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História The Revenge - The game begins


Escrita por: MaduCristelli

Notas do Autor


Senhoorrr... Voocês me perdoem-me a demora e beijos de luz <3
Boa Leitura, meus amores!

Capítulo 11 - The game begins


Point Of View Angelina Smith.

A realidade batera na porta no caminho de volta para a casa. Eu não queria voltar e ter que enfrentar outra surra de Zack, eu não aguentaria voltar e ouvir suas palavras de desprezo, porém não era só isso que me incomodava, era o fato de amanhã ser um novo dia e a personalidade de Bieber ser outra que não me favorecerá em nada.

Quando deixei o carro do louro e adentrei em casa eu torcia mentalmente para que o homem que me odeia não estivesse bêbado ou vagando pela casa a fim de encontrar seu saco de pancadas, no caso eu, mas nenhum pensamento positivo adiantou de alguma coisa, pois eu fui surpreendida com a risada dele, não uma risada gostosa, mas tenebrosa.

— Então a vadia anda se divertindo por aí? — Eu nada respondi, não queria aumentar sua fúria. — Perdeu o meu noivado, Angelina. Não foi ruim a sua ausência, mas você sabe, né? Preciso manter as aparências.

Apenas dei-o as costas deixando que suas palavras entrassem em um ouvido e saísse pelo outro e comecei a sair de seu campo de visão, mas ele foi rápido e me pegou pelo braço, girando-me e levantando a mão para me bater, o tapa veio com força, eu fechei os olhos esperando pelo segundo maldito tapa da noite, mas nada aconteceu, nenhum estralo, nenhum palavrão, nenhum ventinho indicando que sua mão passara direto, nada. Então, com relutância, eu abrir os olhos.

Justin olhava meu pai, quero dizer, Zack, com o maxilar travado, seu olhar estava frio e raivoso, ele encarava o mais velho com tamanha fúria e Zack já tinha percebido que ele estava ferrado, pois encarava o louro com pesar.

— Bater na sua filha, Zack? — A sua voz grossa fez o mais velho tremer dos pés à cabeça — Eu acho que hoje não.

— Bi-bieber — Ele disse trêmulo — E-eu não sabia que você estava por aqui. — Eu me afastei dos dois encostando-me na parede mais próxima.

— É, eu vim trazer Angelina sã e salva para a casa — Justin disse sorrindo e apertando ainda mais o pulso de Zack — Sabe, Zack, eu não gostei nada, nada do que você fez com ela aquele dia. — Justin balançava a cabeça como se estivesse desgostoso com alguma coisa.

— E-eu — Zack gaguejava, não sabia o que falar.

Eu tentava entender o motivo pelo qual Justin aparecera, eu não entendia porque ele estava tão furioso, mas eu estava amando ver o quanto Zack se cagava com as palavras nada gentis de Bieber.

— Você? Você o que? — Ele começou a torcer o pulso do mais velho — Você sabe que isso não pode ficar assim, né?

— Eu estava bêbado, não sabia o que estava fazendo — Ele gaguejava. — Ela sabe, fala para ele Angelina — Ambos me encararam.

A cada palavra proferida por Zack, Justin sorria negando com a cabeça. Bêbado? Bêbado é o escambau. Eu engoli em seco com seu olhar sobre mim.

— Me desculpe, pai, — Meus olhos marejaram. Não seja fraca Angelina — mas eu não devo mentir.

— Isso, pessoas do bem não mentem. Coitadinho! — Justin fez um biquinho que seria super-fofo se não fosse pela cena seguinte:

Foi tudo tão rápido que quando eu vi Zack já estava no chão com o nariz quebrado e sangrando. Coloquei a mão na boca para reprimir o grito de susto e olhei para qualquer ponto daquela sala menos para o homem caído no chão.

— EU PODERIA MATÁ-LO POR TER ENCOSTADO NELA — Ele gritou e em seguida eu ouvi um barulho de chute — EU PODERIA MATÁ-LO SÓ POR VOCÊ PENSAR EM RELAR ESSA MÃO NOJENTA NELA, SEU GRANDE PEDAÇO DE BOSTA.

