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História The Revenge - Kill me


Escrita por: MaduCristelli

Notas do Autor


Demorei muito? Sorry...
Fiz um capítulo graandão pra vocês... Espero que gostem...

Capítulo 6 - Kill me


Point Of Views Angelina Smith

 

Meus olhos se encontravam arregalados, meu corpo não respondia mais aos meus comandos e então aquela famosa frase veio a minha mente “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, o que eu faria? E essa frase se encaixa perfeitamente a essa situação, se correr ele me alcançará e além do mais essa casa é cheia de segurança, é só ele estalar os dedos que, em um piscar de olhos, estarei dentro da casa com esse maldito novamente, e se eu ousar ficar, ah! Ai sim que eu estou completamente, drasticamente fodida.

— Por que me trouxe aqui? — Minha voz sai baixa por causa dos seus dedos que apertavam meu rosto com força.

— Porque eu vou te mostrar que quando eu digo algo você tem que respeitar, vadia — Ele rosna com seu rosto grudado no meu. Minhas lágrimas começaram a cair sem pudor — Sabe, o que eu odeio mais do que uma vadia desobediente? É, é uma vadia chorando, e olha que nem tem motivos para chorar.

— Solta! — Levei minhas mãos até suas mãos e tentei tirá-las do meu rosto, tentativa falha, ele apertou mais — Por favor! Solta, está machucando — Deixo escapar um soluço.

— Já mandei calar a porra da boca — Ele grita e levanta a mão para me bater, e o tapa vem ligeiro, me deixando tontinha — Vo… — Ele é surpreendido por uma voz estranhamente desconhecida.

— Bieber! — O rapaz o chama e Justin continua do mesmo jeito — Descobrir algumas coisas na morte de Pattie que você vai adorar saber e quem é ela?

— Adivinha? — Bieber me solta, finalmente, e se levanta encarando o amigo, passo mão pelo maxilar sentindo-o dolorido.

— Angelina? — O garoto fala olhando-me sem expressão alguma.

— A própria, Chris — Bieber diz se sentando no sofá e me olhando com um sorriso diabólico nos lábios.

— E o que ela faz aqui? — O tal Chris diz se sentando ao lado do amigo enquanto eu me ponho a ficar em pé.

— Não te interessa — Reviro os olhos para tamanha falta de educação e limpo minhas bochechas molhadas pelas lágrimas — E o que descobriu?

— Quer mesmo falar disso perto dela? — O garoto aponta para mim.

— Não, não mesmo — Bieber se levanta e caminha até mim — Se fizer alguma gracinha eu juro que dessa vez te jogo de um precipício — Seu tom ameaçador me faz arrepiar por inteira, assinto de leve sabendo que não vou cumprir suas ordens e ele se vira para o amigo — Vamos para o escritório, Chris. — Ele sai andando deixando o garoto pra trás.

— Olha, se você tiver mentindo sobre não ter matado Pattie, eu juro que ajudo Justin a se vingar de você — Ótimo! Mais um para tentar me matar.

— Olha bem pra minha cara — Ele nesse momento olha dentro dos meus olhos — Eu nunca peguei em uma arma antes, nunca fiz mal nem a uma formiga, imagina matar uma mulher, céus faça seu amigo acreditar em mim, pelo amor de Deus — Minha voz estava trêmula e eu estava ali suplicando por ajuda de um desconhecido que eu só sabia o primeiro nome.

— Farei o possível — Ele diz e sai andando para ir atrás do amigo.

— Não. Faça o impossível — Eu sussurrei, mas ele já estava longe.

Quem disse que eu vou ficar aqui? Caminhei para fora daquela enorme casa e por sorte não tinha segurança no grande portão e por mais sorte ainda estava destrancado, tratei de sair daquele condomínio logo, antes que Justin barra maníaco barra psicopata perceba a minha falta e me leve de volta pelos cabelos.

Point Of Views Justin Bieber

— Fale! — Disse para Chris assim que ele adentrou a sala.

— Fale não meu caro — Ele jogou um CD em cima da minha mesa — Filmagens da noite em que sua mãe morreu e na moral? Angelina é mais uma vítima nessa história toda, a garota morre de medo de você e eu sei quando as pessoas mentem Bieber, ela é apenas um muro para você não enxergar a verdade de quem matou a tia Pattie.

Suas palavras rondavam minha cabeça, eu não podia acreditar em tudo que Angelina me dissesse, mas seus olhos nunca transmitiam culpa, apenas medo, um medo incontrolável.

