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História The Rotten Joke - Madness my Old Friend


Escrita por: sralgersea

Notas do Autor


Desculpe pela demora, tive que reescrever o capítulo porque acabei excluindo sem querer.

Capítulo 5 - Madness my Old Friend


No momento Harleen estava em sua última consulta do dia, com Ginger Clark, sua paciente considerável de nível mais "fácil". Ginger era uma mulher de cerca de 27 anos, cabelos castanhos e belos olhos verdes, uma garota bonita, é uma pena que seu passado horrível tenha acabado com cada qualidade presente naquele jovem corpo. Para Harleen, existem três tipos de sobreviventes da extrema maldade, aqueles que simplesmente tentam esquecer, fingindo ter uma vida normal e feliz quando na verdade, seu passado obscuro sempre bate na porta de seus sonhos, os aterrorizando e os fazendo relembrar da dor, há também aqueles que dão a volta por cima, absorvendo toda a maldade, fazendo a se tornar parte de si e assim, se tornando terrivelmente piores, mais sádicos e mais perigosos. Por fim, os conhecidos como "fracos", que deixam a maldade acabar com cada parte de seu ser, ficando vazios e insignificantes. Ginger era um exemplo claro da terceira opção, vítima de estupros e espancamentos durante a maior parte de sua vida, tratada como objeto por sua própria família, usada por seus tios, irmãos e por seu pai. Todo esse abuso e sofrimento, fez com que a mulher enlouquecesse, sofrendo frequentes surtos, a impossibilitando de viver em sociedade, mas apesar de tudo, era incapaz de cometer um crime, sendo assim, não era uma ameaça.

Harleen já estava farta de suas consultas com Ginger, não havia mais nada a ser feito, seu último surto fora a 10 meses atrás e a doutora já havia conseguido uma liberação para a paciente sair do asilo e voltar a viver uma vida normal, agora sem agressões e abusos de sua família. A garota problemática estava contando mais um dia trágico de sua infância, pela milésima vez, Harleen já conhecia essa história de trás para a frente, então enquanto a moça falava, a doutora, fingia escrever algo importante em seu bloco de anotações, fazendo desenhos e rabiscos, ela se permitiu voar com seus pensamentos, se lembrando de seu mais cativante e misterioso paciente. Sua intenção ao aceitar trabalhar com Joker, era que ele fosse a porta para seu sucesso, conquistando a confiança dele, o fazendo contar seus segredos mais obscuros, e assim, depois de meses de trabalhos, pesquisas, relatórios e várias noites sem dormir, fazer algo que nenhum outro psiquiatra conseguiu, o curar, e então, mostrar ao mundo a competência que uma jovem mulher pode ter.

Porém, seus planos não estavam saindo conforme o planejado. Ele não a atacara e nem mesmo a ameaçara nenhuma vez, o que era ótimo tendo em vista que essa era o principal medo da doutora, mas ele a estava fazendo cair em um buraco negro de tentações, ela se dedicava sim muito para suas consultas com tal, mas era para agrada-lo, faze-lo gostar dela, em apenas duas semanas ao lado do palhaço, ela havia sim ficado muitas noites sem dormir, mas não era por excesso de estudos, e sim por estar pensando de mais nele, suspirando demais por ele, o coração acelerado, como o de uma adolescente ao dar o primeiro beijo, se lembrando de seus momentos ao seu lado, seus elogios, seu jeito carinhoso, mal podendo esperar para ficar sozinha naquela sala suja ao seu lado novamente.

Isso não era bom. Não mesmo. E Harleen sabia disso, mas estava tão cega, enfeitiçada, iludida com as palavras e as simples ações do homem que não queria reverter a situação. De jeito nenhum. Ele agora era seu anjinho, só mais uma vítima da crueldade humana, incompreendido pelo hipócrita do Batman e pela população medíocre dessa cidade, que ouviam e respeitavam o patético morcego, abanavam o rabo para o mesmo, como cachorrinhos loucos por aprovação de seus donos. Ridículos. 

Quando o horário com Ginger finalmente acabou, Harleen fechou seu bloco e se levantou dando graças as céus por estar indo para casa. Enquanto seguia o caminho para o estacionamento, se deu conta de que nunca havia visto a cela de seu amorzinho. A doutora imadiatamente pegou a pasta com as fichas de seus pacientes e olhou o número da sala de Coringa, e então virou em direção contrária a que estava seguindo até então, indo para a ala de segurança máxima masculina, uma área extremamente escura e assustadora, diferentemente das outras regiões de Arkham. Olhando cela por cela, Harleen procurava por cabelos verdes e sorriso metálico. Rosto de animais, pele queimada, cabelos loiros brilhantes, veias saltadas, nenhum daqueles homens que ela encontrava era tão bonito e intimidador quanto Mr. J.

