História The Revenge - Heartbreaker.

Point Of Views Angelina Smith

Eu odeio, odeio com todas as minhas forças Justin Drew Bieber. O homem mais filho da puta que eu já conheci na vida, o homem que me faz perder os sentindo das coisas. Ah! Como eu o odeio, como eu queria pegar o lindo pescocinho dele e torcer e torcer e torcer, até vê-lo roxo e sem ar.

Andei em passos pesados até o quarto de Lou e bati a porta com força, me praguejei mentalmente por ter derrubado uma mísera lágrima se quer na frente daquele desgraçado de merda.

Eu acho que joguei foi pedra na cruz, vai ser azarada assim lá puta que pariu.

Eu estava com os nervos à flor da pele, isso era obvio, dava para sentir o cheiro da minha raiva a quilômetros de distância, mas eu tinha que me controlar, eu não podia mostrar para ele toda a minha fraqueza, ele acha que pode brincar comigo e mandar em mim como se eu fosse algum tipo de marionete? Ele acha que pode brincar com a droga dos meus sentimentos? De que merda eu estou falando? Não posso me dar ao luxo de sentir algo por ele, eu não posso me apegar.

Tarde demais!

Lembrei-me de Louise, a garotinha daqui a pouco estará tagarelando sobre filmes da Barbie e se divertindo com o mesmo filme de sempre: Barbie e as sapatilhas mágicas.

Liguei a televisão do seu quarto e arrumei a cama esperando pela chegada da minha princesa e, agora também, de sua irmã. Ao deixar tudo no total conforto a porta foi aberta e a garotinha entrou com alguns filmes em mãos.

— Vamos assistir Frozen? — Perguntou se sentando com certa dificuldade na cama e me encarando com seus olhinhos pidões.

— Frozen! — Suspirei aliviada por não ser Barbie. — Sim, vamos assistir Frozen. — Disse sorrindo largo.

Eu realmente amo esse filme é tão linda a história. São poucos os filmes infantis que eu gosto e Frozen entrou em minha lista de filmes que passarei para minha filha para viciá-la também.

— Não sei qual das duas está mais animada. — A voz de Caitlin fez-me sair do meu transe.

— Deixa de ser careta. — Resmunguei e me joguei na cama.

— Deixa de ser caleta, Cait. — Disse Lou me remendando.

Gargalhei!

— Então é assim? São duas, contra uma? — Perguntou fingindo indignação e se jogou na cama ao lado de Lou. — Tudo bem, eu supero! — Disse passando dois de seus dedos abaixo do olho, fingindo limpar suas falsas lágrimas.

Depois de mais algumas palhaçadas colocamos o filme para rodar, nem percebemos a tarde passando e muito menos a noite chegando, foram três filmes e eu estava começando a ficar com fome e parece que Louise leu meus pensamentos, pois pegou o controle e olhou diretamente para a irmã.

— Para! — Lou disse tirando alguns fios de cabelos do rosto. — Levanta essa bunda daí e vai colocar oto filme.

— Trouxa! — Mostrei língua pra Caitlin que levantou bufando, indignada com a atitude da irmã mais nova.

A morena me fuzilou com o olhar e discretamente me mostrou seu dedo do meio como resposta.

— E você, mocinha. — Louise virou-se para mim.

— O que tem eu? — Perguntei coçando minha nuca.

— Vai fazer pipoca, beem gostosa. Estou com fome! — Deu ênfase no “bem” e cruzou os pequenos bracinhos. Mandona.

— TROUXA! — Caitlin gritou gargalhando.

— Eles criaram um monstrinho, meu Deus! — Sair do quarto resmungando, mas não antes de jogar o travesseiro na cabeça de Caitlin.

Desci as escadas correndo e na sala os meninos se encontravam todos arrumados, rolei meus olhos por ali, mas não achei Justin e a esperança de que ele não fosse para a farra essa noite tomou conta de mim.

— Vão sair? — Perguntei parando no último degrau.

— Sim. — Respondeu Chaz sorrindo — Vamos farrear.

— Percebi. — Disse rindo de leve.

— Só estamos esperando a mariquinha do Justin. — Meu sorriso se desfez ao escutar o nome dele.

— Hum. — Mordi os lábios me controlando.

Claro que Justin iria. Por qual motivo ele perderia mulheres, vulgo vadias, sexo, dinheiro, mais vadias e mais sexo? Acho que não combina muito com ele ficar de fora.

Ele me prometeu que não me trataria diferente quando o perguntei e Justin cumpriu com o que disse. Mas o que eu realmente queria saber sobre nós acabara de ser respondida, sem ao menos ser mencionada em uma conversa decente. Ele nunca seria meu, nunca seria de uma só e essa é a realidade com a qual eu tenho que conviver. Eu devo agradecer?

Eu queria, bem lá no fundo, bem lá no fundo mesmo, que ele se não fosse para essa festa, apenas para se desculpar comigo, eu queria que ele me tratasse não apenas como mais uma e sim como a única. Eu… que porcaria de pensamentos melosos são esses? Droga eu não quero pensar assim, eu preciso impôr limites nessa merda.

