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História The Rainbow - Nuvens no horizonte


Escrita por: Leviaki

Notas do Autor


Não aguentei esperar até amanhã para postar o capítulo novo kkk
Aqui está, espero que gostem.
E claro, agradeço imenso a todos que acompanham a história. <3
Boa leitura meus amores :* <3

Capítulo 8 - Nuvens no horizonte


- Não acredito. – A mulher falava enquanto ria loucamente. – Não acredito mesmo, no que acabo de ouvir.

Aquela risada estridente já estava tirando o moreno do sério. Ele respirou fundo novamente. Pegou o bloco de notas que estava próximo e jogou na direção da amiga que por muito pouco não teve o rosto atingindo.

- Quanta agressividade para alguém do teu tamanho. – Disse dando mais uma gargalhada.

- Vai a merda, Hange. – Rosnou. – A sério, não dá para conversar sobre nada contigo. Tudo levas para um lado idiota e começa a rir que nem uma hiena louca e no cio.

- Não uma hiena. – Discordou ela. – Mas louca com certeza e no cio então, nem se fala.

- Mereço. – Suspirou, desistindo completamente de desabafar e se aconselhar com a amiga.

- Vá, ravióli. – Aproximou-se do amigo e lhe abraçou. – Já estas cansado de ouvir o que penso disso. É por isso que tiro graça, se formos conversar realmente à sério, vamos acabar brigando e sabe bem que não quero isso.

Levi retribuiu o abraço e sorriu um pouco. As vezes esquecia-se de que apesar de suas loucuras, ela era realmente sua melhor amiga, uma irmã que a vida lhe tinha presenteado e que suas sandices apesar de muitas vezes parecerem sem qualquer proposito, em realidade, sempre possuíam uma razão de ser. E ali estava mais um exemplo deste fato.

O moreno aproveitando que a amiga estava de folga e Lira não estava em casa por conta de uma entrevista para o qual finalmente havia sido chamada, quis conversar com ela sobre os últimos acontecimentos e especificamente sobre um que ocorrera naquela manhã e Hange não só tratou aquilo com indiferença, como também fez piada a respeito.

 

Flashback On

 

- Espera....Nn... – Pediu. – Amor.... Aah.... Por favor.

- Por favor? – Perguntou sem parar de investir. – Quer mesmo que pare?

- Aaah.... Levi.... Levi... – Gemia sem pudores, enquanto arqueava as costas. – Nnn...

- Tão lascivo. – Sorriu maliciosamente enquanto saia quase completamente de dentro do moreno e então entrava novamente sem qualquer aviso, tirando urros de prazer de ambos. – Essa noite, tu não dormes.

- Não sejas.... Aaah... – Interrompeu-se a ter sua próstata atingida.

- Huum?

- Não sejas tão cruel. – Disse por fim, com dificuldade. Ele arfava loucamente, por causa dos movimentos que o outro fazia. – Tenho aula no primeiro período amanhã.

- A faculdade pode esperar. O mais importante agora é matar essa saudade que tenho de ti.

- Foi só uma semana, Levi – Bufou.

- A semana mais longa da minha vida. – Aproximou o rosto e encostou suas testas e o olhou nos olhos. Aqueles olhos que sempre o tiravam o fôlego. Mergulhou nas profundezas daquele verde sem igual e sussurrou docemente. – Te amo, Eren.

 

- Pai. – Ouviu ao longe. – Pai? Papai, acorda. – Pediu uma voz infantil que parecia chorosa. – Sente dor? Onde dói? Pai? – O moreno abriu os olhos lentamente e deparou-se com o filho sentado ao seu lado, enquanto lhe afagava o rosto e ao perceber que o pai abrira os olhos o abraçou. – Acordou.

- Ei, o que foi? – Perguntou preocupado ao notar que Ethan começava a chorar. – Meu amor, me diz, o que foi?

O menino ergueu o rostinho cheio de lágrimas e explicou que havia ido chamá-lo para tomar café e, no entanto, o encontrara gemendo.

- Parecia que sofrias. – Dizia, ainda agarrado ao pai. – Chamei e não acordava. Sempre falas enquanto dorme, falas coisas entranhas, alias. Mas nunca sentes dor. – Fungou. - A mãe diz que é para ignorar e sair de perto quando começares a falar dormindo. Só que dessa vez era diferente. – Ergueu outra vez o rosto e olhou o pai com uma intensa preocupação. – Se sente melhor, pai?

- Oh, meu amor. – Aninhou o filho ainda mais em seus braços. – Foi só um pesadelo, está bem? O pai não sente dor e nem está sofrendo, ok?

