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História The similarity between us - Do you want coffee?


Escrita por: hellmintae

Notas do Autor


HELLO HELLO, HELLO HELLO
TELL ME WHAT YOU WANT RIGHT NOW ~~~

Oioii moranguinhos!
Não tenho nada de útil pra dizer aqui, então...
BOA LEITURA! <3

Capítulo 13 - Do you want coffee?


Fanfic / Fanfiction The similarity between us - Do you want coffee?

(Pov. Jeon Jungkook ON)

- Se você não parar de se mexer eu não vou terminar isso nunca. – Resmunguei, lançando um olhar irritadiço para o garoto diante de mim que fez uma careta em resposta.

Às vezes Taehyung me fazia contestar sobre quem de nós era o mais novo; ele podia ser sério e prestativo quando queria, mas na grande maioria do tempo não passava de um bebê crescido, e isso não facilitava nem um pouco a minha tarefa de tentar limpar o corte em seu lábio inferior que meu soco repentino causara. Eu realmente me sentia péssimo por aquilo, entretanto, se ele não parasse logo de se remexer como uma criança inquieta no consultório médico eu não sabia se conseguiria evitar deixar um outro corte ali.

- Deveria ter pensado duas vezes antes de sair distribuindo socos por aí. – Taehyung franziu o nariz, endireitando sua postura sobre a bancada do vestiário.

- Se você não tivesse me assustado daquele jeito isso não teria acontecido. Custava tocar a campainha ou falar alguma coisa para que eu soubesse que era você? – Indaguei enquanto procurava por uma pomada no kit de primeiros socorros. – Pensei que fosse um assaltante, então eu precisava me defender.

- Aish! Você é maluco, não é? Não tem um pingo de amor pela vida? E se realmente fosse um assaltante e ele estivesse armado? Não quero nem pensar no que poderia ter acontecido com você, Jungkook! – Exclamou irritadiço, passando a língua pelo local machucado. – Agora acho que estou feliz de ter recebido o soco...

Não consegui sustentar o olhar preocupado de Taehyung por muito tempo enquanto um silêncio sufocante pairou sobre nós. Desviei minha atenção para a pomada agora em minhas mãos, colocando um pouco do conteúdo sobre meus dedos.

- F-fique parado hyung, vamos terminar isso logo. – Suspirei, avançando um passo em sua direção.

Quando meus dedos entraram em contato com a marca roxa no canto de seus lábios Taehyung se encolheu, só não sei se pela dor ou por meu toque, pois eu mesmo senti vontade de me encolher ao sentir sua pele macia sob meus dedos outra vez. Chegava a ser estranho pensar em como coisas entre nós haviam terminado como se nada houvesse sido importante de fato, mesmo após tudo o que havíamos enfrentado juntos ao longo dos anos.

Senti os olhos de Tae sobre mim enquanto eu terminava de espalhar a pomada e não consegui evitar me demorar ao máximo para fazê-lo. Por mais que eu odiasse admitir, eu sentia falta de Taehyung. Mesmo com todos os seus defeitos, era ele quem eu amava.

- Pronto. – Sussurrei. – Não foi tão ruim assim, foi?

- Não. Não doeu. – Tae deu de ombros, abrindo um sorriso largo que logo se fechou, transformando-se em uma careta de dor. – Mas não posso dizer o mesmo do meu lábio.

- Me desculpe por isso...

- Está tudo bem. Já passou e, eu meio que mereci isso. – Riu nasalado, levantando-se da bancada. – Então, acho que é melhor eu ir embora agora. Já te dei trabalho o suficiente para um só dia.

- Ahn, O.K., eu te acompanho. Também vou para casa agora.

Taehyung não abriu a boca para dizer mais uma única palavra sequer enquanto me acompanhava até a portaria e me esperava trancar a porta da escola de dança. O mais velho apenas me observava em silêncio e vez ou outra um sorriso parecia ameaçar se abrir no canto de seus lábios.

- Hyung, eu posso te perguntar algo?

Ele deu de ombros, colocando as mãos nos bolsos do casaco enquanto esperava que eu falasse.

- O que o trouxe até aqui? – Perguntei tentando não criar muitas expectativas para sua resposta.

Observei atentamente enquanto Taehyung encarava os próprios pés, provavelmente buscando por uma resposta, até que por fim, após o que me pareceu ser uma eternidade, voltou seus olhos em minha direção.

