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História The Ride of Battle - A Viagem


Escrita por: BuzzAnaoDoidao e Megitsune97

Notas do Autor


Okay, esta é minha primeira fic (e também a primeira história que eu escrevo sem ser obrigado) então você pode até achar alguns erros e, por favor, ignore-os por enquanto.
Não sei se Battle Royale é uma tag ainda de pé, mas se não for, eu vou dar um jeito de ressuscitar.
Uma curiosidade, como eu estava com preguiça de criar 34 personagens novos com personalidades diferentes, optei por usar a minha turma do tempo de ensino médio (sim, eu vou ser um personagem, não o protagonista, obviamente), então, pessoal, não me odeiem pelo que acontecer com suas personagens, ok? ;)
Bom, espero que gostem da história e queiram ler a continuação (que vai sair dentro de uma semana, eu acho)
Whiskas! XD
NOTA: os três pontinhos sozinhos na frase(...) representam transição de personagem

Capítulo 1 - A Viagem


Cap.1- A viagem

Chegar tarde nunca foi do feitio do Sapi. Dois períodos depois do início da aula? Isso podia até ser normal para caras como o Pedro e o Paris, mas pro Sapi, sem chance. Ser um cara bondoso e mente aberta foi o que fez ele ser um dos alunos que mais se dedicavam a rotina de sua escola militar. Sapi não era dedicado somente à rotina do colégio, outra coisa que ele curtia bastante eram seus amigos e, por que não dizer, uma garota especial. Foi na fala de um desses amigos que ele imaginou sua chegada a sala. Provavelmente o professor do período faltaria e a turma se encontraria em clima de euforia e algazarra – quase como no carnaval – e seu melhor amigo, Daniel Weber, soltaria uma daquelas frases de tiozão típicas do como “dormiu mais que a cama cara?” ou até mesmo um “bom dia, princesa!”. 

Sapi não tinha tempo para imaginar, ele saiu do ônibus e voou da parada até a sala de aula. Ao entrar na sala, a cena era bem diferente do imaginado. Ele até poderia soltar um “Eai gurizada, o que foi que eu perdi?”, mas era visível que ninguém estava no clima para isso. Os alunos estavam sentados, todos com uma postura muito reta, até mesmo os mais desleixados da sala, provavelmente algum militar ordenou que eles sentassem corretamente. E militares era o que não faltava naquela sala. Mesmo estudando numa escola militar, aquela cena era atípica, vários militares juntamente da maior parte dos professores do setor pedagógico e um projetor, todos alinhados em frente à turma.

Sapi tomou seu lugar (na segunda fileira, logo atrás de seu amigo Vicente e ao lado do Dani) e o major comandante da escola começou a falar:

— Bom, retomando, vocês vão levar estes papéis para casa e trazê-los assinados pelos seus pais até quarta que vem. Não esqueçam de contar a eles todos os detalhes da viagem.

– Contem ao colega que chegou atrasado sobre o que conversamos nesses períodos – acrescentou o soldado responsável pelo corpo de alunos. 
– Antes de encerrar… – disse um sujeito desconhecido o qual Sapi não notara até agora na sala – Lembrem-se de que este é um evento obrigatório para todos vocês, alunos da turma 21, sem exceções. No dia da viagem não aceitaremos nenhum tipo de atestado e faremos de tudo para ter todos presentes no ônibus.

Após essa fala no mínimo estranha, Sapi parou para analisar o sujeito. Era um cara comum, asiático, com os cabelos mal cortados e a barba por fazer. Podia ser um desleixado qualquer se não fosse pelo terno de primeira que ele vestia. Somente olhos aguçados como os de Sapi foram capazes de perceber que na plaqueta do sujeito estava escrito “secretário Joel”. Não importa quem fosse, o tal Joel deveria ter lá sua importância.

Após a saída de todos os militares e docentes, começou o tumulto na sala.

“O que diabos foi isso?”, “Desde quando uma viagem a passeio é obrigatória?”, “Que palhaçada desses macacos do exército” e “Eu é que não vou nessa porcaria” foram as frases mais ditas após a estranha visita. Porém Paris não dava a mínima pra bagunça que seus colegas faziam a sua volta, o mais importante para ele é que com a saída do pessoal de alta patente ele finalmente poderia continuar seu cochilo. Paris não é o que pode se chamar de aluno exemplar, na verdade, é o oposto disso. Dormir durante as aulas, desrespeitar os professores e as regras dos militares podem até soar como ações de um rebelde sem causa, mas para ele são suas ações contra o autoritarismo e a alienação (não era à toa que o cara concordava com imposições socialistas e comunistas). 