Com o rosto escondido no peito do pai, o menino anuiu.

- Pai?

- Sim?

- Quem é Eren? – Os olhos do dono dos orbes cinzentos arregalaram-se diante da pergunta do pequeno.

Flashback Off

 

Levi sabia que fugir da pergunta de Ethan não fora a decisão mais inteligente. O pequeno era esperto.

“Esperto demais. ” – Pensou amargamente, estreitando os olhos.

Essa questão chegaria aos ouvidos de Lira e só faria a esposa se firmar em seus argumentos de que ele permanecia apaixonado por Eren.

“ Malditas lembranças que me perseguem. Tsc, não é como se fosse mudar alguma coisa. O que está feito, está feito e ponto final. ”

- Prontinho. – Falou a amiga, voltando a cozinha de onde se tinha ido para atender o celular.

- Quem era? – Perguntou Levi enquanto se servia de mais café.

- A gastrite deve está ótima, não é? – Questionou Hange diante da cena. – Era meu amorzinho.

- Que tipo de ligação era para que fosse necessário tu ir para outro cômodo atender?

- Do tipo que te faria sentir-se quente nas regiões baixas. – Um leve rubor tomou conta das bochechas da pesquisadora unido a um sorriso cínico. – Queres ouvir na próxima?

- Agradeço, mas prefiro não passar o resto da minha vida com esse trauma. – Devolveu levando a caneca aos lábios. – Deus me livre desse tipo de castigo.

- Foi mal, foi mal. – Riu. – Esqueci que vives em uma constante frustração sexual.

- Me dê um bom motivo para eu não levantar daqui e ir te esganar até a morte.

A amiga deu mais uma de suas gargalhadas espalhafatosas e prosseguiu dizendo que além de provocações picantes, o namorado tinha ligado para avisar que o amigo Dot Pixis iria mandar um de seus melhores arquitetos que possuía em seu escritório para os atender.

- Dot Pixis? Acho que já ouvir falar, meu pai deve conhece-lo.

- É capaz que conheça mesmo. São voltados mais para essa área de paisagismo, ambientes externos e tudo mais. Sabe, coisas que envolvam mais a natureza. Eles que cuidaram do projeto do jardim de inverno da cobertura do Erwin. – Explicou e mostrou algumas imagens do tal jardim.

- Ele sabe que tu tens essas fotos? – Arqueou uma sobrancelha. – Sério, qual tua doença?

- Sabe sim e não se importa. – Ripostou.

- O amor é mesmo cego. Ele não sabe onde está se metendo.

- Sabe sim. – Sorriu de forma maliciosa.

- Credo, Hange. Acho que realmente estas do cio. – Reclamou. - Puta que pariu. Me poupe.

Hange se limitou a rir da cara de desgosto que o amigo fazia. E Levi não podia deixar de pensar que era mesmo chocante ter a amiga namorando alguém, levanto em conta que ela sempre mostrou completo desinteresse pelo campo amoroso, só que o mais chocante mesmo, era ela está namorando justamente o patrão dele.

- De todo modo, uma coisa a menos para resolver. – O moreno sorriu por fim. – Lira vai poder distrair-se com alguma coisa.

- É verdade, até o pequeno tem notado que há qualquer coisa de errado. – Concordou.

- Ele vez ou outra pergunta-me se a mãe está mesmo bem. Ela anda tão triste e sequer tem dormindo direito. Sinceramente, acho que deveria...

- Deveria de ficar na tua. – Interrompeu Hange. – Se tu fores atrás do Eren para arranjar briga, Lira vai te odiar.

- Tsc.

- A não ser que vá atrás dele para outros fins. – Piscou. – Aí não só ela, mas eu também darei todo o apoio.

- Vê só? Sempre brinca com coisa séria. – Ralhou. – Acha mesmo que é assim tão fácil? Pois eu te digo, não é. Grisha Jaeger, esse nome te faz lembrar de alguma coisa?

- É como eu apelido as minhas fezes. – Riu. – Chega, sim? Não quero mesmo brigar contigo.

 

 

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- Quanto tempo vai ficar por lá? – O colega de trabalho perguntou depois de o parabenizar por ter pego aquele importante caso.

- Cerca de um mês, eu acho. Se tudo ocorrer conforme o planejado, deve ser bem menos tempo. – O loiro respondeu sorrindo.

- Um mês é muito tempo. – Comentou.

- Eu sei e é a única coisa que não me faz completamente feliz. Vai ser um longo tempo longe. Mas me diz, o chefe vai demorar muito nessa reunião? Preciso dessas assinaturas o quanto antes.

