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História The Red Thread G!P - Eu estava na floresta.


Escrita por: FifthzeyCabeyo

Capítulo 9 - Eu estava na floresta.


— Onde você estava e com quem?

Virei em um solavanco com o susto batendo meu pé machucando-o no balcão quando ouvi a voz de Vero atrás de mim.

— Porra Vero! - Gritei segurando meu pé e me encostando no balcão - Caralho isso é jeito de entrar na casa dos outros?! Aah droga!!!

Olhei para minha mão que estava com um líquido vermelho. Meu pé estava cortado e sangrava muito. Mordi meus lábios segurando um palavrão.

Que diabos ela fazia aqui?

— Meu Deus Lauren! Você tinha que se cortar?

— Você me deu a porra de um susto no mínimo eu devia ter caído morta aqui! - Falei entre dentes - Isso dói!

Ela correu até a pia pegou um pano e voltou colocando em cima do corte.

— Me desculpe eu não queria te machucar. Caralho isso ta sangrando muito! Por acaso seu balcão tem facas?!

— Não idiota! Me ajude a ir até o sofá, por favor.

— Claro!

Ela segurou minha cintura e eu fui pulando até o sofá segurando seus ombros. Me sentei e segurei o pano branco que agora estava totalmente vermelho. 

— Você tem que ir no hospital isso tá muito feio... Acho que o corte foi fundo - Ela fez uma careta olhando para o meu pé.

O corte queimava feito o inferno, eu nunca tinha cortado meu pé. Na verdade eu nunca tinha me machucado do tipo quebrar um pé, um braço; Nem cortar nada. Apenas pequenos acidentes, como: Cortar o dedo com a faca, ralar o joelho quando eu caia de bicicleta, só isso nada muito drástico.

Eu tinha muito medo de hospital, agulhas, tudo que envolvesse cheiro de remédio e gente doente.

— Não, eu to bem... Nem está doendo muito - Tentei disfarçar uma careta.

— Ah não imagina - Ela foi irônica. - Seu pé tá com um puta corte e nem está doendo muito.

— Você sabe o medo que tenho de hospitais Vero. - Meus olhos encheram de água.

— Não, hum-hum nem pensar - Ela pegou seu celular - Você vai no hospital sim! Alô, Char? Vem na casa da Lo agora, preciso de sua ajuda.

Bufei jogando minha cabeça pra trás e dei um pequeno gemido quando o corte pinicou com o movimento. Vero foi até a cozinha e voltou com outro pano colocou no meu pé e amarrou estancando o sangue. Dez minutos depois Charle apareceu em minha casa.

Eles me colocaram no carro a força depois de eu tentar correr inutilmente com um pé só pro meu quarto. Charle não aguentou e riu quando viu que eu chorava feito uma criança, para não ir até o hospital.

Vero no caminho até o inferno vulgo hospital, ligou para o meu irmão que estava no trabalho mas disse que ia para o hospital ficar nos esperando já que seu trabalho ficava lá perto.

[...]

— Um belo corte em? - Chris disse rindo.

— Vai se fuder!... Aí!

Uma enfermeira costurava o corte do meu pé. O doutor disse que tinha sido um corte fundo e precisava de cinco pontos. Eu xinguei Vero até sua terceira geração e a filha da puta só ria da minha cara. Agora eu estava na enfermaria com Chris tirando sarro da minha cara e com certeza Vero e Charle também estavam fazendo isso na sala de espera.

— Lauren isso nem está doendo. Você está anestesiada louca!

— A dor é psicológica - Murmurou a enfermeira. Soltei um suspiro alto para não matar aqueles dois seres que estavam na mesma sala que eu.

— Isso vai demorar muito?

— São os últimos Lauren, tenha calma! - Eu podia sentir que se àquela mulher pudesse ela custurava minha boca em vez do meu pé.

— Como você conseguiu fazer isso?! Desastrada é pouco pra você!

— Vero me deu um susto e eu bati na quina do balcão! Veronica é a culpada! - Falei entre dentes. Meu irmão rolou os olhos e riu.

— Mamãe vai ter um treco quando vir isso - Chris murmurou.

— Vocês não falaram pra ela? - Ele negou - Eu poderia morrer hoje e minha mãe só ia me ver no meu velório?! - Fiz meu pequeno drama.

— Ah Lauren! Por favor né? - Bufou. - Não consegui falar com ela. Aquele chefe dela está praticamente escravisando mamãe.

— Nossa mãe tem coração grande e adora ajudar as pessoas. Ela me disse que ele perdeu a mulher e passa a maioria do tempo no trabalho.

— E ela precisa ficar lá enfurnada com ele? - Chris era muito ciumento em relação a mamãe.

— Prontinho. - A enfermeira interrompeu a conversa.

[...]

Dez dias e eu teria que voltar para o hospital se os pontos não caíssem sozinhos. Eu faria aqueles desgramados caírem sozinhos ou eu não me chamava Lauren Jauregui! Para o hospital eu não voltava nem à pau!

O médico disse que se eu quisesse poderia ir para a escola mas eu decidi não ir. Eu ficaria mancando e sabia que não ia gostar dos olhares sobre mim. Então eu ficaria em casa por uma semana e meia. Chris estava de moto e por isso foi pra casa primeiro. Entrei no carro de Vero e Charles entrou no banco de trás. 

