1. Spirit Fanfics >
  2. The Rose and The Scorpion >
  3. Família

História The Rose and The Scorpion - Família


Escrita por: SoMaisUmaEu1

Notas do Autor


Oiii!
Essa fanfic eu criei com muito carinho para vocês!
Espero que gostem!
__________________________________________
AVISOS: Alguns personagens da história - talvez não apareçam neste capitulo - são fictícios, escrevi a história pensando em como eu queria que ela fosse depois que terminei de ler os livros. Algumas informações tirei da internet.
__________________________________________
Boa leitura!

Capítulo 1 - Família


– CAPÍTULO UM –

Família

 

Alvo Severo Potter, filho de Harry Tiago Potter e Ginevra Molly Weasley Potter, - Gina - estava deitado em sua cama que flutuava apenas dois centímetros do chão, por conta do medo de altura do menino. Ele se encontrava olhando para o teto – que era a parte mais “normal” por assim dizer, do seu quarto – com os pensamentos vagando devagar em sua mente. Seu pai, que era muito famoso, por conta do fato de ter sobrevivido à maldição Avada Kedavra varias vezes na vida, muitas lançadas pelo poderoso bruxo das trevas Lord Voldemort que teve a obrigação de matar, e assim, salvar o mundo bruxo, perdeu muitos amigos, colegas e tutores nessa longa jornada. Por isso Alvo foi muito julgado no seu primeiro ano em Hogwarts a escola em que seus pais estudaram, por cair na casa da Sonserina na escola, d’aonde vieram à maioria dos bruxos malvados que seu pai teve de enfrentar na vida.

Além disso, seu pai, fora muito bom no jogo Quadribol, que era jogado com vassouras voadoras incríveis, que ele, Alvo, era muito ruim, Alvo era muito ruim em tudo! Por isso na escola ganhara o apelido de “Aborto da Sonserina” dado a ele por seu irmão dois anos mais velho que ele, Tiago, e outras pessoas da Grifinória, outra casa de Hogwarts, para aonde vão à maioria dos heróis valentes e bons, além dessas duas casas, tem também as casas da Corvinal, - Aonde vão todos os inteligentes de belos rostos - e da Lufa-Lufa, - Para onde vão os bondosos que apreciam a vida e não tem medo da dor – que infelizmente não lhe caberia nenhuma. Ele também era péssimo em Quadribol.

Seu melhor amigo, era Scorpion Malfoy, filho de Draco Malfoy e Astoria Greengrass Malfoy, detalhe para que Draco fora um dos piores inimigos de seu pai, Harry na escola, e um dos seguidores de Voldemort, que acreditavam que os bruxos filhos de trouxas – nome dado às pessoas não bruxas – não eram bruxos, e que mereciam ser chamados de Sangues Ruins, e que apenas os sangues puros – Filhos de bruxos - Ou mestiços – Filho de bruxos com trouxas – mereciam o direito a magia, mas acontece que Scor não era como seu pai, mesmo que todos acreditassem que fosse. Foi no primeiro ano de Hogwarts ele e Scorpion tinham se conhecido e virado melhores amigos.

Além de seu irmão mais velho – que este ano iria para o seu sétimo e ultimo ano em Hogwarts – Tiago Sirius Potter, que foi um nome dado em homenagem ao seu avô que morrera junto com sua avó quando Voldemort tentou matar seu pai quando era um bebê, Tiago Potter e ao melhor amigo dele, o falecido padrinho de Harry o fugitivo da prisão de bruxos Askaban – que era guardada e cuidada pelos dementadores, seres mágicos com aparência de fantasmas que com o beijo do dementador sugam almas, e ao chegar perto deles sugam sua felicidade, o que faz ninguém querer acabar em Askaban - Sirius Black, Alvo tinha sua irmãzinha dois anos mais nova que ele – que este ano frequentaria o terceiro ano, enquanto Alvo estava no quinto – Lílian Luna Potter, nome dado á sua avó Lílian Evans Potter, e a melhor amiga de sua mãe que teve um ataque cardíaco e morreu, Luna Lovegood , Luna teve apenas uma filha, Maggie Olive Lovegood,  ela vive no mesmo orfanato que Teddy, pois nem ela mesma sabe quem era o seu pai, mas antes disse morou um ano com seu avô, antes dele falecer também. Seu nome que era Alvo Severo Potter, também era uma homenagem, aos dois melhores diretores que Hogwarts já teve – segundo seu pai – Alvo Dumbledore e Severo Snape.