— Vamos descobrir — Sussurrei mais pra mim do que pra ele.

Liguei meu notebook e coloquei para rodar. O local estava pouco iluminado, tinha apenas dois carros no meio-fio e nada demais acontecia ali, até ela aparecer, trajava um vestido preto e em sua mão tinha uma garrafa de alguma bebida, ela adentrou o carro saindo com ele dali alguns minutos depois.

— Tá, até ai indica que ela é sim a culpada.

— Você e sua falta de paciência — Chris virou o Notebook para ele e voltou a filmagem.

“23:30 p.m, uma pessoa que aparentemente era um homem pelo modo de andar, andava em volta do carro de Angel, a câmera não conseguiu pegar seu rosto e além do mais o capuz impossibilitava qualquer um de vê-lo. Tirou algo do bolso de seu jaleco e se abaixou. A posição da câmera mudou, e a do outro lado da rua o flagrou destravando o carro dela, uma arma foi tirada de dentro do seu bolso, e como estava de luva sua impressão digital não ficaria gravada ali. Alguns minutos se passaram e o homem deixou o local. 12:30 a.m Angelina adentra seu carro e sai dali cantando pneu”

— Você já tinha visto essas imagens? — Perguntei a Chris que fez que sim com a cabeça — Têm filmagens do beco onde minha mãe morreu?

— Sim, só que essa eu não vi, quis esperar por você. — Assenti e Chris começou a mexer no computador até o cenário mudar e o beco aparecer.

O mesmo homem de minutos atrás passara por ali e se escondeu entre as sombras, logo depois a figura de uma mulher baixa e um homem que segurava sua mão também passou por ali, minha mãe. O homem que estava ao seu lado soltou sua mão e acertou um tapa no rosto dela, depois outro e outro, minha mãe já estava no chão com o rosto sangrando, o homem saiu das sombras e entregou algo para o outro homem que saiu dali sem ao menos olhar para trás, não tinha som, mas eu tinha certeza que minha mãe estava pedindo por ajuda, chamando por mim, e eu também pude ouvir, mesmo sem áudio, o som do tiro quando ele apertou o gatilho e estourou a cabeça da minha mãe, eu pude ver o seu sorriso e foi ai que Angelina apareceu, ele se escondeu rapidamente e ela desceu do carro com uma arma na mão, e foi ai que eu apareci…

FlashBack ON

Meu escritório cheirava a maconha, esse cheiro me deixava doidão e calmo, minha mãe saiu faz um tempo, disse que foi a casa de uma amiga e eu realmente não me importei, ela nunca mentia para mim. Meu telefone começa a tocar e não sei como atendi.

— O que é caralho?

— Senhor Bieber, o senhor… você precisa vir pra cá, armaram pra sua mãe e vão matá-la — Quando ele diz isso a ligação é encerrada com um grito. Puta que pariu!

Eu não tinha muita experiência com tecnologia, mas com o pouco que Chris me ensinou eu rastreei aquela ligação, sair de casa do jeito que estava e peguei minha BMW.

[...]

     Cheguei no local que o GPS me indicou, em menos de dez minutos, desci do carro e adentrei a única rua que tinha ali, uma rua não, um beco, quando me aproximei mais um pouco, meu mundo se despedaçou, vi a pior cena da minha vida. Minha mãe caída no chão e morta, com uma garota do seu lado, sua mão estava manchada de sangue, com o sangue da minha rainha, da pessoa que eu mais amo nessa vida. Fui tomado pelo ódio, a garota soluçava de tanto chorar, ela estava bêbada, mas eu não me importei nem um pouco e acertei um soco na cara dela.

— SUA VADIA, FILHA DA PUTA, VOCÊ A MATOU. COMO OUSA?

— E-eu, e-eu — Ela não conseguia falar e se encolheu no chão começando a chorar ainda mais.

Me abaixei ao lado do corpo de minha mãe e a segurei em meus braços, o seu sangue escorrendo em minhas mãos, o desespero cada vez maior, eu queria estar em silêncio agora, mas o lixo ao meu lado estava chorando sem parar. Garota estúpida!

FlashBack OFF

Aquela noite foi a pior da minha vida, eu perdi a pessoa que me apoiava, que me dava carinho e que me amava mesmo com todas as besteiras que eu fazia.

Eu tenho certeza de duas coisas: primeiro que eu vou matar quem fez isso com minha e mãe e; segundo que Angelina é uma vítima nessa história toda, talvez, até mais do que eu.