- A saudade. – Abriu um de seus típicos sorrisos retangulares sem parecer se importar com o ferimento. – Foi ela quem me trouxe até aqui.

Esperei como um idiota pelo momento em que Taehyung começaria a rir de minha expressão confusa, ou que simplesmente dissesse algo mais, porém, o moreno limitou-se a erguer sua mão acenando um breve tchau antes de me dar as costas e seguir seu caminho, deixando-me completamente sozinho, sem nenhuma reação.

(Pov. Jeon Jungkook OFF)

~~~~

(Pov. Kim Namjoon ON)

O barulho dos meus passos era o único som no extenso corredor do prédio, mas quase pude ouvir as próprias batidas aceleradas de meu coração quando avistei o número do apartamento que eu tanto procurava. Uma parte de mim queria simplesmente correr até lá e bater na porta, e a outra – a mais sensata por sinal – me dizia para dar a meia volta e sair dali antes que eu chamasse a atenção de alguém ou fizesse algo de que poderia me arrepender amargamente mais tarde, considerando o meu dom de estragar as coisas. Entretanto, eu sentia que se lhe desse ouvidos, acabaria enlouquecendo de vez. 

Durante minha vida inteira eu não ouvira nem mesmo meus próprios conselhos, e não seria agora que eu mudaria de ideia quanto a isso. Bem, pelo menos era o que eu esperava.

Já não era capaz de negar nem para mim mesmo que a ideia de estar apaixonado me assustava mais do que devia, porque mesmo que eu quisesse seguir em frente, o medo de que tudo o que eu passara ao lado de Hyo Joo se repetisse com outra mulher não me deixava dormir.

A ferida era antiga, mas nunca cicatrizara de fato.

- Ela não é como Hyo Joo. – Sussurrei comigo mesmo antes de bater rapidamente na porta do apartamento, sem me dar tempo para analisar se realmente queria fazer aquilo.

No primeiro instante eu até chegara a considerar a ideia de fugir dali antes que a porta fosse aberta, ou melhor, se é que seria aberta. Ainda eram oito horas da manhã do sábado; não me parecia muito normal visitar alguém sem aviso algum em uma hora dessas. Entretanto, enquanto tentava organizar a bagunça em meus pensamentos a porta diante de mim foi aberta, não me deixando escapatória.

- Nix, o que foi que você esqueceu dessa... vez. – Emilly se deteve, me encarando confusa por alguns segundos antes de arregalar os olhos sonolentos e suas bochechas assumirem um tom rosado. A garota praticamente pulou para trás da porta entreaberta deixando apenas seu rosto a mostra.

- Oi, Emilly. – Sorri sem mostrar os dentes, rezando mentalmente para que minhas bochechas não corassem também.

Quem é você e o que você fez com Kim Namjoon? Indaguei mentalmente a mim mesmo quando finalmente notei a situação em que acabara de me meter.

- O que você está fazendo por aqui? Se estiver procurando pela Nix ou pela Sonia, já vou avisando que as duas saíram bem cedo. Me deixaram sozinha. – Choramingou fazendo um biquinho infantil, como se a ideia de passar o sábado sozinha a incomodasse.

- Estava passeando pelo bairro e pensei em dar um oi. – Cocei minha nuca. Minha voz não soara nada convincente.

- Ah, claro... – Emilly semicerrou os olhos, assentindo. – Só isso?

- É. Só isso. – Não consegui evitar me enrolar com as palavras ao sentir seus olhos sobre mim. – Então, bem, eu já vou indo.

Fiz menção de me afastar, mas me detive ao sentir uma mão fina e quente envolver meu pulso, fazendo os pelos de minha nuca se eriçarem. Virei-me com uma lentidão quase exagerada, percebendo só então o motivo de Emilly ter se escondido logo que eu chegara; ela ainda estava de pijama e embora eu não tenha me prendido muito a esse detalhe, não podia negar que ele ficava bem nela.

- Já que está aqui, o que acha de tomar café comigo? – Perguntou, já me arrastando consigo para dentro do apartamento. Certamente, as opções que Emilly me dera foram sim ou sim. – Odeio comer sozinha e gosto da sua companhia, é uma ótima combinação, tipo pão com manteiga.

- Então isso quer dizer que eu sou um pão com manteiga? – A encarei confuso, soltando uma risada nasalada ao indagar.

- Aigoo! Você entendeu o que eu quis dizer, não se faça de bobo, Kim Namjoon. – Resmungou, só então soltando meu pulso, praticamente saltitando em direção à cozinha. – Sente-se – Ordenou. – Vou preparar o café.

