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História The Red Castle - Madeira e Café


Escrita por: chaewonjunie

Notas do Autor


Oooi, tenho que arranjar um apelido fofo para vocês leitores tsctsc
Desculpa pela demora! Minhas aulas voltaram e estamos morrendo!
Bom, boa leitura!

Capítulo 4 - Madeira e Café


Yoongi POV

O sentimento de casa era ótimo. A sopa que havia acabado de comer estava muito boa. Foi a primeira vez depois de anos que comi algo com tanta vontade. Até recebi olhares estranhos de Namjoon. Acredito que ele também tenha gostado, mas não podíamos comer assim. Nosso corpo não fica bom quando comemos tanta comida normal. Porém, até aquele instante eu não senti nada. Só a felicidade passageira de quando você come algo que te lembra casa. E já que eu estou em casa, nada melhor que isso!

Arrumamos a cozinha juntos, Jin e eu, conversamos muito ali. Ele era uma pessoa esplêndida. Eu estava encantado por ele. O dia terminou e fomos para nossos aposentos.

— Boa noite, hyung —, sorri para ele e passei a mão em seu ombro. Ele sorriu para mim.

— Durma bem, Yoongi — abriu a porta e encostou no portal. Entendi o que ele queria. Continuei andando até meu quarto e abri a porta. Ele acenou pra mim. — Durma bem.

— Você também, hyung.

Entrei no quarto e até eu pegar no sono, a imagem do sorriso dele ficou em meus pensamentos.

O dia amanheceu com trabalho e mais trabalho. Com o inverno nos rodeando o trabalho aumentava, mais pessoas queriam algo para o estoque. Estava com mapas abertos em cima da mesa com várias marcações. Era um cliente novo e era um caminho difícil, a estrada ruim e o tempo também.

Soltei um suspiro e ouvi a porta se abrir.

— Quero o melhor para fazer isso. — falei soltando um suspiro, achando que era Namjoon, com um cheiro forte de café.

— Eu não sei o que é para fazer, mas posso dar um jeito nisso.

Levei um susto quando percebi de quem era a voz, olhei para Jin que sorria para mim. Ele carregava uma bandeja em suas mãos.

— O que você...? — Perguntei embasbacado.

— Você não tomou café... Decidi trazer para você. — Ele disse um pouco envergonhado. Ficamos nos olhando por alguns míseros segundos. — Então?

— Oh! Desculpe! — Disse com a voz um pouco falha. Pigarriei. — Pode entrar, hyung.

Ele sorriu fraco e entrou, colocou a bandeja em cima de uma das mesas desocupadas e olhou para mim. Parei de olhar para ele no mesmo instante voltando a olhar para o mapa em minha frente. Senti ele me encarando, logo seus passos foram escutados por mim. Ele vinha na minha direção e pude sentir seu cheiro quando ele chegou bem perto, olhava por cima do meu ombro para o mapa também.

— É uma nova carga? — ele perguntou.

— Sim —, respondi. — Quer dar uma olhada? — perguntei me afastando para o lado e deixando espaço para ele se aproximar. Deixei que ele olhasse por alguns minutos e comecei a explicar, entretanto ele não deixou eu fazê-lo.

— Esses são os caminhos que vocês fazem geralmente. — Não foi uma pergunta, mas assenti. — Esse é o caminho que você quer que ele faça? Parece bem perigoso.

— Você conhece de mapas? — Perguntei o olhando interessado.

— Sim, já fiz alguns quando mais novo. — Ele sorriu de novo para mim e senti meu coração, algo que não acontecia.

— Então o que você acha dessa rota? —, apontei para qual estava trabalhando.

Ele estudava os meus riscos enquanto eu esperava seu veredito.

— É uma péssima rota. Ele vai demorar demais indo por aqui. — Disse apontando. — Se ele fosse por essa região, demoraria menos e não seria tão perigoso se fosse por aqui.

Mirei seus dedos enquanto ele apontava para um lugar e para outro.

— Você tem razão. — disse me aproximando estudando as linhas e ele sorriu, com seu cheiro vindo em mim.

Senti pânico. Minha respiração se acelerou e fui para onde ele havia colocado o café. Peguei uma xícara e depositei o líquido preto, estava de costas para Jin, então pude fazer o que eu sempre fazia.