— Ela é tão inocente quanto diz — Sussurrei e Chris fez que sim com a cabeça — Por que isso me cheira que armaram para ela? O que essa garota tem de tão especial?

— Eu não sei, até agora eu não entendi porque logo ela, só vamos conseguir saber quando encontrar quem armou para vocês — Ele falou e minha cabeça martelava querendo achar respostas para tudo isso — Justin, por que você deu dois anos para a garota fugir? Você nunca nos contou.

— Porque no outro dia eu fui atrás dela só que encontrei o pai da garota, não vale nada o homem, ele pediu um tempo, pagou uma quantia muito boa e eu deixei, talvez a morte da minha mãe tenha afetado a minha cabeça naquela hora, porque depois bateu um arrependimento, uma vontade louca de matar aquela família toda, mas você sabe que eu sou um homem de palavras.

— Uou — Chris rir e se senta na minha cadeira — Talvez algo dentro de você dizia que não deveria matá-la, talvez, lá no fundo você sabia que ela era inocente — Dei de ombros não querendo pensar muito — O que pretende fazer agora?

— Não sei, mas a primeira coisa que eu vou fazer é pedir demissão daquela merda — Revirei os olhos e começamos a rir.

E então ela veio em minha mente, seu sorriso, seu jeito todo atrapalhado de ser, seus olhos azuis que hipnotizam qualquer um… epa, pera! Que porra eu estou pensando?

— Vamos voltar, a sala está quieta demais, ela está aprontando — Me levanto da cadeira e caminho até a porta.

— Vamos! — E saímos do meu escritório indo para a sala, ao chegarmos lá, a encontro vazia, a porra da garota não está lá.

Sair correndo até o portão e encontrei dois seguranças batendo papo como se estivessem em um bar.

— Vocês deixaram esse portão sozinho? — Perguntei já imaginando a respostas deles, prevejo cabeças rolando.

— S-sim senhor, mas foram por dois minutos — Um deles responde gaguejando.

— FODA-SE PORRA, NESSES DOIS MINUTOS UMA GAROTA SAIU SEM QUE NENHUM DE VOCÊS PERCEBESSE. SEUS INCOMPETENTES! IMAGINA SE FOSSE UM INIMIGO? ELE ENTRARIA AQUI E ME MATARIA, FILHOS DA PUTA. — Saquei minha arma e vi seus olhos se arregalarem — Preciso arrumar empregados mais competentes — Atirei na cabeça de um e depois na do outro, me virei e olhei a quantidade de homens me encarando — Se essas imundices estiverem aqui quando eu voltar considere a família de todos vocês MORTAS — Gritei para eles em tom de ameaça e sair em direção a minha Ferrari, ao sair, quase atropelei um dos seguranças, balancei a cabeça negativamente.

— Realmente preciso de empregados mais competentes — Falei pra mim mesmo enquanto andava a procura de Angel.

[…]

Cheguei em casa depois de muito procurar, e nenhum sinal dela, ela com certeza foi para a casa. AH! Mas amanhã ela vai ouvir, mas vai ouvir tanto que tenho até dó dos tímpanos dela. Eu odeio que desobedeçam as minhas regras, e Angelina está fazendo muito isso, eu precisando dar uma lição a essa garota, e eu vou dar, vou ensiná-la a nunca mais me desobedecer,

[…]

Cheguei na escola e fui direto para a sala dos professores, duas velhas que cujo nome não faço ideia conversavam sobre algum assunto de velhos. Quando adentrei a sala elas deram bom dia, mas não respondi, peguei um livro de filosofia e sair de lá, deixando as duas com suas conversas para trás. Minha primeira aula seria na sala dela e eu estava ansioso para vê-la, mostrar a ela que não se deve brinca com Justin Bieber.

Adentrei a sala e não tinha ninguém, aproveitei o tempo livre para ligar para Ryan apenas para ver como andava as coisas na boate, já que tinha um tempo que não cuidava pessoalmente de lá.

— Fala, seu gay! — Ryan diz do outro da linha.

— Não vou nem te dizer quem é o, gay, filho da puta — Respondi sério e ouvi-o rir.

— Fala o que você quer, atrapalhou meu papo com a mina aqui, tá ligado?

— Filho da puta! — Esbravejo e ele rir, sim, ele rir da minha cara — Quero saber como anda as coisas nas boates.