Perdi a conta de quantas vezes insisti dizendo que queria ajuda-la e que me sentia um completo incompetente sentado ali enquanto ela fazia todo o trabalho, mas em algum momento simplesmente desisti de tentar convence-la, uma vez que eu prezava pela minha vida e não queria ter a língua arrancada antes de comer ao menos uma das panquecas que ela estava preparando. Pode até parecer exagero de minha parte, mas o olhar assassino que ela direcionou para mim em minha última tentativa de tentar ajuda-la foi o suficiente para que eu me mantivesse calado.

- Espero que goste. – Sorriu, colocando um prato de panquecas diante de mim. – Não sou muito boa na cozinha, mas sei me virar. Se ficar com uma intoxicação alimentar, não me responsabilizo pela conta do hospital.

Não soube dizer se ela estava sendo sincera ou apenas brincando, entretanto, fui cuidadoso com o tamanho do pedaço que pegara para provar. Coloquei-o na boca hesitante e mastiguei devagar, lançando um olhar desconfiado para Emilly até constatar que o gosto era bom, muito bom.

Ela praticamente explodiu em uma gargalhada.

- Precisava ter visto a sua cara! Parecia que estava prestes a comer um pedaço de chumbo.

Fiz uma careta tentando parecer irritado com a brincadeira, porém, não consegui evitar rir também. A risada de Emilly era contagiante, assim como seu sorriso.

- Você fica bonita quando ri assim. Não que não esteja bonita o tempo todo, é claro. – Comentei sem pensar, fazendo com que a garota diante de mim quase se engasgasse com o gole de café que acabara de beber.

- Obrigada. – Murmurou, mordiscando um pedaço de panqueca.

Durante o restante da refeição, Emilly e eu conversamos sobre os mais diversos assuntos possíveis, desde nosso trabalho e o desfile que minha empresa promoveria dentro de alguns meses, até minha família, que atualmente vivia em Bucheon, onde meu irmão mais novo e minha mãe administravam uma das lojas de roupas da minha marca, e, sobre a dela, com a qual ela já não tinha contato a algum tempo após uma briga séria com o pai, que fora terminantemente contra sua vinda à Coreia do Sul.

Era extremamente agradável conversar com Emilly, tanto, que eu poderia ter ficado sentado ali pelo resto do dia. Ela sabia quais perguntas fazer e quais não fazer, como se de alguma forma desconhecida por mim, soubesse exatamente quais eram os meus pontos fracos.

- Acho melhor eu lavar essa louça antes que as meninas voltem. – Comentou, levantando-se preguiçosamente.

- Dessa vez eu vou te ajudar. Agora que comi não faz diferença se você arrancar minha língua ou não. – Ri, acompanhando-a até a pia com meu prato e o seu em mãos.

- Certo, então eu lavo e você seca. – Sugeriu, erguendo as mangas de seu pijama colorido até a altura dos cotovelos. – Talvez assim ainda sobrem alguns pratos.

- Foque no talvez. – Sorri, pegando um pano de prato que estava sobre a bancada. – Vamos ao trabalho!

Foram questão de minutos para que tivéssemos tudo limpo, mas em apenas alguns segundos conseguimos lambuzar tudo outra vez, como duas crianças deixadas sozinhas em casa pelos pais. Emilly fora a primeira a provocar borrifando uma quantidade generosa de água em meu cabelo, e eu, sem querer deixar barato, fiz o mesmo consigo. A brincadeira se seguiu por mais algum tempo que se passou indistinto, até que, por um impulso, segurei suas mãos, impedindo-a de me molhar outra vez, mas consequentemente, trazendo-a para perto de mim. Pude sentir sua respiração quente e acelerada contra a pele de meu rosto.

- Acho que já podemos parar de brincar. Não concorda?

- Desde que tenha alguma ideia melhor em mente, não vejo problema algum. – Sussurrou, aproximando ainda mais seu rosto do meu.

E eu a teria beijado, com toda a certeza do mundo, eu queria aquilo, mas quando seus lábios estavam a apenas alguns centímetros dos meus, pude ouvir o som da porta sendo aberta com brutalidade, fazendo-me pular para trás de puro susto e bater a cabeça no armário. Pude ouvir Emilly rir baixinho.

Ai.

- MAS QUE DROGA! – Reconheci a voz de Sonia de imediato. A brasileira parecia furiosa enquanto marchava na direção da cozinha.

- É sempre um prazer te ver também, Sonia. – Emilly cumprimentou-a com um sorriso irônico nos lábios.

- Sem brincadeiras hoje, dongsaeng, por favor. – Pediu, massageando a testa com as pontas dos dedos. Se ela notou minha presença ali, não disse nada.

- Aconteceu alguma coisa? – Dessa vez, a voz de Emilly soara preocupada.

- Sim. Lembra daquele artigo no qual eu trabalhei feito doida e que depois foi supostamente apagado? – A mais nova assentiu. – Hoje a edição da revista em que ele apareceria foi publicada, e, adivinha só? O meu artigo foi postado, só que no nome de outra pessoa.

(Pov. Kim Namjoon OFF)

