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História The Red Castle - Tudo Existe


Escrita por: chaewonjunie

Notas do Autor


Oi, amores! Espero que gostem! Boa leitura!

Capítulo 7 - Tudo Existe


Jin POV

Os dois visitantes estavam sentados na mesa, paralelo a mim e a Namjoon, Yoongi estava na ponta. Estávamos bebericando um chá, eu os olhava as vezes e eles olhavam uns para os outros. Eles iriam começar a contar alguma coisa, mas Yoongi não deixou.

— Preciso pensar em uma coisa. — Ele dissera. Ele olhou para mim quando disse isso.

Terminei o chá e olhei para Yoongi que estava me encarando sem fingir.

— Eu vou deixá-los a sós. — Sorri para os dois vistantes e passei tocando os ombros de Namjoon.

— Eu vou com você. — disse Yoongi. — Vocês três conversem, depois passem para mim, já tenho ideia do que possa ser. Mas não vão embora, esse lugar é nosso. — Ele disse como se escondesse algo em suas palavras.

Esperei Yoongi se levantar e caminhamos lado a lado rumo as escadas. A mão de Yoongi foi para a minha cintura enquanto subíamos. Passei as mãos pelos seus ombros e sorri.

— Você poderia ter ficado com eles e conversado.

— Eu sei, mas sinto que você tem algo para me contar. — Ele falou certo.

— Como você sabe que é mais importante? Eu estou bem.

— É você, então é mais importante.

Ele falou apertando sua mão em minha cintura. Subimos até o seu quarto e ele fechou a porta. Mas ele não saiu de lá.

— O que foi, Yoongi? — Perguntei tocando seus ombros.

— Eles vão nos ouvir aqui. — Ele disse abrindo a porta e me puxando pela mão para o fim do corredor. Abriu a porta do quarto vermelho e me deixou passar primeiro.

Os últimos flashes de luz que entravam pela janela me possibilitou ver o quarto. As paredes eram totalmente vermelhas, porém quadros os cobriam algumas partes delas. O piano estava ali no meio, violão, violino e alguns outros instrumentos estavam dividindo os espaços nas paredes. A mesa perto da janela estava com a caixinha de música.

— Vem. — Yoongi me puxou até sentarmos no banco do piano e me olhou. — Pode falar, Jin.

— Acredito que não seja eu quem tenha que falar. — Eu disse. E me aproximei dele devagar, sentindo o seu cheiro e me afastei. — Você tem cheiro de sangue.

— Você quem? — Ele me olhou. — O que foi, Jin?

— Como você me escutou?

— Aish, você falou!

— Eu mal abri os lábios, Yoongi. — Falei sem mentir.

— Mas você disse em voz alta! — Ele tentou, neguei com a cabeça.

— Não, Yoongi. Eu nem sussurrei direito. Você é forte, tem uma boa audição e tem cheiro de sangue. As vezes está gelado. — O encarei curioso, era só isso que eu sentia, curiosidade. — Por que, Yoongi?

— Aish, dons que meus pais me deram! — Falou se levantando e indo direto para a janela.

— Você está escondendo alguma coisa de mim. O que é dessa vez? — Perguntei, peguei uma flauta no chão e joguei para ele que estava de costas para mim. Ele se virou rápido e a pegou antes que batesse nele. — Você é um deles, não é?

Minha cabeça estava a mil, depois de sentir o cheiro de sangue com Jimin e Hoseok eu tinha certeza que Yoongi também tinha esse cheiro. Pessoas normais não cheiram a sangue! Eu havia lido uma vez sobre isso, num dos livros proibidos do meu reino.

— Yoongi, eu não tenho medo, não tenho razão para ter medo de você —, falei baixinho sabendo que ele ia ouvir. — Meu pai me contou sobre o que sua família fez, eles tiraram a doença da nossa linhagem. Ele não disse mais sobre o assunto, mas eu li, anos atrás. Eu li e fui muito burro, mas, Yoongi, eu não vou ter medo de você.

Eu falei. Depois do beijo passei a noite inteira pensando sobre isso, sobre ele. Sobre tudo. Mas isso martelou em minha cabeça e depois de ter visto seus amigos... Só confirmava. Até os lobos tinham algo a ver com tudo isso. Lobisomens também existem. Pensei principalmente na minha reação sobre tudo isso. Eu havia beijado ele, isso era de longe pior que sentir medo dele, já que eu estava vivo até ali. Sim, é pior pelo simples motivo de eu não saber se ele queria isso de verdade ou se fora apenas coisa do momento. Constatei depois que não me arrependia e pelo sorriso que ele me deu logo de manhã, ele também não se arrependeu. Mas eu o conhecia, não como eu conheço meu irmão, mas como pode se conhecer uma pessoa em dois meses. E se apaixonar por ela. Era isso, só podia ser isso.

— Você sabe o que eu sou? — perguntou Yoongi.

— Sim, Yoongi-chi. E sei que tem algo acontecendo...

— Não entre nesse assunto agora. — Ele disse passando a mão nos cabelos. Caminhei até ele e o abracei.

