o que aconteceu não passou de um terrível incidente, e seu príncipe Nathaniel não teve intenção alguma de tentar contra a vida de sua futura esposa.

No mais, estou enviando para a Alemanha, quatro damas de companhia para minha filha. Elas foram treinadas para cuidarem de uma rainha. Rosalya, Violette, Iris e Nina são de nobres famílias irlandesas, discretas, castas, católicas e com inúmeros dotes para servir não só a Rainha da Irlanda, tão como toda a sociedade alemã.

Que Deus tenha piedade de todos nós.

 

Duquesa Marie de Guise, Rainha regente da Irlanda do Norte.

 

Rainha Charlotte da Alemanha

Li a carta endereçada a mim. O selo irlandês não deixou dúvidas que se tratava de um recado da mãe de Elle.

Assim que meus olhos percorreram as últimas palavras, dobrei delicadamente o papel em minhas mãos e saí de meus aposentos. Um de meus guardas reais estava em posição ao lado de minha porta.

- Anthony, você sabe onde está o Rei Frederich? – Questionei, me direcionando a ele.

- Vossa Alteza – o guarda fez reverencia a mim – Ele está no salão real.

Assenti com a cabeça e parti a passos largos pelo corredor.

Assim que cheguei ao salão real, me deparei com este desprezível ser humano que as pessoas chamam de Rei. Ele estava aos sorrisos com uma criada em seu colo, e esta lhe dando uvas na boca. Não pude nada fazer, se não revirar os olhos e pigarrear para lhe tomar um minuto de atenção. Eu tinha vontade de vomitar sempre que me encontrava com ele. Um homem nojento e asqueroso, nada parecia com a pessoa que casei há 22 anos atrás.

Ele deu um leve tapinha no traseiro da criada que se levantou esbaforida. Ela ainda sorria, mas ao virar-se para ver de quem se tratava, a cretina ruborizou e se reverenciou.

- Pare com esta palhaçada, querida – Disse, levantando a mão em protesto – Você pode até sentar no colo deste energúmeno, mas eu ainda sou a rainha. Saia daqui desgraçada! – Ordenei, apontando o dedo para a saída.

Ela tomou a taça de uvas em mãos e saiu correndo em direção ao corredor principal.

Respirei profundamente e passei uma das mãos em meu cabelo, antes de subir as escadas em direção ao trono que Fred estava sentado me olhando seriamente.

 - O que lhe traz aqui? Certamente deve ser algo importante para atrapalhar meu momento de lazer do dia – Ele sentou, inclinando-se em minha direção.

Eu me aproximei, ficando frente a frente com ele, que agora me analisava.

Vi seus olhos pousarem no papel que estava em minha mão.

- O que é isto? – Ele questionou, voltando a olhar para mim.

- Marie mandou para mim. Ela sofreu um atentado dias atrás e pediu proteção a Elle. Ela foi nomeada informalmente a Rainha da Irlanda do Norte. – Falei, sem emoção alguma.

Frederich sorriu alegremente. Ele se levantou e colocou ambas as mãos na cintura, sem acreditar no que eu acabara de lhe contar.

- Isto é sério? Não poderia ser melhor notícia a me dar! – Ele gargalhou, balançando a cabeça.

- Fred, eu já lhe disse que não quero Nathaniel casando-se com esta moça. Seu país está em frangalhos, o que ganharemos?

- Você sabe que Elle é prima legítima do Rei da Escócia. Ele está doente, quase em seu fim. Bartholomeu não deixou herdeiros ao trono, isso significa que...

- Que Elle é a próxima Rainha da Escócia – Completei, revirando os olhos – Só que nosso filho Nathaniel é mais importante, não acha? – Questionei, arqueando as sobrancelhas.

- Sim, eu sei. Mas ele se casar com uma Rainha de dois reinos será maravilhoso. Logo mais, a Europa será deles, Charlotte. Você não parou para analisar isto?

Ele me olhava presunçoso, quase sorrindo com suas pupilas. Fred era um homem que pensava grande. Grande até demais. E esquecia das consequências.

- Você sabe que... – Iniciei, andando em volta do trono – A Rainha da Iugoslávia pediu anulação do noivado de Nate com Elle?

- Fiquei sabendo desta falta de respeito – Fred balançava a cabeça, pousando as mãos no rosto – Ela realmente acha que sua filha Melody poderá se casar com Nathaniel?

- Certamente, meu caro – Disse, tentando procurar palavras para convencê-lo de desistir dessa ideia estúpida que era casar Nate e Elle – Melody logo irá ser nomeada rainha da Iugoslávia, e também reclamará o trono da Itália. Sua mãe está crente que isso será realmente benéfico tanto para a Alemanha quando a Iugoslávia.

- Pare com isso, Charlotte. Não irei mudar de ideia – Fred levantou-se do trono irritado – Não vou e nem posso desfazer tal aliança por conta de uma birra sem fundamentos de sua parte!

Ele desceu as escadas a passos largos.

Antes de sair finalmente do salão real, novamente virou-se em minha direção, me olhando sério.