— SEU MERDA, VOCÊ TAMBÉM QUERIA MATÁ-LA — Zack revidou. — Não somos  muito diferentes, Bieber!
 

Olhei para Justin, o rosto do louro pegara fogo.

— Somos diferentes sim, Smith — Justin sussurrou, um sussurrou que deixou-me com calafrios — Você é um merda que nunca superou a morte da esposa.

— E você — Zack riu — Você é um garotinho mimado que perdeu a mamãe e agora não sabe o que fazer, não sabe quem a matou — Zack gargalhou.

O mais velho, em um movimento rápido, se levantou e acertou, com força, o rosto de Justin, o louro até cambaleou para trás e dessa vez eu não reprimir nenhum grito histérico de horror

— SUA VADIA CALA A BO…

— QUE MERDA ESTÁ ACONTECENDO AQUI? — A voz do meu irmão soou ríspida e amargurada.

Seu olhar encontra o de Justin que olhava meu pai com o maxilar travado e punhos fechados, eu sabia que o louro estava se segurando para não matar o homem a sua frente. Jackson franziu o cenho com toda a cena e me olhou, depois voltou seu olhar para Justin. Merda, ele ainda não sabe de nada.

— Fique fora disso, Jack? — Jack disse cruzando os braços querendo parecer mais macho e ele conseguiu ser bastante intimidador, mas claro, que não para Bieber.

— Chegou quem faltava. —Justin disse fazendo-me olhá-lo sem entender — Vamos, Zack, conte ao seu filhinho o porquê da sua volta para Nova York.

— Não! — Eu intervir, mas Justin ignorou, claro.

— Conte, seu desgraçado de merda. — Justin se alterou.

— Que porra está acontecendo aqui? — Ele se virou pra mim querendo respostas — Angel, pode me explicar?

Suspirei antes de respondê-lo:

— Eu... — Hesitei parando de falar. — Eu não posso.

— Vamos, querida, conte ao seu irmão. — Justin alisou minha bochecha me incentivando. — Ele merece saber de tudo e quem é o seu pai de verdade.

— Há, dois anos atrás, eu fui acusada de um crime que eu não cometi — Toquei a mão do meu irmão e o puxei para sentarmos no sofá, Justin e Zack ainda se encaravam como se fossem se matar ali e agora — Armaram pra mim. Lembra que eu sai da festa da Harley no começo daquele ano? — Ele franziu o cenho tentando lembrar — Na época que você estava de caso com a Broklyn? — Ele assentiu se recordando e provavelmente da festa daquele ano — Eu estava bêbada demais, então fui para a casa, eu achei uma arma dentro do carro, não liguei. Mais na frente, em um beco, uma mulher caída, foi a armação perfeita — Ri sem humor e vi Justin e Zack voltarem suas atenções para mim — Essa mulher era a mãe de Justin, eu fiquei tão desesperada com aquele tanto de sangue, eu não sabia o que fazer, eu não tinha uma maneira de resolver aquele assunto, eu não tinha como salvá-la. — Limpei minhas lágrimas — Nas sombras tinha um homem sorrindo, se divertindo com toda a situação desesperadora que me meti, eu tremia tanto que não consegui tirar forças para ir atrás. Aí, Justin apareceu, eu e ele estávamos desesperados, ele gritando pela mãe ao mesmo tempo que me ameaçava de morte. No outro dia arrumamos as malas e fomos para Rússia, onde estávamos protegidos — Balancei a cabeça negativamente e respirei fundo.

— Eu não consigo entender— Meu irmão se pronunciou atordoado — Quem é você, Justin?

— Justin Drew Bieber — O louro respondeu sorrindo.

Até em momentos como esse ele precisa dar esse sorriso convencido. Que idiota!

— Você… eu… Como isso está acontecendo? Por que diabos nós fugimos? Qualquer pessoa no lugar de Bieber, teria entregue-a a polícia. Por que nós... — Pausou sua fala — por que nós fomos em direção a Rússia, quando éramos para termos ido em direção a delegacia mais próxima? — Jack estava nervoso, eu sentia, porém suas palavras eram pronunciadas com tamanha calmaria.