Cinco anos atrás eles tinham ido a Final da Copa Mundial de Quadribol, Brasil contra Bulgária, e agora, seu pai tinha conseguido outra vez ingressos para a Final da Copa, e de novo acabaram em Brasil contra a Bulgária! Mais uma vez sua família inteira ia torcer pelos búlgaros, quando ele, Alvo, ia ser o único a torcer pelo Brasil, porque tinha seu jogador favorito: Gonçalo Flores.

Mas seus breves devaneios foram interrompidos por uma fofa batida na porta, que Alvo já imaginava de quem era: Lílian. Ele se sentou na cama, arrumou um pouco o cabelo, e disse alto com num som de inconfundível cansaço:

- Entra.

Então a porta se abriu, com o rangido baixo de sempre, revelando sua sorridente irmãzinha de doze anos que ainda ia fazer treze, com seus cabelos ruivos muito lisos que chegavam até o final dos ombros, ela entrou no quarto usando um vestido rosa claro e sapatilhas pretas e brilhantes, fazendo a porta se fechar sozinha com um estalo atrás dela ela se sentou ao lado de Alvo na cama e ficou observando os olhos verdes do irmão com seus olhos castanhos, que parecia estar com um desejo incontrolável de arrumar o cabelo bagunçado de alvo, mas que ele nunca a dava o luxo de assim fazer, Lílian mordeu o lábio e fez uma cara de quem suplicava, mas ao ver que o irmão não mudou de expressão ela disse:

- Todo mundo está te esperando lá embaixo para o almoço, e adivinha: O Teddy veio almoçar com a gente hoje, e vai pra copa mundial com a gente também!

- Que legal! Mas avisa-os que eu não estou com fome...

- De novo? Anda Al! O papai falou pro Tiago que se ele caçoar de você de novo ele ia ser jogado da sacada sem a varinha!

Tiago continuou com a mesma expressão de sempre, sem responder, apesar de por dentro um pingo de felicidade se erguer, por imaginar o irmão mais velho caindo da sacada sem poder se defender... Claro que seu pai estava brincando, mas mesmo assim era uma imagem que Alvo adoraria ver. Então Lílian continuou, agora com tom de suplico:

- Por favooor Alvinho, irmãozinho querido, por favor! Faz tempo que eu não almoço com você, e que o Teddy não vem almoçar com a gente, desde que terminou com a nossa prima Victoire ele vive no orfanato, nunca sai de lá! – Ela olhou fundo nos olhos do irmão - Por favor! O cabelo do Teddy ta azul! Você não quer ver?

Alvo não estava nem um pouco interessado no tom do cabelo de Teddy, já que mudava toda ora, por ser um bruxo metamorfomago, e poder mudar de aparência a cada segundo. Mas ficou com dó da carinha de “por favoooooor” da irmã e resolveu ceder.

- Ta bem...

- Eba!

- Mais só dessa vez!

A irmã desceu correndo a escada, que a cada passo os degraus que flutuavam abaixava um pouco, o que era um pouco divertido, ao chegar à mesa do jantar Lílian saiu correndo para pegar seu lugar ao lado direito do irmão, e Alvo foi sem pressa ao lado esquerdo dele, sua mãe, ruiva de olhos castanhos, estava muito radiante – Feliz, por o ver se juntar a eles, coisa que não fazia muito – imaginou Alvo. Ao lado de sua mãe, de frente para ele, encontrava-se seu pai, com seus óculos fundo-de-garrafa e os cabelos castanhos escuros bagunçados – que era o que ele e seu irmão tinham do pai, - e os olhos verdes escuros - que ele também tinha do pai, embora Tiago tivesse os olhos castanhos da mãe – de sempre. E ao outro lado de sua mãe, á frente de Lily, estava sentado Teddy, cujo seu pai Harry era o padrinho, os cabelos e os olhos azuis.