~~~~

(Pov. Nixanna Sophie Collins ON)

Meus planos de passar a manhã de sábado inteira dormindo como uma pedra falharam tão miseravelmente quanto qualquer outro dos planos que eu fizera para aquela semana, pois de uma hora para outra minha amiga – se é que eu ainda podia chama-la assim – resolvera que tornaria tanto minha vida na empresa quanto fora dela um completo inferno, com direito ao meu próprio e exclusivo carrasco. Min Soo parecia me seguir para onde quer que eu fosse, e bastava eu terminar de preencher uma montanha de documentos para que ela atirasse outra sobre mim. Nos últimos dias eu desconfiava já ter assinado meu nome mais vezes do que nos últimos 24 anos de minha vida.

Isso não era um exagero de minha parte.

Naquela altura eu já sentia como se minha cabeça fosse uma bola de basquete sendo freneticamente quicada em uma quadra por um jogador da NBA, só não sabia se isso se devia a forte dor de cabeça causada por passar a noite em claro terminando os relatórios que não fora capaz de terminar no dia anterior ou a irritação que parecia crescer cada vez mais dentro de mim. Talvez ambas as opções estivessem corretas.

A rua em frente a LCA parecia estranhamente silenciosa enquanto eu avançava a passos lentos na direção da escadaria que conduzia até a entrada da empresa, apertando meu sobretudo contra o corpo para tentar impedir a passagem do vento frio que soprava. Xinguei-me mentalmente por ter me vestido tão formalmente somente para deixar alguns papéis no escritório de Min Soo; vestido e salto alto em estilo scarpin não era exatamente o look mais confortável e quente para se vestir no outono.

Às vezes eu me sentia a pessoa mais azarada do mundo, e como que apenas para fazer jus ao meu pensamento repentino, consegui a proeza de tropeçar em meus próprios pés, derrubando minha pasta do escritório e espalhando todo o seu conteúdo no chão. Por sorte consegui cambalear por tempo o suficiente até recuperar meu equilíbrio.

Cair ali teria sido humilhante.

Encarei as folhas brancas no chão com a expressão furiosa. Será que as coisas precisavam dar tão errado o tempo todo?

- Alguém cancela essa minha vida e me arranja outra, pelo amor de Deus. – Resmunguei comigo mesma.

Agachei-me cuidadosamente para ajuntar tudo e tentei ignorar ao máximo o som dos passos que pareciam se aproximar de mim. Se fosse Min Soo eu acabaria pulando no pescoço dela, entretanto – não sei se para minha alegria ou espanto –, não era. Imediatamente reconheci as mãos pequenas e branquinhas do homem agachado diante de mim, recolhendo o resto dos papéis.

Levantei-me em um pulo, evitando contato visual. O rosto dele estivera a centímetros do meu e já bastava minha cabeça estar quase pulsando, eu não precisava de um coração acelerado ao extremo também.

- Acho que isso é seu. – Jimin observou, pondo-se de pé também enquanto estendia o material que recolhera em minha direção.

- Obrigada. – Fiz uma breve reverência, só então olhando para ele.

Jimin estava radiante. Seus olhos pareciam duas meias luas devido ao sorriso estampado em seu rosto, e além do visível bom humor, seus cabelos antes negros agora estavam loiros. A cor caia bem demais para ele, tanto que eu chegava a inveja-lo. Se eu fizesse uma mudança radical dessas em meu cabelo provavelmente ficaria sem me olhar no espelho por uns bons dois meses.

