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História The Setting Sun - Capítulo Vinte e Cinco - Vampires Will Never Hurt You


Escrita por: MaryAnnSGWay

Notas do Autor


QUERIDONAS E QUERIDÕES!!! TUDO BEM COM VOCÊS?!
Espero que sim! Tia Mary demorou um pouquinho porque estava doentinha, mas como a mão não estava comprometida, vamos digitar, né? Mesmo que seja devagar haha
GENTE GOSTOSA! Cada vez mais privilegiada por ter vocês como leitores e favoritos pois é muito amor e carinho! *___*
Quero agradecer muito por cada comentário fabuloso e por cada novo favorito: Sou_Infeliz, haslei13 e cry_sataniero! MUITO AMOR PARA VOCÊS! <3
Sem mais, muitos beijos e boa leitura para todos! :D

Capítulo 25 - Capítulo Vinte e Cinco - Vampires Will Never Hurt You


Fanfic / Fanfiction The Setting Sun - Capítulo Vinte e Cinco - Vampires Will Never Hurt You

 

Chapter Twenty Five – Vampires Will Never Hurt You

 

Anna piscou várias vezes e olhou mais uma vez para a figura de Frank no centro da sala espetacular, sob a luz do lustre de cristal que o iluminava. Talvez, ela pensava em uma holografia, um truque da sua mente tão cansada e olhou para Gerard, e puxou Joseph pela camisa.

- Eu... eu o ouvi de verdade? É real? Isto... isto não é uma sessão espírita, não é?  - a voz da morena fez os presentes esboçarem sorrisos pelo questionamento e Frank riu alto.

- Estou bem longe de ser um espírito, An! Venha, se aproxime de mim, ou vou aí te agarrar.

Anna riu ao mesmo tempo que as lágrimas saltavam dos olhos e deu passos largos até Frank. Chegou perto do amigo e ele pegou suas mãos e fez com que ela se agitasse pelo toque.

- Frio, não é? – ele perguntou simples e ela assentiu. – Logo, saberá a razão.

- Há razão?

- Muita.

Frank tocou-lhe a face e ela fechou os olhos, deixando escapar em seguida um soluço do choro entalado na garganta, explodindo a seguir e fazendo Frank puxá-la para si, apertando-a num abraço forte e poderoso, carregado de saudade, alívio e amor.

- Eu senti tanto a sua falta! Eu morri pela perda! – Anna dizia baixo, chorando sem cessar.

- Eu também, minha linda pimentinha. – Frank a fez rir.

- É você, de verdade, é você! – ela o apertava e beijava-o no rosto.

- Claro que sim, sou eu, meio modificado e melhorado, mas ainda eu.

- Deve ser mesmo. – ela afastou-se um pouco e olhou-o. Lógico que notou as olheiras ainda leves pois era um recém nascido, mas os olhos estavam mais poderosos e havia o filete vermelho ao redor, a pele ainda mais translúcida e a temperatura das mãos e rosto. Só agora, Anna percebia que não sentiu respiração nele, tampouco batidas do coração. – Realmente, está diferente. O que houve? Como escapou? Nós fizemos seu funeral. O que aconteceu?

- Bom, isto não é fácil de falar, mas será necessário. Tem de ser forte. – Frank olhou de relance para Gerard e Strelitzia.

- Peço um minuto da atenção de vocês. – Strelitzia fazia ressoar sua voz e todos a olharam atentos. Frank segurou firme a mão de Anna e apesar da surpresa que pairava em seu espírito, ela sorriu frente ao gesto. – Frank e Anna necessitam de um momento a sós e então voltaremos a nos reunir.

- Eu não queria incomodar vocês... – Anna dizia baixo para Frank que a silenciou.

- Shhhh. Eu estou muito feliz que esteja aqui, é o melhor presente que ganhei nestes últimos dias. – ele a beijou no rosto rapidamente.

- Dentro de determinado tempo voltamos, tudo bem? – Strelitzia sorriu-lhes e os dois agradeceram.

- Muito obrigada!

- Obrigado, minha Rainha. – Frank piscava e olhava para Gerard em seguida.

- Fiquem à vontade. – Strelitzia lançou-lhes um olhar compassivo e amoroso e Anna sentia-se muito afeiçoada por ela, como se um instinto maternal a acolhesse.

