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História The Rose and The Scorpion - Defeitos e Enganos


Escrita por: SoMaisUmaEu1

Capítulo 6 - Defeitos e Enganos


 – CAPÍTULO SEIS –

Defeitos e Enganos

Ao chegar a sua sala comunal, todos estavam conversando sobre algo que Alvo não conseguia saber o que era, estavam em um circulo falando em tom de cochicho, tinha gente que não fazia parte da roda, essas pessoas ou estavam lendo ou estavam conversando entre si, sobre assuntos totalmente diferentes dos assuntos falados no circulo, Alvo conseguiu avistar Scorpius apoiado na parede de braços cruzados, olhando atentamente ao pessoal conversando na circulo.

Alvo resolveu andar devargazinho até a escada que levava aos dormitórios, levou seu pé lentamente á frente para poder dar o próximo passo, mas infelizmente o piso fez um rangido. Depois disso, instantaneamente todos os rostos de seus colegas da Sonserina se viraram pra ele, e agora o encaravam, uns com expressões de dúvida, outros com expressões de medo, e alguns com expressões de alegria. Nisso, Alvo resolveu virar seu rosto para a escada e fingir que nenhumas daquelas pessoas o encaravam atentamente.

Depois de ter certeza que mais ninguém o olhava, ele correu ao seu dormitório, que estava completamente vazio. Ele se sentou em sua cama e começou a encarar suas mãos, ele ainda não podia acreditar que o Profeta estava fazendo aquilo só por dinheiro, como é que se tenta estragar a vida de um garoto de quinze anos apenas por dinheiro? Alvo pensou melhor: Muita gente, bruxos e trouxas, estragariam a vida de qualquer garoto de quinze anos por dinheiro. Muitos. Muitos mesmo.

Alvo deitou em sua cama e quando ia fechar a cortina que havia nela, alguém bateu na porta, Alvo se levantou e a primeira pessoa que lhe veio à cabeça foi Scorpius, mas, porque o amigo bateria na porta? É o dormitório dele também, afinal. Alvo se levantou devagar e foi em direção á porta, e a abriu, onde parada em frente a ela estava: Emma Nott.

A garota estava parada em frente à porta com uma expressão incrivelmente séria no rosto, ela odiava Alvo e todos os outros Potter também.  Por culpa da prisão de seu pai Theodore Nott em Askaban, preso por posse ilegal de um Vira-Tempo muito avançado, e dizia que Harry havia ajudado a achar o Time-Turner de Nott, e que também havia incentivado a não perdoarem seu crime no julgamento, e tudo porque seus pais estavam duelando o mesmo cargo na época. Morava com seus padrinhos, ninguém sabia quem era sua mãe. Em questões de aparência, ela era bem parecida com o pai, cabelos castanhos, olhos escuros e era alta.

- O que você quer? – Alvo não estava com paciência para aturar naquela hora os insultos naturais de Emma.

- Os seus colegas querem falar com você, – Disse, secamente, parecia estar sendo obrigada a estar ali, provavelmente havia perdido na brincadeira pedra, papel ou tesoura quem ia encher o saco de Alvo naquele dia – deve ser importante, acho que devia descer.

- E porque você veio me chamar?

- Porque Scorpius não quis. – Ela com certeza ela estava lutando consigo mesma naquele momento para conseguir tentar ser gentil com Alvo, ele poderia tentar ser gentil também, mas... Pra quê?

- Porque será que ele não quis? – Disse sarcasticamente – Talvez porque diferente da maioria de vocês, ele saiba que nem precisa me interrogar pra saber que é uma tremenda idiotice acreditar nas babaquices que um jornal diz.

- Escuta aqui: Eu sei que não é você! Você é idiota demais, burro demais e fraco demais pra isso. Eles apenas me pediram pra te chamar, e você nem sabe do que se trata!

- Ah, eu sei sim, e eu não sei se estão te pagando pra vir me convencer, mas se for isso, pode dar o dinheiro de volta, porque hoje não é o meu dia.

- Mas alguma hora vai ter que sair daí! Não acha que é melhor você vir, pelo menos pra esclarecer a mente das outras pessoas da sua casa? Porque quanto mais você fugir, mais vão pensar que é verdade. – Alvo não respondeu.

Eles ficaram se encarando, pareciam brigar para quem fazia a cara de ódio mais assustadora – Emma deveria estar ganhando – então ela desistiu e caminhou em caminha ás escadas.

