História The rules and shame of love - Terrace. Erection. Fracture. Blood. A beautiful girl.

Chris

Eu não sei o que deu em mim. Os acontecimentos que me levaram até esse momento são desconhecidos, tanto quanto é para ela. Mas aqui estamos nós. No meu lugar preferido no mundo. 

 Onde eu nunca trouxe ninguém. Até agora. 

 Ajeito sua calça e suéter em mim, está fazendo mais frio do que eu esperava, e só essa blusinha não ajuda muito. 

 -Esse lugar é incrível, Chris!- Eva se vira para mim com um sorriso bobo no rosto, seus olhos estão brilhando como duas geleiras derretendo ao sol. Seu cabelo ruivo caindo sobre seus ombros.

 Olhar para ela era como ter bebido uma garrafa de energético, e quando a eforia apareceu, fumou um maço de cigarro para ir embora. Entende o que quero dizer?! Olhar para ela me fazia querer chorar.

 Balanço a cabeça expulsando esses pensamentos de mim. Eu não estou envolvido demais com Eva Kviig Mohn para ficar fantasiando como ela parece maravilhosa no meu terraço. Me apaixonar por ela, na verdade, era a última coisa que eu queria. E foi por isso que eu agi como Chris-P, o babaca cafajeste que todos conhecem. 

 Me sente no parapeito do terraço e forço o meu melhor sorriso safado no rosto, o que não é difícil vendo ela com a minha blusa. Respiro fundo e deixo as palavras saírem de mim sem esforço: 

 -Sim, é o meu abatedouro.- Assim que as palavras saim da minha boca Eva me olha incrédula, faço cara de tédio e começo de novo:- É aqui que eu trago as garotas quando quero transar com elas, na maior parte das vezes é só as mais complicadas. As outras abaixariam as calças para mim aonde estiverem.- Solto uma risada e olho para a cidade abaixo de nós. Mesmo com a garoá fina e vento gelado, a beleza dela continua igual. Os prédios e casas são como labirinto. Sinto o olhar de Eva em mim, me fazendo tremer. Quem dera fosse de frio... 

 -Você tá fazendo aquela coisa de ser engraçado de novo?- Ela espera que eu diga que sim, que tudo é uma piada e ela é especial por está aqui. Eu sei disso porque, um: Ela é especial por estar aqui, quando eu nunca trouxe ninguém nesse lugar. E dois, porque o tom na sua voz é quebradiço, e de enojado. 

  E meu primeiro impulso é dizer que sim, que eu sou um idiota e beijar ela como eu nunca beijei ninguém. Mas pera ai, eu já beijei muita gente, de várias maneiras. 

 -Eu não vou mentir sobre algo assim, desculpa, não sabia que ia ficar tão afetada.- Volto a olhar para ela que está procurando algo na bolsa. 

 Ela levanta a cabeça e olha para mim, tão indiferente que eu consigo sentir a faca perfurar meu peito. 

 -Você me trouxe aqui para ter o trabalho completo? Por que aparecer na escola com as minhas roupas, e me beijar na frente de todo mundo não foi suficiente, você tem que me trazer para o seu "abatedouro" e fazer sexo comigo aqui.- Ela desvia o olhar e volta a mexer na bolsa.- Porque será que eu estou tão surpresa? Eu sempre soube que você era o tipo de cara que não deveria me envolver . 

 -É, meu bem, não deveria. Mas se envolveu, e até onde eu to lembrado eu não prometi cafuné e chocolates, você pode ir procurar isso com outro.- Pulo do terraço e pego minha mochila o chão. Quando chego nas escadas para sair, digo sem olhar para trás:- Quando estiver interessada em sexo, digo o bom e velho sexo selvagem e sem compromisso, me liga. 

 E vou embora. 

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 William manda uma mensagem perguntando se estou pronto. Fazia dois dias que eu não dava o menor sinal de vida. Claro que eu fiz todos pensarem que eu estava muito chapado e transando por ai com alguém e por isso não fui a escola, ou para qualquer outro lugar. Mas já era hora de volta. Emitir sinais suficientes, uma hora dessa Eva deve estar querendo distância de mim, e eu estou bem com isso. Aliviado na verdade. Chris voltando a ser Chris, certas coisas tendem a não morrer com facilidade. 

