Ainda não acreditava no que acabara de ouvir.
“Isso só comprova que há qualquer coisa de errado nessa história toda. O Armin tem razão, preciso ir diretamente a Lira, e questionar a respeito disso, fazer com que abra o jogo, cansei de estar às cegas. ”
- Eren? – A voz o sobressaltou. – O que faz agachado aí? Sente-se mal?
- Enjoado... – Respondeu pondo-se de pé e contou-lhe rapidamente o que havia escutado da troca de palavras entre as irmãs.
- Odeio admitir, mas depois disso e de observar e estar em contato com Lira no trabalho, comecei a também concordar com o ponto de vista do Armin.
- Acha então que devo mesmo procura-la? – Perguntou hesitante.
- Não só acho que deve procurar falar com Lira, como também acho que devias tentar arrancar alguma coisa de Mikasa.
- Não tenho sangue frio para fazer isso, Reiner.
- De qualquer forma, o que decidires terá meu apoio. – Aproximou-se e abraçou o moreno que tratou de retribuir e agradecer. – Mas... – Começou.
- Mas? – Encorajou o namorado a continuar enquanto mantinha sem quebrar aquele contato.
- Preciso saber se independente do que tu descobrires e te for revelado se... – Apertou o arquiteto ainda mais naquele abraço. – Muda alguma coisa?
- Não muda. – Assegurou firme. – É contigo que quero estar.
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- Mesmo com a estrutura principal do prédio já erguida, tudo estar pronto em dois meses foi mesmo surreal. – Dizia o dono do Oceaquário ao CEO da Jaeger Engineering. – Foi a melhor decisão entregar a finalização desse sonho a mãos tão capazes.
- Fico muito contente em saber que deixamos um cliente assim tão satisfeito. – Agradeceu lhe dirigindo um sorriso.
- Queríamos ter conhecido sua esposa. – Comentou Kate simpática, esta que segurava o braço do marido em uma postura que demonstrava total cumplicidade entre o casal.
- Não faltará oportunidades sra. Jaeger. – Lhe assegurou. – Espero que meu herdeiro seja um orgulho assim como vejo que seus filhos o são para si.
Kate limitou-se a sorrir enquanto o marido agradecia e tercia elogios aos filhos presentes no momento, que se tratavam de Nathan e Mikasa.
- És mesmo um pai coruja, sr. Jaeger. – Divertiu-se o outro.
- Não escondo que o sou, e já falei e volto a repetir, não é necessária tanta formalidade.
- Está bem, está bem. É costume. – Riu e desviou o olhar. – E falando em pais coruja, lá está outro exemplo disso. – Apontou.
Todos os presentes seguiram a direção indicada. Os olhos verdes de Grisha Jaeger arregalaram-se ao constatar duas presenças as quais não esperava naquela família indicada. Kate na mesma velocidade em que sentia o choque a atingir, tratou de logo dissimular. Mikasa continuou séria, assim como Nathan.
Nickolai Ackerman aproximou-se de mãos dadas com a esposa Kuchel e logo atrás os seguiam Levi e Lira de braços dados. Foram todo devidamente apresentados uns aos outros.
- Enfim pudemos conhecer-nos pessoalmente. – Nickolai sorriu na direção de Ghisha. – Já que trabalhamos juntos indiretamente nesse projeto.
- Claro, uma grande honra para nossa empresa sr. Ackerman. – Devolveu e era notável o seu desconforto, ainda mais quando o dono do Oceaquário teve de se ausentar daquela reunião inusitada e desagradável.
- É também mesmo surpreendente tão repentinamente o mais novo dos Ackermans começar a frequentar eventos e ainda acompanhado da esposa. Uma mulher muda mesmo um homem. – Cutucou Mikasa com um sorriso debochado o que não escapou dos olhares analíticos de Nickolai e Kuchel.
- Não só uma mulher, circunstancias também fazem um homem mudar. – Ripostou Levi que deixava sua aura das trevas tornar seu semblante sombrio.
- Meu filho nunca se agradou muito de tudo que se referia a convenções sociais. – Explicou Kuchel em uma voz doce e calma. - Sempre preferiu ser mais reservado.