Enquanto os demais vampiros seguiam Strelitzia na saída da sala branca, Gerard e Joseph ficaram por último, acenando para Frank e Anna que corresponderam. Joseph suspirou fundo e Gerard colocou as mãos nas costas dele. Assim que saíram e a porta foi fechada, Frank gesticulou para que Anna sentasse e por alguns segundos ela ainda continuou a analisá-lo, incrédula, tornando seus olhos aptos a ver que o grande amigo estava vivo em sua frente.

- É surreal. – ela disse com suavidade e tocando-lhe a face, Frank sorria de forma infantil. – É real, você está aqui, de verdade. Eu não estou sonhando, Frankie?

- Não, minha pimentinha.

- Eu... eu não consigo entender, eu te vi no caixão... o funeral foi de verdade. Nós te velamos e sepultamos no mausoléo. Eu não entendo. – ela chacoalhava a cabeça. – Sua morte foi tão vil e cruel, anjo. Foi desumana! Um crime de ódio!

- Sim, foi mesmo e não nego que morri. Tudo foi real, An. A morte, o velório, o funeral, tudo aconteceu de verdade e nós passamos por isto, todos nós. O sofrimento foi extremamente verdadeiro, seu, de Gerard, de todos aqui, meus pais, meu sofrimento. E ainda lateja, afinal, você é a primeira pessoa da minha antiga vida que eu tenho contato, eu não tive mais esta presença com ninguém.

- Mas como assim, Frank? Seus pais não sabem? E como tudo foi real e você está aqui, vivo? O que houve? Foi alguma reversão do quadro clínico? Porque diz “antiga vida”? Desculpa mas é um grande soco na minha cabeça.

- É totalmente aceitável, Anna. É nesta parte que entra a questão que disse de “difícil aceitar, acreditar”.

- Te falar a verdade, isto parece história dos Contos da Cripta ou Além da Imaginação. – Anna riu e Frank acompanhou. – Ou, uma sensação do momento. Zumbis.

- Não, não,não. – Frank gargalhou. – Não sou nenhum zumbi. – ele suspirou fundo e olhou-a nos olhos. – Eu sou um vampiro, Anna. Bem mais sexy, não?

Anna ficou parada olhando-o atordoada. Que espécie de explicação, revelação era essa?

 

 

A gargalhada da mulher ecoou na sala e Anna colocou a mão na boca reprimindo o ruído que saiu estrondoso pelo silêncio e acústica da sala. Frank a olhava e sorria.

- Desculpa... Vejo que continua o mesmo Frank de sempre, cheio de bom humor. – Anna conteve-se. – Me fala sério, seu pequeno arteiro, o que te aconteceu? Você teve aquela síndrome na qual a pessoa paralisa, todos acham que ela está morta e depois ela acorda? Muita gente já foi enterrada viva por causa disso e morreu depois por não ter como respirar no caixão. – Anna estava séria.

- Se não me engano, isso chama-se catalepsia. Mas não foi isso não, eu me tornei vampiro mesmo. – ele lhe sorriu novamente. – Olha aqui. – Frank levantou-se, abriu os braços e fechou os olhos sob atenta visão de Anna e levitou na frente da amiga que expressava incredulidade.

- Isto... isto... é... impo-impossível! – Anna surpreendia-se. – Não pode ser, Frank! Isto não existe, é uma lenda, um mito, uma história! Não é verdade!

- Ah, é verdade sim, muito verdade. Eu decidi levitar porque sair mostrando as presas, é no mínimo constrangedor. Pimentinha, eu sou um vampiro, Gerard é, todas aquelas pessoas que estavam nesta sala são... – Frank olhou-a mais intensamente. - ... e isso inclui Joseph, Anna. Sinto muito que seja esta a maneira na qual você está descobrindo.

- Não, Frank. Não. – Anna levantou-se e colocou a mão na cabeça, abriu a boca tentando respirar mais e Frank preocupou-se com a  amiga. – Eu estou bem, não vou desmaiar, só preciso de um tempo.

Frank continuou observando-a e ela respirava fundo, depois sentou-se devagar no sofá e segurou as mãos dele.

- É por isso que estão frias, e seu rosto tão pálido, as olheiras, a cor dos olhos ainda mais acentuadas... Está ainda mais lindo do que antes.  – ela sacudiu um pouco a cabeça. – Mas, eu e Joseph nos encontramos de dia, se ele é um vampiro...