Porém, para o infortúnio de Paris, para ele não fazer sucesso entre as garotas não era uma opção (digamos que ser bonito não é nada fácil). Quase todas garotas do lado esquerdo da sala foram falar com ele, o que tornou seu precioso cochilo apenas um sonho distante. Mas Paris não podia negar que gostava das garotas (na verdade, de todo o pessoal em geral) do lado esquerdo da sala. A turma 21 sempre foi bem “dividida geograficamente”; o pessoal do lado esquerdo sempre foi o que mais socializa com o pessoal das outras turmas e também os mais ousados. Já a galera do canto direito é mais reservada, tímida e mesmo assim está sempre tão alegre e agitada quanto a do lado esquerdo.

Mesmo cansado, Paris se juntou a conversa sobre a estranheza do ocorrido, afinal, querendo ou não, uma viagem é um belo modo de matar aula sem ser prejudicado.

Enquanto isso, no outro canto da sala, Luísa Brite ainda tentava processar as informações dadas pelo pessoal da administração. Luisa Zanotti, uma amiga de Brite, disse:

– Gente, que loucura, olha só esse pessoal mais uma vez tocando compromisso pra gente, pelo jeito querem mesmo que eu acabe pegando recuperação em tudo que é matéria.

Zanotti estava certa, o colégio vinha ultimamente arranjando muitos compromissos para os alunos, desde desfiles a eventos e bolos vivos. Mesmo estranhando tudo isso, Brite sabia que sua amiga Yasmin saberia o que fazer.

Ela olhou para Yasmin e recebeu como resposta um olhar de dúvida, um olhar que representava o pensamento de todos os presentes naquela sala. Ou quase todos.

– Eeeeeba, passeio!! – berrou Solano enquanto dava um soquinho no ombro de seu amigo Pedro Henrique.

Pedro logo se levantou e começou a comemorar junto de seu amigo. Os dois eram ainda mais escandalosos juntos. Algo como urros de felicidade se espalharam pela sala. A alegria dos dois era, de certa forma, contagiosa. 

Solano era um dos caras mais alegres e agitados da sala. Mesmo não ligando pra nenhuma regra de militarismo do colégio e não sendo nada inteligente, sua esperteza conseguia fazer ele se livrar de quase qualquer problema ou desavença. Sua boa índole e alto sentimento de culpa o faziam sempre se lembrar dos outros e botar as vontades deles acima das suas. Já Pedro era muitas vezes o oposto de seu amigo. Além de muito alegre e espontâneo, Pedro sempre foi curioso e egoísta o suficiente para sempre dar um jeito de conseguir o que quer. Fora algumas bobagens fascistas que ele tentava espalhar, a maioria de suas ações visavam o bem de alguém, ou ao menos dele mesmo.

– Aish, dá um tempo Solano, eu to tentando conversar aqui com a Lulosa – disse Yasmin enquanto tampava as orelhas com as mãos.

– Ok, então. Porém eu fiquei sabendo que nossa graaande amiga Popsin tá louquinha pra sentar junto com a gente na nossa incrível viagem de quase formatura! – Disse o garoto em resposta.

Mesmo sendo muito calmas e um tanto quanto tímidas, Lulosa (Luísa Brite), Zanotti e Yasmin conseguiam conviver normalmente com os dois garotos, diferentemente da pobre Popsin, que odiava ser importunada pelas gracinhas dos dois.

– É mesmo, Pop??!! Eu nunca pensei que esse dia chegaria. – disse Pedro enquanto chegava perto do ouvido dela – Só antes dá um jeito de dispensar o Solano pra gente poder ficar juntinhos sozinhos. – cochichou.

– Ecaaaa, ficar com você, que nojo, prefiro virar lésbica. – respondeu Popsin.

– Opa, então que tal eu também virar lésbica e a gente ficar juntos Popsin?? – disse Solano antes de começar a se aproximar do rosto dela com um biquinho na boca.

SMACK. Popsin foi rápida o suficiente para conseguir empurrar a cabeça de Pedro e fazer o Solano beijar a careca do seu amigo. A turma toda começou a rir, era disso que eles precisavam para tirar o stress causado pela reunião surpresa sobre a viagem inusitada.
... 