— Fale, Yoongi-chi. — Sussurrei em seu ouvido. — Pode falar o que quiser.

— Me beija, hyung. — Ele pediu virando seu rosto para mim. E eu atendi seu pedido.

Nossos lábios se tocaram do mesmo jeito que antes, de forma singela, calma. Mas logo se tornou selvagem. Nossos lábios deram passagem às nossas línguas. Yoongi se virou, ficamos frente a frente, numa melhor posição. Ele me empurrou até que encostamos na mesa, girei e o levantei fazendo-o sentar na mesa. Nossos lábios não se desconectaram, nossas mãos passavam um no corpo do outro, tocando cada vez mais.

Quando o ar se fez necessário, pousei a cabeça em sua nuca.

— Eu sou isso, Jin. — Ele sussurrou. — Eu sou um vampiro.

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Eu não sabia como reagir depois que realmente acontecia. Minutos depois e alguns beijos, voltamos para a sala, onde os três ainda conversavam. Assim que aparecemos, eles se calaram.

— Podem continuar. Ele sabe. — Disse Yoongi voltando a sentar na cadeira da ponta, segui para a cadeira ao lado de Namjoon.

— Ele te contou, hyung? — Namjoon me perguntou.

— Eu meio que descobri. Vocês não são bons para esconder alguma coisa, Namjoon. — Sorri para ele. Ele sorriu de volta.

— Então, o que vamos fazer, hyung? — Hoseok olhou para Yoongi que colocou os dedos nos lábios com um semblante pensativo.

— Vamos esperar um pouco. Eles já deram o primeiro passo, mas não vamos reagir agora. Fiquem nessas terras, vamos ficar protegidos aqui. Os lobos estão nos rodeando, portanto querem alguma coisa também. Mas eles não nos atacam, talvez estejam do nosso lado. Mas não vamos abaixar a guarda. Vocês têm suas casas por aqui, mas podem dividir, vocês vão ficar aqui de dia sempre, mesmo. — Ele deu de ombros. — Se precisarem se alimentar, podem caçar, não vamos tocar nos humanos até a poeira abaixar.

— Você sabe o que eles querem, hyung? — Jimin perguntou.

— Sei. — Ele disse me olhando, todos se viraram para mim.

— O quê? — Perguntei olhando para eles.

— Por que eles querem o hyung? — Namjoon olhou para Yoongi.

— É uma longa história. — Ele respondeu evasivo. — E vocês deveriam descansar. — Mudou de assunto. Fiquei o encarando. — Jin e eu vamos sair cedo amanhã.

— Vocês não podem ir! — Namjoon arregalou os olhos.

— Nós vamos. Se eles nos pegarem vai ser melhor, vou acabar logo com isso. — Yoongi se levantou e sorriu para eles. — Confiem em mim.

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A manhã chegara mais rápido do que nunca. De noite, Yoongi foi até meu quarto e dormiu ali, depois de caçar. Ele estava preocupado, mas decidi descansar e fazê-lo fazer o mesmo.

Namjoon, Hoseok e Jimin estavam na porta. Uma carruagem estava a nossa espera, coloquei as nossas duas bagagens pequenas dentro e sorri para os meninos. Yoongi estava conversando algumas coisas com eles. Logo pela manhã eles já tinham discutido sobre irmos ou não, Yoongi nem os escutou. E eu dava razão para ele. Eu não queria colocá-los mais em perigo do que já estavam, eu poderia voltar para casa nessa carruagem mesmo para que o outro clã os deixassem em paz. Porém, aí mesmo que eles os atacariam, com o simples motivo de não ter me entregado a eles. Eu assimilei tudo lendo um simples livro do Namjoon. Essa história era toda simples e confusa.

E o que mais me deixa confuso era a minha reação. Era tudo que estava acontecendo comigo e com Yoongi. Isso sim estava me dando calafrios. A existência de vampiros? Se existia deus, existe o diabo. Se existe humanos, tudo o mais existe. Eu sempre pensei assim, porém, minha reação não devia ser essa. Eu estava cego com algo. Eu sentia isso. Mas o que estava me deixando assim?

Nos despedimos com apertos de mãos e alguns "cuidados" sussurrados. Yoongi abriu a porta da carruagem e subiu o segui e me sentei a sua frente. Acenamos para os meninos e ele fechou as cortinas. Se moveu para o meu lado e pegou minha mão.

— Pode falar. — Ele disse.

— Como você...

— Sei que tem algo te incomodando? — Ele sorriu. — Eu só sei. Pode começar a falar.

— Você acha sensato me levar? Você também corre perigo estando comigo.

— Eu sei, já pensou eu querer te beijar na frente de todos eles? Eles vão nos matar. — Ele sorriu depois que eu o bati. — Desculpe. — Ele apertou minha mão. — Jin, eu sei que tudo isso é novo e que você está reagindo bem, sério, nunca vi alguém reagir tão bem. Mas isso tudo é um tanto mais complicado. Você sabe por que eles querem você? É por causa do seu sangue. — Fiz uma careta sem compreender. — Seu sangue pode fazer duas coisas. Nós deixar mais fortes, ou nos matar. Depende da dose.