— Eu posso explicar algumas coisas que eu sei, Jack — Ele encarou-me quando pronunciei — Justin pensou que foi eu quem matei a mãe dele, não o culpo no momento da ameaça, mas depois o idiota não quis saber, eu nem tive a chance de falar com ele, me explicar. — Murmurei revoltada.

— Ok, isso eu já entendi, Angel, eu só quero saber por que ele deixou-a fugir sendo que, pelo que você me contou, ele estava possesso de raiva? — Dei de ombros negando com a cabeça.

Isso é uma pergunta para a qual eu não tenho uma resposta, mas Bieber tem e ele estava prestes a falar, pois se ajeitou na poltrona de couro e encarou meu irmão antes de começar a falar:

— Porque seu querido papai me pagou uma quantia muito boa, na época um carregamento meu tinha sido roubado no mesmo valor e eu ainda estava anestesiado pela morte da minha mãe, pela dor do luto, foi então que eu aceitei, me arrependendo no instante seguinte. Eu queria ir atrás dela, como eu queria, mas eu dei a minha palavra a esse verme e não  quebraria e... — Ele parou, provavelmente, pensando no que falaria — alguma coisa dentro de mim gritava para deixá-la viva. — Seus olhos mel me encararam, mas o seu efeito de nostalgia sobre mim passou rápido, pois eu me levantei indo até Zack.

— Foi por isso que você não me deixou falar com ele. Eu implorei você não quis — Eu sussurrei, algumas peças se encaixando — Por que você fez isso? — Perguntei o que eu queria perguntar a muito tempo — POR QUÊ VOCÊ SIMPLESMENTE GASTOU SEU PRECIOSO DINHEIRO COMIGO, SABENDO QUE VOCÊ NEM MESMO GOSTA DE MIM? VOCÊ NEM SE IMPORTA — Gritei — Você sempre oi um péssimo pai para mim, não consigo entender as suas atitudes — Falei deixando que algumas lágrimas rolassem.

— Sabe por que eu fiz isso? — Ele riu, porra ele riu. E se aproximou do meu rosto — Porque eu, com minhas próprias mãos, queria, ainda quero é claro, machucar você —  Ele alisou minhas bochechas — que a cada vez que eu olhasse para seu maldito rosto eu lembrasse do monstro que é, o MONSTRO QUE MATOU A PRÓPRIA MÃE e assim a raiva dentro de mim crescesse e, por fim, eu a mataria ou deixaria que Bieber fizesse, mas... — Ele disse cada palavra me assustando. — ele é tão imprestável quanto você.

Todos os pedacinhos que eu estava reconstruindo no meu coração foram destruídos novamente, meu peito doía tanto, tanto, que eu poderia sofrer um enfarto aqui agora, cada palavra jogada fora da sua boca atingir-me com tamanha crueldade.

Eu sabia que ele não gostava de mim, eu sempre soube que ele me culpava, todos os dias quando me olhava, pela morte da mamãe. Às vezes eu me pego imaginando como seria a vida se ela estivesse aqui hoje, se ela estivesse do meu lado sussurrando palavras de conforto, palavras que só uma mãe sabe dizer, do seu jeito carinhoso e espontâneo. Eu queria tanto ter recebido aquele abraço calorento, aquela bronca por comer doce antes da hora, mas eu não tive nada disso. Eu não me lembro do seu sorriso, da sua voz, dos seus olhos, de nada. Nenhuma lembrança, nenhuma foto, nenhum retrato falado, nada.

Eu me senti vazia com as palavras dele, me sentia um verdadeiro nada, talvez seja isso mesmo que eu seja, um grande e detestável NADA, um nada que nem a própria mãe quis ficar para receber, um nada que matou a própria mãe. Um lixo!

— Eu não queria matar a mamãe — Sussurrei tentando convencê-lo de que eu a queria aqui conosco, sendo nossa âncora.

