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História The Setting Sun - Capítulo Vinte e Três - My Thunder, Your Lightning


Escrita por: MaryAnnSGWay

Notas do Autor


Heeeey, gente maravilhooooousa!
Primeramente (FORA TEMER!) e também MIL PERDÕES pela demora na postagem. Por causa do livro que a Tia Mary está escrevendo, situações particulares e as adultices chatas embolaram o meio do campo para a Tia. Mas estou aqui, firme e forte! Momentos derradeiros estão chegando!
Quero agradecer DEMAIS por todos que comentaram e aos que ficam com vergonha de comentar, não fiquem, dêem um Oi para a Tia. Eu não mordo rs, só os meus vampirinhos aqui, tá? hahaha
Quero agradecer também aos mais novos favoritos; NixMikaelson, Deearmih, jessikuchiki, cammyishere e anadirectioner2. MUITO AMOR PARA VOCÊS!!!!! <3 <3 <3
Sem mais, lhes desejo uma super boa leitura e encontro vocês nas notas finais! ;)
MIL Beijos! :8 :*

Capítulo 23 - Capítulo Vinte e Três - My Thunder, Your Lightning


Fanfic / Fanfiction The Setting Sun - Capítulo Vinte e Três - My Thunder, Your Lightning

 

Chapter Twenty Three – My Thunder, Your Lightning.

 

Gerard e Frank finalizaram seu banho com calma e depois seguiram para a cama, tanto para se amarem como para desfrutar do silêncio um do outro após uma noite tão turbulenta e tumultuada. Apesar de não ser dia ainda, – e faltar algumas horas para isso –, boa parte daquele dia vampírico foi longo e revelador o bastante para preencher a cabeça destes seres com muita informação. Principalmente Frank.

Gerard estava deitado de costas entre os travesseiros e Frank repousava em seu peito, os dedos brincavam entre si e Gerard passava a mão esquerda com suavidade sobre as costas de Frank que suspirava de olhos fechados, vez em quando dando-lhe beijos singelos e carinhosos, cheirando com vontade a pele do vampiro mais velho. Gerard sorria bobo e beijava-lhe o topo da cabeça.

- Podemos passar a eternidade deste jeito? – Frank disse com a voz grossa, mas divertida.

- Olha, depois que nós acabarmos com os miseráveis que querem nos destruir, podemos sim. – Gerard sorriu e Frank o olhou, devolvendo o sorriso.

- Sabe que, eu bem gostaria de ficar assim e não ter de pensar em mais nada, mas desde que tudo aconteceu, só quero dar um fim nisso também. Quero pegar de jeito aqueles mercenários!

- Pegaremos. Não será fácil, mas pegaremos. Será um ataque maciço, frontal e único. – Gerard disse sério e Frank arqueou um pouco a sombracelha.

- Strelitzia te adiantou algo?

- Ainda não claramente, mas eu sei que logo ela me pedirá algo, dirá uma parte do plano.

- Sei... – Frank voltou a encostar a cabeça no peito de Gerard e abraçá-lo firme, envolvendo o corpo do vampiro ao seu. – Gee? – e um “Sim” leve foi dito por Gerard. – Sabe que, depois de você me revelar sobre a minha reencarnação, eu lembrei de uma coisa?

- De fato?

- Sim. Eu, sei lá, sempre achei uma mega bobagem, mas depois do que disse hoje, agora eu consigo fazer uma conexão.

- Conexão? – Gerard levantava-se um pouco e Frank sentou-se.

- Eu sempre tive um sonho recorrente. Desde que me entendo por gente, sonho que estou correndo numa floresta e sinto que há alguém comigo. Eu estou feliz, mas de repente tudo se torna frio, dolorido, minha visão se turva e eu caio. Depois, ouço gritos que não sei descrever se são meus ou de outra pessoa, e enfim meu peito pesa e sinto uma falta de ar inexplicável. Tudo se apaga e eu acordo.

- É a lembrança do dia da sua morte, na outra vida quando você era Samoth. – os olhos de Gerard estão arregalados e Frank engole seco.

- Sim... er, eu nunca dei importância pois pensava ser um sonho bobo, só que hoje ele fez completo sentido. Foi desta maneira que me senti quando golpearam meu coração naquele castelo de horrores.

- Vê? Eu não estava errado, não é uma fantasia de minha cabeça.