- Pelo que vejo ainda temos a nossa sincronia. – O agora loiro riu baixinho, inclinando a cabeça para o lado. – Você fala sozinha e eu apareço.

- Já faz um tempo desde a última vez que isso deu certo. Mais precisamente, 7 anos. – Sussurrei mais para mim mesma, recordando-me imediatamente de como eu falara sozinha como uma doida por muito tempo após minha volta a Tallahassee, esperando que Jimin fosse aparecer como em um passe de mágica. Não acho que seja necessário acrescentar que ele nunca aparecera.

- O que disse? – Jimin indagou, ainda bem humorado.

- Disse que gostei do seu cabelo. – Menti em partes, porque de fato, eu amara aquela cor. – Loiro ficou bem em você.

- Ãhn... obrigado então. – Ele não pareceu convencido de minha resposta, mas também não insistiu no assunto. – O que faz aqui em pleno sábado de manhã?

Tentei evitar uma careta, mas não consegui.

- Preciso entregar esses papéis para Min Soo. – Dei de ombros.

- E não podia ter feito isso durante a semana? – Jimin pareceu confuso. – Quer dizer, você parece cansada, então talvez pudesse ter ficado dormindo hoje...

Ah, é. Por incrível que pareça, nos poucos minutos que eu conversara com Jimin, de alguma forma eu me esquecera completamente da dor em minha cabeça e de meu cansaço.

- Eu teria entregado durante a semana junto com os outros, mas ela só me mandou fazer isso ontem pouco antes do final do meu turno. – Suspirei, estremecendo um pouco com a brisa fria que soprara repentinamente.

- Como assim “junto com os outros”? Não é possível. A quantidade de documentos que você tem aí é o equivalente a papelada de uns dois meses. – Jimin franziu o cenho. – Você discutiu com ela ou algo assim?

- Não. Nós nem conversamos muito nos últimos dias. – Dei de ombros, lembrando-me da conversa que eu tivera com Min Soo no dia em que meu inferno na terra começara. Talvez Jimin já tivesse falado com ela, mas, ele teria me contado, não teria? – Se me der licença, preciso entrar agora.

Seu rosto estava contorcido em uma carranca nada amigável, como se estivesse pensando em algo ruim. Sua expressão só voltou a se suavizar um pouco depois.

- Espera aí. Eu vou com você.

Não foi nada fácil ignorar os olhares curiosos e os cochichos dos funcionários que passavam por nós. Algo me dizia que eles haviam visto a mudança no tratamento de Min Soo comigo, e obviamente, também não deixaram passar despercebido o fato de que Jimin, o famoso namorado de nossa chefe, e eu andávamos um tanto quanto mais próximos no último mês. Só de pensar nos problemas que aquilo poderia nos causar, eu já sentia vontade de vomitar um café da manhã que por sorte, eu não tomara.

- Nix, será que depois que você entregar isso nós dois podemos conversar? – Jimin parecia quase tenso. – Sabe, nesse tempo que eu estive fora eu encontrei um velho amigo e ele me fez pensar muito sobre algumas coisas... tem algo que eu quero que você saiba.

O fitei pelo canto do olho. Jimin remexia nervosamente no zíper de sua jaqueta de couro preta.

- Claro, podemos conversar, mas bem longe daqui se possível. – Dei de ombros. Min Soo já me odiava de qualquer jeito, agora já não havia mais muito a perder, além de meu emprego, é claro. – Está tudo bem?

- Quem está caindo de sono é você, e ainda pergunta se estou bem? Continua se preocupando mais com o bem estar dos outros do que com o seu próprio. – Jimin sorriu de canto. – Mas, respondendo sua pergunta, estou bem sim. Sabe quando você sente que finalmente tem a chance de colocar as coisas nos eixos?

Parei de caminhar, encarando a porta da sala de Min Soo logo adiante.

- Na verdade, não. – Ri nasalado. – Me deseje sorte.

Talvez pedir que Jimin me desejasse sorte tenha disso um erro, pois antes que eu pudesse sequer fazer menção de ir até a sala de Min Soo, sua porta se abriu e ela saiu de lá, olhando de mim para Jimin seguidamente enquanto marchava em nossa direção.

