1. Spirit Fanfics >
  2. The secret circle >
  3. Talvez eu tenha vindo aqui por outro motivo

História The secret circle - Talvez eu tenha vindo aqui por outro motivo


Escrita por: alwaysanonymous

Notas do Autor


Perdi o capitulo, fiquei brava, pensei em desistir, mas amo a fic, e voltei uahaue

Capítulo 22 - Talvez eu tenha vindo aqui por outro motivo


Fanfic / Fanfiction The secret circle - Talvez eu tenha vindo aqui por outro motivo

- Oi querida. - disse ela. 

Continuei parada ali, meus olhos do livro para ela, sem saber o que fazer ou dizer. 

- Encontrei isso no seu armário. - falou pegando o livro. 

- Porque mexeu nas minhas coisas? 

- Porque aquilo lá estava uma bagunça e você não sabe esconder muito bem. 

Olhei ao redor para ter certeza de que ela não havia encontrado o livro do meu pai que estava escondido em outro lugar. 

- Ashley você esta praticando? 

O QUE QUE EU FAÇO?  

Não posso esconder isso dela. Mas minha mãe sempre disse que ela não gostava da magia e que foi a favor de todos ficarem sem a magia depois do acidente. 

Pensei em sair correndo, mas não tinha para onde ir. 

Talvez tivesse algo o livro para limpar a memoria dela. 

MAS O LIVRO ESTAVA COM ELA. 

É melhor eu sair correndo. 

- Ashley. - ela chamou. 

Assenti rapidamente, sem saber o que fazer. 

Ela suspirou e sentou no banco ao lado de onde estava. Não estava brava ou pelo menos não demonstrava. 

- Sua mãe sabia? 

Assenti novamente. 

- Por que não me contou? 

Ergui os ombros, ainda sem falar nada. 

- Sua mãe falou alguma coisa não é? 

Assenti. 

- Ashley. - falou brava. - Fala alguma coisa. 

- Ela disse que você não gostava da magia. 

- Vem, senta aqui. - ela puxou a cadeira ao seu lado. -Não é que eu não goste. É que a magia já nos causou muita dor, muita gente já se machucou. 

- Mas isso não quer dizer que vá acontecer algo comigo. 

- Eu sei, mas você precisa tomar cuidado. Seus amigos já sabem? 

Assenti. 

- Vocês são mais fortes juntos, não deixe que nada os separe. 

- Por que desistiu da sua magia? - perguntei. 

- Depois de tudo o que aconteceu com nossos círculos achamos melhor todos desistirmos dela para ninguém mais se machucar. 

- Tudo o que aconteceu? 

- Isso é história para outra hora. 

Ela levantou e foi para a pia. 

- Vó! 

Ela riu, mas não voltou. Bufei irritada, o que me adianta ela saber das coisas e não contar. 

- Ah. Sabe como encontrar os outros livros das sombras? 

- Um feitiço de localização. - ela veio em minha direção. 

- Mas não funciona, eu já tentei. 

- Os livros tem uma magia própria, é preciso de algo mais forte que eles para encontra-los. 

- Eu sou mais forte que eles. 

Ela riu e chegou mais perto. 

- Precisa de um cristal. Os cristais guardam uma quantidade de magia de toda pessoa da família que já morreu o resto da magia fica para os descendentes. Cada família tem o seu cristal. 

- E cadê o nosso? 

Ela colocou a mão no meu pescoço e puxou minha corrente para fora da roupa revelando a corrente da minha mãe que eu já usava a algum tempo. 

- Sua mãe o usou para um feitiço de proteção antes de ir embora, então mandou lapida-lo para sempre tê-lo por perto. 

- Parece que o feitiço não funcionou muito bem. - falei analisando a pedra. 

- Funcionou melhor do que imagina. 

- O que eu preciso fazer? - perguntei. 

- Coloque o cristal no meio do mapa e faça o feitiço normalmente. O dono do livro vai sentir quando o livro estiver perto. - ela foi saindo da cozinha, mas parou subitamente. - Ah. Cada cristal só encontra um livro e não precisa ser do mesmo dono do livro. 

Estava bom demais para ser verdade. 

- Sabe onde estão os outros? 

Ela negou com a cabeça e saiu. 

 

[...] 

 

Estava sentada na sala vendo televisão com minha avó, quando campainha tocou. 

Levantei meio de arrasto e fui até a porta. 

Quando abri vi Louis encostado na porta. 

- O que faz aqui? 

- Vim jantar. - falou e levantou uma caixa de pizza. - E trouxe pizza. 

Ele entrou passando reto por mim e foi até a sala. Louis cumprimentou minha vó e foi para a cozinha. Parei na porta da sala tentando entender o que estava acontecendo. Minha avó me olhou e riu, revirei os olhos e fui atrás de Louis. 

Ele havia largado a pizza em cima do balcão e agora abria as portas do armários procurando algo. Fiquei parada observando ele fuçando nas coisas. 

Quando ele finalmente achou o que procurava soltou um "ah" de exclamação. Pegou três pratos no armário e colocou no balcão ao lado da pizza. 

- Não vai ajudar? - perguntou. 

Fui até as gavetas peguei os talheres e larguei ao lado. 

- Qual você quer? - perguntou abrindo a caixa. 

- Quero saber o que faz aqui? 