- Não tenho ideia, sei que a Rico está lá dentro também.

- Curiosos? – A voz de Rico fez os dois sobressaltarem-se. – É feio dois homens adultos ficarem de fofoca pelos corredores do trabalho. – Comentou ajeitando os óculos.

- Não estávamos de fofoca. – Reiner defendeu-se. – Keith já acabou a reunião?

- É uma entrevista e não, ainda não acabou. O Sr. Shadis me pediu, por acaso, para verificar se tu estavas por aqui. – Frisou, a colega advogada, na forma formal de chamar o chefe. – Teremos uma nova integrante aqui no escritório. Ela foi da mesma turma que a nossa na faculdade, aliás.

- Sério? – Questionou Reiner curioso. – Quem?

- Lira Ackerman, recorda-se dela? Apesar de que antes de casar-se o sobrenome era outro. Como era mesmo? – Perguntou a si mesma pensativa. – Enfim, não importa. Ela não chegou a se formar conosco, terminou sua formação em uma das mais prestigiadas e requisitadas faculdades de Londres, acredita? Quem diria que voltaria a Nova York e acabaria no mesmo escritório que o nosso.

- Uau. O mundo é mesmo pequeno. – O outro colega comentou admirado com a história.

- E como. – Concordou o loiro, aturdido com aquela informação.

 

 

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- É um currículo realmente impressionante Sra. Ackerman. – Parabenizou Keith Shadis. – Entrei em contato com o antigo escritório de advocacia em que trabalhavas e tua antiga chefe te teceu muitos elogios.

- Fico feliz em ouvir isso. – Sorriu ao ouvir seu novo chefe mencionar seu trabalho anterior, pois fora lá onde pode pôr em prática tudo que aprendeu na faculdade e onde adquiriu sua ampla experiência. – Obrigada mesmo pela oportunidade. Sempre almejei me focar nesta área da advocacia. É um sonho que se torna realidade.

- Agradecido estou eu em receber uma advogada do seu calibre. Seja muito bem-vinda. – Estendeu a mão para Lira.

- Muito obrigada. – Agradeceu novamente enquanto aceitava o aperto de mão.

Enquanto Keith explicava a Lira a respeito de como funcionava os horários, como eram distribuídos os casos e o papel que lhe seria atribuído no escritório, duas batidas soam e rapidamente o chefe autoriza que quem batia entre.

- Ah, Reiner. Trouxe todos os papeis? – Perguntou o homem enquanto levantava-se e ia até o loiro.

- Positivo, está tudo aqui. – Respondeu Reiner entregando um envelope a ele.

- Perfeito. Já volto, aguarde um instante, sim? Ah, essa é nossa nova contratada. – Apontou. – E este é um dos nossos melhores advogados aqui. – Continuou e em seguida saiu deixando a sala em um silêncio um pouco desconfortável.

- Lira Jaeger, não é? – Começou o loiro. – Seja muito bem-vinda.

- Ackerman. – Corrigiu com um sorriso e logo ergueu-se da cadeira em que estava sentada. – Lira Ackerman. – Se apresentou erguendo a mão a qual o loiro segurou em um leve aperto. – Nos conhecemos?

- Não diretamente. – Respondeu abrindo um sorriso sem graça diante do olhar interrogativo da mulher que possuía os mesmos olhos que o namorado. – Estivemos na mesma turma durante a faculdade.

- Perdão, realmente não lembro. – Desculpou-se. – Mas isso explica que saibas meu sobrenome anterior, no entanto, nem mesmo Rico que era com quem tinha bem mais contato recorda-se.

- É que.... Bem, como posso dizer isso. – Coçou a nuca. – Sou namorado de Eren Jaeger. – Disse por fim.

- Ah. – Foi o que Lira conseguiu dizer diante daquela revelação.

- Não se preocupe. – Apressou-se em dizer. – Sei separar as coisas.

- Claro, imagino. – Sorriu. – Responderia com sinceridade a uma pergunta minha?

- Farei o possível. – Afirmou.

- Eren... – Começou e para Reiner, ela parecia hesitante em continuar. – Ele.... Meu irmão.... É feliz?

- Acredito que sim. – Respondeu com sinceridade. – Apesar de tudo, acredito que seja. Pelo menos eu tento fazer com que ele seja. – Riu.

- Que bom. – Riu um pouco também. – Fico feliz em saber que ele tem alguém que o ame e zele por sua felicidade. 