- Se ele te disse que vocês saíram de dia ou que jantaram juntos e tomaram café, mais uma vez peço desculpas mas não foi isso. Ele te hipnotizou e fez você acreditar nisso. Gerard teve de me hipnotizar uma vez por causa de um jantar, e foi a única vez porque um pouco depois, no dia da festa na faculdade, uma galera loucona na cachaça acabou jogando uma garrafa na nossa direção e pegou no Gerard. O corte na cabeça dele foi horroroso e eu vi regenerar por completo na minha frente, em segundos. – Frank suspirou. – Por causa disso, Gerard revelou-se para mim.

- Frank, eu fui enganada todo este tempo? Eu não acredito! – Anna ficou nervosa.

- Anna, veja bem. Imagina chegar em alguém e falar “Prazer, meu nome é tal e sou um vampiro”. Porra, sem condição, né? – ele reparou que a face dela se modificava. – Eu fiquei tão surpreso quanto você quando Gerard me fez a revelação, não acreditei e depois é que fui me convencendo. E tem mais, se você ama este ser, que interessa se é humano ou vampiro, vivo ou morto-vivo? – Frank riu leve e Anna suspirou. – Interessa é que você é importante para esta pessoa. Foi isso que me impulsionou a aceitar esta condição do meu namorado, eu o amo e ele me ama, a gente só precisa disso. E eu tenho absoluta certeza que o Joseph te ama senão ele nem teria se dado ao trabalho e exposição de te trazer aqui, para me ver e para que saiba quem ele realmente é.

- Frank, é uma loucura completa, pelo amor de Deus. – Anna ainda estava atordoada.

- Eu sei, pimentinha, mas não dá mais para esconder isso de você. Ele deve ter sofrido muito por causa disso, pode crer.

- Eu não sei o que pensar. – Anna olhou-o e sorriu a seguir para Frank. – O que sei agora é que, se foi isto que te aconteceu e você reviveu, me basta. Eu só precisava do meu amigo comigo novamente. Humano, vampiro, tanto faz, você está aqui e eu senti sua falta, eu te amo demais, meu amigo!

Frank impulsionou-se e a abraçou fortemente, Anna o apertava contra si e o vampiro a acariciava nas costas. Os dois permaneceram desta maneira durante algum tempo e ao se afastarem, Frank beijou-a na testa fazendo-a fechar os olhos levemente e sorrir.

- Estou feliz por estar aqui e te ver.

- Eu também estou, mas agora precisa guardar segredo. – Frank fez um gesto de Shhh com o dedo, Anna riu. – Minha morte foi maquinada por caçadores de vampiros, An. Gente perversa que queria chegar até Gerard e tirar segredos dele. Como não conseguiram o que queriam, me mataram. – Frank franziu os lábios e Anna abria a boca em espanto. – Só que eles não sabiam que havia sangue de Gerard em mim e após a minha morte, fui transformado em vampiro. Nem Gerard sabia disso, que era possível.

- Mas, como então se ele não te deu o sangue na hora que estava morrendo? Foi isso que entendi?

- Sim, na hora não foi possível, os caçadores o aprisionaram com correntes de prata, ele ficou desesperado, a pior cena que já vi e vivi em toda a minha vida.

- Eu imagino e não precisa reviver isso, não quero que se aborreça e sofra.

- Tudo bem, só estou falando rapidamente para que entenda. Eu tinha sangue do Gerard em meu corpo por outros motivos. – Frank piscou para a amiga que sorriu. – Quando se tem um namorado vampiro, a gente tenta umas coisas novas. – e ambos riram.

- Super entendi.

- Por isso fui dado como morto e quando acordei no mausoléo, Gerard ficou surpreendido, não sabia explicar. Então,a Rainha dos vampiros chegou e explicou. Strelitzia.

- Nossa, ela é tão maravilhosa!

- Ela é mesmo, magnífica e poderosa, tem um instinto maternal pulsante. Já me ajudou muito nesta minha nova vida, em muitos aspectos.

- Tenho certeza que sim. – Anna parecia um pouco mais relaxada, porém algo veio rápido na sua cabeça e ela assumiu nova postura. - Frank, como você se alimenta? Está matando pessoas? – Anna espantou-se com seu próprio questionamento.

