Point Of Views Justin Bieber
Meus olhos fitaram-na por alguns segundos, os segundos mais longos da minha vida. Vendo a súplica em seus olhos percebi que isso não era uma brincadeira, ela realmente queria acabar com o sofrimento e eu tinha como ajudá-la, mas não queria.
— Ficou maluca? — Minha voz saiu mais alterada demais para quem queria mata-la a alguns dias atrás.
— Não, eu não fiquei. — Ela riu amarga — Bieber, a minha vida é um inferno, não tenho motivos para querer viver — Ela disse com os olhos marejados.
— Claro que tem, você não deve morrer, Angelina. — Eu neguei — Não vamos dar esse gostinho a ninguém, não vou dar esse gostinho ao seu pai
— E por quê não? Ninguém se importa o suficiente para sentir a minha falta nesse mundo — Ela sussurrou tirando minhas mãos dela.
— Seu irmão, suas amigas até mesmo aquele franguinha do Collins se importa com você — Disse o nome dele com uma careta.
— Certo! Se você não quer me matar tem quem queira, não é mesmo? — Ela disse arqueando uma sobrancelha e isso irritou-me profundamente. Se eu não a matei, ninguém a mataria.
— Caralho, garota, parece que a surra que levou não foi suficiente — Falei alto e ela se encolheu.
— Isso, me bate, Justin, quem sabe assim eu não morro de uma vez? Será um peso a menos para todas as pessoas que se importam comigo — Ela disse e eu me irritei.
Me levantei da cama e comecei a caminhar de um lado paro o outro com as mãos em meus cabelos os bagunçando, tentando tirar paciência lá na puta que pariu, porque essa garota é insuportável. Respirei fundo!
— Eu não posso te matar — Parei a olhando e subi na cama ficando de quatro em sua frente com uma mão em cada lado seu — Eu preciso saber o que Marcus quer com você, por que ele quer te matar e com você morta eu não saberei de nada.
— Você é um egoísta filho da puta — Murmurou e eu sorrir em concordância com suas palavras. — Por que me deu dois anos para fugir? — Ela perguntou de repente mudando de assunto.
Suspirei fundo antes de respondê-la:
— No dia seguinte depois daquela noite, eu fui até sua casa com a intenção de matá-la, claro, e encontrei seu pai, ele me deu uma boa quantia em dinheiro — Ela me interrompe com os olhos marejados.
— Quanto? — Sussurrou.
— 100 Milhões, uma carga minha tinha acabado de ser roubada e esse era o preço da mercadoria, então eu cobrei isso e ele me deu, eu estava de luto e toda aquela besteira que aquece o coração, e não estava pensando direito. Eu deixei-a ir.
— Mas, por que? Durante esses dois anos ele só me humilhou, nunca me tratou como filha — Ela disse baixinho, acariciei suas bochechas. — Deveria ter ido atrás de mim, pouparia muito sofrimento.
— Ainda bem que eu não fui, não é mesmo? — Ela arqueou a sobrancelha — Eu cumpro o que eu falo, Angelina e se eu a dei dois anos, não quebraria a minha palavra.
— Você jurou que me mataria, que eu imploraria agora fica puto quando eu peço. — Ela retrucou e eu revirei os olhos.
— E eu jurei muitas coisas sobre você — Passei a língua entre os lábios — Mas, você é surpreendente e deixar que morra não é mais uma opção para mim.
— Então você quebra sim suas promessas.
— Se tratando de você, é o que parece. — Sussurrei bem próximo do seu rosto.
Eu precisava sentir o gosto dos seus lábios novamente e assim fiz, tomei seus lábios com possessividade. E ela, mais uma vez retribuiu. Suas mãos foram de alcance aos meus cabelos puxando-os com força e só esse pequeno ato deixou-me excitado, eu precisava me controlar. A deitei na cama com certa delicadeza, a delicadeza que eu nem sabia que tinha, e fiquei por cima dela, sem pôr o meu peso, claro, ela estava machucada e eu não queria piorar o seu estado.
Esse momento está tão confuso para mim quanto deve estar sendo para vocês. Beijá-la, sentir o gosto dos lábios dela era a única coisa que não vinha em minha mente quando ela invadia meus pensamentos. Ela retribuir? A última coisa que ela faria, provavelmente. Mas, cá estamos nós, beijando-nos ardentemente.
Sua mão adentrou dentro da minha blusa arranhando minhas costas de leve, o ar nos faltou e eu ataquei seu pescoço, ela soltou um gemido baixinho e arqueou o quadril roçando sua intimidade no meu membro enrijecido.
— Não provoque o que não podemos terminar — Sussurrei em seu ouvido ouvindo ela arfar e deixei ali uma mordidinha de leve.
— E por que não? — Sua pergunta transbordava luxuria e desejo. Ela estava extasiada e provavelmente nem sabia o que estava falando.
— Você está machucada — Passo meus lábios lentamente em seu pescoço sentindo seus pelinhos arrepiarem — E se eu te pegar de jeito, meu amor, eu te deixo sem andar por uma semana — Ela gemeu quando minha mão entrou em contato com sua intimidade, coberta.
— Filho da puta, então para de provocar! — Ela rugiu e eu lhe dei um selinho.
— Nos vemos em breve, Angelina — Eu disse ao me levantar e ir até a porta.
— Até, professor Bieber!
— Não sou mais seu professor — Pisco e ela me olha sem entender pedindo por uma explicação — Pedirei demissão — Ela me olha sem expressão e morde o lábio inferior.
— Hm, então até, Bieber. — Caralho!
Por que tudo que eu não tinha percebido antes nela, começou a aparecer para mim? Como o modo que ela fala o meu nome, é sexy demais.