— Tudo na paz, todas estão lucrando muito, só uma vadia que engravidou e tive que mandar para o aborto.

— Ótimo! — Desligo na sua cara pois a porta da sala foi aberta por alguns alunos.

— Bom dia, professor! — Eles dizem em uníssono.

— Bom dia! — Respondo seco.

Outros alunos foram chegando e enfim a porta foi aberta revelando suas duas amigas e seu irmão, eles entraram em silêncio total e isso era muito raro, mesmo sendo novatos eles faziam a festa na escola e nunca ficavam calados. Eles pareciam tristes, o garoto parecia raivoso, eles passaram por mim e se sentaram em silêncio.

— Abram o livro nas páginas 198, 199 e 200, leiam e façam os exercícios — Ouve alguns múrmuros e eles logo começaram a fazer o que foi pedido, a sala estava em silêncio, fui para o fundo como quem não queria nada e Aria, Emmily e o irmão de Angel, que eu não lembro o nome começaram a falar.

— Você precisa ficar calmo, Jack — Aria sussurra.

— Calmo? Você precisava ver o estado dela e se eu não tivesse chegado a tempo?

— Você chegou, é isso o que importa — Emmily responde.

— Não. Meu pai é um desgraçado, eu prometi protegê-la dele. — Sua voz era raivosa — Como ele pôde fazer isso com a própria filha? — Os olhos deles se enchem de lágrimas. O que diabos aconteceu?

— Ele não sabe o que faz. — Aria murmura.

— Acredita que ela acordou gritando durante a noite por socorro? Se ela continuar assim ela pode entrar em depressão — Ele diz e meus punhos se cerram automaticamente, uma raiva maldita do pai dela me toma.

O que aquele desgraçado fez com ela? Será que é tão difícil entender que apenas eu posso fazê-la sofrer? Que só eu tenho esse direito sobre ela?

— Nossa Angel é forte, Jack, você sabe disso melhor que todos nós — Emmily o conforta e eu já não prestava mais atenção no que eles falavam.

Preciso vê-la, como será que ela está? Eu sentia que precisava vê-la, precisava tocá-la e saber que tudo estava bem, que ela não tardaria para voltar e desobedecer minhas ordens para depois ser castigada do jeito que merecia.

Passar de alguns minutos a aula finalmente acaba e eu nem me importo com as outras turmas e vou direto para o estacionamento, arranco com meu carro dali e vou para a casa dela.

Em menos de dez minutos estou na frente da sua casa, desço do carro e toco a campainha, uma senhora abre a porta.

— Posso ajudar? — Ela pergunta sorrindo.

— Angelina está? — Eu sou rude.

— Sim, sim, só que ela não pode receber visitas — Ela diz abaixando o olhar.

— Eu soube o que ouve com ela, sou amigo queria ver como ela está — Tento soar o mais calmo e formal possível.

— Se é assim, vamos entrar meu rapaz — Ela abre espaço e eu entro, devo admitir a casa é enorme.

Adentramos a sala e a velhinha me diz onde é o quarto dela, ao terminar de subir as escadas paro em frente o seu quarto bato duas vezes e espero ouvir o seu entra.

— Betty, por Deus! Já disse que não quero comida, já disse que não quero remédio, vai embora, por favor — Sua voz era abafada, mas como eu sou Justin Bieber eu entro assim mesmo — Mas que po… O-o que faz aqui? — Ela diz ao tirar o travesseiro da sua cara e olhar para mim.

Não era Angelina que estava ali, seu rosto estava com hematomas horríveis, sua boca com um corte feio e profundo, que eu tinha certeza que estava doendo horrores. Seu corpo cheio de marcas de… Chicote? Céus, aquilo eram marcas de chicote? E seu olho esquerdo estava roxo, e ela com certeza mal podia enxergar com aquele olho. Abro e fecho a boca várias vezes sem ter o que falar.

— Por favor, vai embora! — Ela sussurra acabada — Você deve estar adorando ver isso, mas só por hoje me deixa em paz — Sua voz sai embaçada por conta do choro, não lhe dei ouvidos e caminhei até a cama vendo seu pé enfaixado.

— Quem fez isso com você? — Me pronunciei pela primeira vez raivoso, perguntei mesmo sabendo da resposta — Por que diabos você saiu sem minha permissão? Se não tivesse vindo para a casa, você não estaria toda machucada, sua idiota do caralho!

— Por favor, me deixa sozinha! — Pediu chorando baixinho e se encolhendo na cama, soltando um grunhido de dor em seguida.

