Sabe, eu só queria ter uma vida normal como qualquer jovem da minha idade. Queria fazer uma faculdade boa, me formar, se divertir e construir uma família. Parecem coisas fáceis e comuns, não?
Para mim, não é.
Começando pelo pior: Meu pai. O nome dele é Haru e ele me odeia com todas as suas forças, não apenas eu, eu e meu irmãozinho menor, Suho.
O motivo? Ele disse que fomos a causa da destruição da sua vida. Que não deveríamos ter nascido e que nossa mãe, que já é falecida, devia ter nos abortado. Coisa que ela não fez, já que era uma mulher muito bondosa e carinhosa. Não sei como ela aturou meu pai.
Infelizmente, nossa mãe faleceu de uma doença quando eu tinha 12 anos e Suho 5 anos.
Depois do falecimento dela, minha vida e a do meu irmão se tornou um verdadeiro inferno. Vivíamos sempre apanhando de nosso pai e passando fome.
Nosso pai é obececado por dinheiro.
Apenas isso explica ele ter me vendido para o dono da boate mais famosa de Seul.
Isso mesmo que você leu. Vendido.
Quando eu penso que não vai piorar a minha vida, ela piora.
O nome de "meu mestre" é Kangin. E pelo que eu ouvir falar sobre ele, ele é uma pessoa horrível. Ele é capaz de destruir a vida de até seus familiares.
Ouço um bater na porta. Deve ser o capanga de Kangin, ele veio me buscar.
Meu pai se levanta, mas eu seguro a sua mão.
- Appa! Por favor... Cancela tudo isso. Não vai te levar a nada, apenas vai ganhar um dinheiro sujo e desgraça na vida. - Disse com tom de desespero, estava morto de medo.
- Calado! Você apenas me deu prejuízo nessa vida e agora ira pagar! - Meu pai deu um tapa em minha mão e atendeu a porta - Olá, Hyukjae. Seja bem vindo, o escravo está em minha sala.
- Muito obrigado. - Hyukjae sorriu e foi pra sala.
Hyukjae era bastante bonito, de cabelo recolorido em branco, corpo magro e alto. Usava vestes parecidas com as de marinheiro.
- Leeteuk, não é? Você é bem bonito. Kangin realmente tem bom gosto. - Hyukjae disse, rindo - Sabe, não quero te assustar, garoto... Mas você vai viver em um inferno agora. - Riu mais uma vez e pegou uma coleira escrito com o nome "Kangin'' - Okay, chega de enrolação. Preciso que coloque essa coleira.
Peguei a coleira em minhas mãos, e fiquei a olhando, enquanto pensava sobre como a minha vida iria se transformar em um verdadeiro inferno. Ter que obedecer as ordens de um folgado? Nem pensar! Não sou Escrava Isaura para isso.
- Vamos, garoto! Não tenho a vida toda. - Hyukjae me olhou nervoso e eu o obedeci, não queria piorar as coisas. - Bom garoto. Agora vamos. - Ele pegou meu braço com força e já me puxou para fora de casa.
- Não vá, hyung! Por favor, não vá! Você é a única pessoa que eu tenho! Moço, larga ele, você não vai levar meu irmão! - Suho correu até nós e deu um chute na perna de Hyukjae.
- Suho! - Direcionei o meu olhar a ele, meu coração doía forte, com medo de deixar Suho com meu appa.
- Fica quieto, pirralho! Quem sabe eu não compre você depois. - Hyukjae riu e me jogou no carro.
O motorista deu a partida para a boate e eu me calei. O trajeto para o local fora em tremendo silêncio por minha parte.
Depois de um tempo, chegamos no centro de Seul e eu avistei uma grande boate com uma placa que dizia o nome do local. Moon's Kip.
Em Moon's Kip, fora onde o inferno começou.
Sai do carro junto de Hyukjae e já entramos na boate. Durante o caminho para a sala onde Kangin estava, pude notar vários olhares maliciosos para cima de mim. E pode notar o porte daquelas pessoas. Porte rico. Todos bem vestidos e bonitos.
Chegamos ao local onde a sala estava, que era perto de um palco. Hyukjae abriu a porta e me jogou ali dentro, logo fechando a porta novamente.
Não demorou muito para que eu estivesse cara a cara com Kangin.
Kangin tinha feições sérias no rosto, mas não pode deixar de sorrir malicioso quando eu olhei para ele. Kangin era um homem acima do peso, mas bonito, e tinha cabelos pretos, além que ele fumava.
- Finalmente nos encontramos, Leeteuk. É um prazer. - Kangin sorriu malicioso
- Prazer... Kangin. - Falei aquilo com desgosto.
- Ah, ah... ninguém te falou que deve me chamar de Mestre? Você é meu escravo agora, exijo respeito. - Ele me fitou e deu um tapa em minha cara, me fazendo soltar um pequeno grito. - Agora, meu escravo, de joelhos e beijo meus pés.
Não queria obedece-lo, mas tinha medo do que ele podia fazer então, me ajoelhei em sua frente e comecei a beijar seus pés.
- Bom menino. - Riu debochado - Vai ser tão divertido lhe treinar...
E foi assim que todo o inferno começou.
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