- E, no entanto, ele esforça-se para mudar isso. – Continuou Nickolai. – Já que com a esposa sendo não só minha advogada pessoal e da empresa é também junto de Path, meu braço direito em tudo o que diz respeito a empresa.
- Ela ser um de seus braços direitos e não Levi mostra o tanto de confiança que ela retém do sr. – Admirou-se Nathan com um sorriso de canto direcionado a Lira que manteve a postura altiva ao lado de Levi.
- Com toda a certeza, é não só minha nora, é também uma filha querida. – Concordou o empresário de forma carinhosa. – É família, e em família há confiança e proteção. Não imaginam o que seria capaz de fazer para proteger os meus. – Terminou com uma risada felina e mesmo com o tom simpático a ameaça ali era palpável.
A conversa prosseguiu de maneira fluída ambos os lados com comentários cheio de segundos significados e falsas gentilezas. Uma coisa ficara muito clara aos membros da família Ackerman, os Jaegers odiavam Lira, principalmente a madrasta e a irmã mais velha, o desdês no olhar de ambas não escapava por mais que tentassem disfarçar. Em contrapartida, Ghisha Jaeger encontrava-se entre uma raiva contida e uma espécie de orgulho ao ver o status em que se encontrava a filha. E de todos o Jaegers ali presentes, o que fora mais misterioso e difícil de ler, fora o primogênito Nathan. Esse mantinha uma expressão imparcial e por vezes parecia divertir-se com a situação e era evidente que estudava cada coisa dita e feita por todos.
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- O que se supõe que foi aquilo? – Gritou exaltado enquanto afrouxava a gravata.
Desde que se retiraram do evento ao seu termino, o silêncio entre os membros da família reinava. No momento que adentraram no interior da mansão, o silencio partiu-se.
- Foi uma clara declaração de guerra, não é evidente? – A Mulher tratou de responder ao marido enquanto sentava-se ao imenso sofá de forma brusca. – Eu sabia que toda aquela simpatia quando se iniciou a conversa tinha algum fim.
- Nem nos meus pesadelos mais horrendos, poderia imaginar que no fim das contas, Levi Ackerman nunca foi um bastardo renegado. – Resmungou Grisha.
- Claro, quem pensaria que alguém abriria mão de viver no conforto da fortuna dos pais. – Comentou Mikasa. – O pior de tudo, foi o grande Nickolai Ackerman apresentar com orgulho aquelazinha como nora.
- E também como advogada pessoal e braço direito dele na empresa. É mole? – Nathan comentou com uma risada. – Quem diria, hum?
- Não vejo graça nisso, Nathan. – Kate falou em sua direção. – Não podemos deixar isso assim. O que faremos, Grisha?
- Por enquanto nada. Mas como bem dissestes, isso não ficará assim, ou não me chamo Grisha Jaeger.
Os Jaegers recolheram-se em silencio depois de uma longa discussão. Mikasa depois de tomar banho e vestir seu pijama, que se resumiam a um short e blusa de seda verde, não conseguia parar quieta, andava de um lado a outro sem parar. Estancou no lugar por um momento, pegou o celular e digitou rapidamente algumas palavras e enviou. Rapidamente retornou a andar e resignava-se cada vez mais com a demora em ter uma resposta.
- Isso não vai ficar assim, não vai. – Sussurrou e pegou um abajur e o lançou em direção a porta. – Não vai. – Gritou exasperada.
Enquanto encarava a porta e os destroços do abajur viu a porta ser aberta revelando o irmão que aparentemente não trocara de roupa.
- Destruir a mobília não vai adiantar de nada. – Falou de forma cínica.
- Não testa minha paciência. – Avisou. – Tu já sabias, não é?
- O que?
- Que essa praga estava de volta. – Rosnou.
- Será? Ou será que diferente de ti e dos outros sou bom mesmo em atuar? Fica a dúvida, irmãzinha. – Sorriu com tripúdio.
