História The Selection - (Imagine Jeon Jung-kook) - Seokjin's voice

(POV's S/n on~)

Hoje está sendo muito divertido, parabéns por fazer-me sentir bem, Jeon Jung-kook. Acho incrível como que esse homem consegue me fazer ficar feliz em um momento desses, mas se ele queria me fazer esquecer do ocorrido, acho que se fosse por isso ele não iria conseguir cumprir com sua tarefa. Toda hora eu me lembro de tudo, tudo. Não consigo esquecer aquela carta maldita, nem aquele rosto lindo que ele tinha. Ás vezes sinto como se estivesse traindo Jung-kook pensando em alguém morto...

Várias coisas se passavam na minha cabeça enquanto batia em JK com um travesseiro.

— S/n? — Jung-kook estalou os dedos na minha cara, como se estivesse me acordando. Percebi que tinha parado de bater nele, então ele pegou o travesseiro e bateu de leve nele mesmo. 

— Por que está se batendo? 

— Não sei, você parou de me bater do nada... — Sorriu bobo, me fazendo rir um pouco. Pegou em minha bochecha e sorriu. — Consegui uma risada.

Tirei sua mão de minha bochecha e me levantei, ainda estava pensando em "será que se eu pensar demais no Kihyun, o JK ficará de lado?". Fui até a geladeira, peguei uma bebida e sentei-me ao lado de Jung-kook novamente.

— Podemos conversar? — Perguntei começando a beber.

— Claro que podemos, quando você quiser, onde quiser... 

— Tá, tá — interrompi-o antes que durasse um poema. — Jung-kook, vou te contar uma história. 

— Conte-me uma história, S/n.

Ele pegou um travesseiro e colocou em meu colo, deitando logo após.

— Existe um casal, só que uma pessoa desse casal perdeu alguém importante e não consegue parar de pensar nessa pessoa importante... — Parei e olhei pra ele que estava sorrindo. — Por que está sorrindo? Não falei nada engraçado, que eu saiba...

— Sua maneira de contar essa história... — Retornou a rir. — Já sei onde quer chegar, minha flor.

— Sr. Moço, deixe-me continuar? 

— Continue dona moça. 

— Aí, a pessoa que perdeu alguém, está se sentindo muito mal em pensar que pode estar magoando seu parceiro. Ela queria... 

— S/n — interrompeu-me pegando minha bebida de minha mão e se levantando. — Essa garota que perdeu alguém, deve estar sendo muito difícil pra ela, mas seu parceiro ama ela incondicionalmente se ela está pensando nele ou não — pegou minhas mãos. — Escutou? Posso falar quantas vezes for preciso... — Me puxou para um abraço.

Eu não aguentei, comecei a chorar em seu ombro. 

— Eu estava com tanto medo de magoá-lo... — Usei todas minhas forças para falar isso, já estava soluçando. 

— Poxa, não era pra você chorar — apertou o abraço. — Não chora, não quero chorar na frente de todo mundo...

Acabei rindo da atitude dele. 

Ele recuou enquanto eu estava rindo e me roubou um beijo curto, me abraçando logo depois. 

— Não consigo te soltar mais.

— Não solte. Nunca mais.

(POV's S/n off~)   l   (POV's Sook on~)

Eu e o Seokjin estávamos sentados sem falar nada. Pensei, pensei, pensei, pensei numa forma de puxar assunto, mas eu sou péssima nisso, odeio minha timidez. 

— Tá quente aqui, né?

POR QUAIS MOTIVOS EU FALEI ISSO?????

— Eu estou com frio — respondeu ele.

— Quer minha blusa de frio? Não estou com tanto frio assim... 

— Acho que não iria servir — começou a rir. — Esse é meu quarto, lembra? Tenho roupas aqui.

— Ai eu sou uma burra mesmo, só me ignora.

— Gosta de música? — Seokjin estava com brilho nos olhos me perguntando isso. 

— Gosto, muito, mas eu só curto mesmo, não sei nada sobre...

Ele se levantou rápido e pegou em minha mão. 

— Posso segurar sua mão? 

— P-pode.

— Posso te mostrar uma coisa?

Acenei que sim com a cabeça para não gaguejar novamente. 

Ele andava rápido, um passo dele era dois meus, estava muito difícil acompanhá-lo.

— Aqui.

Abriu uma porta e era uma sala de música, com vários instrumentos e equipamentos de som. 

— Caraca, isso é enorme!

Fui andando livremente pela sala apreciando os instrumentos enquanto ele arrumava umas coisas que ele queria lá. 

— Quer me escutar cantando? 

A voz de Seokjin perguntando isso me doeu muito. Parecia alguém carente disso, ele necessitava de que alguém escute ele, que alguém o aprecie, que reconheçam seu talento. 

— Claro que quero — tentei soar o mais ansiosa possível.

E ele começou a cantar para mim. A capela.