— Como um remédio. — Falei. — Mas isso não faz sentido.

— Sabe a doença da sua família? Foi meus pais que fizeram tudo com a sua Mãe, fizeram um laço de sangue. Eles curaram você e seu irmão. E além de você ser um príncipe, você ainda possui o sangue de seus pais. Essa doença, ela que faz tudo conosco.

— Então, como eles descobriram sobre eu estar com você?

— Todos sabem disso. Talvez fora descuido nosso.

Meus pensamentos começaram a ser perturbadores.

— Nós podemos acabar com isso? Eu posso voltar para o castelo ou fugir por alguns dias. Não temos nenhuma saída?

Perguntei. Ele pensou por alguns segundos.

— Por ironia, só se você se transformar em um de nós. — Ele disse sem me olhar.

O silêncio caiu entre nós. Não dizemos nada por algum tempo. Meus pensamentos nem se mexiam em minha mente. Até que algo pareceu piscar nela. Era isso que me deixava cego por tudo.

— O que é um laço de sangue? — perguntei.

— Imagine uma aliança — ele disse. — Representa algo forte e inquebrável, geralmente de ouro. O laço de sangue é a mesma coisa. Porém, o ritual é diferente.

— O que isso faz comigo e com meu irmão? — Perguntei.

— Eu não tenho certeza. Além do sangue de vocês ser um remédio para nós. Eu não sei.

Ele soltou um suspiro e eu sorri para ele.

— Não fiquei assim. Se você não sabe não é culpa sua —, passei a mão pelo seu rosto. — Vamos ficar bem, certo.

— Certo. — Ele disse sorrindo.

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A viagem foi tão tranquila quanto cansativa. Passamos o dia inteiro dentro da carruagem, fomos conversando sobre assuntos variados e nada sérios. Sobre o lugar que íamos e por onde iríamos passar, já que tínhamos um mapa ali. Até que o cansaço chegou e ficamos quietos.

Nesses minutos, agora, eu tinha medo. A conversa anterior veio em minha cabeça, sobre o Laço de sangue. Isso parecia traição, mas eu não pude parar de pensar que era por esse motivo que sentíamos atração um pelo o outro. Nesse século que vivemos, homens que sentem atração por outros homens são expulsos de casa, tratados como lixos e ratos. As pessoas sentiam vergonha do que eram. Embora, eu não tivesse vergonha. Para mim era normal, já que era paixão, certo? Eu nunca vi eles como diferentes, talvez porque eu já li sobre eles e minha mente era aberta para tantas coisas, vampiros, gays... Porém, eu nunca senti atração por homem, para ser franco, nenhuma mulher conquistou meu olhar também. Então, por que meus pensamentos me levavam a isso? Ao laço de sangue ser o culpado por tudo?

Soltei um suspiro cansado de me sentir tão confuso e em resposta, Yoongi apertou minha mão. Provavelmente, ele achava que eu estava pensando na outra parte da situação. Ele estava correndo perigo por minha causa! E agora outro pensamento vinha em minha cabeça: e se Jungkook tivesse vindo e eu ficado? Ele também se apaixonaria por Yoongi? Ele também estaria em perigo por estar com Yoongi? Ou todos estaríamos a salvo? Se fosse a última opção, eu voltaria no tempo já! E se fosse a primeira, eu me sentiria uma farsa. E a segunda? Foi tão ignorada quanto um gesto bonito.

— Jin... — Yoongi me olhava tentando ler meus pensamentos. Procurando qualquer coisa em meu olhar que lhe diria sobre o que estaria pensando. — Não guarde nada para si. — Ele sorriu. — Compartilhe, comigo. — Ele pediu.

— Só estou preocupado. Com Jungkook e com seus amigos. — Falei com um sorriso.

— Seu irmão está bem. — Afirmou. — Ele não tem nada a ver com tudo o que está acontecendo. Ele não é meu. Os meninos sabem se cuidar, principalmente quando estão os três jun... — Ele parou ao ver minha cara de bobo. — O que foi?

— Algo que você falou. — Respondi com um sorriso para ele, que pensava sobre o que havia falado segundo antes. Quando a compreensão chegou aos seus olhos ele sorriu, levou sua mão ao meu rosto.

— Ah, Jin, você é meu. Não como propriedade, como você achava quando veio morar comigo. Mas com o coração. — Eu sorri para ele, com a explicação tão singela... Mas uma voz sussurrou em meu ouvido. E se tudo isso fosse falso?


Notas Finais


Então? NÃO ME MATEM E NÃO DESISTAM DE MIM! 💛
Mas gostaram? Podem xingar e falar o que quiserem! Mas não desistam de mim! Eu sou um amor de pessoa!

E eu tenho dois avisos rápidos:
1- Essa fic vai ter apenas 15 capítulos, e provavelmente teria 30 mas não sei se farei a segunda temporada.
2- Eu vou postar mais fics futuramente! Espero que vocês leiam também, se tudo der certo, vou postar uma Natalina.

Como eu não sei se vai dar para postar mais capítulos essa semana: FELIZ NATAAAAAL!💛


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