- Como pode brincar com uma coisa dessas? Isso é sério, Nathan. E se ela procurar o Eren e contar que o casamento dela com o Levi foi forçado? Que os dois foram chantageados com a ameaça de deligar os aparelhos que mantinham o Eren vivo? E se ele souber que não fizemos nada para impedir? E que estamos envolvidos nisso tudo?
- Então ele só saberá a verdade. – Deu de ombros.
- Ele vai me odiar. – Gritou puxando os cabelos. – Nunca vai me perdoar. Nunca.
“Ela vai ser um problema. Vai acabar ficando desequilibrada desse jeito. ” – Pensou olhando de soslaio para a porta que ficara entre aberta.
- Devemos manter a calma e tentar não piorar as coisas. Quem sabe até seja melhor que ele descubra tudo de uma vez. – Começou a caminhar em direção a porta e parou olhando para irmã. – Quanto mais cedo tu entender que não passaste de um suplente, melhor vai ser. – Assim que fechou a porta ouviu mais um estrondo na porta e caminhou se afastando enquanto pegava no celular e escrevia uma mensagem.
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O moreno não esperava receber aquela mensagem àquela hora da madrugada, haviam chegado já algum tempo, visto que depois do tão tenso encontro entre os Jaeger e os Ackermans, Lira não quisera prolongar a presença naquele coquetel. Leu e releu a mensagem pensando no que devia responder. Há tempos passara a ter dúvidas se continuava com aquilo, talvez fosse hora de tomar uma decisão definitiva. Começou a digitar decidido.
- O que estás mancomunando aí? – Questionou e em um gesto reflexo baixou o celular. Sentiu o sangue lhe fugir do rosto ao ver a mulher que trajava uma camisola preta longa de cetim e um roupão de mesma cor aberto. Tinha os braços cruzados e uma expressão séria no rosto.
- É.… e.… eu... – Tentou responde e viu Lira unir ainda mais as sobrancelhas. O pânico começava a lhe tirar o ar. E logo viu ela levar a mão a boca e pôde ouvir sua risada preencher o silêncio da sala.
- Tinha que ter visto tua cara. – Falou entre risos fechando o roupão e sentando-se no sofá do lado oposto ao que o amigo estava sentado.
- Me assustastes, não ouvi tu te aproximares. – Comentou ainda nervoso. – Estas apta a ser uma ninja.
A outra apenas sorriu e quis saber com quem o amigo falava para estar tão absorto.
- Algum namoradinho? Caso novo? Ou quem sabe alguém que deixastes em Londres? – Quis saber curiosa lhe lançando um sorriso malicioso.
- Não sejas tão invasiva, Lira. – A voz de Levi irrompeu junto do som de seus passos enquanto descia as escadas. – Deixa-o ter sua privacidade.
- Já tem tempo que percebo essas trocas de mensagens. – Resmungou fazendo beicinho. – E ele não me conta absolutamente nada. Somos amigos, não somos, Berth? – O rapaz teve de engolir em seco ao constatar quão observadora ela era. – Vá, conta-me, tenho que saber se ele está à altura do meu amigo.
- A altura eu duvido que esteja. – Levi brincou já próximo e de pé ao lado da esposa e levou a mão a sua bochecha a puxando levemente. – E como pode saber que se trata de um “ele”?
- Ou ela, que seja, não tenho nada contra héteros. – Defendeu-se rindo.
- Até porque é o que tu és, não é? – Começou a afastar-se indo em direção a cozinha. – Não dê confiança a ela, Berth.
- Minha alma é assexuada. – A advogada murmurou contrariada.
Berthold abandonou a cabeça e riu um pouco.
- Pareces mais leve, mais serena. – Comentou o psicopedagogo.
- Estou, pelo menos me sinto assim. – Concordou. – Estou mais despreocupada e me sentindo segura.
- Que bom. E perdão mais uma vez por ter perdido de vista o Ethan.
- Isso já até foi esquecido, querido. – Tranquilizou-o. – Deu tudo certo, é o que importa.
- E o pequeno pareceu divertir-se. – Falou e ficou em dúvida se perguntava o que tinha em mente.