Surpresa foi a única coisa que Selfie sentiu quando chegou em casa e se deparou com aquela carta. Uma carta enviada pelo seu antigo colégio o convidava a participar de uma viagem recreativa, totalmente gratuita, junto com sua antiga turma, a 21. Isso era no mínimo inusitado, afinal o sujeito não fora nenhum aluno condecorado que se retirou do colégio por motivos técnicos como foi o caso de seu ex-colega Erik Bardini, Selfie foi expulso por mau comportamento mesmo. Porém, sendo estranho ou não, Lucas não perderia a chance de se divertir com seus antigos colegas, ainda mais com seu grande amigo Paris. Sua presença estava confirmada na viagem.

E então chegou o dia da grande viagem. Aparentemente, ninguém deixou de ir, ainda mais com toda a hype criada pelos garotos da turma. Todos estavam alegres naquela noite. Eles iriam juntos visitar o Uruguai, coisa que quase ninguém ali tinha feito, e seria totalmente de graça (o estado devia ser bem generoso, foi o que todos pensaram). Além dos alunos da 21, incluindo o ex-aluno Selfie, houve mais outros alunos do colégio que foram convidados. Lucas Costa e Millene, amigos de quase todo o pessoal da turma, e Muniz, uma garota muito sem vergonha e engraçada, foram os convidados da turma 23. Da turma 22 havia apenas um aluno convidado, Isabela, uma garota quieta e tímida o suficiente pra se relacionar apenas com pequena parte da turma (é relevante dizer que ela sofre do mesmo mal que a Popsin em relação aos garotos).

Todos se encontravam prontos e ansiosos para o início da viagem.
...

Colocar as malas no bagageiro foi uma atividade voluntária realizada pelo pessoal mais dedicado da turma, Sapi, junto de seus amigos Vicente e Dani, e Cecília. Cecília é ,na turma 21, o mais próximo de um líder. A garota é inteligente ao mesmo tempo em que é calma e séria o suficiente para poder tomar frente em todas as decisões da turma. Seu círculo de amizades pode até ser de certo modo limitado, mas quem a conhece sabe que por trás de sua seriedade se esconde uma garota meiga e divertida. Ao colocar a última mala no bagageiro, Sapi soltou um suspiro; aquela era uma atividade cansativa. Os músculos de seu braço latejavam, aquelas malas pesavam como se estivessem cheias de tijolos. Sapi sentou no parapeito da calçada e foi acompanhado por seus amigos.

– Cara, isso foi muito cansativo. To louco pra entrar no ônibus e tirar um ronco. – Falou Vicente enquanto tirava uma garrafa de água de sua mochila.

-- Nem me fale -- concordou Dani.

Sapi gostava muito desses caras, porém nesse momento a única coisa que lhe importava não era o assunto de seus amigos e sim a garota que se encontra a sua frente. Sapi nunca foi um cara de se apaixonar. Ficar com diversas garotas na mesma festa fazia mais o seu tipo. Admirar uma menina enquanto ela conversava com suas amigas era algo novo para ele. Admirava não só a beleza, Sapi notava cada gesto e ação dela e, enquanto fazia isso, não pode evitar de ficar com cara de paisagem.

– Cara, o que ta rolando com o Sapi? – indagou Dani.

– Há, pelo jeito ele tá mais uma vez de olho na Horst. – falou Vicente matando a charada.

Luísa Horst, esse é o nome da garota em que nosso querido Sapi se perdia em pensamentos só de olhar. Horst sempre foi uma garota delicada, característica essa que poucas pessoas observavam. Suas amigas eram umas das poucas pessoas que sabiam desse seu lado e também de que ela é muito divertida e engraçada quando perto de quem confia. Quem via de fora podia até achá-la sem graça ou até mesmo chata, porém pessoas como o Sapi sabiam do coração carinhoso e valente que Horst guarda no peito. 

–Ok, caras, chega de falar bobagem e vamos entrar logo no ônibus – disse Sapi enquanto se levantava.
...

– Ok, então, pra ser uma decisão justa vamos tirar na moeda quem vai sentar com a Popsin – disse Pedro para seu amigo Solano.