- Nós temos um acordo com um médico que nos fornece bolsas de sangue e assim não matamos. Mas, eu matei uma pessoa. Foi em um momento de fúria e desorientação por causa de vários fatores, entre eles o ex namorado do Gerard, Alaistair. O vampiro mais soberbo e com os olhos mais azuis da sala.

- Sério?! Se minha memória não falha, ele é obscenamente lindo!

- Mas é um desgraçado miserável, não se engane.

- Nossa, Frank...

- Vou te contar tudo! Incluindo a parte mais fofa, a de que realmente sou a alma gêmea e reencarnação do primeiro, grande e único amor do Gerard quando ele ainda era humano. – Frank sorria e Anna começava a gostar da sensação de alívio mesmo que entre revelações bombásticas.

- Conte, conte, conte logo!

Com a atenção de Anna e sua apaziguação frente às revelações da noite, Frank embarcou numa conversa detalhada com a amiga sobre os vampiros, Alaistair, a Rainha e os planos de vingança. O momento dado por Strelitzia aos dois se transformaram em horas, mas quem é que se importa quando a noite para eles estava apenas começando?

 

 

As horas passaram e Anna e Frank estavam tão mergulhados em seu reencontro que, mal se deram conta quando a ouviram algumas batidas na porta e Frank alçou a voz para um “Entre” gentil. Ambos aguardaram e a silhueta de Gerard apresentou-se. Todos sorriram e Gerard colocou as mãos sobre os ombros do namorado e beijou-lhe o topo da cabeça, Anna sorriu abertamente.

- Obrigada por amar tanto meu amigo. Por salvá-lo, mesmo que “sem querer”. – ela frisou a última expressão com aspas feitas com os dedos no ar e ambos sorriram.

- Não fiz mais do que meu espírito e alma deveriam fazer. Seria impossível para mim viver sem Frank, não poderia perdê-lo de novo. – Gerard beijou mais demoradamente o topo da cabeça de Frank e o jovem fechou os olhos pelo carinho. Anna sentia-se em paz pelo amigo estar bem, forte e protegido.

- Vocês são maravilhosos. Tudo ficará bem, Frank me contou tudo e se eu puder ajudar de alguma maneira, estou à disposição. – Anna suspirou. – Sei o quanto é perigoso, mas contem comigo, de verdade. Qualquer coisa!

- Muito obrigada, Anna, te chamaremos sim. Entretanto, neste momento, só preciso que visite o meu amor e faça-o sentir-se bem. – Gerard pedia-lhe gentilmente.

- Pode esperar que me verá muitas vezes por aqui, com discrição é claro.

- Bom, creio que uma parte dos assuntos e surpresas desta noite foi resolvido, An, e estou mais do que feliz por ter você novamente. Mas agora, você e Joseph precisam conversar. – Frank sempre foi de uma objetividade nata, que pareceu acentuar-se ainda mais com o vampirismo.

- Eu sei. – Ela franziu um pouco os lábios. – E não será fácil.

- Pode não ser, mas lembre do que eu falei. – Frank segurou o queixo dela e sorriu, ela retribuiu. – Amor. Só amor.

- Okay, me lembrarei disso. – Anna sorriu e Frank a beijou na testa, deixando-a levantar-se e levantando em seguida.

- Bom, deixe Joseph levá-la para casa, e que ele retorne para nós pois ainda temos uma reunião importante. Terá tempo para absorver um pouco mais.

-  Sim, preciso de um tempo mesmo, minha cabeça está rodando.

- Pois é... Descanse.

Os três deixaram a sala branca com um sentimento leve no ar e ao chegarem na sala de estar, Joseph saltou do sofá, apreensivo. Gerard e Frank lhe sorriram enquanto Anna pôs-se a agradecer a cordialidade dos vampiros:

- Agradeço por me emprestarem Frank por estes momentos. Ele é o mais próximo de irmão que já tive e sua falta era mais que enorme para mim. Obrigada.

Todos lhe sorriram e assentiram a cabeça, Anna sorriu em retribuição e notou taças nas mãos dos vampiros. Embora a taça fosse negra, ela sabia que o conteúdo era vermelho. Joseph se aproximou e ela desarmou-se um pouco. A raiva havia passado, pelo menos a inicial, e agora ela precisava de momentos de reflexão a sós.

