Derek POV
Eu me remexi incomodado em minha cama, fazia um dia que Boyd havia morrido e eu não saí de meu quarto desde então, apenas observava o teto sem graça do local. Perder dois de meus Betas tinha me deixado abalado, eles eram minha responsabilidade e eu tinha os transformado, a culpa era minha. Suspirei e peguei meu celular o analisando, não haviam mensagens ou telefonemas, o que me incomodava mais ainda, não tinha falado com Sophie depois do que houve e mesmo que ela entendesse o que eu estava passando eu não queria deixá-la, com certeza ela também estava mal.
Me levantei em um pulo e agarrei minha jaqueta a colocando e saindo do quarto, passei pela sala onde Cora observava a chuva e Peter lia um livro.
-Finalmente –comentou Cora –Vai sair?
-Vou, e não sei se volto.
-Como assim? –indagou Peter.
-Preciso de um tempo, só isso.
Eu abri o portão e o fechei logo em seguida, peguei meu carro e fui para a casa de Sophie, já era noite mas ela devia estar acordada. Estacionei na frente da casa e desci, apertando a campainha, ouvi passos na escada e a porta se abriu. Sophie pareceu surpresa ao me ver e sorriu.
-Finalmente achou a porta de casa.
Eu a encarei e a abracei forte, ela ficou estática por alguns segundos, mas depois me apertou também me abraçando.
-O que foi? –ela me olhou, com os olhos à centímetros dos meus.
-Nada –eu dei um selinho nela –Só precisava de você.
Ela segurou minha mão e me puxou escada acima, entramos em seu quarto e ela se sentou na cama cruzando as pernas. Eu me sentei ao seu lado e deitei em suas coxas.
-É culpa minha –eu suspirei, sentindo meus olhos querendo marejar novamente.
Ela passou seus dedos pelos meus cabelos.
-Não, não é. Derek, eles sabiam o risco, eles sabiam o que aconteceria. Eles fizeram o que todos nós estamos fazendo de uns tempos para cá –ela levantou meu rosto me olhando no fundo dos olhos –Eles estavam protegendo uns aos outros, e isso inclui você, querendo ou não.
-Eu sei que inclui –me levantei e segurei suas mãos, entrelaçando nossos dedos –Mas eu devia protegê-los, eu sou o Alpha, um péssimo na verdade.
-Você é o melhor Alpha que alguém poderia ter, veja Kali, Deucalion, os gêmeos, Ennis. Todos são fortes, mas com um preço horrível à se pagar. Você seria um péssimo Alpha se tivesse cedido à eles.
Eu suspirei e sorri, a calma dela também me acalmava, eu a empurrei na cama fazendo ela cair nos travesseiros e rir, engatinhei devagar até seus lábios e os beijei, ela correspondeu afundando seus dedos em meus cabelos, eu a segurei pela cintura a colocando sentada em meu colo sem separar nossos lábios.
O beijo começou a ficar mais intenso, desci meus lábios sobre seu pescoço e ela suspirou, suas mãos passeavam pelo meu abdômen, fazendo com que eu me arrepiasse por completo, fiz uma trilha de beijos até sua blusa, a olhei sorrindo e puxei o tecido, jogando a blusa em algum canto do quarto, logo em seguida desci as alças de seu sutiã, o abaixei lentamente e o abri, descendo meus lábios até seus seios, os beijando devagar, Soph arfou e passou suas mãos pelas minhas costas.
-Isso é tortura sabia? –eu sorri de leve com sua cara.
-Por isso vou continuar.
Levei minhas mãos até seus seios enquanto voltávamos a nos beijar, os apertava de leve, tirando um gemido baixo de Sophie. Desci por sua barriga até o shorts e o tirei, logo depois a calcinha. Conforme minha língua passava por suas coxas e a masturbava ela gemia cada vez mais alto, quando me levantei ela agarrou minha camisa e a tirou, depois sorriu para mim.