Seus olhos encontraram os do pai:

- Rony, Hermione, Hugo e Rose também conseguiram ingressos para o jogo! – disse em tom alegre, mais rapidamente seu tom mudou para um tom mais de aviso – Seu amigo Malfoy vai também – ele olhou para o próprio prato, ao perceber que ganhara atenção de todos na mesa – com a família.

O tio Rony Weasley era o melhor amigo de seu pai e irmão de sua mãe, sua mulher Hermione Granger Weasley também fora melhor amiga de seu pai, e era tia de Alvo, o filho mais novo dos dois, Hugo, que tinha a idade de Lily e a mais velha, Rose, era a capitã do time de Quadribol da Grifinória na escola, e o que poucos sabiam era que seu melhor amigo Scorpion, gostava de Rose, e em seu terceiro ano em Hogwarts, deu a ela um botton mágico, que tinha uma rosa vermelha e uma azul, uma ao lado da outra, e ao apertar o distintivo às duas rosas de entrelaçavam como se estivessem se abraçando, quando deu isso a ela, por correio-coruja, quando já tinham voltado de Hogwarts, nas férias de verão, com um cartãozinho que dizia: “Duas rosas para um rosa! (Eu sei que é brega) Para a minha melhor amiga Rose.” O que tinha deixado o tio Rony louco de raiva, ele não gostava muito da amizade entre o filho do seu pior inimigo e sua filha mais velha.

- Ótimo! O mini-Malfoy e o grande-Malfoy vão estar lá! Agora Alvo vai poder aprender com eles tudo o que faltava para ele ser do mal! Olhem que beleza!

Todos olharam feio para Tiago, depois de dizer isso, mais ele não pareceu ligar para isso, o desconforto e a raiva que conseguira acabar de provocar no irmão mais novo já tinha o satisfeito o suficiente, e o que mais desapontou Alvo, era que o pai realmente blefara sobre jogar o irmão da sacada.

Mais os olhares foram interrompidos, no entanto, pelo som inconfundível da campainha, que pareciam mais sinos tocando, cujo Lily tinha escolhido, Gina se levantou da mesa e caminhou em direção á porta que ao abrir, revelou o rosto dos quatro Weasleys “principais”, Alvo tinha se esquecido que sua mãe convidara-os para almoçar junto a eles, então eles entraram, Rose correu e deu um abraço em Gina e depois em Harry, e por fim em Teddy, depois correu pra se sentar ao lado de Alvo, disse oi aos outros dois Potters que faltavam e se dirigiu a Alvo.

- Estou morrendo de raiva! Hoje foi o dia em que meu pai escolheu para falar mal dos Malfoy, e Hugo concordava com tudo! Dizendo que Scor era tão mal e tolo quanto o pai! Da pra acreditar? – Disse em sussurro e tom de indignação, depois se virou para o prato de comida que Gina acabara de colocar, se virou apenas para Gina para dizer uma “Obrigada titia” á ela, e se virou para o prato de novo - O que o Mané do meu irmão sabe sobre o Scor? Nada!

- E o que foi que você fez? – Perguntou Alvo, antes de encher a boca de frango.

- Tive que engolir! Acho melhor não ficar me irritando tão facilmente.

- Também acho... – Respondeu, olhando com raiva para Tiago que comia sua comida sem se preocupar.