- Não duvidei de você em nada. Só não fazia parte das minhas teorias ser a reencarnação do grande amor da sua vida, de ter existido e voltar a existir. Ou seja, Sr. Gerard Arthur Way, não adianta, o senhor jamais escapará de mim. Nunca! – Frank atirou-se sobre ele e Gerard riu.

- Quem disse que eu quero escapar? – Gerard riu e colou os lábios aos de Frank que rapidamente entrelaçou as mãos aos cabelos dele, sentando sobre as coxas do amado. – Eu quero você para sempre. – Gerard sussurrou.

- Eu também. E agora, agora, agora. – Frank disse baixo no ouvido dele e divertiu-se. – Eu lembrei de outra coisa também.

- O quê?

- Um poema.

- Poema?

- Sim. – Frank fechou os olhos e começou a rememorá-lo. – “Se nós fôssemos uma tempestade, você seria o trovão e eu seria o relâmpago. Quando a chuva cai, nós estamos próximos um do outro, você pode me ver e eu posso te ouvir. Quando estiver chovendo às duas e quarenta e seis da madrugada, você acorda por causa do som da chuva e do nada o seu quarto ilumina-se através da sua janela. Só por isso, neste breve momento, você está cercado por mim. Momentos depois, eu ouço um trovão esbravejar e eu sei que é você que proclama seu amor por mim. Você é meu trovão e eu sou seu relâmpago.”

- Que coisa maravilhosa, Frank! Você sempre será a luz da minha vida, seja de dia brilhando feito o meu sol particular como de noite em um relâmpago. Sempre me iluminando, sempre!

- Eu não sei porque lembrei disso agora, mas talvez seja por causa da reencarnação, e você sempre me chamou de seu sol. Eu sempre iluminei você.

Gerard voltou a olhá-lo e com a ponta do polegar massageando a bochecha de Frank, juntou os dedos ao pescoço do vampiro mais jovem e iniciaram um longo beijo. Experimentando o sabor de seus lábios, a voracidade das línguas, o corpo tornando-se pronto para mais uma ato.

O mundo voltava a ter uma certa órbita afinal.

 

 

Faltava uma hora para o alvorecer e Gerard levantou da cama com cuidado. Não queria incomodar Frank, mas foi impossível; ele parecia um radar.

- Onde pensa que vai? – Disse afogado entre os travesseiro e Gerard riu.

- Preciso falar rapidamente com Strelitzia e já volto, mais uma hora e amanhecerá, precisamos nos recolher.

- Certo, mas não demore. – ele abriu os olhos e Gerard estava nu, olhando para os lados, talvez procurando seu roupão. – Que visão, meu santo Drácula. Que visão. – ele ria feito criança sapeca e Gerard soltou uma gargalhada gostosa.

- Você também. – aproximou-se beijando os lábios e topo da cabeça dele e deu um leve tapinha na bunda empinada e protuberante de Frank. Parecia uma escultura. – Maravilhoso.

Frank sorriu, mordendo o lábio inferior e virou a cabeça.

- Vai logo, sai desse quarto ou te agarro e você não sai mais hoje. – o mais jovem disse com autoridade.

- Certo, já estou saindo, mas volto logo.

- Acho bom.

Gerard afastou-se por completo e caminhou mais alguns passos, pegando uma roupa. No banheiro, trocou-se e saiu do quarto.

 

Ele não precisou andar muito para encontrar Strelitzia que estava solitária, no fim do corredor e encostada na janela.

- Algo dentro de mim confirmou a aliança de vocês dois. – ela sorriu.

- Sim, finalmente. – Gerard disse alegre e aliviado.

- Assim seja eternamente. – a Rainha esticava-lhe a mão e Gerard a pegou. – Preciso pedir algo.

- O que quiser.

- Não será fácil para você, digo, emocionalmente, a tarefa é simples, mas o confronto não. Preciso que mantenha toda a postura de um ser destruído pela perda irreparável.

- Quer que eu vá na delegacia? Veja os algozes de Frank? – Gerard perguntou sério mas sem descrença. Ele sabia que isto uma hora ou outra iria acontecer.

- Sim. Eu recebi notícias de Ulysses e Gwendolyn sobre uma suposta fuga deles. E logo após o “assassinato” de Frank, sob a informação de urgente mudança de jurisdição. Porém, não apareceu detalhes de nenhum remanejamento corporativo policial nos últimos meses, o que quer dizer que forjaram um documento falso, bem como incorporaram dados falsos nos sistemas.

- Crê que eles continuam na busca por Rakesh?

