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História The Red Thread G!P - Surf


Escrita por: FifthzeyCabeyo

Capítulo 8 - Surf


Acordei de manhã com alguns beijos em meu rosto e sorri ao sentir o cheiro de shampoo de chocolate que vinha dos cabelos da garota. O som das ondas e da pequena brisa que balançava as árvores eram tão bom de se escutar que me fazia não querer sair dali nunca mais.

-Acorda preguiça - Camila sussurrou em meu ouvido.

-Awwn... está tão bom aqui... - Falei manhosa e observei o sorriso que ela me dava.

-O dia tá tão lindo que é até pecado você passar ele todinho dormindo - Colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

-Meu sono tá tão bom que é até pecado me acordar - Camila riu e deixou um beijo em meus lábios.

Senti ela se mexendo ao meu lado e um ar gelado bater em meu corpo quando ela se distanciou do mesmo, puxei mais ainda o cobertor para mim e me virei para o outro lado dormindo novamente.

Acordei com frio e observei que Camila não estava mais deitada. O sol estava forte e o céu estava um azul-cinza claro e o vento gelado balançava as árvores ao redor da praia. Sai do carro enrolada no coberto comendo um sanduíche que estava na caixa térmica, meu queixo quase caiu quando vi Camila em cima de uma prancha surfando naquele frio de camiseta que mostrava um pouco da sua sunga azul-escuro.

-Essa garota só pode ser louca! - Falei pra mim mesma - Camila sai daí você vai ficar resfriada! - Gritei indo pra perto do mar.

Ela não me ouviu e continuou a surfar.

-CAMILA! - Gritei mais alto. - EU VOU BATER EM VOCÊ QUANDO CHEGAR ATÉ AQUI GAROTA!

Vi ela gargalhar e nadar em cima da prancha branca até o raso da praia e vim correndo em minha direção. Seus cabelos molhados iam para um lado e para o outro conforme ela corria com sua prancha ao lado do seu corpo debaixo do braço. Sua camiseta estava colada em seu corpo mostrando suas curvas latinas. Seu braço tatuado com inúmeras imagens era o que dava mais destaque e sensualidade naquela imagem que meus olhos estavam presenciando.

Eu quase babei, eu disse quase.

Seu sorriso presunçoso estava estampado em seu rosto e eu nem tinha mais vontade de bater nela.

-Bom dia dorminhoca! Pensei que não fosse acordar tão cedo! - Parou na minha frente.

-Você é louca? Quer pegar um resfriado? - Perguntei como se fosse uma mãe dando bronca nos filhos.

-Ei, calma foi só um mergulho - Sorriu de lado e tentou tocar minha cintura mas esquivei.

-Você está gelada! - Ela fez careta me imitando e eu fechei a cara - Quero ver como você vai se secar.

-Toalha serve pra isso - Disse divertida.

-Ava! Anda Cabello vai tirar essa camiseta molhada e se esquentar, tá frio!

-Sim, capitã! - Bateu continência e correu pro carro. Neguei rindo ao ver a garota distanciar-se e me virei de costas para ela observando o mar.

Era estranho a sensação de felicidade que me invadia agora. Em Miami sempre fui muito fechada para todos que tentavam se aproximar, na escola eu tinha somente uma amiga Lucy, ela era persistente e conseguiu minha amizade depois de muitas patadas que lhe dei.

Meu primeiro namorado foi no primeiro ano do ensino médio ele se chamava Cole, eu não era apaixonada por ele, mas Cole tentava de tudo para me fazer feliz. Ele foi meu primeiro em quase tudo foi meu primeiro beijo, primeiro encontro, primeira vez, primeira decepção. Cole não foi meu primeiro amor.

Agora eu me sentia feliz. Miami tinha ficado para trás com todas as lembranças ruins que me fazia as vezes lembrar. Forks era uma nova cidade para quem sabe seguir meu futuro? Eu tinha amigos e eu tinha Camila.

-Um beijo pelos seus pensamentos - Senti seus braços contornar minha cintura e seu queixo sobre meu ombro esquerdo.

-Eu estava somente pensando em como Forks me deixa feliz.

-Só Forks? - Sorri.

-Forks, meus amigos e uma pessoa em especial - Senti a respiração dela em meu pescoço e fechei meus olhos.

Nos braços de Camila eu me sentia segura.

-Quem seria? - Me virou e seus olhos castanhos brilhavam.

-Uma louca que vai surfar nesse frio - Ela gargalhou jogando a cabeça para trás e meu coração se aqueceu. Ela voltou a me olhar e me apertou em seu aconchegante abraço. - Aliás, não sabia que gostava de surfar.

-Tem várias coisas que você não sabe sobre mim Jauregui - Sussurrou.

-Verdade, mas eu sei de uma coisa que é importante. - Coloquei minhas duas mãos em cada lado do seu pescoço e acariciei seu maxilar com meus polegares.

-O que?

-Que você é apaixonada por mim.

Aproximei meu rosto do seu sentindo sua respiração descompensada e desci meu olhar para seus lábios e depois voltei a olhar para os castanhos brilhantes.

-Isso era para ser um segredo mas não sou muito boa com segredos. - Sorrimos e puxei seus rosto para um beijo.

