Mei tinha terminado de beber, porem continuava com a xicara nas mãos a olhando. Mesmo vazia ela mantinha um pequeno calor, seu dedo indicador acariciava a lateral da xicara. Estar assim tão perto dele a deixava inquieta. O que tinha passado na cabeça dela, em convidar um garoto que conhecia a apenas duas semanas para entrar, e para piorar ela tinha se jogado nos braços dele chorando.
Lucia não estava e provavelmente demoraria pela tempestade. Aquele tempo traziam sensações perturbadoras, “Era isso a culpa era daquele tempo.”
Kentin depositou a xicara sobre a mesinha a frente deles. devia ser a tensão causada pela proximidade, mas ela teve a estranha sensação de que ele estava olhando pra ela. O coração dela bateu mais rápido não ajudando muito.
- Assim que minha tia chegar – Disse ela limpando a garganta tentando quebrar o clima sentindo que suas orelhas queimavam – Vou pedir para te levar pra casa.- e colocou a xicara sobre a mesa.
- Não precisa se incomodar –
Ela retraiu as mãos aos poucos voltando a se acomodar no sofá. Então murmurou com a voz fraca – Odeio os dias de chuva –
- Então é isso – Falou ele erguendo uma das sobrancelhas.
- Han? –
-Eu sei que é muita ousadia minha perguntar, eu tinha decidido não tocar no assunto – Mei acabou olhando para ele e ficou ainda mais envergonhada ao estar admirando aqueles olhos verdes. Kentin pareceu hipnotiza-la, seus olhos pareciam se prender um ao outro. Seu rosto esquentou a medida que seu coração pulsava. Era como se ele batesse em seus ouvidos em uma canção ensurdecedora. – Pode me dizer por que ? – Kentin não ousaria se meter na vida de qualquer um dessa maneira, mas não podia negar que uma parte daquilo tudo o machucava, e sua alma e coração ansiavam por uma resposta.
- Porque o que ? – A voz de Mei soou tremula.
Kentin percebeu o ligeiro tremor na voz dela. Abaixou a voz e seu tom era de preocupação.
- Você sempre esta preocupada; com o tempo, sempre distraída e calada e na maioria das vezes se segura para não chorar- Kentin então notou que Mei desviou os olhos para baixo como se pensasse em uma desculpa, então continuou não dado tempo para ela responder -- Pode inventar quantas historias quiser; não vai conseguir me enganar – Nesse momento pode-se ouvir um barulho, e logo uma musica começou a tocar. Era o celular dele.
- P-pode atender – por um momento Mei pareceu aliviada.
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