— Queria sim, SUA VADIA DE MERDA — Ele gritou e eu solucei, mãos me abraçaram de lado e pude ver meu irmão roçando seu nariz em minha bochecha como forma de conforto — Sabe o que me deixa mais feliz por Justin ter falho ao não matar você? — Ele disse sorrindo e eu neguei com a cabeça — Tem gente aí fora que só está esperando um deslize seu para acabar com a sua vida. O dia do prédio foi um aviso mal dado, era para seus dias terem acabado ali, naquele dia, mas você se meteu — Ele deu uma pausa, provavelmente encarando Justin — Fique fora disso, garoto, essa briga vai muito além de você. — Levantei meu olhar no mesmo instante que Zack sorria e se retirava da sala me deixando aos prantos nos braços de Jack.

— Shh, anjos não choram — Meu irmão disse acariciando meus cabelos, enquanto eu negava com a cabeça. Ele sempre usava essa frase para me acalmar.

— Hey, baby! — A voz de Justin soou calma, fazendo-me olhá-lo — Eu estou aqui, nada de ruim, nunca mais, vai acontecer com você enquanto eu estiver por perto — Ele se aproximou e pegou meu rosto com delicadeza — Eu menti, eu menti quando disse que não me importava com você. Você é o meu anjo e eu vou protegê-la custe o que custar — Roçou nossos narizes.

— Angel, se quiser podemos sair de casa e alugar um apartamento para nós dois, a herança da mamãe é nossa por direito, dinheiro não será o nosso problema — Assenti concordando com a ideia de sair de casa. — Não precisamos ficar aqui, você sabe.

— Não — A voz de Justin fez-me franzir o cenho — Vocês vão ir morar comigo — Arregalei os olhos e fiz que não a cabeça — Não aceito não como resposta, Angelina, é só até a poeira abaixar e descobrirmos quem é o filho da puta que está atrás de… — Antes que ele pudesse terminar, se alto interrompeu e passou as mãos pelos cabelos — Marcus — Ele sussurrou parecendo lembrar de algo.

— O que você não está me contando, Bieber — Eu disse me soltando do meu irmão. — Não esconda mais as coisas de mim.

— Você saberá de tudo, mas não agora — Ele respondeu travando o maxilar — Vamos logo!

— Justin, eu não vou para a sua casa. — Limpei meu rosto e suspirei fundo.

— Não seja teimosa — Grunhiu — Aquele lugar é uma fortaleza, não é só a sua segurança que está em jogo, muita coisa que Zack disse aqui não faz sentido, ele sabe mais do que conta e você morta não vai nos ajudar em nada — Suas palavras eram calmas, mas eu sentia que ele estava começando a se irritar.

— Mas, e nossas coisas? Precisamos arrumar tudo e... — Meu irmão perguntou sendo interrompido.

— Mando um empregado buscar para vocês amanhã. Agora vamos! — Pegou em minha mão e saiu me arrastando para fora de casa.

Ao chegarmos perto do carro olhei a janela de Zack e lá estava ele, com um copo de wisky na mão calmo, não se importando com nada. Esperei seu olhar se encontrar com o meu e lhe mostrei o dedo do meio sorrindo, forçadamente, entrei no carro e esperei Justin dá a partida.

Eu sabia que tudo mudaria, que agora vai ser mais difícil, agora será um jogo de busca por poder e nesse jogo só vencerá o melhor. Quanto mais aliados o passo para a vitória será garantido. Eu sabia que Justin não me contaria tudo, mas eu não planejava ficar por fora.

Tenha a melhor equipe, tenha o melhor mestre, tenha a melhor jogada. É um jogo arriscado, um jogo onde apenas um sairá vencedor, o outro só sai da arena morto. Ou você é a caça ou é o caçador, ou você mata ou morrerá. O play eles já deram mas o game-over será nosso. Eu fui forçada a entrar e agora não irei perder. Eu vou ter o sangue daqueles que me querem morta nas mãos, ou então, melhor: Justin vai ter o sangue nas mãos eu vou apenas ajudá-lo a conseguir a vitória, a minha vida é a vitória deles.


Notas Finais


Gostaram?
Ficou meio sem graça, mas eu vou tentar melhorar no próximo...


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