Uma brisa gelada bateu em nossos corpos e meu corpo se arrepiou mas eu sabia que não tinha sido por causa da brisa e sim por causa de Camila e de seus lábios nos meus. Ela aprofundou ainda mais o beijo e tocou minha cintura com suas mãos, desci minhas mãos até seu ombro e contornei seu pescoço com meus braços e Camila sugou minha língua.

Quando paramos o beijo, descansei minha cabeça em seu ombro e continuei de olhos fechados sorrindo. Camila depositou um beijo no topo da minha cabeça e apoiou seu queixo ali. Ficamos em silêncio durante alguns minutos até Camila me perguntar se eu estava com fome, apenas assenti e ela disse que iria preparar mais alguns sanduíches e fomos até o carro abraçadas.

Tomamos café ali mesmo na praia e voltamos pra beira do mar.

—Me conte mais sobre esse negócio de você surfar.

—Eu surfo desde que me entendo por gente. Meu pai quando a gente morava em Havana adorava me levar para praia e me ensinar. Cresci gostando do mar e adoraria levar isso como uma profissão, eu até ganhei alguns campeonatos mas desisti. Quando vinhemos para Forks eu não reclamei pois aqui tem praia mas no começo não gostei era tudo muito estranho para mim.

—Por que você e sua família vieram para Forks?

—Minha mãe sofria de um câncer raro e Havana não tinha toda a especialidade médica e aqui no laboratório de Forks foi onde encontramos uma cura e minha mãe precisou vim para cá, mas - Ela parou de falar. Dava para ver como era difícil para ela dizer e relembrar aquilo.

—Se não quiser falar, tudo bem, eu entendo. - Apertei sua mão e acariciei.

—Não, eu vou falar, é bom dizer o que te faz sofrer. Só me dê um minuto... Mas o câncer estava muito mais avançado do que os exames previam e ela morreu aqui. Gostamos tanto dessa cidade que decidimos nos mudar. Papai trouxe seu trabalho como advogado para cá e moramos aqui até hoje.

—Nossa Camz - A gente parou de andar. - Sinto muito por sua mãe.

—Não sinta, foi melhor assim, ela sofria de mais deitada naquela cama. - Ela deu um pequeno sorriso acolhedor. Abracei seu corpo e ficamos ali mesmo abraçadas observando o mar.

—Por que desistiu dos campeonatos? - Senti o corpo de Camila ficar tenso. Ela demorou mais que o esperado para responder.

—Eu precisava focar nos estudos.

—Hmm - Murmurei.

—O que te traz aqui em Forks?

—Minha mãe depois da morte do meu pai queria calma para vida dela e por indicação de uma amiga dela, estamos aqui!

—Ainda bem que essa amiga fez essa indicação senão não estaríamos aqui, assim. - Me apertou em seus braços e beijou o topo da minha cabeça. - Me lembre de um dia agradecer a ela.

—Irei lembrar - Sorri.

—"Na minha memória - tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos."

Levantei minha cabeça para olhar Camila que me decifrava com seus castanhos tão intensos. Meus lábios se abriram em um sorriso bobo e eu não pude deixar de notar seus olhos brilhando. Como podia Camila se tornar algo tão grande em minha vida em apenas poucos dias?

Eu sentia a necessidade de saber mais sobre ela, sobre sua vida, sua família. Necessidade de saber o que ela gosta, o que ela não gosta. De ter toda sua atenção para mim e de dar toda minha atenção para ela. Camila era como um mistério que eu queria desvendar cada detalhe e então ser surpreendida no final.

Camila era poesia em forma de mistério. Quem iria falar que aquela garota de piercings e tatuagens adorava recitar poemas e frases românticas? Que por trás de toda sua pose de durona existe uma garota frágil e amorosa.

— Por que sinto que você não gosta de falar da morte do seu pai? - Camila me perguntou depois de longos minutos.

— Eu simplesmente não gosto. É como se estivesse cutucando um ferimento fundo e grande na minha pele.

— Do que ele morreu? - Uma vontade enorme de chorar subiu minha garganta.

— Camz... - Minha voz saiu embolada.

— Você precisa falar Lo, se você continuar guardando pra você essa ferida nunca irá fechar. - Ela me olhou. Seus olhos me passavam confiança mas eu não conseguia.

— Podemos mudar de assunto por favor?

— Eu sei que dói mas você precisa falar o que-

— Camila, vamos mudar de assunto! - Repeti. Ela suspirou e assentiu me abraçando.

— Certo, me desculpe - Sussurrou. - Você quer ir dar uma volta na floresta?

— Tudo bem. - Ela pegou minha mão e fomos a caminho da floresta.

[...]

Devia ser umas duas da tarde quando cheguei em casa. Camila tinha me deixado na esquina da minha casa com muita implicância sua deixei ela me levar até a esquina, já que ela dizia que eu iria caminhar muito até minha casa.

— Mãe?! Chris?! - Fechei a porta atrás de mim e ninguém me respondeu.

Corri pro meu quarto e joguei minha mochila em cima da cama, peguei meu carregador em cima da escrivaninha e conectei em meu celular. Tirei minha roupa ali no quarto mesmo e fui para o banheiro. Tomei um banho quentinho já que fazia frio em plena duas da tarde. Sai e coloquei meu conjunto de moletom cinza e desci pra cozinha.

— Onde você estava e com quem? 


Notas Finais


Eitaa pirra quem será???

Gente eu simplesmente amo a Camila dessa fic.

Até o próximo yay!


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