- Nott. – Chamou Alvo, Emma se virou – Acho que uma hora outra eu ia ter que passar por isso mesmo. – A garota não pareceu feliz com a decisão de Alvo, mas sim satisfeita de ter ganhado no final.

- Decisão inteligente Potter.  – depois se virou para frente e continuou andando – Aproveite, talvez seja a ultima que você faz na vida.

- Tava demorando... – E, fechando a porta atrás dele, desceu as escadas atrás de Emma.

Chegando lá, todos os alunos da Sonserina estavam parados olhando sério para ele, com clara dúvida nos rostos. Alvo percebeu que Emma falara a verdade quando disse que não acreditava que Alvo queria ser o próximo “Senhor das Trevas” quando disse bem alto:

- Olhem só quem eu trouxe pra festinha de vocês! – Disse, em tom bem sarcástico – Um Potter, o próximo Senhor das Trevas, o homem que devemos venerar pessoal! Palmas para ele! – Ela começou a bater palminhas sarcásticas, com sorrisos muito falsos na cara, depois se dirigiu a Oswald, que estava sentado em uma poltrona, encarando Alvo com muito mais ódio nos olhos que os outros alunos, Emma ajoelhou-se na poltrona dele, e disse, em som de cochicho mais ainda falando muito alto – Quero minhas cervejas amanteigadas pra amanhã, ta bom, amor? Não atuei tão bem a toa.

Oswald não pareceu achar graça da piada de Emma, muito pelo contrário, ele se levantou tão rápido da poltrona, que quase derrubou Emma no chão, de propósito. A garota apenas cambaleou para trás, encarou Oswald com uma cara triste, e se sentou na poltrona em que ele tinha se sentado, olhando séria e calada para Alvo, que estava em pé, tentando evitar os olhares raivosos dos outros colegas.

- Alvo, Alvo, Alvo... – começou Oswald, se aproximando lentamente de Alvo – Sabe, o Profeta Diário disse umas coisas engraçadas sobre vo...

- Ah, eu sei. – Interrompeu Alvo, impaciente. – Sei que é um monte de baboseira.

- É feio interromper as pessoas quando elas estão falando, sabia? – Disse Emma, tentando defender Oswald a todo custo – Ou os Potter, nunca te ensinaram o que é ter educação? – Muitos outros alunos riram.

- Ah, eles me ensinaram a ter educação sim, - Respondeu Alvo – Mas nunca me ensinaram a ter que aturar pessoas chatas e incrivelmente arrogantes.

- Ah! Então ainda bem que o seu avôzinho morreu cedo, - Disse Emma, se levantando da poltrona – porque segundo o que meus padrinhos me contaram, ele era o cara mais arrogan...

- Cale-se Emma! – Mandou Oswald – Não se intrometa na conversa dos outros. – Emma pigarreou, mas apenas assentiu olhando o chão e se sentou outra vez em sua poltrona.

- É assim que você trata a sua namorada? – Perguntou Alvo. Ele sabia que qualquer outra garota da Sonserina, se namorasse Oswald não o deixaria a tratar assim, mas Emma era muito facilmente manipulada por Oswald desde que se conheceram. Muitas pessoas já tentaram convencer ela de que aquele relacionamento não a fazia bem, mas ela não escutava, nunca escutou. O estranho era que ela nunca se deixou manipular por ninguém, apenas por Oswald.

- Ela não precisa que ninguém, muito menos você, venha defender ela. – Respondeu Oswald, Filomena, uma das amigas de Emma, cochichou baixinho para outra garota: “Como se ele soubesse o que ela precisa.”, mas ignorando isso, Oswald pegou uma folha de jornal que estava em cima de mesa, a olhou, depois se dirigiu a Alvo – Mas voltando ao assunto principal...

- Não existe assunto principal, já disse que não tenho nada a ver com essa bosta, e se querem saber, já cansei de repetir, agora se me dão licença... – E se virou, á caminho da escada que levava aos dormitórios, e á subiu em direção ao seu quarto, da onde nunca devia ter saído.

Resolveu deixar aqueles idiotas pensarem o que quiserem dele, ia esperar até a próxima aula começar e até aquele momento não iria sair de seu quarto, e prometeu a si mesmo não ligar para nada que todos achavam ou não dele.