Popsin sempre estava junto de sua amiga Marina, porém nessa viagem Marina preferiu viajar com a garota na qual mantinha uma paixão secreta, Millene (uma das alunas convidadas da turma 23). Não era de se esperar que Millene não mantivesse um sentimento mútuo por Marina, era difícil para qualquer pessoa não se perder nos lindos caracóis dos seus cabelos ou não se apaixonar pelo jeito meigo e sua linda pele morena.

Popsin observava a melhor amiga junto de Millene, sentindo uma certa pontada de ciúmes que a fazia esquecer até mesmo dos garotos barulhentos a sua volta.

– Pedro, pode sentar aí com a senhorita ignorante -- disse Solano ao perceber o desinteresse de Popsin – eu acho outro lugar mais pro fundo.

O caminho até o fundo do ônibus era longo, afinal Popsin e Pedro se sentaram quase que imediatamente atrás do motorista. Solano odiava ficar na frente, era onde os professores ficavam e digamos que ele seja agitado o suficiente para conseguir ser repreendido a cada cinco minutos quando sentado perto dos professores. Ao se dirigir ao fundo percebeu a alegria no rosto de seus colegas, isso encheu o seu coração de vida e animação. 

Solano correu no corredor apertado do ônibus em direção ao último banco do ônibus. Era um banco para três pessoas, o único assim em todo o ônibus. Nele se encontrava seus amigos Sapi e Dani. Vicente estava lá na frente tirando fotos com as garotas da turma, coisa que ele ficaria fazendo por muito tempo, o que fez Solano decidir se sentar junto dos dois colegas. Logo ao lado se encontrava o banheiro do ônibus (sim, até isso tinha no ônibus fornecido pelo estado) e no banco da frente se encontravam Horst e Andreotti.

Andreotti é a garota mais quieta e misteriosa da turma. Não é de muitos amigos e está sempre dormindo ou fora da sala, o que não é nada compatível com suas notas altíssimas. Os crentes a chamam de gênio, os céticos dizem que ela burla o sistema de notas do colégio. Andreotti não é bem o que pode se chamar de amiga da Luísa Horst, as duas só estavam sentadas juntas por que as amigas de Horst (Brenda, Tainá e Andresa) estavam todas vendo as gracinhas do Vicente, assim ela acabou ficando sozinha. Andreotti estava ali por que não tinha importância nenhuma quem estava do seu lado, ela dormiria de um jeito ou de outro.

Após analisar os arredores, Solano se sentou em meio a seus amigos e os três começaram a, animadamente, falar sobre a viagem.
...

Todos conseguiram achar seus lugares ao lado de seus amigo e, por isso, a viagem inteira foi regada de graça e diversão. Não havia nenhum momento em que não pudesse se ouvir um berro ou gargalhada alegre. O pessoal no ônibus mais parecia uma escola de samba do que uma turma de colégio militar. E era isso que Brenda adorava em sua turma. Ela até concordava que haviam alguns caras estranhos até demais como a Andreotti que era quieta demais e o Pedro que sempre surgia com idéias um tanto quanto idiotas e ofensivas, mas na essência a turma era incrível.

Brenda via o reflexo da alegria da turma em sua amiga Andressa que estava ao seu lado e tinha um grande sorriso estampado em seu rosto enquanto conversava com Tainá, uma grande amiga em comum que se encontrava no banco logo atrás do de Brenda e Dessa (apelido carinhoso dado à Andressa). Ao lado da Tainá estava Vitor Bueno, um garoto muito divertido no qual Brenda já tivera uma queda passageira. Bueno era um garoto bom e correto, porém sempre dava uns foras que davam nos nervos de Brenda. Desde chantagens até brincadeiras bobas, Bueno sabia como irritar Brenda.

Brenda estava muito feliz, a companhia de seus amigos e as gracinhas que Vicente estava fazendo conspiravam a favor do bom humor dela. Brenda sempre achou Vicente muito engraçado. Ele está sempre com o ânimo no alto, até mesmo nas situações mais difíceis, além de saber apoiar os outros nas horas mais necessitadas. Vicente podia até ser baixinho, mas seu porte físico era digno de um triatleta olímpico, o que o tornaria um belo partido se não tivesse uma namorada, uma aluna do primeiro ano do mesmo colégio (que obviamente não está na viagem). Tirando esse pensamento bobo da cabeça, Brenda torceu para que chegassem logo ao seu destino, afinal esse seria um dos mais divertidos passeios de sua vida.
...

