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História The Rotten Joke - Circus of Horrors


Escrita por: sralgersea

Notas do Autor


Estamos quase chegando aos 100 favoritos, muito obrigada. Eu gostaria que os 100 viessem com este capítulo mas acho difícil.

Capítulo 11 - Circus of Horrors


O cinzento e sombrio asilo de mentes insanas, que a essa hora da noite ficava ainda mais assustador, com um assassino a solta matando tudo o que via pela frente, o chão estava pintado pelo vermelho que saia dos inúmeros corpos caidos ao chão, uma cena digna dos piores filmes de terror de Hollywood, mas a diferença era que não era um filme, era real. Os barulhos altos e constantes de tiro e gritos de piedade e socorro eram ouvidos perfeitamente em cada canto do enorme Arkham, com certeza o ser que estava causando toda aquela dor e angústia não estava trabalhando sozinho. Não era possível.

A jovem Dra. Harleen Quinzel andava pelo seu local de trabalho levando consigo um pedaço de madeira, ela estava em uma região do local da qual aparentava estar vazio, com exceção dos corpos sem vida espalhados por cada centímetro do piso, ela pisava com os sapatos de salto no líquido vermelho e pegajoso com um forte cheiro metálico que cobria o chão como se fosse o mais belo tapete caro importado da Europa. Harleen, porém, não estava aterrorizada, não estava com nojo e nem amedrontada, por algum motivo uma coragem enorme tomava conta de seu belo corpo, ela não tinha certeza se aquilo era obra de seu insano paciente, mas acreditava que sim, aquilo era a cara dele, as frases de humor negro e os desenhos feitos por sangue nas paredes deixavam em evidência algumas das características do palhaços percebidas por ela durante as consultas psiquiátricas.

" Seu pudinzinho vai te tirar dessa. Não se esconda, vai ficar tudo bem, você pertence a ele agora" 

A voz aguda que estava ficando cada vez mais frequente berrava em sua mente perturbada, mas ela não podia deixar que a encontrassem, seus homens não sabiam que ela pertencia a ele, ou sabiam? Era melhor não arriscar, não estava disposta a perder a vida, não agora, nesse momento em que finalmente havia encontrado algo pelo qual queria lutar, mesmo que esse algo seja um criminoso lunático e impiedoso. Harleen se desencosta da parede rabiscada com sangue quando a dor para, ela continuou seguindo o longo e complicado caminho para sair daquele circo de horrores, atenta a qualquer barulho, com o pedaço de madeira posicionado, pronta para atacar qualquer um que se aproximar.


    A luz começa a acender e a apagar diversas vezes, a loira sente um breve frio na barriga quando as luzes se apagam definitivamente, deixando o corredor escuro, ela finalmente estava sentido o medo, parando de andar, em completo silêncio esperando ouvir algo que comprovasse a presença de outro alguém. Quando as luzes se acendem novamente, um corpo masculino vestindo um traje social escuro e uma máscara assustadora do Smiley aparece no lugar onde antes estava vazio, ele segurava um enorme facão e caminhava lentamente em direção a doutora, ela dá dois passos para trás, se preparando para correr mas tromba com dois homens mascarados, que a seguram enquanto a mesma se debatia e gritava, ela encara o seu provável assassino vindo em sua direção com os olhos arregalados e cheios de lágrimas, ele para ao ouvir passos se aproximando atrás de si, um homem também usando terno mas sem máscara o manda parar, o outro obedece e fica parado olhando a jovem enquanto o sem máscara caminha até ela, ele para em sua frente e lê o  crachá preso no jaleco da doutora.

- Dra. Harleen Quinzel - ele diz para si mesmo e então se vira para os outros homens - Vamos leva-la para a sala de choques, e o chefe a quer inteira.

       Sala de choques? Isso não é nada bom. Ela foi segurada brutamente pelos capangas enquanto eles a levavam a sala de choques, ela não conseguia nem se mexer por causa da força pela qual era segurada, eles passavam por partes no asilo em que era possível se ver de perto as cenas do massacre que estava acontecendo, Harleen ficou admirada com aquilo tudo, com todo o prazer que o palhaço e seus capangas tinham em fazer o mal, como alguém podia ser tão frio?

