História The Seven Doors (Imagine BTS) - See You, S/N

Depois de alguns dias, o dia de tirar as fotos chegou, e eu não estava nem um pouco animada pra isso, já meu padrasto e mãe pareciam estar até demais. Separaram até as roupas que eu iriam usar, o que já da pra imaginar quais são: vestido rosa, curto e rodado, estilo princesinha, do jeito que eles gostavam e do único jeito que me aceitavam.

Ainda era de manhã, em um sábado, eu tinha acabado de acordar por conta da campainha que não parava de tocar. Bufo e me levanto revirando os olhos enquanto coçava os mesmos. Desço com meu pijaminha de Panda que adorava, sem me importar e atendo a porta, me espantando ao me deparar com Jimin.

—Belo pijama! -ele ri fraco ao me ver com aquele pijama estilo macacão. Apenas faço uma careta.

—Ta, o que venho fazer aqui?  -bocejo e olho sonolenta pra ele, arqueando a sobrancelha.

—As fotos. Não se lembra? 

—Ah, claro, sim, as fotos. -assenti. - Entra aí! -espero ele entrar e fecho a porta. Logo encontramos com minha mãe, já arrumada pra "sessão dela". A olho franzindo o cenho, estava impressionada do quão rápido ela se arrumou, e apesar de ter sido rápido, estava linda. Com um coque baixo em seus belos cabelos loiros, um vestido branco que vinha até seus joelhos e que definia perfeitamente seu corpo, juntamente com um salto vinho enveludado. 

—Vejo que já estão prontos pra começar... Então, onde serão feitas as fotos? -Jimin pergunta olhando a casa e se impressionando com o quão grande era.

—Oh, serão feitas na sala de estar que já está, por acaso, sendo arrumada. -ela sorri. -Pode me acompanhar, por favor? -ela pede a ele e em seguida, dirigi seu olhar a mim. - S/N, o que é isso? Vá se arrumar logo! Daqui a pouco será sua vez! -ela me olha com os olhos semicerrados e logo entorto a boca, subindo ao meu quarto enquanto eles seguiam até a sala de estar.

Ao entrar em meu quarto, vejo uma maquiadora e uns vestidos sobre minha cama, junto com alguns sapatos enfileirados debaixo dos mesmos. Acho que eram as combinações que escolheram pra mim dessa vez, aish.

Apenas pego uma que me achou mais aceitável e a visto, e seguida, sendo quase obrigada a me maquiar, já que colocaram uma maquiadora justamente no meu quarto. 

Depois de terminar a maquiagem que ainda não tinha visto, já foi arrumar o cabelo. Reviro os olhos. Não vejo necessidade pra tudo isso. Eram só fotos. Míseras fotos.

[...]

Depois de algum tempo, terminado tudo isso, eu me olhei no espelho, e eu via algo totalmente diferente. Meus olhos chegaram a brilhar ao ver meu reflexo. Eu estava totalmente diferente. Um pouco mais mulher, talvez. Me fazia cogitar seriamente em se ali seria realmente eu.

Já que estava pronta, eu tinha que descer pras fotos, aish.. será muito embaraçoso.

(Jimin ON)

Eu já tinha acabado de tirar as fotos do padrasto de S/N. Até agora, estavam boas. Boas o suficiente pra um iniciante.

Todos esperavam quietos naquela sala. A mãe de S/N ficava cada vez mais nervosa por S/N não ter vindo ainda. Estava a ponto de explodir e ir chamá-la. Mas, acho que não foi preciso, pois ali estava ela.

S/N... Ah. Como estava linda. Seu vestido era longo, vermelho e modelava bem suas curvas. Saltos altos de camurça preto a caíam muito bem. Seus cabelos estavam presos em um coque alto e meio bagunçado propositalmente, e seu rosto... Ela parecia uma mulher, uma garota mais competente e responsável, coisa que posso dizer que ela não é muito. Mas, isso não mudava nada.