- Posso te levar para casa? – ele perguntou baixo.

- Sim. Você ainda tem uma reunião esta noite, vamos rápido. Não quero atrapalhar mais do que já atrapalhei. – ela tentou sorrir e virou-se para Frank. – Me dá mais um abraço! Mais dois, três!

Eles se abraçaram novamente e com vários beijos nas bochechas, mútuos, se distanciaram a seguir.

- Espero vê-la em breve.

- Com certeza verá.

Joseph colocou a mão levemente no meio das costas dela e os dois se dirigiram até a porta, Gerard despediu-os e voltou a juntar-se com o clã na sala de estar, esperando pelo retorno de Joseph e sentindo que Frank estava mais iluminado esta noite. Quem dera os pais dele pudessem vê-lo! Frank ficaria mais forte e confiante, mas não dava para arriscar demais.

 

 

Anna e Joseph fizeram o trajeto até a casa dela em completo silêncio sepulcral, porém Anna não conseguiu evitar os olhares para o namorado. Desta vez, ela não o via mais como o humano que ele fingiu ser todo este tempo; agora, ela o olhava como o vampiro que era. Anna sempre achou Joseph um homem fabuloso e com extremos. Extremamente branco, com olhos acentuados e misteriosos, forte, decidido e com um toque diabólico. Ela achava instigante e charmoso, e enfim revelou-se a verdade. O seu namorado era um ser sobrenatural dos mais desejados e o mito mais sensual. Agora ela se dava conta do uso constante de luvas em suas mãos e as quais ele somente tirava na hora do sexo que, por excitação extrema e consequentemente após alimentado, tornava seu corpo mais quente e próximo da temperatura humana.

O carro foi estacionado e Anna suspirou, Joseph estava receoso de dizer qualquer coisa para a namorada e a aguardou.  Anna pronunciou-se:

- Eu quero agradecer pelo o que fez hoje. Por ver meu sofrimento e me levar para ver Frank, mesmo que isto implicasse em tão grandes segredos revelados. – ela estava um pouco de lado no banco e retirou o cinto de segurança, olhava-o séria.

- Eu já devia ter feito isto muito tempo atrás, tenho de pedir perdão. – ele retirou o cinto e também ajeitou-se melhor no banco na direção dela.

- Vamos deixar o perdão para depois, okay? – Anna gesticulava com a mão em um gesto de “calma”. Joseph assentiu. – Até porque eu também terei de pedir perdão para você, ainda que não valha nada agora... – ela balançava a cabeça em negativa e Joseph tocou-lhe o queixo, levantando-o e fazendo a morena olhá-lo.

- Independente do que seja, não é mais grave do que fiz com você. – ele suspirou. – Eu menti para você, enganei e até usei de meus poderes para esconder minha identidade de você. Mas agora eu estou aqui, de cara e alma escancarada, Anna, e se quiser, apesar de meu sofimento ser ainda maior do que se eu morresse novamente, fique livre para me deixar. Eu mereço seu desprezo, eu... – e ele foi interrompido pelo toque dos dedos dela sobre os lábios dele.

- Pare, não fale mais nada, não fale isso. – Anna estava emocionada e seus olhos se marejaram, Joseph queria abraçá-la, beijá-la, fazê-la ficar confiante e segura... mas como? Anna prosseguiu. – Frank me disse tudo sobre a família de vocês, o que aconteceu com ele e Gerard, o tamanho daquele horror e sofrimento, o que vocês ainda enfrentarão. Eu não posso competir com isso, nós não podemos. Nosso namoro precisa iniciar uma nova fase, só que eu não sei se conseguiremos e por motivos que não são minha raiva, pois já passou e tampouco minha surpresa, pois Frank me fez ver isto tudo com outros olhos.

- Frank é realmente nosso santo patrono. – Joseph sorriu e Anna retribuía.

- Ele é maravilhoso!

- O que poderia ser tão difícil, então? Deixou de me amar? – e um tremor percorria o corpo do vampiro.

- Não, não é isso. – Anna dizia leve e simples, aliviando a tensão de Joseph. – É outra coisa.

- Me diz, meu amor, não pode ser pior ou mais grave do que o que fiz.

