Todos ainda falavam sobre o sumiço de Ambre e o fato de Francis ser um magnata, dono de várias empresas. O mesmo mandou diversas viaturas em busca de sua filha. O estranho foi que ela sumiu justamente na noite em que eu fui caçar, e depois não me lembrei de nada. Entretanto eu tinha certeza que não havia feito mal a ninguém!
Decidi investigar mais sobre isso no fim da aula, quando vi na rua uma viatura acionada. Parecia estar indo em direção à floresta.
Saí da escola o mais discreta possível quando alguém me puxa pelo pulso.
John - Olha só... A menina misteriosa dos olhos vermelhos.
Ele me agarrou e tentava me beijar.
Akane - Me deixa em paz por favor... Preciso ir para casa!
Eu falava com um tom calmo esperando que ele se afastasse.
John - Eu sou capitão do time de futebol! Posso fazer o que eu quiser com você sua pequena tola.
Eu forcei para sair e ele me segurava mais forte contra a parede tentando avançar.
Akane - Já disse para me largar...
John - E quem acha que é para me dar ordens??
Foi questão de segundos para eu sentir meu corpo implorar pelo sangue dele. Mas a raiva era tanta que minhas mãos já estavam em seu pescoço e contra a parede. Ele me olhou assustado com a minha força e como eu conseguia colocar ele no alto e enforca-lo tão facilmente.
John - O que...
Ele me olhava nos olhos com medo. Eu já conhecia aquele olhar, pedindo por uma luz, uma ajuda, para fugir dali... Mas não podia. Eu me aproximei de seu ouvido e disse em alto e bom som:
Akane - Eu já disse para me deixar em paz...
John - Seus olhos...
Eu olhei para ele e usei meu poder de controlar a mente. Sim, nós vampiros possuímos o incrível dom de persuasão.
Akane - Você não viu nada, e tudo será esquecido quando ultrapassar aquele portão!
Pelo visto meus olhos estavam mais vermelhos do que nunca.
Akane - Agora fora daqui... Humano insolente...
Ele saiu correndo ainda atordoado.
Olhei para o portão do colégio e vi Armin encostado na parede com seu PSP fingindo não estar prestando atenção no que tinha acontecido.
Preferi ignorar a possibilidade dele desconfiar de alguma coisa e fui seguir a viatura pelo faro.
X
Segui pelas árvores e vi que eles foram no local em que eu estava na noite anterior. Aquilo realmente estava estranho.
E se... Eu tentasse rastrear com o cheiro dela?
Mas isso causaria riscos... Além do mais, eu não sou nenhuma heroína e não pretendo fazer ninguém gostar de quem eu sou.
Dei meia volta e fui embora. Subi uma montanha e consegui caçar. Saciar a sede com sangue de animal nem sempre era o mais satisfatório, porém não tenho muitas escolhas.
X
À noite resolvi ir à Catedral antiga. Soube pela minha tia que ali havia um piano. Faziam mais de 20 anos que eu não tocava uma tecla sequer. Comecei tocando suavemente e quando percebi já estava em alta sintonia com o eco da Catedral. Estava tudo escuro mas a luz da lua refletia o piano e eu podia sentir cada nota sendo tocada...
Lysandre - Você toca muito bem...
Levei um susto e rapidamente corri em sua direção e dei um chute. O vampiro caiu contra a parede mas não reagiu.
Lysandre - Oh... Me desculpe não me apresentar. Eu não sabia que havia outros aqui.
Akane - O que faz aqui?
Lysandre - Eu moro aqui rs Parece solitário, mas eu prefiro minha discrição.
Akane - Certo... Desculpe.
Lysandre - É nova na cidade?
Akane - Sim... E me parece que você parou na época vitoriana.
Reparei as roupas antigas que ele usava. Ele realmente era vampira a muito mais tempo que eu.
Lysandre - Foi a época em que vivi. Até ser transformado. Mas você é recente, não?
Akane - Sou da época da primeira guerra mundial. Começo do século XX, Mas parece que por algum fenômeno eu nasci vampira.
Lysandre - É realmente interessante. Você já tentou pesquisar ou conversar com seus pais?
Akane - Eles foram... Banidos...
Ele me pareceu surpreso.
Lysandre - Você é a filha dos Arkans?
Akane - Pois é... Parece que o mundo Vamp inteiro ficou sabendo...
Lysandre - Me lembro da primeira guerra... E quando seus pais foram banidos pela chacina.
Akane - O estranho é que eu nunca achei em livro algum, ou qualquer artigo sobre essa tal chacina...
Realmente, nunca foi constatado em documento algum...
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