Secretamente, na noite passada, eu me entreguei, não só de corpo, mas de alma para aquele maldito homem, secretamente eu sentir meu coração aquecendo e minha mente começando a perder a razão de tudo, secretamente eu comecei a me apaixonar e eu preciso urgentemente acabar com essa palhaçada de amor, pois eu sei que somente eu perderia e somente o meu se quebraria. Quando sentir meus olhos marejarem tratei logo de sorrir.

— Divirtam-se! — Eu disse depois deles ficarem me olhando estranho.

Antes que eles abrissem a boca para falar merda eu sair praticamente voando para a cozinha e se eles deram alguma resposta eu não consegui ouvir, então tratei logo de começar a fazer a pipoca antes que o foguete chamado Louise Beadles aparecesse na cozinha me botando para trabalhar sob pressão.

Enquanto a pipoca estourava no micro-ondas eu pensava em qual filme assistiríamos agora, provavelmente Louise colocara mais um da sua coleção da Barbie e eu provavelmente vou dormir. Bocejei.

Quando finalmente a pipoca estava pronta, coloquei-as em uma vasilha e peguei copos descartáveis para bebermos o suco que tinha na geladeira. Sair da cozinha e caminhei até a sala respirando fundo ao ouvir aquela voz rouca.

— Vamos logo, rapazes, que hoje aquela boate vai ser pequena para nós. — Justin disse animado enquanto descia as escadas, nenhum dos garotos me viu o que eu dei graças a Deus.

— Até que enfim, Bieber, puta que pariu! — Chris disse e eu podia jurar que seus olhos estavam sendo revirados.

— Para de reclamar e vamos logo. Uma coisa eu digo hoje eu não volto sozinho, volto com mais de uma no meu encalço. — Ele disse e engolir em seco com suas palavras.

Não chore, Angelina, não demostre fraqueza, você sabe que foi só mais uma que passou pela cama desse marmanjão desgraçado e ele não vai mudar por você. Minha consciência dizia para mim e quando percebi já estava caminhando para as escadas. As conversas sessarão quando eu comecei a atravessar a sala, eu só tinha que evitar contato visual com Justin. Desviei do corpo do louro a minha frente e comecei a subir as escadas, mas parei ao ouvir Ryan me chamar:

— Hey, Angel! — Me virei e o encarei. — Vamos para a boate com a gente?

Eu não estava muito animada e minha feição já demonstrava isso, eu agradeceria pelo convite e logo recusaria, mas antes que eu pudesse responder um certo alguém entrou na minha frente.

— Não. — Justin decretou, fuzilando Ryan com o olhar.

— Me desculpe, Ryan, eu até iria se não tivesse marcado um outro compromisso, e eu não quero passar muito tempo respirando o ar de algumas pessoas. — Disse para Ryan ignorando o louro a minha frente. — Na próxima vocês me chamam, com certeza eu irei. Estou mesmo precisando conhecer gente nova. — Pisquei e comecei a subir as escadas.

— Angelina!

Ouvir Justin me chamar, mas fingir não escutá-lo e acelerei meus passos adentrando o quarto onde as duas estavam quase cochilando.

— Até que enfim. — Lou disse fazendo biquinho.

— Desculpa a demora, nervosinha. — Disse simples e me sentei na cama.

O filme começou e me alegrei ao ver os olhinhos da pequena brilhando, toda a minha raiva por Justin foi tomada pelo amor por ela. Nos calamos e depois que o filme terminou, pecebemos os olhinhos de Lou vermelhos pelo sono que a dominava, mas sua insistência fora tanta que acabamos cedendo para um outro filme.

Na metade de “Barbie e a magia de Aladus”, Caitlin e Louise já dormiam espalhadas pela cama, nada pequena da mais nova. Sorrir com essa imagem e retirei a bagunça da cama e juntei tudo, peguei os lixos no chão e desci as escadas com cuidado por estar escuro, coloquei tudo em cima da pia quando cheguei a cozinha e abrir a geladeira pegando uma garrafinha de água e bebendo o líquido, em seguida guardei a garrafinha novamente e subir as escadas indo para meu quarto, me joguei na cama e apaguei.

(...)

Acordei com um barulho de vozes no corredor, olhei na tela do celular e marcavam três e meia da madrugada, eu conhecia uma daquelas vozes, como não conhecer? Era Justin. A curiosidade falou mais alto do que o medo de ver o que eu não queria, então eu me levantei, caminhei em passos sorrateiros até a porta e girei a maçaneta com cuidado, e o arrependimento, como esperado, me corroeu no momento em que coloquei meu corpo para fora do quarto e meus olhos viram o que coração não queria sentir.

Justin beijava uma mulher que estava encostada na parede, enquanto apertava os seios de outras duas, sentir meus olhos marejarem e engoli em seco, naquele momento desejei nunca ter saído deste quarto. Por que não dei ouvido a voz do medo? Acabei fazendo um barulho ao tentar voltar para o quarto e os olhares deles quatro se encontraram com os meus, Justin me olhava com a expressão indecifrável. Porem eu não esperei o resultado daquilo tudo, apenas adentrei meu quarto e me tranquei ali, escorreguei minhas costas na porta e me permitir derramar lágrimas de arrependimento e dor. Por quê? Por que eu estou me abalando desse jeito? Por que estou tão magoada? Ah, eu tenho a resposta para essa pergunta: meu coração escolheu ele e agora ele está quebrado.