—Por que está me olhando assim? E vocês? -ela pergunt, encarando a todos.

—Hm, é só que é impossível que seja mesmo você. -digo, brincando e rindo fraco, a fazendo me olhar com uma expressão desconfiada e ri em seguida. - Podemos começar com as fotos? -pergunto.

—Ah, sim, pode. Que pose faço primeiro? -ela diz, meia perdida. Acho que ela não tinha muito jeito pra isso, realmente. Rio fraco.

—S/N, comece de costas olhando pra trás, pra câmera. - a mãe de S/N se pronuncia e ela o fez. Se formou de costas e olhou pra trás, pra câmera, dando um sorrisinho de lado e um olhar mortífero.

Olho e tento encontrar um ângulo bom, o que foi fácil. Então, apenas tiro as fotos.

[...]

Algum tempo depois as fotos haviam acabado e estavam já resolvendo o pagamento, e não era pouco que estavam me oferecendo.

—Já que ainda é cedo, vocês tem o resto do dia pra adiantar algo do trabalho que terão que fazer. Se apressem! -o padrasto de S/N disse, com uma expressão séria em seu rosto. -Terei que ir administrar algumas coisas e sua mãe terá que sair para fazer algumas coisas que estão agendadas. Então ficarão apenas a empregada. Se comportem, crianças, voltamos logo! -ele diz a S/N e logo se despede de nós, deixando a casa junto a mãe de S/N.

Ela então, sobe alguns degraus da escada, até que me viro.

—Aonde está indo? -pergunto confuso.

—Pro meu quarto. Aonde espera que façamos o trabalho? -ela diz irônica, com aquela personalidade forte de sempre.

—Ah, ok. -apenas dei de ombros e a acompanhei. Era estranho entrar no quarto dela, me dava um certo desconforto, era como se eu fosse um invasor.

Ela então, abre a porta, revelando um quarto arrumado, grande e com certeza muito caro. S/N faz sinal para que eu possa entrar e deixa a porta aberta, indo até a enorme janela com um acolchoado macio e a abrindo, já que fazia um sol quente àquele dia. 

Ela se senta em seu tapete macio, no chão e suspira.

—Como vamos começar? -ela pergunta. Parecia estar bem entediada.

—Não sei. Na verdade, nem discutimos sobre o trabalho ainda. -rio fraco e dou de ombros me sentando no tapete também, mas um pouco afastado dela.

—Aish... Então vamos discutir agora. Como acha que ficaria boa a apresentação do trabalho? 

—Hum... acho que algo sem muito detalhes e textos. Tipo, só uma explicação falada com muitos detalhes. -explico. - E você? 

—Acho que pra mim, quanto menos texto pra decorar, melhor. Sou melhor decorando cartais e essas coisas. -ela ri meia sem jeito e dá de ombros. 

—Então, eu posso explicar e você pode fazer um cartaz explicando tudo em geral bem resumido. Que tal? -sorrio de lado.

—É, pode ser, contanto que você escreva o texto resumido que vou ter que colocar no cartaz. -ela ergue uma sobrancelha e dá um sorrisinho.

—Fechado! -rio fraco.

[...]

Então, passamos o dia todo tentando fazer esse trabalho. Ela já havia terminado o cartaz e a única coisa que faltava era decorar o que eu falaria, então, ela se sentiu aí meu lado e me ajudou, até que o céu escureceu e já estava na hora de voltar pra casa.

—S/N, acho melhor eu já ir indo. É que já está bem tarde e eu posso tentar terminar de descorar isso em casa. -me levanto.

—Ah, sim! Eu te acompanho até a porta. -ela se levanta e me acompanha até lá. Não demos beijo na bochecha, nem abraço e nem aperto de mãos, acho que isso seria constrangedor para nós dois, então um aceno e um "tchau" foi o suficiente.

"Até mais S/N".