A doutora continuava a procura por seu paciente, analisando cada cômodo pequeno e sujo, tão distraída que nem percebera a aproximação por trás dela. 


- Doutora Quinzel - Harleen se assusta com a voz grossa em suas costas, imediatamente se vira, dando de cara com um homem negro, alto e com os braços ridículamente grandes. - Não deveria estar aqui. 

- Eu vim ver meu paciente, Joker - perdendo a careta do segurança, Harleen colocou suas mãos no bolso, tirando de lá um giz de cera preto - E entrega-lo isto

- Sinto muito mas não posso permitir, não é confiável qualquer presente a ele, não que eu desconfie da senhorita, mas aquele maluco consegue fazer coisas inacreditáveis de maneira que você nem deve imaginar - a doutora sentiu seu rosto ficar quente de raiva. 

Então esse mutante acha que conhece meu pudinzinho melhor do que eu? É isso? Ha ha ha, que piada. 

Harleen da uma risada de deboche, se segurando para não gritar e xingar aquele idiota dos piores nomes possíveis.

- Eu conheço muito bem meu paciente, e além disso, o giz foi um acordo que fizemos em nossa consulta de hoje, sei o quanto ele gosta de rabiscar, é a única coisa que ele terá para fazer aqui, não quer que ele fique sozinho com seus pensamentos e acabe ficando ainda mais louco, não é mesmo? Seria um horror se isso acontecesse. Sugiro que não se meta com meus pacientes, preciso que me leve imediatamente até sua cela. - diz a psiquiatra, se surpreendendo com sua própria mentira e arrogância, ela se sentia tão poderosa. 

O segurança só assentiu, a levando, contra sua vontade, até a cela do mesmo. Harleen se aproximou da estrutura de vidro, que dava visibilidade a todo cômodo. Era uma sala escura, as paredes cinzentas cobertas de rabiscos que aparentavam terem sido feitos com sangue, a cama que parecia ser dura, mas que ela desconfiava que ele passava muito tempo nela. A cela de Coringa, tinha o triplo de segurança e atenção do que as demais celas do asilo, cuidado máximo, digno do rei do crime. Porém uma coisa estava faltando naquele lugar. 

- Onde Joker está? - Harleen pergunta virando seu rosto para o segurança, que apenas engole em seco - Onde ele está? - o homem continua em silêncio, fazendo com que a mulher a sua frente se descontrolasse, partindo para cima do mesmo, o empurrando e o segurando pelos braços fortes - ONDE ELE ESTÁ? ME FALA AGORA! 

- Acalme-se Dra. Quinzel, seu paciente arranjou confusão com um dos seguranças do período noturno, está no momento sendo levado para a sala de eletrochoques. 

- Não. Vocês não podem fazer isso. Mande-os parar.

- Senhorita, você não entende. Ele merece, não vai conseguir cura-lo, mesmo que eu tivesse o poder de fazer-los parar, eu não os mandaria. 

- Eu tenho esse poder, diga que mandei parar. Isso só vai prejudicar o tratamento, ele está indo tão bem. Por favor.

- Vou dizer que foram ordens do Sr. Arkham a seu pedido. Agora, vá para casa doutora. - ele nem esperou a resposta da doutora e já saiu andando, enquanto a mesma suspirou aliviada, se retirando do asilo, podendo sentir o vento do fim de tarde quente. 



(...) 

    Ala de segurança máxima - Cela 0801

Deitado no chão de sua cela, Joker assobiava uma antiga canção infantil enquanto olhava para o teto, em sua cabeça, se passavam milhões de idéias macabras para seu retorno a ativa. Ele já estava cansado de sua casa de férias, tão entediante, sua única diversão era brincar com o pingo de sanidade que restava  de sua psiquiatra. 

- Oh maluco, dá pra você calar a boca? - disse um dos seguranças. Coringa sentiu uma enorme vontade de rir, eles só o enfrentavam assim quando ele estava preso. Quando estava solto, ninguém ousava o desafiar, levantar a voz para ele? Puff. Homem morto. Ele botava medo em todos, todos menos no morceguinho. Oh, Sweet Batsy. Tão corajoso, ao contrário desses covardes se pagando de macho alfa. 