- Sim, e não vão parar. Além disso, eles não são idiotas. Por mais que você estivesse destruído pela perda de Frank, eles sabem que não se deve mexer com um vampiro devastado, a vingança é inevitável. Eles já tinham um plano de fuga caso algo não saísse como esperado. Desaparecer é a especialidade destes miseráveis, por séculos, milênios têm sido assim. – Strelitzia bufafa de desgosto.

- O que quer que eu faça exatamente?

- Vá até a delegacia, pergunte se pode falar com o delegado, quer saber sobre alguma informação sobre o caso de Frank, identifique-se como o namorado dele. Normal. Veja o que falarão sobre ele, e principalmente se o delegado está lá. – Strelitzia cruzou os braços e olhou de canto para Gerard. – Eu gostaria de ir, mas não posso correr este risco. Se eles me capturarem, Rakesh virá e...e... – Strelitzia ficou séria.

- Jamais deve ir. – Gerard a abraçou. – Eu vou até lá, vai ficar tudo bem. Nós montaremos uma teia de aranha sem falhas, minha Rainha.

- Estes são meus planos e falaremos deles amanhã à noite.

- Prefeito.

Gerard afastou-se dela e com uma pequena reverência a saudou, deixando-a sozinha no corredor mais uma vez. Desceu as escadas e a mansão não possuía um único barulho, silenciosa como um verdadeiro túmulo. Ele foi até a cozinha e lançou mão de duas bolsas de sangue e as bebeu gelada mesmo, não poderia perder tempo. Contornou o balcão de mármore, abrindo o lixo e as jogando fora, vazias.

Ao sair da cozinha, atravessou o hall e assim que colocou os pés para fora da mansão, fechando a porta atrás de si, uma súbita presença o fez saltar em posição de ataque.

- Alaistair! Não faça mais isso! – Gerard parecia irritado e voltou à posição normal.

- Desculpe, mas estava testando seus reflexos. Ainda ótimo. – o vampiro elegante exibia seu belo sorriso.

- Você é impossível. Bem, entre, eu preciso sair.

- Eu sei, vou com você.

- Não, não, não. Vai ficar aqui. A Rainha... – e Gerard foi interrompido pelo toque dos dedos de Alaistair sobre seus lábios.

- Shhhh... já sei de tudo, eu ouvi. Tem de ir na delegacia, mais uma razão para eu te acompanhar.

- Desde quando você se tornou indiscreto a este ponto? Ouvir a conversa alheia?

- Sempre fiz com total discrição. É uma característica dos nobres e não a perdi. – Alaistair rolou os olhos. – Pare de ser desagradável e deselegante. Estou me oferecendo de bom grado para acompanhá-lo na empreitada, faz parte de nossos planos de aniquilação da raça maligna dos caçadores e você não aceita? Menino mau.

- Alaistair... isso não é brincadeira. Agora, entra logo!

- Gerard, é sério, bandeira branca, não estou fazendo nada para provocar, quero ajudar. De verdade. E que mal há em uma companhia? – os olhos azuis sedutores e cristalinos pareciam uma cascata de água límpida de algum lago mágico. Gerard suspirou, vencido, resolveu dar uma chance ao vampiro.

- Certo! Mas nada de maluquices. Isto é sério e você sabe bem disso. – Gerard lhe apontava o dedo indicador e Alaistair fez menção de mordê-lo.

- Certo! Bandeira branca, eu prometo. – Alaistair juntou as mãos e Gerard chacoalhou a cabeça.

Logo, os dois vampiros seguiram na estrada solitária e silenciosa até o centro de Ainavlisnart.

 

 

Os primeiros momentos da caminhada de Gerard e Alaistair foram silenciosas de palavras, apenas ouvindo o farfalhar dos passos sobre a vegetação e os sons noturnos das aves notívagas. Os dois seguiam com passos largos mas nada que ensejasse uma corrida, e vez ou outra um e outro virava para olhar o rosto alheio. Alaistair permanecia calado e Gerard se surpreendeu, embora soubesse o quanto o vampiro é contundente em suas promessas. Se ele dizia que estavam em trégua, bandeira branca, realmente significava que não tentaria fazer nada para desestabilizar Gerard. Mais uma das características que o vampiro mais velho admirava no ex companheiro de séculos.

- Eu quero agradecer por compreender minha atual condição e nos dar uma trégua. – Gerard falou tão baixo que se não fosse a audição aguçada do vampiro, ele jamais ouviria as palavras.