Tirei a pequena garrafa dos meus bolsos e coloquei o líquido vermelho junto com o café, guardei rápido e mexi. Senti meus dentes doerem, beberiquei o café batizado e me controlei para voltar ao normal.

— Você também pode mudar essa rota. — Disse Jin. Virei para ele e fui em sua direção. Ele ficou de lado me dando espaço. — Pode trazer ela para cá, assim não passa por aqui. — Ele apontava para os caminhos, concordei.

— Você é realmente bom, não tinha reparado nisso. — Sorri e movi meus dedos.

Embarcamos numa conversa, nossos dedos se moviam pelo mapa e se tocavam algumas vezes. Meu coração sempre palpitava quando isso ocorria. Me limitava a fingir que não percebia. Não percebia seu cheiro, o calor do seu corpo. Apenas fingia não notar seu braço em meu ombro para que pudéssemos olhar para o mapa direito.

— Mas é mais rápido... — Falei me virando para ele e dando de cara com a sua face. — Por aqui. — Terminei engolindo em seco.

Ele me olhou e ficamos nos encarando.

— Não é não, é mais perigoso — ele disse, pude sentir sua respiração em mim. Não respondi mais, seus olhos puxaram toda a minha atenção. Ele não tirou seus olhos dos meus. Algo passou forte pelo meu corpo, algo que eu nunca havia sentido antes. Algo que todos deviam sentir em algum momento da sua vida.

Algo que unia todos os laços do presente, passado e futuro.

Algo que me assustava.

— Yoongi. — Ouvi Namjoon batendo na porta. Nos afastamos rápido.

— Pode entrar. — Disse alto.

A partir dali, nós três iríamos trabalhar juntos. Já estava vendo nós três por cima de mapas e de cartas e contratos. Assim aconteceu três minutos depois quando mostramos a rota para Namjoon que estava passando para um papel que ele enviaria para o carroceiro que faria o frete.

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Era uma boa notícia, mas um péssimo contrato. Ele era de outro reino, muito distante. Com um idioma muito complicado. Eles queriam nossos serviços e isso era bom. Entretanto queriam o contrato no idioma deles. Estava até tentando fazer isso, contudo as vozes de Namjoon e Jin estavam me desconcentrando.

— Desisto. — Falei para mim mesmo e me joguei pra trás, afastando a cadeira da mesa e fui para janela, procurar pelos dois.

Eles estavam cortando lenha. Namjoon estava de braços cruzados com suas roupas inteiras olhando para Jin que estava com as mangas levantadas, alguns botões abertos e suado. O cheiro do suor chegava até mim. Desci as escadas rápido e fui até eles. Eles estavam conversando animados.

— Sobre o que estão falando? — perguntei sentindo um pouco do frio que estava ali.

Namjoon olhou para mim surpreso.

— Não estava fazendo o contrato novo, hyung?

— O idioma é complicado. Pode fazê-lo?

— Claro, hyung. — Ele sorriu.

— O que mesmo vocês falavam?

— Estávamos comentando sobre o tempo. — Respondeu Namjoon.

— E sobre o tempo que você fica trabalhando —, Jin disse e sorriu encostando-se no machado. — Ele disse que nesses dias você está trabalhando menos.

Passei a mão pelos meus cabelos desconcertado com o comentário.

— Eu nunca trabalhei demais.

— Nunca ouvi uma mentira tão grande. — Atacou Namjoon. — Você está melhor agora, depois que Jin chegou.

Eu abri a boca, mas não sabia o que dizer. Balbuciava alguns nãos enquanto ambos riam de mim.

— Então Namjoon está certo, Yoongi? — perguntou Jin rindo.

Olhei para ambos e confirmei pensando sobre o assunto. Eles ainda riram de mim e percebi o tanto que aquilo era verdade. Jin voltou a cortar lenha e seu corpo se movia de uma maneira intensa. O suor descia pelo seu corpo e o cheiro invadia minha narina me deixando bobo. Seu cheiro, mesmo o do suor, era bom.

Namjoon me olhava rindo, mas agora por outro motivo. Ele era como eu, devia estar sentido o cheiro e sabia qual era meu pensamento sobre. Olhei feio para ele que não parou de rir.

— Eu vou pegar as coisas para fazer o novo contrato. — Disse o mais novo e saiu passando longe de mim.

Jin sorriu para ele e passou os olhos por mim e deu uma piscadela brincando.