- Eu lhe conheço, Charlotte. Não tente fazer nada quando Elle chegar. Se esta aliança for desfeita, a culpa será sua.

 

Porto Real da Alemanha, 29 de setembro

Príncipe Nathaniel da Alemanha

Havia a pouco retornado do final de semana. Estava caçando com meu irmão Castiel. Fomos até o Vale Strugen a procura de faisões e cervos. Geralmente mamãe usa minhas caças para o jantar.

Assim que eu e meu irmão passamos a cavalgadas pelo Castelo, vimos um aglomerado de pessoas. Bandeirolas com a insígnia alemã estavam em mãos de muitas pessoas. Eram cerca de cem nobres, todos bem trajados e eufóricos. Castiel parou seu cavalo ao lado do meu e ambos nos entreolhamos sem entender.

- O que você acha que está havendo, irmão? – Ele perguntou, franzindo o cenho.

- Alguém de importância deve chegar, para tanta gente hipócrita estar aqui arrumada e sorrindo – Eu despejei e ambos rimos.

Descemos dos cavalos e fomos até nosso pai. Minha mãe estava ao seu lado, séria, com feições carrancudas. “Deus, isto deve ser alguém de muito desprazer para ela” pensei.

Assim que passamos pelas pessoas e chegamos até a realeza, mamãe me puxou pelo braço para um canto, me olhando brava.

- O que este bastardo faz aqui? – Ela questionou. Eu puxei meu braço com força, fazendo-a bufar de raiva.

- Ele é meu irmão. Se chama Castiel. Você sabe que me dá nojo de te ver tratando ele desta maneira! – Esbravejei, falando por entre os dentes.

Mamãe e eu olhamos para os lados, certificando que não havia mais alguém de olho em nossa conversa nada maternal.

- A Elle chegará agora – Ela finalmente disse.

- O quê? Você está falando sério?

- Eu por acaso brincaria com uma má notícia? – Ela me olhou, arqueando as sobrancelhas.

Passei ambas as mãos pelos cabelos, respirando profundamente. Não pode ser. Isso será um caos.

- O que faremos, mãe? – Olhei para ela esperançoso, querendo alguma resposta que me desse conforto – Você sabe que eu preciso casar com Melody. Eu a amo.

- Nathaniel, eu estou fazendo o que posso – Ela piscou algumas vezes, endireitando sua postura – Não quero que você case com esta... Causadora de problemas.

- Do que está falando?

- Nada... Nada demais. Só acho que seu casamento com ela não fará bem a Alemanhã. E nem a você.

Mamãe virou de costas e andou em direção ao rei novamente.

É verdade, eu não queria casar com Elle. Passamos três verões juntos, e eu só posso dizer o quanto detesto garotas autodestrutivas. Ela era extremamente teimosa, e não gostava de opiniões alheias. Por conta disso, Elle se machucou seriamente da última vez que pôs os pés nesse lugar, e nunca mais voltou... Até agora.

Não posso deixar que me casem com alguém que sequer tenho afeição.

Meu coração é de Melody. Todos os verões passamos juntos. Não há como deixar passar esta mulher especial por conta de um acordo medíocre feito quando eu tinha apenas sete anos. Não irei casar com Elle, papai. Sinto muito.

Meus devaneios foram interrompidos por trombones que começaram a soar. Resolvi passar pela multidão e me posicionar ao lado de Castiel, que estava próximo aos guardas reais.

- Está pronto para sua esposa? – Ele perguntou, sorrindo de canto.

Revirei os olhos.

- Não irei casar com esta...

E ela desceu do veleiro. Olhei para Castiel, que estava sério em direção a trupe da rainha irlandesa. Ela estava usando um capuz bordô, com detalhes em dourado. Não via seu rosto, sequer seu corpo. Apenas um par de mãos alvas, e alguns cachos caindo em direção a sua cintura. Ao lado dela, quatro belas garotas sorriam animadas em nossa direção.

- O que você ia dizer mesmo, irmão? – Castiel olhou para mim.

Assim que o trombone cessou, todos em nossa volta reverenciaram a moça misteriosa. Me lembro de Elle como uma garota esguia, com canelas finas e cabelos castanhos até as costas. Ela era sempre autoritária, e particularmente chata. Eu a detestava. Castiel nunca a viu, pois era meu irmão bastardo. Morou na casa de veraneio em Pitsburg até os 12 anos, então jamais viu ou soube do que se tratava a moça com quem me puseram para casar.

E então, vi suas mãos segurarem o capuz, jogando-o para trás. E ali eu vi Elle, depois de dez anos sem sequer lembra-la. Ela estava tão... Bonita. Seus cabelos castanhos semi-presos para trás, um adorno em forma de pequenas flores -  feitas certamente de ouro -, estavam em sua cabeça. Ela tinha duas finas tranças, a cada lado de seu rosto, decoradas com miçangas preciosas. Seu rosto era fino, bochechas coradas.

Elle sorriu, enquanto olhava um por um. Até chegar em mim...

E seu sorriso morreu.


Notas Finais


O que será que Nathaniel fez para Elle? Palpites???????? Hahahaha


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