NEW ORLEANS
Ponto de vista: desconhecido.
Luzes e cores enfeitavam as tão famosas ruas de New Orleans. A cidade havia mudado bastante desde minha última visita, era fato, todavia o espírito de alegria e glamour continuava vivo e fervoroso pela cidade. O som do bom e velho jazz ainda ecoava pelas ruas e vielas, e os humanos viviam suas (muitas das vezes patética) vidas como se fossem morrer a qualquer segundo, esqueciam-se de todos os problemas, deixavam na porta de suas casas, hotéis, motéis ou qualquer lugar que habitassem todos seus demônios, a noite os exorcizava, os deixava únicos, contudo ao amanhecer do dia voltavam as suas vidas normais, voltavam a sentir medo. O bom de ser humano? Você é mortal e tudo pode acabar em segundos ou minutos. Seus problemas, medos, arrependimentos, erros, tudo desaparece para sempre e você é desligado do mundo.
Eu gostaria de ter essa dádiva de volta, mas isso é impossível e sei disso, então tudo que me resta é seguir em frente e “viver”, viver com a minha dor.
Caminho de forma lenta pelas ruas, observando cuidadosamente a folia de cada indivíduo que passa por mim e foi então que a terra pareceu ter parado por uma fração de segundos e todos ao meu redor desapareceram, ali estava. Dianna’s Palace ou como eu costumava chamar, o Paraíso, o maior e melhor clube de Jazz de New Orleans, onde eu a vi pela primeira vez e onde minha eternidade mudou.
No instante em que meu olhar pousou sobre ela, minha curiosidade acendeu como pólvora, fazendo com que só existisse ela a minha frente e sutilmente cair de encantos pela mesma.
Eu havia caído nas armadilhas do cupido.
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