Me levanto da cama e ando até o espelho. Blusa preta, casaco preto, calça e tênis pretos. Preto cai muito bem em mim. Mas fala sério, qualquer coisa fica bem em mim. Pego um frasco de perfume na prateleira e borrifo em minha nuca e pescoço, o cheiro adocicado e inebriante preenche o quarto. Dou uma última olhada em minha carteira para conferir se tenho camisinhas e me preparo para descer, mandando uma mensagem com um simples "sim, pronto para ir" ao Will. 

 Noora, que esteve na casa de William, passou o caminho inteiro até sua casa tagarelando sobre como o mundo é complexo demais e várias outras coisas que eu não consigo me importa. Não agora na verdade. Em algum momento da conversa ela deixou escapar que Eva comprou um "vestidinho lindo", e ela iria usar ele hoje. E desde então é tudo em que eu consigo me concentrar. 

 Já me obriguei mentalmente a lembrar que não importa o que aconteça na festa, eu tenho que me manter afastado de Eva. 

 Quando entramos no apartamento de Noora, as pessoas já estão dançando e se embriagando para perceber a minha chegada triunfal. O que é decepcionantes. Adoro quando entro, literalmente. Sorrio com o pensamento. Isak passa por mim com a tinta neon em seu rosto toda borrada, enquanto Even segue atrás, também borado. Parece que a noite será boa. 

  Bebo dois shots de tequila seguidos, enquanto uma loira do primeiro ano se joga no meu braço. Tento dar toda a minha atenção a ela, mas meus olhos continuam a procurar por quem não devia na sala. Com um empurro me solto da menina e começo a ir para o quarto do Eskild atrás de paz. A porta está levemente encostada, eu penso em não entrar mais ouço alguém reclamar um "pare" e o sangue em meu corpo congela, para depois começar a queimar. Abro a porta om toda a força que possou em meu corpo, quando vejo Eva tão bêbada que mal consegue se manter em pé, e um cara que nunca vi na minha vida encima dela tentando beja-lá mesmo quando ela diz para ele parar. 

  Nunca andei tão rápido na minha vida. Ou derrubei alguém no chão. Só sei que agora estou encima desse cara dando tantos socos na cara dele que será impossível reconhece-ló quando eu termina. Depois que meu punho sobe e desce em seu rosto pela terceira vez, o sangue dele começa a molhar minha mão, me deixando cada vez mais louco e com força. Não sei exatamente em que momento Magnus e Jonas me tiram decima dele, e nem como eu estou sentado na calçada com várias pessoas ao meu redor, enquanto Eva me olha com medo e descrença no rosto. 

  No meu último impulso de insensatez, jogo ela sobre meu ombro e começo a andar pela rua. Ouço Sana e Eva gritarem algo sobre ela estar muito bêbada e trazer ela de volta, mas eu não dou a minima e continuo andando sem me importa. Quando encontro um táxi disponível, a coloco dentro, passando o endereço para o motorista. Eva olha sem entender por um momento antes de começar a gritar e rir: 

 -Minha mãe está em casa, não pode me mandar para lá.- Ela tenta abrir a porta do carro para sair. 

 Eu a empurro para o lado e digo o meu endereço ao motorista, enquanto tento não pensar sobre isso. 

 Eva em poucos segundos está sentada no meu colo, eu tento tira-lá mas sua boca está por todo meu pescoço e rosto. Quando finalmente me entrego aos beijos, ela começa a rebolar em meu colo, colocando as mãos em cima das minhas e guiando elas até sua bunda. Eu dou um leve tapa e puxo seu cabelo com a mão livre. Deixando seu pescoço exposto para que eu possa beija-ló. Quando permito que ela volte a me beijar, sinto ela se esfregar no meu sexo que pulsa e doí por ela. Solto um gemido baixo, ao mesmo tempo que ela sai do meu colo, me dá um leve beijo na bochecha e sussurra em meu ouvido um simples "Obrigada". 

 Então se ajeita no meu ombro e dorme. 

 E eu fico lá, com uma ereção. Fraturas na mão. Sangue por toda a minha roupa. E uma linda garota dormindo no meu colo.