- É algo imutável, Joe. Este é o problema. E quando falei que ainda não era tempo de pedir perdão porque eu também errei com você por mais que não importe agora. Na verdade, nem seus erros importam mais.

- Ainda assim, me fale. Eu quero iniciar esta nova fase com você agora, neste instante, neste segundo.

- É melhor você voltar para a Mansão, depois falamos disso. – Anna apertou a mão dele e Joseph viu as lágrimas descerem e molharem o rosto da namorada, e ela num gesto brusco enxugou-as rapidamente.

- Não, não posso te deixar assim.

Anna o abraçou e começou a chorar de vez, já tinha segurado o pranto por muito tempo. Joseph a confortava e dizia palavras de carinho para a namorada e ela o apertava contra si. Com mais uns minutos, Anna controlou-se e sendo auxiliada pelos dedos de Joseph, seu rosto voltava a ficar seco novamente, embora os olhos permanecessem vermelhos.

- Joe, eu preciso dizer que nossa relação sempre foi perfeita para mim. Você foi o único homem o qual realmente amei em minha vida e o qual conseguia imaginar uma vida inteira juntos.

- E teremos, meu amor, teremos!

- Deixa eu terminar. – Anna fungou um pouco mais. – O único homem o qual eu imaginei que pudesse... – ela hesitou e ele a encorajou com um olhar e um sorriso. - ... o homem que sonhei para ser pai dos meus filhos. – Anna voltava a chorar. – Depois de achar o amor da minha vida, o meu maior sonho, a minha maior realização seria ser mãe. Mãe! E, você... você é um... um...

- Vampiro. Um morto-vivo. – ele lamentava-se e a abraçava. O coração de Joseph parecia esmagado pela dor da namorada que agora misturava-se com a sua.

- Agora eu vejo claramente porque não engravidava apesar dos meus esforços!

- Esforços?

- Sim, eu parei com o anticoncepcional um mês e meio atrás, mais ou menos, e...

- E?

- E também furei todas as camisinhas que carregava, ou deixava em minha casa.

- Por isso, você fazia questão que eu usasse as que você guardava. – Joseph não conseguiu deixar de sorrir. – Ah, meu amor. – ele a tomou nos braços novamente.

- Por que está sorrindo? Eu sou boba mesmo, não? Não adiantava nada. Eu queria engravidar, mas é impossível quando seu namorado é um vampiro. – Anna suspirou.

- Estou sorrindo porque você me ama tanto que desejou ser mãe dos meus filhos, nossos filhos. Isto é lindo.

- Pode até ser, mas não poderei realizar isso, Joe. Entende? Eu não posso ser mãe, por mais que te ame, você nunca poderá me dar um filho. – Anna chorava novamente. – Mas eu te amo, te amo muito! E o que faço?!

- Calma, meu amor, calma. – Ele continuava mantendo-a firme entre seus braços. – Precisamos pensar nisto, com calma, porque eu também te amo demais e se ainda me quiser, nós seguiremos em frente, e nós vamos chegar num consenso sobre este assunto tão delicado. – ele a beijou na bochecha. – Eu acho que você precisa descansar um pouco.

- Muito.

- Eu vou voltar para a Mansão e assim que a reunião terminar, volto correndo para passar a noite com você, tudo bem?

- Sim. Por favor.

Joseph lhe sorriu e Anna retribuiu, e em seguida ele lhe deu um beijo apaixonado. Anna sentiu-se preenchida por aquele carinho e amor incondicional. Joseph era esplêndido, e ela possui uma certeza ainda mais absoluta de que seja humano ou vampiro, ele ainda era o homem e grande amor de sua vida.

- Te amo. – ele disse baixo, beijando-a levemente.

- Te amo. – ela dizia de olhos fechados.

 

End of the chapter twenty five.

 


Notas Finais


EITA!
Anna querendo ser mãe, COMOFAZ?!
Que cêis acham disso e o que isso vai dar? E gostaram dela com Frank? FOFOS, né? :)
OBRIGADÍSSIMA POR LER!!!! E AH, não esquecem de dar uma olhada lá em Superstar, A Kiss Before She Goes e Lyra. Quem já passou por lá, espero que tenha gostado ;)
BEIJOOOOCASSSSS, INTÉ MAIS! <3 <3 <3


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