- O que foi? Não gosta do bom e velho clássico? - Joker responde saindo do fundo de sua cela e se aproximando do vidro, onde a luz batia e iluminava seu rosto, mostrando ao segurança idiota seu grande sorriso metálico, fazendo o babaca parado o olhando estremecer. 

- Tenho uma coisa para você  - ele retira do bolso o giz preto que Harleen havia pedido para o segurança entregar para seu paciente - Foi aquela psiquiatra gostosinha que mandou - disse e jogou o giz pela pequena "janela" que havia na porta. 

- Harley Quinn! - exclama o palhaço se lenbrando de sua tola psiquiatra. Ah, sua diversão preferida em Arkham, tão moldável e influenciável, tão bobinha e claro, um colírio para os olhos. Que bela mulher, cabelos loiros, corpo curvilíneo, lindos olhos azuis. 

- Você é tão maluco que nem lembra o nome da mulher - o segurança dá risada - É Harleen Quinzel.

- Oh, por favor. Não seja tão careta, Harley Quinn é muito mais cômico. O palhaço que anima o público durante o intervalo do artista principal. Hilário - Joker responde gargalhando.

- Não estou com paciência para suas piadinhas hoje. Vai usar seu brinquedo novo, já te dei seu presentinho. Vai lá, garotão, vai brincar. 

Coringa se afastou do vidro, a raiva queimando em seu interior. Hm, já sabemos quem será o primeiro que perderá a vida quando Joker resolver realmente brincar. Voltou a escuridão de sua cela, não antes de pegar o presente da Dra. Quinzel. Hora de executar seu plano.


(...) 

Enquanto fingia desenhar na parede, Joker procurava o buraco que havia feito em sua primeira vez em Arkham. Esse simples buraco foi sua principal fonte de fuga quando se cansava do asilo por várias vezes. Assim que o achou, se jogou ao chão e soltou um grito de dor, seguido por tosses forçadas, em poucos segundos a porta foi aberta pelos seguranças que correram atrás do homem caído no chão. Não que eles se importassem, mas Coringa era o principal paciente do asilo, não podiam o deixar morrer. Enquanto os três homens o examinavam, Coringa puxou os fios do buraco na parede, fazendo todas as luzes do asilo se apagarem, se aproveitando do fato de conseguir enxergar no escuro e os seguranças não, Joker quebra o pescoço do homem que havia o enfrentado, pega sua arma e atira nos outros, se dirigindo para a porta da cela agora aberta. Sorri largo ao ver diversos corpos no corredor, até mesmo dos guardas patéticos que ficavam guardando sua cela, observando seu dia. O piso tomado pelo vermelho o dava muito prazer, por um momento se sentiu orgulhoso de seus homens que alertados pela "queda" de luz em Arkham, haviam invadido tudo com suas máscaras bizarras aterrorizando o asilo, matando, causando dor e sofrimento na casa de férias de Coringa. Dois de seus capangas se aproximam do chefe, um com uma máscara do Batman e o outro com uma máscara de panda, o entregando uma metralhadora, fazendo o de cabelos verdes soltar um gemido satisfeito.

- Ah loucura, meu velho amigo. É tão bom estar de volta, hora de colocar medo nessa cidade.- em seguida, o palhaço destrava a metralhadora e atira para todos os lados, vendo pedaços de corpos agora sem vida voarem, sentindo os pingos de sengue espirrando em seu rosto. O rei do crime estava de volta ao trabalho, e que Deus proteja Gotham City. 

Mas é claro que ele não poderia ir embora dem deixar um pequeno presente a sua doutora, seguindo em direção da sala da mesma, ele viu uma rosa branca sem graça na mesa da recepcionista, a pegou e a mergulhou em uma poça de sangue ao lado do corpo da recepcionista noturna, pegou um papel e uma caneta e escreveu


Vejo você em breve, tortinha. 












































Notas Finais


Gente, preciso da opinião de vocês. Vocês acham que está muito rápido? Que eu estou acelerando as coisas?
Coringa ainda vai voltar ao Arkham, ele ainda não enloqueceu Harleen totalmente, ainda terá a parte dos eletrochoques, dele a pedindo uma metralhadora, dela o ajudando a fugir, enfim, ainda tem muitas coisas para acontecer antes de Harleen virar Harley.

Espero que gostem.

Moana 🌺


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