  - O que vocês vão fazer comigo? Me soltem! - ela dizia enquanto tentava mexer seus membros presos nos braços fortes.

       - Doutora, o chefe deu ordens para que não machuca-la mas se não calar essa maldita boca eu vou ser obrigado a desreispeita-lo - o único que estava sem máscara disse sem ao menos se dar o trabalho de olhar na cara da psiquiatra, ao invés disso ele continuou andando até uma porta, a abriu e adentrou a sala com os outros capangas e a doutora.

   Harleen se dabatia querendo desesperadamente sair quando foi colocada em uma maca, suas mãos e pernas foram presas a deixando imóvel no colchão duro, aquilo se parecia muito com um sonho que tivera certa vez, a diferença é que ela conhecia muito bem o lugar em que estava presa, era a sala de choques, um lugar em que ela já estivera várias vezes, não por vontade própria, mas quando ela começou a trabalhar no asilo era apenas uma assistente de um doutor maléfico que adorava torturar seus pacientes.

       Vendo que não podia fazer nada, a doutora decide parar de lutar e apenas espera pelo que virá. No chão da sala está o corpo do Dr. Willians, seu paciente esquizofrênico foi deixado vivo e apreciava a cena preso em uma cadeira, ao fundo da sala havia uma parede de vidro junto a uma porta em que dava acesso a um corredor, era possível ver um ser de cabelos verdes espancando uma pobre alme azarada, o peito agora nu estava sujo de sangue, mostrando que não havia deixado o trabalho sujo para seus capangas, o que não era surpresa, afinal ele adorava o trabalho sujo.

      Quando finalmente ele vê o corpo da vítima destruído e quase irreconhecível, decide larga-lo em qualquer canto, ele limpa as mãos em uma toalha que um de seus capangas lhe entrega. Aproveitando que seu chefe havia terminado a brincadeira, Jonny Frost abre a porta e avisa a Joker que seu brinquedo novo estava a espera, um sorriso diabólico aparece no rosto pálido do palhaço, o que faz Jonny estremecer mesmo já estando trabalhando a anos com o rei do crime.

     Coringa abre a porta com um chute, seguido por seu braço direito, ele vê sua doutora presa na maca e não consegue segurar a risada escândalosa que sai de sua garganta, vai caminhando até a sua direção enquanto abre os braços e os balança como se fosse anunciar uma incrível atração de um circo.

      - O que temos aqui? - ele chega em frente a maca, pega na luminária embutida na pequena mesa cirúrgica ao lado da estrutura em que Harleen está presa e a coloca extremamente próxima ao rosto da doutora, podendo assim ver perfeitamente todos os detalhes de seu rosto suado e assustado, a outra, porém, não consiguia enxergar direito por conta da extrema claridade vinda da lâmpada, mas ela reconhece a voz rouca e teatral, e consegue ver, mesmo que embaçado, os cabelos verdes do palhaço.

     - Mr. J? Por favor, me ajude a sair daqui - ela pede esperançosa de que seu pudinzinho vai mesmo lhe ajudar, mas ao contrário das expectativas da loira, tudo o que seu amado faz é rir.

       - Ajudar você? Me diga doutora, por que eu faria isso? Huh? - ela franziu o cenho confusa com a pergunta do palhaço.

- Por que não? Eu te ajudei, eu te ouvi, eu te apoiei, eu me arrisquei por você, eu roubei por você, eu te amei. Quer motivo maior do que isso? 

- Você me ajudou? Ah sim, a metralhadora, obrigado por isso, quer que eu faça o que? Me ajoelhe e te peça em casamento?

- Você disse que iriamos ficar juntos, que iria me levar contigo. Todos os momentos que passamos juntos não valeu nada para você? - ela pergunta impedindo as lágrimas de escorrerem em desespero de seus olhos.

- Acho que você ainda não percebeu, Harley mas eu costumo mentir. E quanto aos nossos momentos - ele revira os olhos e joga a cabeça para trás, debochando das palavras de Harleen - não sou um homem sentimental,  mas eles foram prazerosos.

- Muito bem - ela diz e engole o choro - O que você vai fazer? Vai me matar Sr. Coringa? 

