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História The Second Chance - Você está ficando louco?


Escrita por: itscammi

Notas do Autor


Acidentalmente a Laura está fazendo o Isco parecer louco, e agora que Morata e Asensio estão a duvidar de sua sanidade as coisas podem piorar pro lado do camisa 22 na questão dos próximos jogos do Real Madrid. E a Vale? O que será que ela vai achar disso?

Capítulo 26 - Você está ficando louco?


Madrid, Espanha. - Capítulo 26.

Infelizmente nossa viagem acabou e cá estamos nós entrando no meu apartamento, os paparazzis saíram da frente do prédio e agora eu posso transitar com liberdade para dentro de casa. Assim que abri a porta os dois machões estavam no sofá assistindo algum jogo de futebol aleatório e de mãos dadas com a Vale eu vi o olhar deles pairar sobre nós.

- Boa noite pessoal! - sorri.

- Boa noite! - Morata sorriu também.

- Pelo que eu estou vendo, meu plano deu certo né? - Asensio perguntou esquecendo sua educação.

- Sim. - eu disse e Vale estava envergonhada.

- Ela tá vermelhinha, meu Deus! - Morata disse abraçando ela.

- Não se preocupa Vale, não vou perguntar se vocês transaram ou não. - Asensio disse e eu gargalhei alto.

- Cala essa boca, moleque! - eu pedi ainda rindo.

- Depois disso você vai contar pra ele? - ela perguntou rindo enquanto olhava pra mim.

- Talvez. - sorri.

- Do que estão falando? - Asensio perguntou confuso.

- Estamos namorando. - eu disse e vi o sorriso de Morata crescer nos lábios.

- Sério? - perguntou.

- Sim. - Vale confirmou.

- FINALMENTE! - Asensio gritou ficando de pé no sofá.

- Cara, vocês podem me adotar como filho? - ele perguntou.

- Primeiro você tenta roubar a minha garota e agora quer ser um Isco Júnior parte 2? - perguntei rindo.

- Eu não sabia que se gostavam, acho que nem você sabia. - ele sentou novamente. Sua voz estava doce.

- Mas quando eu te perguntei aquele dia o que você sentia por ela, eu vi nos seus olhos uma coisa diferente; eu te conheço e sei que você é todo sentimental e pra te deixar bobo como você não era a muito tempo...eu percebi que não era qualquer coisa. - ele disse sorrindo de leve.

- Eu só desejo felicidades pra vocês, acho que não poderia ficar mais feliz com essa notícia. - ele disse por fim.

- Você acertou na viagem, obrigada de verdade. - Vale disse sorrindo pra ele.

- Eu também quero desejar felicidades pra vocês dois, cuidem um do outro porque vocês merecem todo o amor. - Morata disse e Vale abraçou dele de lado.

- Acho que agora eu entendo a aflição de vocês quando me perguntavam como eu conseguia resistir a ela. - eu disse e Asensio riu.

- Obrigada amigos, sem vocês dois eu não teria percebido o quanto eu gosto dessa mulher. - eu disse e foi a vez dela me abraçar.

- Ahhhhh, que bonitinhos! - Morata gritou.

- Nós vamos sair daqui a pouco, querem ir conosco? - Asensio perguntou.

- Acho melhor não, estamos cansados da viagem...acho melhor ficarmos pra descansar. - eu disse e Vale concordou comigo.

Enquanto a Vale tomava banho eu preparei uma comidinha pra nós dois e quando voltei a sala os meninos já haviam saído e eu imagino que só vão chegar bem tarde, quando ela entrou na cozinha eu não pude deixar de sorrir ao vê-la usando uma camisa minha. Ela estava distraída mexendo em seu celular e eu parei o que estava fazendo para observá-la, os cabelos molhados, o olhar focado na tela, o lábio inferior preso entre os dentes despretensiosamente...

- Eu sou um homem de sorte. - eu disse e ela olhou pra mim largando o celular.

- Porque? - perguntou vindo em minha direção.

- Eu não sei explicar, mas só de olhar pra você eu sinto um milhão de coisas boas. - eu disse e ela envolveu seus braços no meu pescoço.

- Você diz que o Asensio é romântico, mas você também é. É doce em todas as suas palavras. - ela disse e eu sorri.

- Posso te dizer uma coisa? - perguntei e ela assentiu.

- Você acredita em anjos? - perguntei.

- Acredito. Porque? - ela perguntou.

- Eu acho que a gente tem um anjo da guarda. - eu disse e seu sorriso surgiu enquanto ela acariciava meu rosto.

- Porque acha isso? - perguntou.

- Porque a gente se conheceu de uma forma diferente, eu odiava fazer amizades mas no primeiro problema eu já estava na sua casa te pedindo pra ser babá do meu filho. E desde então eu tinha todas as intimidades com você sem perceber, eu te fiz dormir grudada em mim porque eu estava com ciumes de você com o Asensio. - relembrei e ela riu.

- E eu ali toda apaixonada. - ela riu.

- Por isso que eu acredito que a gente tem um anjo da guarda, tudo parece ter sido planejado pra nós dois acontecer. - eu disse e ela sorriu.