- Sim, divertiu-se tanto que logo que o colocamos na cama, caiu no sono. – Respondeu e pareceu perder-se em lembranças e um sorriso brincou em seus lábios. – Acho que meu filhote reconheceu o tio.
- Eren? – Perguntou em um tom mais baixo, a outra apenas afirmou com um aceno de cabeça. – O que te faz acreditar nisso?
- Ethan a um tempo atrás, havia ouvido o pai falar o nome dele enquanto dormia. Meu filho é uma criatura curiosa e lógico que veio até mim perguntar-me. Tu bem sabes, Berth, não tenho segredos com o meu bebê, o que estiver em suas capacidades de entendimento e idade eu lhe conto e por isso, falei que se tratava de meu irmão gêmeo que foi por quem Levi havia se apaixonado e tratei de explicar tudo na língua dele toda a problemática e que devia manter tudo como um segredo nosso.
- Lira, não é complicado demais para cabecinha dele? Acho que não devias ter lhe contado. – Contrapôs.
- As crianças veem o mundo de uma maneira tão mais simples, não acha? Bem, acho que o tempo dirá se fiz bem ou não.
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O escritor encarava o interior da geladeira a longos minutos que pareciam horas. Perdido em lembranças.
“Como é possível que tenha ficado mais alto? E mais definido... Oh, Levi. Para onde estão indo teus pensamentos? – Censurou-se e encarou a mão que havia segurado o colarinho da camisa de Eren. – Porque? Porque não posso impedir isso que sinto? Merda. – Fechou a mão em punho e aproximou do coração. – Não, não vou quebrar minha promessa. Está fora de questão voltar atrás.
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Os olhos verdes encaravam o céu azul e pensava no quão irônico era o dia ter amanhecido tão bonito quando o que sentiu na noite anterior fora como uma tormenta. Seus sentimentos e cabeça estavam uma bagunça, não conseguia saber o que sentir ao certo. Era alivio, tristeza, decepção, alegria e nervosismo, muito nervosismo, tudo regado a uma dor estranha que sentia no peito. Decidira depois de conversar com Armin e Reiner que iria para casa e tentaria ter uma conversa com Mikasa.
“E sequer foi necessário. “ – Pensou amargamente ao recordar-se do que falou com Nathan assim que chegou a mansão e o que o irmão o fez ouvir.
- Não sei se estou mesmo pronto. Acho que vou hiperventilar. – O moreno dizia enquanto o amigo acabava de dobrar mais uma rua daquele imenso condomínio.
- Tarde demais – Avisou o loiro parando o carro em frente a uma casa grande, de dois andares com muitas flores coloridas que seguiam um caminho até uma porta de madeira toda trabalhada em entalhes diversos de conceito Frances. – Chegamos.
O coração do moreno acelerou em antecipação. Sem dá um mínimo de tempo a Eren para processar que logo estaria mais uma vez cara a cara com Lira e Levi, Armin desligou o carro e saiu. Ainda em dúvida se saia do carro ou não, viu o amigo passar em frente ao carro e abrir a porta do seu lado.
- Anda, sai. Não há volta. Ou tu me acompanhas ou vou eu sozinho contar que tu já sabes toda a verdade ou pelo menos parte dela. – Ameaçou segurando a porta do carro.
Ainda contrariado e sentido tremores pelo corpo, o moreno saiu do carro e em silêncio acompanhou o amigo até estarem de frente a porta.
- Armin. – Começou. – E se ela não me perdoar por todas as coisas que lhe disse. Fui tão cruel.
- Ela tem consciência que só dissestes tudo aquilo porque estava ferido e magoado, tenho certeza. Tenho certeza também que sequer guarda rancor. – Tranquilizou o amigo. – E também como tu saberias dessas coisas? A versão é que a vítima era somente tu.
- Ela chorou... – Sussurrou em uma voz que quase sumiu. – Deve estar muito magoada... Não sei se consigo...
- Mais um motivo para abrir o jogo e esclarecer tudo. Por ela e por ti. Vocês precisavam ter essa conversa, foram todos vítimas de algo que até agora não está muito claro e precisamos pôr tudo a luz. – Argumentou. – Posso tocar a campainha?
