História The Selection - (Imagine Jeon Jung-kook) - Where Are You?

Levei S/n para o abrigo e comecei a procurar algo para colocar ali, para limpar os arranhões dela.

— Você vai ficar bem, vai ficar tudo bem...  — Estava inquieto, não aguentava ver S/n sofrer daquela maneira. 

— Eu estou bem... Não precisa ficar assim... 

— Shh, não faça esforço. 

Não tinha pano ali, então resolvi pegar minha camisa e molhar, para lavar as feridas dela. 

Ela acabou dormindo, disse que preferia dormir do que sentir a dor que estava sentindo. 

Após limpar todas suas feridas, colocar curativos nos machucados profundos, eu observei-a dormir. Seu rosto estava intacto, liso, perfeito, como sempre. Eu só não sabia como ia contar aquilo à minha mãe, ela não ia aceitar uma menina que considera ameaça dentro de nossa casa.

*x*

Acabei dormindo ao seu lado, nosso abrigo não ia abrir por dentro e apenas guardas tinham chaves e as digitais para isso. 

— Jung-kookie... — Disse acordando. 

Tínhamos dormido no chão, lá dentro não tinha colchão ou qualquer coisa assim. Me levantei rápido e fitei-a.

— S/n? Volte a dormir, você não pode fazer esforço. 

— Não estou doente, Jung-kook. E não está doendo tanto assim...

Eu continuei a fitando e percebi que do nada ela ficou com a cara vermelha. 

— S/n? Você está bem?!

— S-Seu... Abs é mais perfeito do que no meu sonho...

Comecei a rir. 

— Você está bem mesmo?

— Eu pareço tão mal assim? Aish, Jung-kook, já disse que não estou doente. — Disse revirando os olhos.

— Mas eu me preocupo com você...

Olhei para outro lugar, para ela não ver minhas bochechas coradas. 

Ficamos calados por um tempo, até a porta abrir e dois guardas assustarem. 

— Jeon! O que está fazendo aqui?! Você é louco?! Estamos te procurando desde ontem! O senhor está bem?!

— Eu estou bem, levam-na para a ala hospitalar. Agora. 

Apontei para S/n e eles me estranharam, apenas ficaram me olhando.

— Estão esperando o que?! Andem!

Um deles pegou ela no colo e correu em direção ao "hospital". O outro ficou me olhando.

— Pode ir embora, eu posso ir para meu quarto sozinho.

— Seus pais e as selecionadas estão todos te esperando no grande salão. 

— Aish... Tem algum problema você falar que eu não quero vê-los? Preciso resolver outra coisa agora.

— Seus pais não vão gostar muito disso...

— Mas eu tenho mais o que fazer, vá avisá-los.

Eu praticamente corri para o quarto da S/n, eu tinha que avisar o ocorrido para a irmã dela.

Cheguei lá e procurei bastante pelo celular dela. Procurei, procurei, procurei... 

— Droga, onde essa garota coloca o celular? 

Olhei mais uma vez, e achei. Liguei para Karin e ela atendeu na hora.

— S/n! VOCÊ ESTÁ BEM?! EU TE MANDEI 1200 MENSAGENS!!! POR QUE NÃO ME RESPONDE?!

— Olá, Karin. S/n não mexe muito no celular, ela não tem tempo para isso. Você já deve ter ficado sabendo que a mansão Jeon sofreu um ataque rebelde, e eu e S/n fomos vítimas de uma tortura. S/n foi torturada na minha frente e eu não pude fazer nada, até o homem me soltar e eu atirar nele. Eu fui o culpado, eu que resolvi levá-la para o meu abrigo e o homem estava lá, eu posso ser considerado o monstro nessa história toda. Levei-a para a ala hospitalar, ela afirma que está bem mas... — Comecei a chorar. 

— Jung-kook? É você?! Como a  S/n está?! Por que ela não me responde?! Você gosta dela?! Ela vai se casar com você?! Me conta!

— Sim, sou eu. S/n está cortada nas pernas e braços, mas não parece ser tão grave assim. Eu sinceramente não sei porque ela não te responde. Eu a amo. Eu quero me casar com ela. Satisfeita? — Respondi um pouco estressado e seco.

Ela permaneceu calada, incrédula sobre eu estar falando com ela. 

— C-Como assim do nada você fala isso? Me explica direito! Ela é minha irmã!  — Gritou me respondendo. 

Eu expliquei tudo para ela detalhadamente, até então resolvi me despedir e ir ver meus pais.

Passei no meu quarto para antes vestir uma blusa, para não chegar lá sem camisa e todas aquelas outras olhando para meu corpo, eu só dou direito a S/n de ver meu corpo. 

Já estou preparado para a bronca da minha mãe, ela só não me mata porque sou eu que vou erguer as reputações das empresas Jeon, nem é porque eu sou filho dela. 

Cheguei lá e todo mundo no mesmo momento olhou para mim. Minhas mãos ainda estavam manchadas com o sangue da S/n. 

— K-Kookie... — Jimin, Tae, Nam, Jin, Yoongi e Hobi. Estavam todos ali. Chorando ao me ver.

— Seu idiota. — Disse Namjoon. 

Todos vieram correndo para me abraçar, acabei chorando também. Nosso abraço coletivo durou mais de um minuto. 

— Por que tem sangue em suas mãos? 

— E-Eu tropecei quando estava correndo d-dos rebeldes e acabei machucando minhas mãos. — Menti, não queria contar para todo mundo sobre o acontecido. 

— Hm, sei... — Falou Yoongi e logo após fiz um sinal para que ele calasse a boca. 

— Meu filho, onde você estava? — Disse a falsidade da minha mãe vindo me abraçar.

— Você me preocupou tanto... — disse meu pai vindo me abraçar também. 

Algumas meninas choraram, mas não deixei que me tocassem, ainda não.    Me explicaram que inventaram que eu tinha sido raptado, pensaram que eu morrera, que  eu  deixar essas coisas acontecerem comigo. 

Até perceberem a ausência da S/n.

— Onde está aquela outra menina?— Perguntou Jimin.

— Então, aí é que está... Ela... — Comecei a chorar, lembrando de seus gritos de dor.

Todos ali me observaram chorando, todos ficaram incrédulos, Jeon Jung-kook nunca chorou na frente de muita gente. 

Depois de um tempo o guarda que a levou veio ao meu encontro. 

— Jeon Jung-kook, eu acabei... 

— Conte para todos oque aconteceu. Vou sair. — Falei saindo antes que alguém me impedisse. 

Cheguei na ala hospitalar e procurei-a em todas as salas, ela não estava lá. 

— S/n! — Gritei na esperança de que ela me respondesse. — S/n!

Comecei a correr de volta para o guarda, o mais rápido que pude. 

— Ei. — Puxei o guarda com força e ofegante. — Onde ela está? Diga! 

Ele fez cara de confuso.

— Na ala hospitalar, sala 25. Eu tenho certeza que a coloquei lá Jeon.

— Eu tenho certeza de que ela não está lá. Pare de mentir para mim! Diga logo onde ela está! — Segurei sua camisa e o ameacei. 

— E-Eu não estou mentindo...

Comecei a me apavorar, fui em direção a sala de comando das nossas câmeras.