- Se for mesmo um anjo da guarda, eu sou muito agradecida. - ela disse.

- Eu também. - sorri e ela me abraçou.

Olhei por cima do seu ombro e lá estava a Laurinha piscando e sorrindo pra mim mesmo que por alguns segundos — já que logo depois ela sumiu —. Nós jantamos e conversamos e como já estava tarde resolvemos ir deitar, ela estava no banheiro secando os cabelos enquanto eu estava deitado na cama mexendo no celular.

- Isco. - ouvi a voz de Laura.

- Oi. - sorri me colocando sentado na cama.

- Vim me despedir. - ela disse com uma expressão triste.

- Como assim? - perguntei confuso.

- Cumpri a minha missão, é hora de ir embora. - ela disse e eu vi seus olhos marejados.

- Não, você não pode ir embora. É meu anjo da guarda, esqueceu? - perguntei nervoso.

- Isco, amor, eu vim com a missão de juntar você e a Vale e eu consegui. Agora eu preciso ir, não me deixam mais ficar. - ela disse e eu senti meu coração apertar.

- Isso significa que eu nunca mais vou te ver? - perguntei.

- Só quando a gente se encontrar no céu. - ela sorriu de leve.

- Não, não, não. Isso não pode acontecer. - me desesperei.

Ela se aproximou de mim e me deu um beijo na testa e em seguida se afastou me olhando com carinho enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto, sua mão acariciou minha bochecha alguns segundos e logo depois ela foi dando passos para trás até sua imagem se dissolver por completo.

- Laura, volta, por favor. - pedi já chorando.

- Laura...- sussurrei seu nome em desespero.

- Estava falando sozinho amor? Ou com o seu anjo da guarda? - Vale saiu do banheiro vindo em minha direção.

- Me deixa! - gritei por impulso.

- O que foi? - perguntou sem entender nada.

- Para! Você não é a Laura, por favor, não tente ser. - gritei. Eu já nem sabia mais o que estava falando.

- Isco, eu não estou tentando ser ninguém além de mim. - ela disse, percebi que minhas palavras a afetaram.

- Acho melhor você ir embora. - eu disse. Eu não queria ter dito aquilo.

- É quase uma da manhã, Isco. - ela disse parecendo não me reconhecer.

- Então dorme na sala. - sugeri. Eu não conseguia controlar minhas palavras raivosas.

- O que eu te fiz? - perguntou com a voz embargada.

- Por sua culpa eu não tenho mais a Laura. - gritei.

Me arrependi no mesmo segundo que vi as lágrimas escorrendo pelo rosto dela e o semblante triste tomar conta do rosto tão bonito, ela vestiu sua roupa e pegou sua mochila saindo do quarto em passos rápidos. Me xinguei mentalmente de todos os palavrões existentes e corri em sua direção a prendendo na parede da sala, ela não me olhava e eu me toquei de que eu sou um grande idiota.

- Desculpa, eu não queria dizer nada disso. - pedi.

- Você queria sim Isco, olha só pelo que me culpou. - ela disse, sua voz estava entrecortada pelo choro.

- Eu estava nervoso, preciso te contar uma coisa. - eu disse desesperado.

- Eu vou embora. - ela disse.

- Não, fica por favor. - eu quase implorei.

Ela se soltou dos meus braços correu em direção a porta abrindo-a rapidamente antes de sair, eu estava com tanta raiva de mim mesmo que ainda fui capaz de hesitar correr atrás dela. Desci as escadas o mais rápido que pude e quando cheguei na frente do prédio ela estava entrando em um táxi, gritei seu nome inúmeras vezes mas ela sequer olhou para trás.

- Ótimo, acabei de magoar minha namorada. Seu estúpido! - eu dizia para mim mesmo.

- O que eu faço agora, Laura? Ahn? Aparece! Fala comigo! Isso na verdade é culpa sua, porque tinha que ir embora? - comecei a gritar na rua até que vi Asensio e Morata descendo do carro e os dois me encaravam de forma estranha.

- Com quem você está falando? - Morata perguntou.

- Com a Laura, por causa dela eu e a Vale brigamos. Aparece Laura, fala pra eles o que você fez! - gritei olhando pro céu.

- Isco, do que você está falando? - Asensio perguntou.

- A Laura me ajudou a descobrir que gostava da Vale porque ela virou um anjo que apareceu no meu quarto e depois ela simplesmente me disse que iria embora porque o trabalho dela já tinha sido feito. Missão cumprida, e depois tchau Isco. - eu expliquei atordoado, aparentemente eu ainda estava gritando.

- Isco, você não está bem. - Morata disse.

- Vem, vamos subir. - Asensio me puxou pela mão.

- Você precisa de ajuda, Isco. - ele disse quando entramos no elevador.

- Vocês já me ajudam muito. - eu disse.

- Não estou falando de nós dois. - ele disse e eu o encarei.

- De que tipo de ajuda vocês estão falando? - perguntei confuso.

- Ajuda psicológica Isco, você não está legal. - Morata finalizou.



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