O moreno apenas fez que sim com a cabeça. E o loiro tocou duas vezes.
A porta foi atendida por um rapaz alto, demasiado alto e moreno que o dono dos orbes verdes suspeitou se tratar de um segurança. O rapaz pareceu estranhar a visita de Armin, que era arquiteto a serviço de Lira, acompanhado de Eren e, no entanto, não comentou nada, apenas questionou a que se devia a visita do loiro, que respondeu ter um assunto sério a tratar com Lira e Levi. O rapaz que Armin apresentou pelo nome de Berthold e, para completo espanto de Eren, como sendo babysitter de Ethan, os deixou entrar e explicou que Levi estava ausente devido a uma reunião de trabalho. Só a menção a Levi já fazia o coração de Eren errar uma batida. Após olhar para Eren de cima a baixo de forma que não passou despercebido nem para ele e nem a Armin, o rapaz pediu que aguardassem sentados no sofá que iria informar a patroa sobre a visita, esta que segundo Berthold estava no jardim a brincar de lego com o filho.
Incontáveis minutos depois, ouviu passos a aproximar-se e logo viu Lira passar pela porta de vidro que dava para área externa. Seguida pelo rapaz alto que carregava Ethan no colo. Ela vestia uma legging preta e um blusão azul claro, estava descalça e carregava uma caixa de plástico transparente cheia do que parecia ser brinquedos que tratou logo de depositar no chão.
- Olá Armin, veio terminar de desenhar minha piscina? Quero logo, faz calor. – Dizia a criança sorrindo. – Estou indo tomar suco de laranja com beterraba. Quer?
-Obrigada, Ethan, mas receio ter de recusar. – Respondeu o amigo sorrindo para o pequeno.
- E tu tio, Eren? Aceita? – Perguntou o menino, deixando Eren surpreso por a criança recordar seu nome e de imediato olhou para Lira, mas ela olhava em direção ao filho. – É bom, eu gosto muito. O Berth não, ele diz que já é adulto e não precisa… A mamãe diz que é conversa fiada, não é, mãe?
-É sim meu bem. - Afirmou a irmã sorrindo ao garoto e lhe acariciando os cabelos. - Vá Berth, leva essa pequena matraca para comer.
Assim que Lira viu o outro sumir juntamente com o filho, aproximou-se e sentou no outro sofá que ficava em frente ao que estava sentado o irmão e Armin. Uma mesa de centro os separava.
- Aceitam um suco? Café ou chá? – Perguntou de forma cordial sem erguer o olhar.
- Agradecemos, mas não é mesmo necessário. – Respondeu o loiro no mesmo tom.
- Tudo bem. Bem, a que se deve essa visita? – Perguntou sem rodeios, olhando diretamente para Armin e Eren podia notar que toda aquela calma que a irmã mostrava estava sendo mantida com muito esforço.
O loiro olhou para Eren e pela primeira vez o moreno teve a atenção da irmã voltada para si.
- Eu… É… Bem… Não sei por onde começar. – Por fim admitiu.
Lira o observava com curiosidade, o irmão não parecia nada arisco, pelo contrário, demonstrava nervosismo e até um certo desespero.
- Que tal pelo começo? O que julga ser o mais importante. – Sugeriu o loiro.
- Ok. – Concordou, suspirou fundo e despejou tudo de uma vez quase perdendo o fôlego. – Lira, perdoa-me. Perdoa-me por tudo que te falei aquele dia no restaurante. Eu sinto muitíssimo. Não há palavras que possam descrever o quanto sinto muito. – O moreno viu o choque com que Lira recebia suas palavras.
- Como? – Perguntou atordoada. – Ouvi bem?
O rapaz de olhos verdes ficara em silêncio analisando a reação da irmã.
- Imagino que seja difícil acreditar no meu sincero arrependimento. Mas acredita, preciso tanto que me perdoes. – Pediu. – Principalmente depois de tudo o que soube, depois de toda a verdade que descobri. Por favor, imploro. Perdoa-me.
- Toda a verdade que descobristes? – Levantou alarmada. – Como assim? O que descobriste? Lembrou de alguma coisa?
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