- O que? - ele pergunta pegando as duas baquetas do aparelho de eletrochoque e as segurando fortemente - Não, eu não vou te matar, eu só vou te machucar e vai doer demais.

- Você acha? - ela pergunta juntando sua coragem - Pois eu aguento - Joker pega uma tipo de cinto de couro e o estica, se aproximando de Harleen

- Eu odiaria quebrar esses dentes perfeitos de porcelana, você não quer ficar igual a mim, quer? - ele coloca o cinto na boca da doutora e pega as baquetas novamente - Foi bom te conhecer, Doc.

Jonny Frost liga o aparelho e Coringa leva as baquetas até as têmporas de Harleen, ele as preciona com força enquanto vê o rosto dela se contorcendo, caindo em um abismo de luzes neon, parecia que sua alma havia saído de seu corpo e estava agora em um confuso sonho colorido, nele havia a imagem da grande metrópole de Gotham, as noites agitadas e perigosas, era possível ver também uma garota loira praticando ginástica artística na escola, com os fios longos presos em um firme rabo de cavalo, ela parecia concentrada e focada em seu collant vermelho, Harleen estica a mão para toca-la mas nesse momento um buraco se abre no chão e ela cai novamente enquanto vê as cores rosa, roxo, verde e azul brilhando no fundo preto, ela vai parar então em uma universidade, onde vê a mesma garota, agora um pouco mais velha, com os cabelos soltos, a saia curta e a blusa decotada ela entra sozinha na sala de seu professor, fechando a porta logo em seguida, antes que Harleen possa empedir que a garota faça aquilo ela cai novamente, agora em um lugar completamente diferente, não era um momento de seu passado, era um possível futuro. O lugar era um belo e grande teatro, que estava completamente vazio com exceção de Quinzel, ela olhava para todos os cantos do teatro procurando por alguma pista do que se passava, até que uma voz desconhecida anuncia.

- Respeitável público, tenho o prazer de anunciar o espetáculo do maior artista do século, o Coringa - ao terminar a frase, Joker surge no palco usando um belo terno preto com uma flor roxa presa.

- Obrigado, bem eu poderia contar uma piada mas as minhas piadas sempre acabam em morte ou explosão, e hoje o meu objetivo aqui é outro, algo que eu não costumo e nem gosto de fazer. Joker como vocês conhecem, é uma carta de baralho, descartável em alguns jogos mas importante e decisivo em outros, uma carta que não pode ser jogada de qualquer jeito e que nem toda pessoa consegue doma-la direito, uma peça cativante, misteriosa e irritante. Tão irritante e incompreensível que precisa ser desprezado e estudado por psiquiatras, sempre levando coices de pessoas que não entendem a maldita piada - ele diz se alterando ao final da frase - E você doutora, você é a piada, deve escolher um lado para seguir - ele diz apontando para ela que se surpreende, não sabia que ele podia vê-la

- Escolher um lado? Eu roubei uma metralhadora por você, quem precisa escolher um lado é você Mr. J.

- Oh querida, é preciso fazer muito mais do que roubar uma metralhadora para ficar comigo, você precisa mostrar o seu valor, mostrar o quanto você pode fazer, o que seria capaz de fazer por mim. Não podemos ficar juntos com você sendo Harleen Quinzel, feche os olhos e pense em que você quer ser. - ele diz e Harleen fecha os olhos, quando os abre ele não estava mais lá, ela não estava mais no teatro, estava em uma cama de hospital. Aquilo tudo havia sido uma alucinação, ele realmente tinha dado choques nela, ele realmente havia a deixado para trás.

- Não! Ele não pode estar me deixando, eu não posso ser tão descartável para ele. Eu preciso encontra-lo - ela diz para si mesma.

"Você precisa ir atrás dele, precisa mostrar seu potencial. Esqueça o sistema e o politicamente correto, tudo o que importa é ele, esqueça as leis da sociedade, siga as leis dele. Faça dele uma parte sua da qual você não pode viver sem, faça dele o seu Deus, o seu chefe

A  voz grita na mente esquizofrênica de Harleen, alto, tão alto que ela precisa colocar as mãos na cabeça para conter a dor, quando a dor se vai ela balança a cabeça positivamente, concordando com tudo que a voz lhe diz. Harleen Quinzel, uma consagrada psiquiatra do maior asilo de Gotham estava se deixando levar por um paciente, ela estava enlouquecendo. O diálogo confuso e estranho da alucinação da doutora mertelava em sua mente, ela não conseguia pensar na sua vida sem o Coringa agora, depois que o conheceu ele virou o centro de seu universo preto e vermelho, ela precisava encontra-lo, não iria deixar ele escapar, ele era uma nova obsessão, um amor que ela não podia esquecer nem substituir.