— Até, Angel! — O seu apelido saiu naturalmente deixando-me confuso, eu nunca a chamava de Angel.
Me viro para sair, mas ela me chama antes que meu corpo saia do seu campo de visão.
— Obrigada! — Ela fala quando meus olhos se encontram com o seu.
— Pelo o quê?
— Por ter acreditado em mim — Ela cora e sorrir de lado — E por ter se importado ao ponto de deixar-me mais calma.
— Mas, eu não me importo — Disse sem pensar e porra eu só falo merda, vi seus olhos marejarem, ela abriu e fechou a boca algumas vezes, mas desistiu e assentiu.
Eu ia até ela, mas a mesma desviou seu olhar dos meus e sorriu, um sorriso nada convincente, ela se virou de costas e ligou o ar, pegou o cobertor em seguida e embrulhou todo o seu corpo com cuidado. Eu sei não que devia ter dito aquilo e também não sei porque disse, mas saiu tão natural quanto o filho da puta sai da boca dela ao se pronunciar sobre mim.
Sair da sua casa rapidamente e passei na escola para pedi demissão, a diretora quase suspirou aliviada quando bati na sua sala, ela mandou providenciar as papeladas tão depressa quanto eu queria e veio com um papo furado de contrato e blá blá blá, eu mandei-a para puta que pariu e que me desse a merda da demissão logo, a velha logo me entregou e eu assinei. Finalmente!
Cheguei na mansão alguns minutos depois e estava a cambada toda alojada no meu, no MEU sofá. Nenhuma novidade por aqui.
— O que os animais estão fazendo aqui? — Perguntei me jogando no sofá e tirando a maconha da mão de Ryan.
— Porra, filho da puta, era meu! — Ele disse irritado.
— Disse bem: era. Não é mais — Sorri sem mostrar os dentes.
— Estava onde, Drew? — Chaz pergunta sem desgrudar os olhos do videogame, fiquei meio receoso de responder e eles vierem com papo furado pra cima de mim.
— NacasadaAngel — Falei tudo de uma vez só.
— O QUÊ? — Gritaram em uníssono. Até Chaz tirou os olhos do videogame.
— NA CASA DA ANGELINA, CARALHO — Gritei também e todos eles me olharam com os olhos arregalados, até Chaz largou o videogame para prestar atenção em mim.
— Hmmm — Chris fez uma cara maliciosa — Tá apaixonado é Bieber?
— EU? Apaixonado? Claro que não, porra — Revirei os olhos. — Eu só fui na casa da garota para… por causa da sua rebeldia, ela saiu sem minhas ordens. É inadmissível, vocês sabem.
— UOU. Que bom, porque assim eu tenho uma chance com ela, já que ela é inocente estamos autorizados. Vocês precisam vê-la, muito gostosa. — Chris disse cheio de malícia e eu lhe lancei um olhar matador.
— Se encostar nela eu juro que esqueço os anos da nossa amizade e estouro sua cabeça e mando de presente pra sua família — Falo com os punhos cerrados e eles logo caem na gargalhada em seguida. Bando de filhos da puta.
— Depois diz que não está apaixonado — Ryan fala em meio as risadas.
Eu queria explicá-los que isso não é paixão, que é apenas uma maneira de mantê-la por perto e se eles pegarem-na não vai ser muito bom para os negócios, se bem que acabei de pegar, mas não vem ao caso. Eu sei que Angelina é uma peça importante para Marcus e é bom essa aproximação MINHA e DELA apenas, não Dela e destes arrombados.
— BIEBER TÁ APAIXONADO, BIEBER TÁ APAIXONADO — Eles começam a cantarolar e pular feito crianças, interrompendo minha linha de raciocínio.
— CARALHO, FILHOS DA PUTA, EU NÃO ESTOU APAIXONADO POR NINGUÉM — Gritei e eles pararam de gritar e me olharam sorrindo.
— Vai diz — Ryan chegou mais perto — Já se beijaram? — Ele perguntou e eu cocei minha nuca assentindo.
Droga, Bieber, não dá moral!
— BIEBER TÁ APAIXONADO — Começaram a ladainha de novo e se eu ficasse mais um segundo ali, mataria cada um com porrada.
Subi as escadas mandando um por um tomar no cu. Fui direto para meu quarto e me joguei na cama eu ligaria para ela e foi exatamente o que eu fiz, eu desliguei antes que ela atendesse, então não precisei pensar no que falaria caso ela atendesse.
Qual o motivo para eu estar me importando, mesmo? Ela não é nada minha, caralho, era só a garota que eu achei que tinha matado minha mãe e na verdade não matou, que por algum motivo está ligada a Marcus e eu não faço ideia do porquê, que tem um pai que a odeia e eu não sei o motivo, e que agora, eu mais do que nunca, preciso manter por perto, para a segurança dela, para a minha segurança. Marcus queria ou ainda quer acabar com ela, desejava que eu fizesse o trabalho sujo e agra, quando ele aparecer para terminar o que eu não pude, vamos pegá-lo, mais do que nunca preciso mantê-la por perto.
Angelina é uma garota incrível e eu percebi isso um pouco tarde, uma garota que não merecia passar pelo que passou, e eu, Justin Bieber, só faço merda, porque fui um dos causadores da sua infelicidade.
E antes que vocês estejam achando que eu estou apaixonado por ela. Eu não estou. Só não gosto de ser injusto com as pessoas, principalmente se ela for inocente e eu não conseguir agir com a razão, a minha mãe me criou assim, me deu princípios e acho que ela não estava feliz comigo por deixar, por dois anos, as emoções tomarem conta de mim,
E EU não me apaixono, e não será Angel a mudar isso em mim.
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