- Seu agradecimento é bem vindo, mesmo que eu não aceite a sua atual condição. – Alaistair seguia. – Uma hora ou outra haverá uma fenda neste relacionamento e eu ainda estarei aqui, pronto para te receber de braços abertos, leve o tempo que levar.

- Não dá para conversar com você. – Gerard bufou e ameaçou sair em velocidade, foi impedido pela mão ágil de Alaistair.

- Não seja tolo e infantil. – Alaistair possuía olhos flamejantes e Gerard recuou um tanto hipnotizado pela força que o vampiro exercia, aquela conversa não seria adiada. – Pare de agir assim, como um inocente e inconsequente juvenil frente ao primeiro amor de sua vida. Será que não aprendeu nada comigo? – a voz era moderada e firme e Gerard permanecia impassível. – Não é difícil compreender que um ser que ama outra pessoa tenha o direito de se recusar ao fato de que possa tê-lo perdido, até uma criança entenderia, então pare de infantilidades.

- Alaistair...

- Gerard, você é antigo, inteligente e sensível. É crédulo, supersticioso e nada disso poderia me surpreender. São características suas. Você possui todo o direito de buscar a sua felicidade em algo que acredita ser o certo e que vem ao encontro de suas crenças. Não nego a possível fé na reencarnação e menos ainda nos sentimentos alheios. Como já falei, é nítido seu afeto por Frank e o dele por você.

- Então?

- Então que eu também possuo o direito de escolha de te amar ou não, de te esperar ou não. Compete à mim e só a mim esta decisão. E eu decidi que não há ninguém que eu queira nesta eternidade ou na vindoura que não seja você. Você me completa, é a peça perfeita para mim. – Alaistair suspirou e voltou ao discurso. – Nosso clã me condena por tão aparente sentimento, por não deixar se perder no tempo e espaço e procurar minha felicidade, um novo amor. Acontece que eu não acredito que haja alguém que eu possa amar e me fazer tão bem quanto você. É minha decisão. – Alaistair soltou um riso nervoso e Gerard reparava-o. – Vemos isso o tempo inteiro em livros, filmes e outros, mas quando se deparam com algo ao que parecia, restrito a um ambiente artístico, não o recebem bem.

- É por se tratar da ficção, o mundo real é diferente.

- Diferente? Onde? Como? Já olhou para nós? Nós somos vampiros! O que a ficção faz na realidade, Gerard! – Alaistair falava com propriedade mas em tom baixo e Gerard sentiu-se confrontado. – Ainda que fôssemos humanos, que tal pensar na incrível possibilidade de que um Deus invisível e absoluto, em um dia entediado resolveu brincar com lama e criar um boneco. Então, transformou o boneco e deu-lhe vida própria; corpo, alma e espírito. Deu-lhe sangue, o fôlego de vida. Sentimentos. Qual é a diferença da ficção e da realidade?

Gerard estava sem palavras. Alaistair continuou:

- Pare de diminuir o que sinto por você, pare de achar que sou um tolo que está tentando fazer joguinhos juvenis, para não dizer infantis. Você conviveu comigo um bom tempo e sabe que a última coisa que sou, aliás  não sou, é vulgar. Eu apenas quero que respeite a minha decisão de achar que não posso e não quero amar ninguém além de você, e que não me importo de te esperar, ainda que espere para sempre de fato. É minha decisão, minha miserável vida, minha angustiante espera. – Alaistair olhava-o docemente e levantava a mão para acariciá-lo no rosto e Gerard não impedia, estava petrificado.

- Eu sinto muito. – Gerard lamentava. – Não foi esta a minha intenção. Sinto muito mesmo e espero que me perdoe.

- Não sinta ou lamente. Amar você é o que me mantém vivo, altivo, poderoso. É a força que me impulsiona e me faz ver um brilho e mágica tão apagados nesta vida deplorável. Você tornou meu mundo mais bonito e deu sentido a ele. Portanto, seja mais gentil comigo, pois você sabe muito bem que detesto escândalos e vulgaridades. Se algum dia, e creio que este dia chegará, você voltar para mim, não será com cenas de ciúmes e lavagens de roupa suja de rameiras. Será por decisões sábias, calmas e elegantes. – Alaistair fez uma pausa e Gerard engoliu em seco. – Eu amo você e estou aqui por você. Se eu desejo empenhar minhas forças nesta luta é porque a simples ideia de você não mais existir, me deixou insano. Eu estou aqui pelo o que fizeram com você naquele cativeiro, pelo o que te ameaçaram, pelo o que poderia acontecer e meu mundo seria destruído em mil pedaços. Eu me tornei vingança para e por você. Portanto, não reduza a mim ou meus sentimentos por conta da sua atual relação.