 (...) 


Gotham's Paradise, um rico e chique restaurante localizado no terraço de um dos maiores edifícios de Gotham, o prefirido de muitos magnatas da cidade, incluindo Bruce Wayne que estava presente no restaurante esta noite. O lugar exalava poder e riqueza com toda sua decoração e atendimento sofisticado, de lá era possível ver toda a cidade, o cardápio com as melhores comidas da América, não é atoa que vivia tão cheio com os mais elegantes clientes, haviam enormes televisões espalhadas pelo local, todas no principal canal de Gotham que estava passando um filme muito prestigiado, porém esta noite estava com o volume abaixado, deixando apenas legendas para quem estivesse interessado, a atração da noite era Donna Emma, uma belíssima cantora, sua voz docê e angelical casavam perfeitamente com sua aparência, seus longos e belos cabelos ruivos, sua pele branca e seus lindos olhos verdes, o vestido vermelho havia ficado maravilhoso em seu corpo, todos presentes estavam encantados com tamanho talento e beleza, todos deixavam a voz suave invadir seu corpo enquanto comiam, isso até que o gerente do local se aproxima e a pede para parar por um segundo, nas televisões ao invés do filme romântico, John Piper, o famoso jornalista que apresentava o jornal de Gotham apareceu na tela com a feição séria e preocupada, todos sabiam que quando algo era interrompido e John aparecia com essa expressão, alguma coisa ruim havia acontecido, por isso os garçons aumentaram o volume de todas as televisões enquanto, os clientes permaneciam em silêncio aguardando o anúncio do jornalista.


"Boa noite, interrompemos nossa programação para anunciar que The Joker, o maior criminoso de Gotham acaba de fugir de Arkham, repito, The Joker acaba de fugir de Arkham, a estimativa é que ele e sua gangue tenham matado 90% dos funcionários, incluindo seguranças, psiquiatras, enfermeiros e faxineiros"

Bruce Wayne observava e escutava atentamente cada palavra do John, sentindo a raiva crescer dentro de si. Os cidadãos presentes no local se encontram assustados e desesperados.

"A frase 'Bem vindos a casa de férias do Coringa' foi escrita com sangue na entrada do asilo, deixando claro que..." 

A imagem de John desaparece, a tela fica cinza por breves segundos e quando volta não é mais John que aparece, o homem pálido, com os cabelos verdes penteados para trás, usando um terno roxo abre seu tão conhecido sorriso metálico e continua a fala do jornalista que agora se encontrava caído em cima de mesa em que dava suas notícias, o sangue escorria de seu pescoço, Coringa o empurra e senta em seu lugar.

"Obrigado pelas palavras John, mas agora eu tenho um comunicado para os cidadãos de Gotham City. Eu voltei, e dessa vez não vou me ausentar tão cedo, não até transformar essa cidade no meu circo de horrores, eu sugiro que não tentem fugir e morceguinho, se você estiver vendo isso vai ter que ser mais rápido dessa vez" 

O filme romântico volta e em instantes ouve-se um alto som de explosão, todos olham direção a parte do restaurante em que era possível ver Gotham, eles enxergam o laranja misturado com cinza aparecendo no céu, a maioria não consegue reconhecer o lugar por conta da distância e do escuro da noite, mas Bruce Wayne reconhece, era um shopping,  não o maior e mais frequentado da cidade mas com certeza haviam muitas pessoas nele a essa hora pois era o único que ficava aberto depois das 23:00, Bruce sai do lado de sua acompanhante que estava entretida, com o Coringo solto não podia se dar ao luxo de ficar só olhando as coisas, precisava agir, não podia deixar ele transformar Gotham em seu circo de terror. 

 




 


Notas Finais


Feliz Natal!

Até a próximo.

Moana e Brooke


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