Reiner era ciente que Lira era casada com o ex-namorado de Eren e que isso ocorreu enquanto o moreno ainda estava em coma. Ele sempre dizia que a mulher que sorria tão docemente diante de si era uma cobra traiçoeira, no entanto, o loiro só conseguia enxergar sinceridade naqueles olhos.

 

 

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- Eren, juro que se não falar logo o que tem a dizer vou te pôr para fora daqui. – Ameaçou o loiro.

- É só que... Ah, não sei bem o que perguntar, por onde começar, não sei nem o que é que eu quero saber ao certo. – Suspirou e se jogou no sofá, onde o amigo estava sentado e o encarando com impaciência.

- Que tal começar pelo começo? – Sugeriu ironicamente.

-Armin, tu és um péssimo amigo. – Acusou o moreno.

- Se eu fosse assim tão péssimo amigo, tinha te enxotado daqui a tempos. – Suspirou cansado. – Durante a semana inteira ficaste vindo aqui com a intenção de conversar sobre sei lá o que e sempre acabava por desistir e eu esperei pacientemente para que tu criasses coragem. Já deu né? Vai, desembucha de uma vez. – Demandou e diante do silencio do dono dos orbes verdes prosseguiu. – Se o caso for que pretendes se declarar a mim já te adianto que tens todas as chances do mundo, és completamente o meu tipo.

- idiota. – Bufou o moreno e se endireitou no sofá para que ficasse de frente para o amigo. – Tudo bem. Armin, poderia me contar tudo o que lembra do tempo em que estive em coma?

Eren observou a reação do loiro e viu o quanto ele estava surpreso com aquele pedido.

- Quer mesmo que eu conte? – Perguntou incerto.

- Quero.

- Depois que acordaste do coma e a Mikasa e teu pai te contaram o que aconteceu enquanto esteve inconsciente, tu nunca permitiste que se tocasse no assunto. Eu até tentei muitas vezes conversar contigo a respeito, mas sempre acabava em briga. A que se deve essa mudança repentina?

- Bem, é que eu encontrei com ela por acaso no sábado passado.

- Como? Ela está de volta a Nova York?

- Pelo visto, sim. – Disse deixando uma aura melancólica lhe atingir. – Vi também o Levi e a Hange.

- Caramba. Isso está melhor que novela mexicana. Devo ir fazer pipoca?

- Armin!!

- O que?

O moreno abanou a cabeça em reprovação.

- O caso é que a Hange me disse uma coisa que me deixou pensativo e me fez querer ver as coisas de outro ângulo. Entende?

- O que ela disse exatamente?

- Algo sobre odiar as vítimas dos filmes e séries, por tomarem tudo o que lhe dizem como verdade absoluta e por serem burras e lerdas.

- Acho que sei onde ela quis chegar e pelo visto funcionou. – Sorriu. – Vou te contar tudo o que sei, o que lembro e o que penso a respeito. Mas antes quero saber como foi o encontro entre tu e a Lira, está bem? Quero detalhes.

Eren deu um longo suspiro, mas acabou concordando com o amigo e começou a contar como fora exatamente o encontro com sua irmã gêmea, enquanto isso o loiro ouvia com total atenção todo o relato.

 

 

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- Entendo. – Respondeu o homem de olhos verdes a pessoa com quem falava ao telefone. – Termos ganhado a licitação da reconstrução desse prédio nas docas foi perfeito. – Esperou escutando o que o outro dizia. – Claro, claro. – Escutou um pouco mais. – Exatamente, por ele estar em ruinas vai mostrar o quando deverá ser investido, isso nos dará margem para encobrir os desvios. – Pausou, enquanto ouvia mais coisas. – Eu sei, a empresa fantasma e as doações falsas para aqueles buracos, chamados de orfanatos, estão sendo insuficiente para encobrir todo os ganhos em dinheiro. Precisamos de mais coisas. Já estive pensando em outros meios para isso. – Ajeitou os óculos enquanto sorria diante do que o outro lhe sugeria. – Bom, é verdade que teremos essa parceria na construção do novo hospital público, mas infelizmente esse é mais um negócio com uma empresa limpa, eles jamais seriam complacentes quanto a isso. A A.Tech.C (Ackerman Technology Company) não se envolve com esse tipo de coisa, pelo menos é o que se ouve nesses meios. Seria demasiado perigoso lhes fazer essa proposta. – Gargalhou com o comentário da pessoa do outro lado da linha. – Também me pergunto o mesmo. É realmente um milagre que uma empresa do porte deles, estejam em crescimento sem necessitar de se envolverem em coisa ilícitas. E o pior é que ainda sejam maiores que a Jaeger Engineering. Sei que as áreas de negócios são distintas, entretanto, não deixa de ser frustrante. – Franziu o cenho ao escutar as palavras que vieram a seguir. – É uma possibilidade a ser posta sobre a mesa. – Sorriu de lado. – Não vamos descarta-la ainda, vamos pensar em uma maneira de a fazer possível, sim? Foi uma ideia mesmo genial da tua parte. – Despediu-se de forma cordial e se pôs pensativo a respeito do plano que lhe foi proposto pelo sócio.