Gerard sentia-se revirado de cabeça para baixo e por um breve momento seus olhos lacrimejaram, ainda fitando os olhos cristalinos de Alaistair, ele disse com propriedade e sentimento:

- Me perdoe por fazê-lo sofrer, eu não possuo este direito.

- Não se torture e não me peça perdão. Não se arraste. Apenas fui sincero, quero que tudo fique muito claro para você pois já cansei deste "joguinho" inútil de adolescentes abobalhados.

- Sim, você tem toda a razão e só agora me dei conta do quanto fui injusto e grosseiro com você. – Gerard sacudiu um pouco a cabeça e voltou a olhá-lo. – Posso ser antigo, entretanto você é o sábio. – sorriu e Alaistair retribuiu, ambos relaxaram um pouco.

- Bom, estamos conversados e bem resolvidos, sim?

- Sim. Obrigado pelo apoio, carinho e amor. – Gerard esboçou um sorriso.

- Eu agradeço. – Alaistair sorriu e aproximou-se mais dele, Gerard não esquivou. Alaistair deu-lhe um beijo na testa. – Agora, nos apressemos. Tomar informações necessárias e voltar pois o dia já vem.

Gerard concordou com a cabeça e os dois se tornaram mais velozes.

 

 

Chegando na delegacia, tudo parecia mais tranquilo do que nunca, exatamente como em qualquer outro dia. As viaturas oficiais paradas, alguns policiais em guarda nos arredores e sem movimentos bruscos no interior do prédio. Gerard estranhou o som das vozes e não conseguiu identificar nenhuma conhecida, eram esparsas e sobre assuntos aleatórios, nenhum criminal; os sons dos teclados e cliques do mouse de computador eram os mais notórios, nada além disso. Alaistair continuava olhando ao redor, atento como uma raposa.

- Consegue ouvir algo? – Alaistair perguntou.

- Não. Não reconheço as vozes e não há nada incomum. Dado o horário e a cidade ser pacata... isso colabora muito.

- Talvez estejam em silêncio ou não estejam aí. Ele permanecia o turno da noite?

- Algumas vezes, mas nem sei se eu conseguiria me controlar se o encontrasse. Talvez seja melhor apenas entrar e realmente perguntar aleatoriamente e ir embora. Se eu ver a cara daqueles psicopatas, farei uma grande besteira. – Gerard disse em tom mais colérico.

- Eu te ajudo e depois limpamos a bagunça. – Alaistair piscou-lhe e Gerard não conteve o sorriso. – Vamos.

Os dois vampiros entraram na delegacia e os olhos da recepção e de alguns guardas recaíram sobre eles. Sem cerimônia, Gerard aproximou-se do balcão e pôs-se a falar com a recepcionista:

- Boa noite. – disse cordialmente e ela lhe sorriu.

- Boa noite, senhores. Em que posso ajudá-los?

- Eu... er... – Gerard suspirou fundo, ainda que Frank estivesse vivo e bem, entrar naquele local e remontar o pesadelo cruel que havia atravessado era extremamente angustiante.

- O senhor é o professor da faculdade, não é? O qual teve o namorado assassinado? – a recepcionista ergueu um exemplar de jornal de alguns dias atrás com a notícia da barbárie na primeira página. Gerard e Alaistair se entreolharam e o mais antigo confirmou.

- Sim, sou eu. – Gerard respondeu gentil.

- Eu sinto muitíssimo. – a jovem balançava a cabeça negativamente. – Nunca vi algo tão horroroso.

- Obrigado por seus sentimentos. E, na verdade, é por esta razão que estou aqui.

- O senhor recebeu alguma pista sobre o caso? – ela mudou de posição, lançando mão de uma caneta.

- Não, nada. – Gerard mentiu. – Vim verificar se há algo de novo na resolução do caso, na busca pelos criminosos, se vocês conseguiram avançar na investigação. Desculpe o horário, mas desde que tudo aconteceu, tenho grandes dificuldades para dormir e minha vida está de cabeça para baixo. – ele continuava a mentir e Alaistair segurou o riso por tamanha encenação.

- Claro, senhor. Nem precisa explicar. De qualquer forma, infelizmente não possuímos novidades no caso. É como se tudo tivesse evaporado no ar, um crime praticamente perfeito. Ainda mais agora com a ausência do delegado... – e Gerard teve de interrompê-la.