Rose nunca foi muito diferente do resto da família em questão de aparência, exceto pelo seu cabelo que foi escurecendo conforme os anos, por exemplo, em seu primeiro ano em Hogwarts tinha os cabelos bem ruivo-alaranjados, mas enquanto foi crescendo eles foram escurecendo, até ficarem vermelhos, e agora estavam parecendo mais com um rosa muito escuro.

Como mais uma sexta-feira monótona, o almoço acabou, os adultos foram conversar no sofá, Teddy, Tiago e Hugo ficaram brincando de quem conseguia atirar pedras mais longe, Lilian foi contando os metros, e desenhando números com a varinha no gramado, Rose começou a ler um livro e Alvo sentou na grama e apenas observou a competição que Teddy ganhou. E após isso, Rose sugeriu uma partida de Quadribol, que ela, Hugo,Teddy e Tiago jogaram, usando o pomo de ouro que Dumbledore havia dado a Harry em seu testamento anos atrás, Lilian e Alvo os observaram jogar, e como Rose pegava muito fácil e rapidamente o pomo, os quatro jogaram muitas partidas, até ficar muito tarde e Teddy voltar ao orfanato e os Weasley voltaram para casa.

*****

No dia seguinte Alvo acordou com o som do despertador, que tinha a foto de um duende, que gritava: “Acorde seu tolo! Você vai se atrasar! Quero só ver quando eles forem sem você até a Copa Mundial de Quadri...”.

- Quadribol! – Exclamou o menino já se levantando da cama e correndo para se arrumar – Me esqueci completamente!

- É! Melhor se apressar seu idiota, - continuou a berrar o duende - aposto que seu irmão já fez as malas! Ele nunca se atrasa. Saudades da época em que eu era despertador dele... Ah bons tempos aqueles...

- Ah! Dá um tempo!

Quando finalmente já estava arrumado, e de mochila pronta desceu correndo a escada – O que foi uma má ideia, pois quase caiu com o pé do quarto degrau – se juntou a família e a Teddy, sentados no sofá, pareciam estar o esperando, Tiago abriu a boca, provavelmente para ofendê-lo de algo por ter o feito esperar, mas com o olhar da mãe se calou.

- Quem diria não? Segunda Copa Mundial de Quadribol que vamos juntos em família! E de novo Brasil contra Bulgária! Esses aí não descansam nunca! – Disse Lily, com ar animado.

Ao passarem pela porta se depararam com Victoire e seus pais, Fleur Delacour Weasley e Gui Weasley irmão mais velho de Rony e Gina, Fleur era metade Veela – criaturas mágicas lindas, de forma humana que encantam os homens com sua voz e aparência - a menina com seus cabelos louros claros quase platinados e seus olhos azuis escuros ofuscantes de sempre já não estavam assim, ela parecia mais triste, seus cabelos estavam mais lisos que o comum, e seus olhos pareciam tristes, o olhar dela encontrou o de Teddy, que logo o desviou, o que deixou a menina com um ar ainda mais triste.

- Vocês vêm também? – Perguntou Tiago, em tom de quem estava querendo dizer: “Por favor, digam que não!” mais Fleur apenas concordou com a cabeça, olhou de esgoela pra Teddy e viu a filha corar levemente, Gui e Fleur eram muito amigos de Teddy antes mesmo do namoro entre ele e sua filha, e o namoro só os tornou mais próximos, porém o termino havia deixado tudo muito estranho. E pela cara de aflição em Tiago, Alvo pode perceber que esse tipo de clima era a ultima coisa que ele queria no que era para ser uma viajem tão divertida. Ninguém sabe ao certo o porquê do termino, só sabem que causou muito impacto, não importa o motivo.

Rony ligou o carro trouxa para onde iam pegar carona até o campo onde tinha a chave de portal que os levariam até o acampamento, do mesmo jeito que da ultima copa, que – por certas mudanças e precauções anti-trouxas, acabou mudando, assim – ocorre a cada cinco anos.

