O garoto cerrou os dentes se levantando parecendo irritado e logo retirando o celular do bolso, era Armin. Ele desligou o celular ignorando a ligação e o guardando novamente. Fechou as mãos em punho, iria mata-lo no outro dia.
- Tudo bem? – Disse Mei se levantando também.
- Claro – Quando Kentin se virou para encará-la sem jeito. Nesse momento a luzes se apagam e um relâmpago iluminou a sala e foi seguido com o som de um trovão. As luzes que brincavam no céu iluminavam a sala. – Um apagão agora não .- Kentin percebeu então como Mei estava paralisada, ela havia juntado as mãos em pânico.
- K-kentin - Seus olhos marejaram, o garoto se surpreendeu, pela primeira vez Mei tinha falado seu nome, então mais um relâmpago passou acompanhado de um som que fez a terra tremer, Mei se jogou nos braços do garoto.
Não conseguindo manter o equilíbrio Kentin caiu para trás no chão. Por sorte o tapete era como um colchão de pelos, os olhos dele já tinham se acostumado com a escuridão e ao olhar para o próprio corpo, viu Mei sobre ele tremendo. Kentin mal sentia o peso da garota que pareceu tão pequena e frágil naquela momento. Mei agarrou sua camisa e ele envolveu ela gentilmente em seus braços. Sentia o coração dela acelerado bater forte contra seu peito.
- Tudo bem, tudo bem – Uma das mãos dele passaram por seus cabelos.
- É tudo minha culpa – Falou a garota entre soluços e com a voz cortada
Ele deslizou as pontas dos dedos pelos longos cabelos negros dela tentando acalma la, porem a pequena tempestade de verão não ajudava muito. Mentalmente xingou o aquecimento global por isso.- Não é sua culpa - Seus dedos emaranhavam nos cabelos dela.
A respiração quente de Mei poderia ser sentida por ele. Logo ela se mexeu se aconchegando, Kentin parou de acariciar os cabelos dela, e tentou olhar para o teto mentalmente se preparando para não acontecer nada inesperado. “ Pare de se mexer” pensou.
Balançando a cabeça de forma negativa ela sussurrou. – Naquela noite eu desejei que eles morressem – pode se ouvi um gemido, a garota pareceu se afogar nas próprias lagrimas. – Eu tenho pesadelos com aquilo –
Por mais que estivessem em uma situação sensível Kentin não deixou de se sentir atraído pela garota. Engoliu em seco e logo murmurou.
- Mei – Ele pausou um pouco antes de continuar – Não estou entendendo nada – Por fim o garoto se sentiu aliviado a garota parara de se mexer encima dele.
As luzes produzidas pelos raios faziam a sala se iluminar vez ou outra.
- É complicado, uma longa história –
- Não me importo de ficar a noite toda aqui- O coração dele ficou ainda mais descompassado depois de perceber o que acabara de falar, diferente do coração de Mei que estava assim por medo, o dele estava assim por ser homem. E para um homem ter uma mulher encima dele não era fácil.
- Foi quando meus pais resolveram se mudar – Ainda tremendo totalmente aconchegada nos braços dele resolveu falar.
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