História The Selection - (Imagine Jeon Jung-kook) - A lot of bullshit

(POV’s S/n on~)

Eu estava voltando para meu quarto, quando vejo Jung-kook beijando outra selecionada. Eu não sabia o que pensar, mas foi naquele momento que eu tive certeza de que a pessoa a qual eu tinha que ficar era Jung-kook. Eu fiquei com raiva, angustiada, com vontade de chorar e ao mesmo tempo bater na cara dele. Ele sabia que eu estava ali, se não ele não teria agarrado a menina daquela maneira. Eu não estava acreditando.

Passei por eles direto eu corri para meu quarto, me sentei na cama e comecei a chorar. Por que eu tive dúvidas? Por que eu não fiquei com Jung-kook o tempo que ele pediu e não o fiz mais feliz? Essas perguntas se passavam na minha cabeça toda hora. Eu não estava feliz comigo mesma, mais estava mais triste com Jung-kook.

Estava perdida em pensamentos quando escuto alguém entrar no meu quarto e fechar a porta. Era Jung-kook. Não hesitei, me levantei e comecei a soltar o que estava segurando desde quando vi ele agarrando a outra.

– Eu não acredito no que eu vi, Jeon. – Falei parada a sua frente, o enfrentando. – Você sabe muito bem do que eu estou falando não sabe? Eu quero te socar como se fosse um saco de batatas.

– Você falando isso de mim? Olhe, eu tenho meus motivos. Eu estou na minha casa, e tenho mais de trinta mulheres para eu sair pegando. Não é você que tem autoridade sobre mim, sou eu. Eu tenho que te escolher, não você escolher entre eu e meu amigo. Sabe o quanto eu estou segurando para não perder minha amizade com o Tae? Muito, S/n.

– Isso não tem nada a ver com o Taehyung! Nem vem com esse papinho seu, eu estou falando daquela garota que você estava pegando... – Eu comecei a falar muito, e ele apenas revirava os olhos, não parecia estar prestando atenção.

(POV’s S/n off~)   I   (POV’s Jeon Jung-kook on~)

– Isso não tem nada a ver com o Taehyung! Nem vem... – Foi aí que eu parei de prestar atenção.

Eu nem olhava em seus olhos, eu olhava cada detalhe do quarto, esperando ela terminar de tagarelar.

Não aguentei. Eu puxei sua cintura com uma mão e seu rosto com a outra.

– Cala a boca. – Falei e logo após eu a beijei. Ela parecia que estava tentando se conter, mas logo após ela retribuiu.

Eu recuei.

– Por que fez isso? – Ela perguntou inocente.

– Você fala demais. Eu sei o que eu fiz, S/n. Mas entenda uma coisa, a culpa é toda sua. Repasse seu dia de ontem pra hoje. A gente brigou, eu pedi desculpas, mas antes disso, aposto que você deve ter passado um tempo com o Tae. Porque quando eu te abracei, você já não era mais a mesma. Eu te chamei para um encontro. Você aceitou, com dó de mim, recusar meu pedido deve ser difícil pra você. Mas, no início do nosso “encontro”, você deu uma desculpa qualquer e saiu. Algum tempo depois eu vi você ficando com um dos meus melhores amigos. – Falei e logo após eu me sentei em sua cama. – Se ponha no meu lugar. Acho que está sendo injusta comigo S/n, além de que pode perder sua vaga aqui na Seleção em um piscar de olhos. Eu só preciso falar para você sair, que você sai.

Ela ficou em silêncio, olhando nos meus olhos. Ela começou a andar pelo quarto pensando.

– Meu Jesus...

– O que foi, S/n?

Ela começou a chorar. Não, não, não isso não!

– Me desculpe, Jung-kookie...

Eu não fui capaz de falar nem um “está tudo bem”. Eu não consigo ver meninas chorando. Eu simplesmente não sei o que fazer.

Passou um tempo e a S/n parou de chorar e ficou na minha frente de pé. Ela fez reverência e falou:

– Eu deveria ter pensado em você antes. Desculpe-me por te fazer sentir tudo isso, prometo não ter dúvidas enquanto a nossa relação mais.

Meu coração não agüenta isso não. Eu peguei-a pela cintura e a deitei na cama, começando a beijá-la.

Ela passava sua mão em meus cabelos e continuamos assim por um tempo até alguém bater na porta dela.

– S/n? Posso entrar? – Era uma menina, eu não sabia quem.

– Se esconde no banheiro. – Falou S/n me empurrando para seu banheiro e fechando a porta. – Entra. – Escutei através da porta.

Escutei a porta se abrindo e logo depois se fechando.

– Me desculpe interrompê-la. Eu sei que é meio estranho eu chegar assim, não é? A gente nem se fala tanto.

– Que isso, fico feliz em ver você aqui... Lisa, não é?

– Sim! Eu fico feliz em ver que se lembra de mim – disse a Lisa e riu logo depois. – Eu fiquei com saudade da nossa amizade e quando soube que você estava na Seleção eu fiquei muito feliz!

Quem é essa? Era o que eu mais pensava nesse momento.

– É óbvio que eu me lembro de você! Lembra de quando você ia lá em casa e nós ficávamos zoando a Karin?

– Lembro sim! Falando nisso, como a Karin está? Eu sei que é ruim perguntar para vocês sobre essas coisas... Mas eu nunca mais a vi.