O carro era bem espaçoso, tinha quatro bancos contando com os dois separados da frente, pois os Weasley eram a “carona” mais usada pelos familiares quando vão andar pelo mundo trouxa sem serem notados, já que o carro deles era um carro muito bonito, mas não era único, havia vários carros no mundo trouxa como aquele o que faz as pessoas em volta nem repararem na existência do nosso. No primeiro banco se sentaram Rony e Hermione, no segundo Lily, Hugo, Teddy e Tiago, no terceiro Rose, Alvo, e Victoire, e no quarto sentaram Gui e Fleur, que mesmo sobrando espaço nos outros bancos, quiseram se sentar sozinhos no ultimo, normalmente isso significava que tinham que falar sobre algo sério e a sós, porque mesmo estando no banco à frente ninguém conseguiam ouvir o que os passageiros do ultimo banco conversavam. Isso na realidade, não era um acaso, e sim um feitiço lançado para pessoas que precisavam muito de conversas particulares, sem nenhum xereta para atrapalhar, que foi ideia de Hermione. Se Alvo tinha uma certeza na vida, era que Gui e Fleur estavam falando sobre o estado de Vickie, que todos acharam estranho, ela, que sempre fora tão alegre, bonita e feliz, agora estava tão... Triste.

Rose estava com a cabeça encostada na janela, olhando para o nada, completamente perdida em seus mais profundos pensamentos, de vez em quando dava uma risadinha, e ai parava, ficava séria, e continuava a devanear. Para quebrar o silencio mortal no carro composto apenas dos pequenos sussurros inaudíveis do banco de trás, Alvo olhou para Rose, e lhe perguntou:

- Está pensando no que?

Com está frase Rose fez uma cara de susto e se virou para Alvo, com uma cara de completo desapontamento por ele ter atrapalhado seus devaneios, depois de seu cérebro captar a pergunta ela corou levemente, e voltou seus olhos á janela.

- Nada importante. – E está frase cortou a conversa.

Alvo olhou para o outro lado, Vickie estava virada para a janela com seu rosto fazendo que ia se virar para a frente mas rapidamente voltando á olhar a janela com ar de arrependimento, uma vez que a cara de Vickie virou demais Alvo pode perceber que a garota esteve chorando em silencio. Do banco da frente só dava de ver um pouco dos cabelos azuis de Teddy, e pensou que era isso que devia estar incomodando Victoire. Também percebeu que das pontas dos cabelos, antigamente meio enrolados de Vickie havia uma mecha azul. E Alvo já não sabia mais de que lado ficar naquilo que parecia ser apenas o início de uma pequena guerra, uma guerra muito melosa, da qual o garoto não queria participar.

O silencio continuou até o momento em que o carro entrou em um campo com grama verde, todos saíram do carro e Rony o enfeitiçou para ele ficar invisível, então todos se dirigiram á chave de portal: um velho pneu de carro jogado ali, juntos todos seguraram o pneu e disseram: um, dois... Três! E automaticamente estavam em outro campo, mas dessa vez com várias mini-barracas que por dentro eram bem maiores do que pareciam ser por fora. Montaram três barracas, uma azul, uma vermelha e uma roxa, na roxa ficaram os Delacour-Weasley, na azul os Granger-Weasley e na vermelha os – Por causa do Teddy- Weasley-Potter-Lupin.

Por dentro, a cabana vermelha tinha dois beliches e uma cama de casal, uma cozinha, sala, e por fora uma fogueira no meio das três barracas que formavam algo que parecia um triangulo. Alvo ficou com a cama de cima de um beliche, onde Lily dormia em baixo, e do outro lado havia outro beliche em que Tiago dormia em cima e Teddy na cama debaixo, depois de arrumar suas coisas – Atirar a mochila em cima da cama – Alvo foi em direção à saída da cabana, queria procurar Scorpion, para ver se isso o fazia se desligar um pouco de sua família.

Ao sair da barraca, se deparou com Rose sentada em um dos troncos em volta da fogueira olhando para ela, com uma expressão de puro tédio na cara, ao ver Alvo se aproximando a garota se levantou para falar com ele.