Então como uma onda invadindo a areia da praia a lembrança do "Onde você estava e com quem?" Me veio em mente me fazendo ficar rígida sobre o banco e olhar rapidamente para Vero que estava concentrada na estrada.

Ela devia saber de alguma coisa para ter me perguntado aquilo. Vero não era burra.

— Então Jauregui - Oh não - Você tem que responder minha pergunta.

— Que pergunta?

— A que eu te fiz antes disso tudo acontecer. Você disse para sua mãe que estava na minha casa e não estava. Onde você estava a noite toda?

— Como sabe?

— Sua mãe ligou para minha casa e por sorte eu que atendi, ela me perguntou que horas você voltaria e queria falar com você. - Eu prendi a respiração - Como sua melhor amiga eu lhe incubertei dizendo que você estava no banho e voltaria depois do almoço. Eu te liguei várias vezes e você não atendeu. Você está estranha. O que está acontecendo?

— Meu celular descarregou e onde eu estava não tinha energia para carregar.

— E que lugar era esse?

Eu deveria dizer toda a verdade a Vero ou eu poderia alongar esse prazo por mais algum tempo? Não era nada fácil dizer "Hey Vero! Estou saindo com sua crush e estamos tendo algo"

Então eu menti descaradamente.

— Eu estava na floresta.

— Floresta? - Charles perguntou se concentrado na conversa - Fazendo o que lá? E com quem?

— Sozinha... Eu estava sozinha. Eu tinha parado mas voltei com a antiga mania de me isolar em algum espaço onde tenha somente a natureza - Vero gargalhou.

— Você nunca falou disso para nós. - Disse ela.

— Lauren se você estiver com alguém e não tiver nos dizendo a verdade eu vou contar para todos que você dorme agarrada com um leão de pelúcia.

— É o Liam da sua aula de física? Ele praticamente te come com os olhos quando você passa que eu já vi.

— Não! Eu não estou mentindo. É verdade, eu sempre gostei de fazer isso desde Miami.

—... Ou então é a Shay do segundo ano? Àquela nadadora é gostosa e ainda por cima lésbica! Lauren! Você tá pegando ela! Cretina sortuda! Eu percebi os olhares dela sobre você e já vi você olhando pra ela também naquela festa na casa do Charles. - Vero dizia animada como se contasse seu primeiro encontro.

— Meu Deus! Não é a Shay, Não é o Liam, Não é ninguém caramba! Acreditem em mim! Eu estava sozinha - Frizei bem o "sozinha" - Na floresta acampando.

— E por que não nos chamou?

— Porque eu queria ficar sozinha - Falei como se fosse óbvio.

— Tá... tudo bem, vou fingir que acreditei nisso mas eu ainda vou descobrir com quem você tá saindo.

Eu me afundei no banco e bufei massageando minhas têmporas. Aquela mentira estava indo longe de mais e eu precisava falar logo com Vero. Tinha acontecido, não foi algo planejado. Eu gostei de Camila e ela de mim. Foi muito intenso o jeito que nos conectamos em poucos dias. Eu me sentia feliz ao lado dela, completa.

Droga! Por que eu tinha que ser uma cuzona medrosa?!

[...]

Como foi esperado minha mãe deu um show de preocupação e sermão em meu irmão e em mim quando ela chegou e me vou com o pé enfaixado. Depois que contei o que aconteceu ela deu um outro sermão em Vero que ficou com cara de cu e em Charles que ria, ou seja, ninguém escapou da metralhadora de sermão da minha mãe. 

Minha mãe disse que ia preparar o jantar e convidou os dois para jantarem com a gente Charles disse que ia embora porque seus tios estavam em sua casa e eles iam jantar em família. Vero ficou.

Vero e eu subimos para o meu quarto depois do jantar e eu me lembrei do meu celular e automáticamente me lembrei de Camila. Me sentei em minha cama e Vero sentou na minha frente olhando pra mim. Peguei meu celular desligado na cabeceira da minha cama.

— Sua pele tá boa. Seus cabelos mais hidratados - Ela dizia me olhando. Minhas sobrancelhas se juntaram em uma expressão de "que porra você está dizendo?".

Você anda fumando maconha? - Ela negou rindo - Parece.

— É sério Laur - Olhei para o meu celular ligando-o. - Você parece diferente, distante da gente, presa em seu próprio mundo. Você está apaixonada?

Sim! Quer dizer, acho que sim.

— Não

— Você sabe que pode contar tudo pra mim não é? - Assenti ainda olhando para o meu celular que ligou a tela de bloqueio. Várias mensagens e notificações chegaram. Muitas delas de Camila. - Você sabe que pode me contar a verdade.

Aquela frase fez meu coração bater forte. Olhei para minha amiga e a culpa me atingiu como uma onda chocando-se sobre o mar. Merda, merda, merda.

— Vero - Peguei sua mão acariciando - Não estou apaixonada. Não está acontecendo nada na minha vida, e se estiver acontecendo eu irei lhe contar, ok? - Ela suspirou.

— Tudo bem Laur - Me abraçou. Coloquei meu celular de lado e resolvi devolver o abraço afinal eu sentia saudades de Vero, de conversar com ela, de brincar com ela. 


Notas Finais


Falta pouquinho...


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