- Oi amor. – Sorriu para o garoto ao meu lado, aproximando-se para lhe dar um selinho. Se ela o fez ou não, não pude saber. Desviei os olhos desconfortável, antes de presenciar tal coisa. Quando ela se voltou para mim, toda a doçura em seu rosto desapareceu. – Nixanna, trouxe o que eu pedi?

- Sim, senhora Gong. – Sorri amarelo, entregando a grossa pasta em suas mãos, que ela simplesmente pegou, sem se dar ao trabalho de conferir.

- Bem, então está liberada por hoje. – Comentou indiferente, voltando a prestar atenção em Jimin outra vez. – E você mocinho, é melhor me esperar, temos que contar a novidade para meu pai ainda hoje.

- Novidade? – Encarei tanto Jimin quanto Min Soo sem entender. O loiro assumira um tom de pele tão branco que parecia prestes a desmaiar a qualquer instante.

- Você ainda não contou para ela? – A morena soltou uma risadinha forçada, virando-se para mim. Seus olhos focaram nos meus, não me deixando desviar o rosto. – Jimin e eu, nós vamos nos casar.

O que?!

Dessa vez, a bola de basquete já não era mais minha cabeça, e sim meu coração. Abaixei minha cabeça, encarando meus próprios sapatos sem conseguir pensar em nada para dizer. Parecia muita falsidade de minha parte dizer “parabéns”.

- Só vou terminar algumas coisas e já volto. – Min Soo anunciou para Jimin, dando a meia volta, rumando para sua sala outa vez.

Ergui meu rosto na direção de Jimin; ele me encarava com a expressão quase desolada.

- Nix, não é nada disso que você está pensando. Por favor, me escute. – Suas palavras foram ditas rapidamente. Tão rápido, que, se fosse em outra ocasião, poderia até brincar dizendo que ele possuía futuro como rapper caso a atuação não desse certo.

- Na verdade, acho que a única coisa na qual estou pensando agora é na minha cama. –Respondi seca. – Acho melhor eu ir embora agora antes que tenha mais alguma surpresa dessas. Daqui a pouco Min Soo aparece dizendo que está grávida.

Por mais que aquilo tivesse soada como uma piadinha irônica, parte de mim realmente temia que aquilo acontecesse. Eu só não sabia o motivo. Pessoas que se casam quase sempre tem filhos depois...

- Para com isso e me escuta, nós precisamos conversar. – Jimin colocou uma de suas mãos sobre meu ombro. – Me deixe falar antes de tirar suas próprias conclusões.

- Me parece que não. Nós dois não temos mais nada para conversar, ao contrário de Min Soo, com ela você tem bastante assunto pela frente. – Tentei abrir um sorriso convincente, mas não me sai muito bem.

Esquivei-me de seu toque. Jimin fez menção de abrir a boca para fazer outra vez, porém, dei um passo para trás, deixando claro que pretendia me afastar.

- Não fala mais nada. Só me deixa ir embora. – Pedi, deixando a confusão de sentimentos que pareciam desabar sobre mim transparecerem. – Não quero ouvir mais nada do que você tem para me dizer, Jimin.

Antes de eu lhe dar as costas definitivamente, pude visualizar a mão de Jimin estendida em minha direção, como se ele estivesse tentado a me segurar. Mas ele não o fez, assim como também não disse mais uma palavra sequer enquanto me observava partir.

(Pov. Nixanna Sophie Collins OFF)


“Esta é a última vez, uma vez, duas vezes
Eu faço promessas que não posso manter, uma vez, duas vezes
O que deveria ser ferido sou eu
Por favor, por favor


Esta é a última vez, uma vez, duas vezes
Eu faço promessas que não posso manter, uma vez, duas vezes
Você está ficando mais longe e desaparecendo pouco a pouco, com passos pesados
O que deveria ser ferido sou eu
Por favor, por favor”


- Gray Paper – Yesung


Notas Finais


E aí, gostaram? Não gostaram?
Contem para a titia Hell aqui! \o/
Obrigada pelos comentários no capítulo anterior, eles me fizeram muito bem! Foi o up de que eu estava precisando!
Nos vemos no próximo capítulo?

Amo vocês! Obrigada por não me abandonarem!
Beijinhos com glitter! <3

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Música citada:
- Gray Paper - Yesung - https://www.youtube.com/watch?v=7Rf9rxJ8upc
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Meu Twitter caso queiram falar comigo: https://twitter.com/ArmyDosParanaue


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