- Então... Quer procurar ele? Seu pai disse que ele veio também.

- Sim, só espero que o encontremos longe o suficiente da família, aposto que não iam gostar muito em nos ver. – Rosie concordou de leve com a cabeça.

Eles caminharam lentamente, procurando barracas de tons escuros, ou que tentavam ser superiores as outras, do jeito que os pais de Scor deviam gostar, e acabaram de frente a uma fileira de barracas de tons escuros com placas que diziam: “Fora sangues-ruins!” “Traidores de sangue não são tolerados” e “POTTER FEDE”. Rose quis recuar, afinal, ela era filha de uma nascida trouxa – que eles chamavam de sangue-ruim – e de um traidor de sangue – Nome dado às pessoas que gostam, ou não tem nada contra trouxas – o que, pelo visto, não era algo muito bem vindo ali, mas era tarde demais para ir embora, Alvo tinha avistado Scorpion com uma cara inconfundível de desprezo, olhando as barracas ao lado e a placa “POTTER FEDE” ao lado da própria barraca, por sorte, ele avistou Alvo e Rose antes que eles pudessem entrar ali, no que parecia ser uma parte das trevas do acampamento, e correu ao encontro dos amigos.

- Oi. – Disse ao chegar perto o suficiente dos dois, e ao olhar para trás e ver os olhares raivosos dos bruxos fora da barraca para os três, ele voltou à atenção aos amigos – Vamos embora?

- Claro! – Respondeu Rose, sem rodeios.

Os três andaram até a parte mais calma das barracas, se afastaram um pouco e resolveram sentar na grama e conversar apoiados em uma grande pedra.

- Eaí – Disse Scor – Quais são as novidades?

Rose e Alvo se olharam, e Rose respondeu:

- Nada que seja realmente considerada uma novidade, mais se você perguntar quais são os problemas... Ai já é outro caso!

- Sério? – Disse em um falso, porém muito convincente tom preocupado – Então quais são as tudo-menos-novidades?

- Fala você primeiro - Disse Rose, fitando Scor com o olhar - para ver quem ganha!

Ele pareceu levemente surpreso, mas então respondeu:

- O de sempre, brigando e brigando, e só voltando a se falar quando se unem contra mim. Esse boato idiota que as pessoas andam espalhando por ai, que minha mãe pegou um vira-tempo e... – Ele parou de falar por um instante – E eu sou filho de Voldemort! – Terminou, com raiva.

- Sinto muito por você. – Disse Rose, e colocou a mão no obro do amigo, e depois tirou.

Os dois ficaram se olhando por um tempo, até Alvo achar necessário interromper:

- Acho que é nossa vez, certo? – E os outros dois se viraram instantaneamente para Alvo.

- Bem... Por onde começar? Ah! Já sei! O termino de Vickie e Teddy.

- Que? E porque isso é um problema? Vai fazer quantos meses? – Questionou Scor.

- Uns nove – Comentou Rose – mas isso é só o começo, eu sinto que Vickie está ficando mais fraca, não está mais radiante como sempre é, e quando ela anda na rua, quase nenhum cara olha pra ela! E olha que ela é mais Veela do que humana!

- O que quer dizer? – Perguntou Scor, com ar de verdadeira curiosidade.

- Lembra o que nossos pais disseram que aconteceu com os pais do Teddy antes dele nascer? - Perguntou Rose a Alvo, que nem chegou a responder, pois ela já tornou a falar, olhando para Scorpion – Tonks, a mãe dele, também era uma metamorfomaga, e ela não estava mais conseguindo se transformar direito! Estava ficando fraca, e o Patrono dela estava virando um lobo! Porque era o patrono do pai do Teddy, o Remo Lupin!

- O patrono do Teddy também é um lobo! – Disse Alvo.