- Eu vim jantar, já falei. - ele sorriu, colocou dois pedaços em um prato e foi para a sala. Provavelmente levar para minha vó. 

Sentei em um dos bancos, Louis voltou e sentou na minha frente, pegou um pedaço de pizza na mão e começou a comer. 

- Você não quer? - falou de boca cheia. - Eu só vim fazer uma visita, não me odeie. 

Peguei um pedaço da pizza e comecei a comer. 

Louis e eu continuamos conversando e comendo, até nenhum dos dois aguentar mais ver pizza na frente. 

- Podemos fazer outra coisa agora. - falou sorridente. Ele puxou a cadeira para mais perto de mim. 

- Sim. - falei me levantando. - Lavar a louça. 

Ele riu e se levantou, foi até a pia, mas não tinha muito o que lavar. Fui para a sala pegar o prato da minha avó e logo que cheguei ela já perguntou. 

- Vocês estão namorando? 

- Meu Deus, não. 

Ela riu, fugi dali antes que ela perguntasse outra coisa constrangedora. 

Ele terminou de lavar e parou ao lado da pia. 

- E agora? 

Fiquei parada constrangida. O que ele queria que eu fizesse? Ou dissesse? Ai, mamãe. 

- Vem. Vamos subir. 

O QUE? 

Onde ele acha que esta? 

Ele saiu da cozinha, mas eu fiquei ali parada, tentando entender. 

Fui atrás dele e quando passei pela sala, dei uma olhada para a minha avó, mas ela nem me deu bola, ficou rindo sozinha, provavelmente de mim. 

Subi correndo atrás dele e quando cheguei no quarto Louis estava em frente a lareira olhando algumas fotos que tinham ali. 

Ele virou um quadro para mim de uma foto minha vestida de joaninha no teatro da escola e riu. 

- O que? - me aproximei. 

- Nem parece você. Tão menininha. - revirei os olhos. 

- Pois saiba que eu já fui uma garotinha que usava fitinhas no cabelo. 

- Sei, de que cor? 

- Rosa. 

- Acho que pagaria para ver isso. 

- Esquece. - falei me encostando na escrivaninha perto dele.- Você nunca teria dinheiro o suficiente. 

Ele sorriu e se aproximou. 

Perto o suficiente para que eu pudesse sentir sua respiração. Perto o suficiente para que eu visse cada parte do seu rosto minimamente. Perto o suficiente para que seus olhos se tornassem muito mais azuis. 

- Talvez eu tenha vindo aqui por outro motivo. - falou baixo. 

- Que motivo? - perguntei também baixo. 

- Quer que eu mostre? 

Assenti. 

Ele se aproximou mais ainda, sua mão foi para o meu pescoço me puxando para mais perto. 

Quando seus lábios tocaram os meus, eu senti uma forte vibração passar pelo meu corpo, como se tivesse tomado um choque, mas era uma sensação boa. 

Ouvi passos no lado de fora do quarto e empurrei Louis para longe. 

Duas batidas e a porta se abriu. Minha vó enfiou a cabeça para dentro. 

- Tudo bem aqui? 

- Sim, por que? - falei tentando disfarçar. 

Louis sentou na cama, meio risonho. 

- As luzes estavam piscando. - ela franziu a testa e em seguida sorriu. - Qualquer coisa me chamem. - fechou a porta e saiu. 

Louis deitou para trás rindo. 

- É culpa sua. - falei indo até ele. 

- Por que? 

- Você que fez as luzes piscarem. 

- Por que eu? 

- Por que eu não fui. 

- Já pensou que pode ter sido uma falha de energia? 

É tudo bem, até parece que acredito. 

- O que são essas coisas no teto? 

Olhei para cima. 

- São estrelas e luas, elas brilham no escuro. Deve ser coisa da minha mãe. Mas não gosto muito delas, me deixam tonta. 

- Eu quero ver. - ele levantou rápido e foi até o interruptor para apagar as luzes. 

Deitei na cama ficando de barriga para cima. Eles apagou as luzes e o quarto ficou totalmente escuro, apenas uma luz fraca entrava por uma das janelas. Ouvi uma batida e um resmungo de Louis, provavelmente havia se batido em algo. Em seguida a cama cedeu um pouco e ele se encostou em mim. 

Fiquei olhando para cima, as luas e estrelas brilhavam forte no teto. Logo elas começaram a parecer que giravam, ou eu parecia estar girando. 

- Parece real. - falou Louis. 

- Elas me deixam tonta. 

- Por que elas tão girando. - ele parecia empolgado. 

Fiquei as olhando mais um pouco, parecia como o céu a noite. 

- Ash, acho que estão enfeitiçadas. 

- Como? 

- Olha. Parece o céu de verdade. - ele riu. - Acho que sua mãe fez algo para que parecesse real. 

Era verdade, eu nunca havia percebido como parecia real ou pensado que ela poderia ter feito algo para torna-las mais reais. 

Ficamos deitados ali, olhando aquele céu. Senti o braço de Louis se mexer e se aproximar do meu, em seguida nossas mãos ficaram próximas. 

Coloquei minha mãos por cima da dele e ele a abriu para que eu pudesse segura-la, entrelacei nossos dedos. Louis apertou minha mão. E eu me senti bem, mais feliz do que já estive em qualquer momento desde que minha mãe morreu.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...