- Ausência? Perdão por interromper.

- Sem problemas. Sim. Logo após o funeral do jovem, o delegado recebeu um chamado superior do gabinete do governador, e desde então ele foi remanejado para outra jurisdição mas, ninguém sabe onde.

- Mas isto é extremamente desconfortável. – Alaistair pronunciou-se e fez a jovem olhá-lo. Ele deu um meio sorriso e ela não piscou. Era tudo o que Alaistair queria, iniciou o hipnotismo na jovem e agora eles saberiam mais detalhes de tudo. Gerard reparava-o e sorriu levemente. – Como a investigação será conduzida?

- Um novo delegado já foi designado para nós, porém nosso antigo delegado e seus assistentes mais próximos foram remanejados. Dizem que é questão sigilosa. – a jovem dizia sem receios e em tom baixo, como se contasse um segredo.

- Nossa! – Gerard segurava a sua cólera para expressar apenas sua indignação.

- Pois é, parece até coisa de filme americano, não é? – ela sorriu inocente. – Quando ele veio para cá também não possuíamos muita informação, é como se ele estivesse em uma missão especial, investigando algo que não poderia ser revelado e paralelamente, fazendo o trabalho normal de delegado na nossa cidade tão pacata. Quanto à investigação do caso de assassinato brutal de seu namorado, ainda seguirá por 30 dias, e caso nada seja encontrado para trazer novo fato ao inquérito, aí sim será arquivado e só poderá ser desarquivado mediante apresentação de novas provas. – a recepcionista explicou.

- Eu entendo. E agradeço! – Gerard foi gentil, segurando a raiva dentro de si e com Alaistair meneando a cabeça na direção da moça hipnotizada pelo seu poder e por sua beleza singular, ele pegou a mão dela e a beijou, e seguiu-se um arrepio pelo corpo da moça que foi livre do poder do vampiro, ela sorriu sem graça e eles se afastaram, saindo da delegacia.

- Novas provas? – Alaistair deu um sorriso torto para Gerard.

- Agora, nós é quem resolvemos isso. Temos nossas provas suficientes. – Gerard o olhou de forma diabólica e Alaistair sorriu. – Apesar do hipnotismo, acho que ela diria tudo para você do mesmo modo. Reparou como ela te olhava?

- Estou lisonjeado pelos elogios e sinto certo ciúme. – Alaistair riu leve e Gerard balançava a cabeça, rindo também.

- Pare. Não é nada disso.

- Hum, sei... – eles sorriram.

Os dois vampiros seguiram o caminho de volta para a mansão, e diferentemente da ida, ao voltar e adentrar uma área mais isolada, ambos correram em alta velocidade pois o dia chegava com ímpeto.

Logo ao entrar na mansão e fechar a porta atrás de si, Gerard olhou para Alaistair que parava ao seu lado e disse:

- Muito obrigado por me acompanhar e por conversar comigo tão honestamente, eu necessitava ouvir aquilo, nós precisávamos daquela conversa. Espero que esta bandeira branca continue. – Gerard sorriu.

- Tudo depende de você, se comportar-se direito. – Alaistair sorria entre cada palavra e isso arrancou um riso natural de Gerard.

- Prometo que me comportarei. – Gerard sorriu novamente e Alaistair balançou a cabeça em afirmativo. – Descanse bem. – e se afastou.

- Você também... – e finalizou baixinho, contemplando o vôo de Gerard até o topo da escada. - ... meu amor.

 

End of the chapter twenty three.

 


Notas Finais


Então, gente sensacional! O que acharam deste capítulo? Desta conversa aí entre Alaistair e Gerard? E o final? E o que dizer do nosso casal mais amorzinho do mundo no início?!
<3
Bom, vou aguardar ansiosa por suas impressões :D
AH, e para quem está desavisado aí, Tia Mary preparou mais uma história Frerard para você com um temperinho a mais? Tá curioso/curiosa? CORRE PARA LER: https://spiritfanfics.com/historia/a-kiss-before-she-goes-6629490 \o/
Se Deus quiser, volto logo para postar mais (mantendo o prazo, mesmo que eu o tenha quebrado - sad, perdoa eu- de 15 dias, okay?) e neste domingo tem atualização da fic nova ;)
MEGA BEIJOOOOS!!!!!!!!!!!! AMO VOCÊS!!!!!!!!!!!!!!!!! <3 <3 <3


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