- Sr. Jaeger. – O rapaz o chamava uma vez mais e dessa vez com êxito, teve a atenção do empresário.

- Ah, filho. O que houve? – Perguntou um pouco disperso.

- Filho? Que raro me tratar assim aqui na empresa. – Nathan comentou estreitando os olhos. – Eu é que pergunto o que houve. Teve alguma boa notícia?

- Pode se dizer que sim. De qualquer forma, isso não é do teu interesse. – Interpelou. – O que quer?

- Vim pegar os balanços do último mês. – Respondeu indo em direção a umas das ‘Pastas Suspensas’ em busca do arquivo.

- Aqui está. – Chamou o pai, com uma pasta em mãos. – Não esquece de maquiar bem esses números.

- Não tente me ensinar o meu trabalho. – Pediu pegando a pasta. – Sou ótimo com números, se não fosse engenheiro civil poderia muito bem ser um contador.

- Sei disso. – Sorriu. – Por isso é que tens a minha confiança, filho.

- Claro, claro. – Respondeu se afastando e antes de sair da sala do pai, o olhou de soslaio, vendo que este retornava ao trabalho no computador.

Fechou a porta em um baque mudo. Caminhou até a própria sala pensando com quem o pai teria falado. A secretária o havia avisado que o pai estava em uma chamada importante e para ele não ter tocado no assunto, só podia significar que se tratava de coisas obscuras em que o pai estava envolvido.

“ Ele confia em mim para quase tudo, e, no entanto, no que eu mais queria que ele confiasse, ele não confia em absoluto. Droga, droga. – Resmungava em pensamento. – Preciso encontrar aqueles papeis. Se não me apressar as coisas vão sair do controle, preciso encontra-los antes que ele saiba que ela está de volta. Merda. – Olhou a paisagem de prédios através da parede de vidro de sua sala. – Espera um pouco mais, sim? Mesmo que não saibas e nem nunca venha a saber, vou te tirar do meio disso. – Tocou a parede. – Eu prometo.”

 

 

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“Em que momento foi que eu perdi a direção da minha vida? - Perguntou olhando o túmulo a sua frente com os olhos embaçados. Acabava de depositar um buquê de orquídeas. Tocou a segunda plaquinha a baixo do nome gravado, onde estava escrito o curto epitáfio. - ‘Que sejamos imensamente felizes, que nosso triângulo inunde de amor. É só o que eu desejo, é só o que eu peço e sempre manterei como certo. ’ - Leu e deixou um sorriso triste despontar em seu rosto abatido. - Somos um triângulo incompleto agora. Esse vazio aqui dentro é tão doloroso, não tens ideia. Queria tanto que estivesses aqui, sinto tanto a tua falta. O que me aconselharias se estivesses aqui, meu amor? “

Olhou o céu e notou algumas nuvens escuras se aproximando do horizonte. O prenúncio de uma tempestade. Era incomum chover naquela época do ano, estavam em pleno verão. Deixou algumas lágrimas a mais caírem e reprimiu um soluço. Aquele 16 de junho era com toda certeza o mais triste de sua vida. E até mesmo o clima parecia concordar com isso.

 


Notas Finais


Estejam preparados, a partir daqui as coisas começarão a serem postas em pratos limpos. o/
Tentei deixar as coisas mais leves em algumas partes, sei que a seriedade tem sido predominante, me alertaram sobre isso e agradeço imenso rsrsrs
Por isso é sempre bom ter algum feedback, me ajuda a melhorar. Espero ter conseguido alcançar as expectativas. *u*
O que acharam?
Teorias?
Continuo nesse ritmo?
Me contem aí. A opinião de vocês será sempre bem-vinda <3
Até a próxima amorinhas o/
Milhões de beijinhos <3

P.s: Uma agradecimento especial a "~MeghanLincy" pela opinião que me ajudou muito <3 E a "~SweetMoon_" pelas ideias incríveis e opinião sincera que me enviou, estava em um beco e me ajudaram a sair dele <3


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