*****

As últimas aulas foram as piores aulas que Alvo já teve na vida, o resto daquela semana inteira foi horrível, os piores dias de todos: Todos estavam ignorando ele, olhando feio pra ele quando passava nos corredores, e cochichando sobre ele achando que ele não percebe; Seus colegas da Sonserina estavam agindo estranho com ele, armando planos para pega-lo de surpresa e conseguir interroga-lo, Oswald e Emma com certeza eram os piores; Os professores estavam sendo secos com ele; Sempre que ele ia a Hogsmeade as pessoas olhavam feio pra ele e muitos vendedores não queriam atendê-lo; Não conseguiu falar com Maggie nem com seus irmãos para se explicar, pois estava atolado de deveres; O baile estava cada vez mais próximo e ele não tinha um par.

Naquela Quinta-Feira Alvo estava sentado em sua cama com muitos e muitos livros em sua volta, com um grande pedaço de pergaminho, tinha que escrever no mínimo um metro de comprimento, mas não estava conseguindo se concentrar direito, sua cabeça estava a mil nas últimas semanas. Os comentários de que ele seria o “Novo Lord Das Trevas” haviam abaixado, pois de vez em quando apareciam pessoas dizendo o quanto era impossível que Alvo quisesse ser isso, e o quanto esse tipo de pensamento era loucura, mas o Profeta estava fazendo de tudo para acabar com Alvo.

Alvo ouviu o habituam ranger da porta ao se abrir, Scorpius acabara de entrar e se sentara em sua própria cama, tirou alguns livros da mochila e começou a estuda-los, já que parecia não ter nada pra fazer, por já ter terminado todos os seus deveres. Scorpius e Alvo mal se falavam mais, Rose também mal olhava para os dois, ela até tolerava Alvo, em alguns raros casos chegava a ser gentil com ele, mais parecia estar com verdadeira raiva de Scor, pois ele era um assunto do qual Rose não queria tratar de jeito algum.

- E aí, já convidou alguém para o baile? – Perguntou Scor, mais ele obviamente já sabia que resposto viria a seguir.

- Que garota iria querer sair com o próximo Lord das Trevas? – Disse, com sarcasmo.

- Se esse Lord das Trevas for um Potter, acho que muitas garotas iriam querer sair com ele.

- Até parece.

- Cara, o seu sobrenome é um dos sobrenomes mais disputados do mundo bruxo! Se você falar que é um Potter em algum lugar público como, por exemplo, o Beco Diagonal, todos em volta irão olhar pra você. Duvido muito que muitas garotas não gostem de você, assim como várias garotas gostam do Tiago e como vários meninos devem gostar da Lílian.

- Um sobrenome não muda tanta coisa na vida de alguém assim.

- Você quem pensa, mais se você não fosse um Potter, sua vida teria tomado um rumo totalmente diferente.

- Talvez tivesse tomado um rumo bom.

- Não fale assim! Milhares de pessoas gostariam de estar na sua pele agora!

- Que troquem de corpo comigo então.

E Alvo continuou escrevendo no pergaminho, irritado com todo o resto do mundo pensava sobre os sobrenomes, que eles diziam quem você era, que o que a sua família é tomaria total influencia em quem você é. Porque se os seus pais foram assassinos, você também deve matar pessoas. Se seus pais foram inteligentes, você não pode ser burro, Se o seu pai foi um dos maiores bruxos de todos os tempos, conhecido como: “O menino que sobreviveu”, “O Eleito”, “O Homem que matou Voldemort”, “O Novo Senhor da Morte”, “O famoso Harry Potter”, significa que você tinha que dar o seu melhor para se parecer o mais possível com ele.

Mas isso estava errado. Se o seu pai foi uma coisa, você pode sim ser algo totalmente diferente! Você não precisa ser apenas mais uma cópia barata no meio de muitas, você pode ser diferente, pode tentar ser original! E Alvo não queria ser como Tiago e Lílian, ele não queria se espelhar em seus pais, queria ser diferente. Não queria ser mais uma cópia barata de Harry Potter, queria ser o único e original Alvo Severo Potter. Era tudo o que ele mais queria: Parar de ser conhecido por todos como “O filho de Harry Potter” queria fazer algo grandioso para que todos soubessem quem ele é, por ele mesmo, mas não sabia como fazer isso.



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