— Angelina, eu vou matar seu pai — Falei cheio de ódio.

— NÃO — Ela gritou com dificuldade — Ele é meu pai e você não tem esse direito.

— ELE É UM MONSTRO — Retruquei sentindo a raiva me consumir.

— IGUAL A VOCÊ — Ela rebateu me olhando.

— NÃO ME COMPARE A ELE, EU NUNCA FARIA ISSO COM UMA FILHA — Olho para todos seus machucados e respiro fundo — Me desculpa! — Pedi passando por cima da porra do meu orgulho.

— Pelo o que? — Ela perguntou baixinho — Por não ser você a me deixar assim? Por não ter sido você a ter esse gostinho? — Ela diz chorosa e eu reviro os olhos tentando não me irritar com a situação.

— Por ter tentado te matar,  Angelina! — Ela me encara — Por ter feito você perder dois anos da sua vida — Respirei fundo — Sei que não foi você, foi Marcus, um inimigo meu, que realmente me odeia mais do que qualquer pessoa nesse mundo. Eu vi toda a gravação daquela noite, armaram pra mim para tentar te matar.

— Por-por que? — Ela gaguejou e me olhou assustada, como sempre.

— Eu também não sei, mas se eu não te matei essa pessoa com toda certeza vai tentar te matar.

— Que bom! — Ela respondeu — Pelo menos assim poupa o trabalho de algumas pessoas. — Revirei meus olhos mais uma vez com a indireta.

— Cala a maldita boca, Angelina. — A repreendi — Me conta o que aconteceu para ele bater tanto em você

— Quando cheguei em casa ontem, ele estava bêbado no sofá discutindo com a namorada dele pelo telefone e do nada ele começou a discutir comigo, eu não o dei ouvidos para não render e subi para o quarto, mas ele foi atrás e me bateu, mas ele me bateu tanto, Justin, ele nunca tinha me batido daquele jeito, nunca. — Ela começou a chorar e aquilo fez um sentimento estranho crescer dentro de mim — E quando ele viu que o estrago em meu rosto não foi o bastante ele me jogou da escada, eu sentir a mesma dor de quando você me jogou da escadaria, só que foi mil vezes pior — Desviei meu olhar do dela e respirei fundo — Por isso os roxos pelo corpo e o pé machucado. — Ela já chorava.

— E as marcas de chicote? — Ela deu uma risada amarga.

— Depois que cair ele veio atrás de mim, eu tentei me arrastar para longe dele, fugir dele, só que ele veio com tudo pra cima de mim, com o chicote em mãos, e começou a acertá-lo em meu corpo e quando tudo ia ficando escuro meu irmão, mas dois colegas, que eu não faço ideia de quem sejam, chegaram e depois não vi mais nada — Ela contava como se revivesse todo o momento novamente — e acordei assim, nesse estado — Ela rir sem humor.

— Seu pai é um filho da puta — Acaricio suas bochechas.

Por um momento tive vontade de beijá-la, de dizer que tudo ficaria bem, que eu estava aqui por ela, porque, por algum motivo eu me preocupava com ela, que eu me sentia culpado por estragar a vida dela e queria recompensá-la. E mais uma vez eu me perdi nestes olhos azuis e quando eu vi já havia a beijado, colei nossas bocas e aos poucos aprofundei o beijo, mas com cuidado, eu pensei que ela recuaria, pelo contrário, ela cedeu. Nossas línguas travaram uma batalha sensacional, minhas mãos foram para sua nuca e as suas para meus braços.

Se não fosse a maldita falta de ar não teríamos parado esse beijo tão cedo, fechei meus olhos esperando por um tapa, mas não, ela encostou nossas testas e sussurrou:

Uma vez você me disse que ia fazer da minha vida um inferno, que eu ia pedir pela própria morte, mas você se enganou, Justin, minha vida já era um inferno antes mesmo de você aparecer. Você foi apenas a válvula perfeita para acabar com tudo isso, com todo o meu sofrimento — Ela dizia com seus olhos fechados e eu não estava entendendo há onde ela queria chegar — Me mata! Tira a minha vida, Justin, eu lhe imploro, cumpra a sua promessa. Eu não aguento mais viver assim — Ela suplicou, e eu não sabia o que fazer, ou o que falar, eu não a mataria, não mesmo, não daria esse gostinho de vitória para Marcus e algo dentro de mim dizia que mata-la seria um ato impossível para mim.


Notas Finais


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