FLASH. Foi o barulho que fez a máquina de Mayra ao fotografar suas amigas Lulosa (Luísa Brite) e Zanotti.

– Ai, tu não consegue ficar quieta, Mayra??? – Indagaram as amigas.

Mayra estava animada, a viagem a deixava assim, na verdade qualquer atividade a deixava assim, afinal Mayra é a pessoa mais escandalosa e animada da turma. A câmera instantânea de Mayra terminou de revelar a foto das duas garotas. A cara da Lulosa estava hilária naquela foto. Mayra juntou essa foto junto às outras que tinha tirado de seus amigos, ela estava pronta para distribuir para eles. A primeira era a de Lulosa e Zanotti, logo depois vinha uma selfie da Mayra e Scheid, sua grande amiga que estava sentada ao seu lado, dormindo. Mayra entregou as fotos a cada amigo presente nas fotos, tinha até mesmo uma foto do ship Lulu (Lulosa + Lucas Costa, um dos alunos convidados da turma 23). Yasmin que estava sentada logo à frente com sua amiga Isabela (a aluna convidada da turma 22) recebeu quase todas as fotos em que aparecia, com exceção de uma em que ela aparecia junto de Lulosa e Solano, garoto este que acabou ficando com a foto. Mayra olhou para seus colegas cheia de orgulho de si mesma, aquelas fotos seriam belas recordações da melhor viagem do ensino médio deles.

Mayra coçou o olho, que acabou se fechando lentamente devido uma onda de sono repentina.
...

Sapi acordou com o som forte do motor do ônibus. Ele se sentia estranho, em um momento estava totalmente alegre e estasiado e no outro o sono repentino o fez capotar em poucos segundos. Ele esfregou os olhos, tentando se livrar da sensação de sono. Ao se levantar, Sapi percebeu que seus amigos estavam em um sono pesado. Solano estava dormindo no colo do Dani no melhor estilo hétero mais gay da turma, título dado a ele com total legitimidade. Sapi riu por dentro e ficou de pé. Seu corpo estava molenga, pesado, uma sensação muito estranha para ele que sempre teve um corpo em boa forma e atlético. O mais estranho de tudo era que todos os seus colegas estavam dormindo, o ônibus estava em silêncio, algo que nunca acontecia, não com a turma 21. 

– O que foi pessoal, a viagem do ano está só começando!! – disse Sapi, sem respostas.

Sapi se dirigiu até o corredor se apoiando nas cadeiras, estava muito difícil para ele andar e respirar. O chão do ônibus estava cheio de pacotes de comida e fotos da máquina instantânea de Mayra, o que dava a entender que todo mundo largou as coisas, ou seja, dormiu, ao mesmo tempo. Algo estranho estava acontecendo ali. Sapi engoliu em seco e decidiu ver o que estava acontecendo, nem que tivesse que falar com o professor ou com o motorista.

BLAM BLAM. Sapi se assustou com o estrondo causado pelo seu colega Paris. Paris estava batendo freneticamente com as mãos nuas no vidro do ônibus. Assustado, Sapi não conseguiu esboçar expressão nenhuma. Paris pegou a mochila de seu amigo Selfie que estava do seu lado, dormindo assim como todos. Paris usou a mochila para esmurrar o vidro enquanto gritava todos os palavrões que tinha eu seu vocabulário. Porém, a cada segundo que se passava ele ficava mais fraco e falava mais baixo, até que acabou dormindo. 

Sapi estava apavorado, queria gritar, mas sua cabeça estava zonza demais para fazer qualquer coisa. Ele então percebeu a fumaça que saía das saídas de ar do ar-condicionado do ônibus, seria aquilo que fez todos dormirem? Sapi não podia responder, de tão tonto acabou caindo no chão. O sono tomava seu corpo, sua mente estava embaralhada e a última coisa que viu antes de dormir foi o motorista usando uma roupa do exército e uma máscara de gás digna de filmes apocalípticos. “Que merda está acontecendo?” era tudo que Sapi queria saber. A pergunta ficaria para depois, a mente dopada dele acabou caindo no sono.

RESTAM 34 ALUNOS.


Notas Finais


Bom, obrigado por terem lido, espero que tenham gostado.
Vocês estão livres para compartilhar a história com seus amiguinhos e é só esperar que logo logo sai o capítulo 2 que é onde começa toda a ação.
See you later minhas crianças fofuchas, whiskas!!


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