– Não se preocupe com isso, eu já me acostumei. Olha, eu sinceramente não sei como ela está. Desde quando eu vim para a mansão eu nunca mais falei com ela.

Ficou um silencio, acho que estavam conversando por sinais.

– E lá na sua casa? Eu nunca mais vi seu irmão. Lembra da nossa relação? Eu tinha um rolo com ele, era engraçado.

– Nem me fale – Lisa começou a rir. – Adrien era um ridículo! Lembra que ele te iludia?

– Não me lembre disso... – As duas começaram a gargalhar, aí eu fiquei com vontade de sair daquele banheiro e saber mais sobre esse tal de Adrien. – Lisa! Eu quero visitar vocês um dia desses! Fiquei com tantas saudades!

– Minha casa é sua casa! – Aí outra pessoa bateu na porta.

– Entre.

A porta se abriu e escutei a voz de uma criada falando que ia ter Jornal Oficial hoje. Eu me esqueci completamente, eu tinha que decorar o nome de todas as selecionadas, não queria passar vergonha.

Torci para que S/n percebesse e mandasse Lisa ir embora.

– Lisa, tenho que me arrumar para o Jornal. Na verdade, você também! Estamos sem tempo.

– Podemos nos arrumar juntas? – Droga, droga, droga.

– Claro! – S/N E EU AQUI?!

– Eu vou lá ao meu quarto, tomo banho e trago minhas coisas pra cá, rapidinho. Ok?

– Ok!

Quando ouvi a porta abrir e se fechar eu saí disparado do banheiro.

– Droga, S/n. Você me enrolou!

– Vai se arrumar! Vai, vai! – Disse me empurrando para fora, eu corri para meu quarto.

Tomei banho bem rápido, vesti minha roupa (foto do capítulo), passei um pouco de maquiagem (odeio que passem maquiagem em mim) e me sentei à mesa de trabalho que tinha no meu quarto. Fui lendo os nomes e vendo fotos bem rápido, precisava memorizar tudo aquilo. Eu já sabia da S/n, Kriss e Lisa.

Alguém bateu à minha porta.

– Entra. – Falei arrumando meu cabelo rápido.

– Filhão! – Falou meu pai todo feliz ao me ver pronto. – Sempre com essa beleza invejável. Tinha que ter puxado essa beleza minha não é? – Brincou, eu ri um pouco.

– Na verdade eu pareço mais com a mãe, pai.

– Não fale assim! Então, eu vim aqui avisar que falta menos de dez minutos para começar. Será ao vivo, prepare suas palavras.

– Ok, o senhor veio me buscar para levar-me ao estúdio?

– Sim.

Eu peguei um pacote fechado de chocolates que tinha na minha mesa, peguei os papéis e fotos das meninas que não consegui decorar e fui comendo e lendo.

Meu pai reparou nisso.

– Eu te avisei que tinha que decorar os nomes. Mas, eu sabia que você não ia decorar todos, então pedi para fazer broches com nomes de todas. Você só tem que ler.

– Obrigado pai. – Disse estendendo o punho, era o nosso toque.

Depois de um tempo, começamos a gravar. Passou várias selecionadas falando lá, quando chegou a Kriss. Senti meu rosto queimar.

– O que eu acho sobre o Jeon Jung-kook? Olha, vou ser sincera, ele é um cafajeste. Sabe, vou contar o que ele faz. – Meu coração parou. – Ele não liga para nenhuma de nós! Ele só liga para nos usar, para o bem dele.

Eu não agüentei. As selecionadas estavam sentadas em frente a família Jeon. Eu me levantei e fui até ela, a puxei e olhei em seus olhos.

– Quem você pensa que é para falar isso de mim?! – Gritei com ela.

– Eu sou uma das selecionadas e bastou um encontro para eu saber que você não é lá um anjo de pessoa.

– Você não sabe nada sobre mim, nem sobre minhas relações e intenções, então antes de falar mal dos outros, pense garota. Sabe uma coisa que eu odeio em uma menina? – Falei a soltando com força, fazendo-a cair da cadeira. Virei-me para a câmera. – Eu odeio que ela não pense antes de agir, e foi exatamente o que a Kriss fez. Mas sabe? Não vou expulsá-la por isso. Ainda vou ver quão longe ela pode ir. E vou mostrá-la quem eu sou de verdade, para assim ela falar de mim para o mundo.

Antes que eu me afaste das cadeiras das selecionadas, Kriss puxou meu pulso.

– Quem você pensa que é para mentir assim na cara dura? E quem pensa que é para bater numa garota?

– Não me toca. E eu posso bater em quem eu quiser que fale informações erradas.

– Ridículo! – Ela ia bater na minha cara, mas num piscar de olhos eu vi S/n segurando o pulso dela.

– Você não escutou? Não toca nele. – Falou e logo após ela sentou novamente (estava ao lado de Kriss). – Você estragou tudo... – Suspirou olhando longe.

Sentei-me na minha cadeira na frente delas e continuava a encarando. Ela perdeu. Minha mãe me cutucou.

– Não gosto que falem mal do meu filho. Pode expulsar essa aí na hora que quiser.

Não a respondi, ainda estava com raiva. Dessa vez meu pai me cutucou.

– Boa, filhão.

Eu ri. Olhei para meus amigos que estavam sentados atrás do palco onde todos nós estávamos. Eles estavam engraçados, boquiabertos e com cara de “mais, eu quero mais!”.

Olhei para S/n e ela olhou para mim e sorriu.