- Eu sei, eu sei mais não vem ao caso. – Disse Rose – O importante é que Tonks só tinha ficado daquele jeito por que Remo a abandonou, porque achava que era perigoso demais pra ela, já que era um lobisomem! – Olhou para Alvo, como se suplicasse que ele a ajudasse a explicar, mais ele ficou quieto, encarando-a – Grandes impactos, problemas amorosos e fim de amizades podem fazer um bruxo ou uma bruxa ficarem fracos! É isso que aconteceu com Tonks e é isso que está começando a acontecer com Victoire!

- Nossa... Espero que isso nunca aconteça comigo. – Disse Scor, olhando para Rosa, mas pelo olhar, parecendo ver algo nela que Alvo não conseguia ver – Deve ser muito ruim, coitada da sua prima.

- Pois é. – Respondeu Rosie, retribuindo o olhar, mas sem parecer ligar muito para o que estava falando.

E de repente Alvo se sentiu excluído. E sentiu também que não ia ser a primeira vez que isso iria lhe acontecer. Ao se virar procurando algo para puxar assunto Alvo avistou seu tio Rony, com uma cara inconfundível de raiva, suas orelhas estavam deveras vermelhas, e ela parecia estar bufando de longe, ao chegar perto, todos olharam diretamente para Rony, que com o mais falso dos sorrisos disse:

- Olá crianças, tudo bem? – O tom de voz parecia ligeiramente ensaiado – Vamos acender a lareira e assar uns... Uns marchi-melons, algo assim...

- Marchmallows. – Corrigiu Rose.

- Isso. – Disse, com profundo desagrado – Enfim, sua mãe me mandou perguntar ao pequeno Scorpion se ele não gostaria de se juntar á nós! – Rony pareceu fazer uma falsa cara de sorriso, que em vez de dizer “Venha, por favor,” parecia mais dizer “Se vier eu quebro a sua cara seu moleque!”.

- Ah não sei... – Respondeu Scor, arrumando o topete loiro que já estava arrumado, procurando algo para fazer, mas sem ousar encontrar os olhos castanhos de Rony com seus olhos escuros.

- Ah, vamos! Por favor! – Pediu rosa se aproximando mais de Scorpion, o que deixou o loiro corado e Rony com as orelhas muito mais vermelhas que antes, se é que é possível – Vai ser muito mais legal com você lá.

- É! – Comentou Alvo, tentando apoiar o amigo, mas querendo que ele dissesse que não, pois sabia exatamente o constrangimento que os três iam passar com isso – Vai ser legal se você for...

- Acho melhor não, - respondeu Scor, procurando fugir dos olhares aflitos e meio raivosos de Alvo e Rony e procurando abrigo no olhar de Rose, que com certeza o acolheu, sorrindo para o amigo – meu pai não ia gostar, ia me encher o saco o ano todo, e acho que o senhor deve saber muito bem – disse, pela primeira vez encarando Rony – o quanto ele é bom nisso.

Rony corou levemente, ele ouvira direito? O mini-Malfoy tinha acabado de caçoar do próprio pai? Caramba...

E para a apelação se mostrar por inteiro, Rose deu um abraço em Scorpion, olhando para o pai, procurando sinais de aprovação, mais não recebeu nenhum. Mas sim, um sorriso que Alvo nunca vira o tio fazer, um sorriso maligno.

- Ah, que pena – Disse em um tom notável de sarcasmo, sorrindo verdadeiramente dessa vez – você vai fazer muuuita falta, mas tenho que levar seus amigos para as mães agora, você sabe o caminho até a barraca dos seus pais, certo?

- Eu... – Começou Scor.

- Ah que bom! – Cortou Rony – Bem então vamos gente. – E ao terminar, virou-se de costas e começou a andar.

Alvo e Rose se entreolharam, e levantaram devagar, Scorpion foi o ultimo a levantar, e com um aceno na cabeça, caminhou lentamente até onde ficavam sua barraca, e Rose e Alvo fizeram o mesmo.


Notas Finais


Obrigado por ler!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...