— Você não está cansado? — Perguntei.

— Na verdade —, ele limpou o suor na testa e negou. — Não estou. Eu gosto de fazer alguma coisa.

— Você não gosta daqui, não é? — perguntei sem tirar os olhos dele. Ele sorriu.

— Eu gosto daqui. Só não gosto de ficar parado. — Ele falou e olhou para a pilha de lenha. — Acho que tá bom. — Ele começou a pegar algumas e fui em seu auxílio.

— Vamos eu lhe ajudo. — Disse indo até ele é pegando algumas. — Não fale que não precisa! — Disse quando ele abriu a boca, logo fechou-a.

Peguei a madeira, mas havia sobrado poucas então peguei todo o resto. Ele me olhou e fomos andando.

— Você é bem forte. — Ele disse e eu percebi que peguei mais do que deveria para parecer normal.

— Você também. — Sorri e ele negou, mas não falei nada.

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Ele notou. Eu sentia que ele havia notado.

— Namjoon? — O chamei no momento em que Jin saiu do escritório. — Você acha que ele sabe?

— Ele acha que você é alcoólico. — Disse Namjoon que começou a rir. — Sério, hyung. Ele viu você colocando algo vermelho  na metade das coisas que você bebe. Sério, hyung!

— Ele acha que é vinho? — Perguntei sentido vontade de rir junto.

— Sim, você precisa ser mais cuidadoso!

— Eu serei, obrigado, Namjoon.

Sorri e toquei no pequeno vidro de sangue que eu sempre carregava no bolso.

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Fazia 10 dias que Jin estava aqui. Namjoon gostava de dizer que ele foi uma das melhores coisas que havia acontecido em nossas vidas. Segundo o mais novo, meu humor havia melhorado muito. Mas ele não sabia o que havia acontecido.

Não podia contar o que estava nas minhas entranhas. O que fazia os meus antepassados estarem certos.

Naquela noite eu estava relendo a carta que minha mãe deixou para mim. Mais tarde iria tomar sangue fresco, pelo menos uma vez por mês devíamos fazer isso, íamos separados, uma noite eu, outra Namjoon. Por isso tínhamos animais em nossas terras, para não morrermos de fome.

Eu continuava a me perguntar, quanto tempo se precisa para se apaixonar. Na carta a pergunta era respondida por segundos. Principalmente para nós, a paixão chegava rápido e se fosse amor... Eu sinto que era isso.

A batida na porta tirou-me dos meus pensamentos. Isso era muito comum.

— Pode entrar.

Falei sabendo que era Jin, seu cheiro era tão bom! Às vezes se tornava difícil fazer alguma coisa sentido ele.

— Licença. Você não quer jantar? — Perguntou. Sorri para ele e fiz que não, mas assim que olhei para ele, percebi que estava carregando uma bandeja. Até o cheiro de comida, o próprio cheiro dele cobria.

— Entra, Jin. — Disse sorrindo. Ele entrou. Deixei a carta num canto e fui até a mesa onde ele havia colocado dois pratos.

— Pensei em comer com você. — Disse ele. — Não se importa, não é?

— Claro que não. — Respondi me sentando a sua frente. Não tirei os olhos dele e ele percebeu. Porque ficou vermelho e seus lábios se mexeram. — Desculpe. O que você disse, hyung?

— Eu disse... — Ele riu. — Que você pode comer e que eu não vou sair daqui, então não precisa ficar me encarando assim.

Fiquei envergonhado e olhei para meu prato, sorrindo.

— Obrigado, hyung.

Agradeci e começamos a comer. Olhava para ele por baixo dos olhos e ele estava me olhando. Logo estávamos nos encarando de novo. Sem esconder, apenas nos mirando.

— Por que você faz isso? — Sua voz saiu rouca.

— Isso o quê? — perguntei de volta. Mas ele demorou para responder.

— Fica me olhando assim, Yoongi.

— Porque você é muito bonito. — Ele sorriu desconcertado. Eu não estava mentindo.


Notas Finais


AAAAH' AMO MUITO ESSE CAPÍTULO! Espero que vocês também tenham gostado!
Muito obrigada por cada fav e cada comentário. Eu piro com todos!
Os próximos capítulos serão assim, mais ou menos, não sei como vai ser, mas não desistam de mim 💙
Obrigada por acompanhar! Até a próxima!


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