-Minha vez.
Ela subiu em cima de mim e fez uma trilha com sua língua até minha calça, eu arfei e desabotoei a calça, a tirando. Com os dentes ela puxou vagarosamente minha boxer e passou sua língua por meu membro, eu gemi e segurei seus cabelos em um rabo, seus movimentos continuaram e eu arfava pesadamente, Sophie o pegou nas mãos e continuou a me masturbar, meus gemidos foram aumentando.
Eu a segurei e a puxei para mais perto abrindo suas pernas devagar e a olhando, me encaixei entre suas pernas dando a primeira estocada, ela gemeu alto e arranhou minhas costas, eu segurei suas coxas e continuei com os movimentos.
-De-Derek –ela gemeu baixo fazendo eu me arrepiar, havia esperado tanto tempo por isso.
Aumentei a intensidade das estocadas, os gemidos que saíam da minha boca eram altos, trocamos as posições, ela ficou por cima e eu segurei seus seios enquanto ela fazia o trabalho, conforme ela rebolava em meu colo eu gemia mais alto, seguido dela.
-Mais rápido... –eu gemi.
Ela aumentou os movimentos e eu joguei a cabeça para trás, era a melhor sensação que eu já havia sentido em minha vida, não só o prazer que sentia, mas de ter Sophie ali, apenas para mim, toda minha.
Eu me sentei e a segurei em meu peito, juntei nossos lábios em um beijo suado, ela mordeu meu lábio e jogou a cabeça para trás.
-Derek...
Eu segurei fortemente sua cintura e dei uma última estocada, cada centímetro do meu corpo gritava de prazer, assim como o de Sophie, ela fincou suas unhas em meus ombros, arfando e mordiscando os lábios, em seguida ela me olhou e sorriu, me beijando novamente.
-Eu te amo Derek Hale.
Eu sorri em meio ao beijo.
-Também te amo, Sophie Sparks.
Ficamos ali apenas nos beijando por mais longos minutos. Ela se deitou ao meu lado e eu a abracei pela cintura.
-Vamos superar tudo isso –eu comentei –Não vou deixar Deucalion matar as pessoas que amo.
-Nem eu –ela suspirou –Ele não vai machucar mais ninguém.
Eu beijei sua testa e ela sorriu se encaixando em meus braços.
Sophie POV
Acordei no dia seguinte com um barulho na porta, abri os olhos lentamente e sorri ao ver Derek parado ali, só de boxers, com uma bandeja em mãos.
-O que é isso? –eu o olhei.
-Isso é seu café da manhã –ele sorriu –E o meu também.
Eu sorri e peguei a bandeja a colocando em minha frente, ri ao ver que nosso café da manhã eram pedaços da pizza do jantar de ontem e dois grandes copos de coca.
Depois de comermos fui tomar um banho e em seguida voltei para o quarto, completamente nua, analisando meu guarda roupa.
-Vai me distrair assim –comentou Derek me olhando.
Eu sorri e fui até ele lhe dando um beijo.
-Essa é a intenção –sorri.
Peguei um vestido básico e sapatos de salto baixos, me vesti e encarei Derek.
-Preciso ir, já estourei com minhas faltas esse bimestre.
Ele assentiu, já estava vestido assim como eu.
-Tudo bem, também preciso ir.
Eu o beijei e peguei as chaves do carro, saindo logo em seguida.
Assim que entrei na escola vi Stiles observando algo, eu o cutuquei e ele pulou.
-Soph! –ele arfou assustado –Pelo amor de Deus!
Eu sorri e olhei para frente, o xerife conversava com alguns homens.
-O que houve?
Ele me olhou confuso.
-Não viu minha mensagem?
-Eu estava...ocupada –sorri de lado maliciosa.
-Eu nem quero saber, de verdade, se me contar algo eu arranco minhas orelhas –comentou Stiles.
-Não exagera, o que é?
-Tara.
-A parceira do seu pai?
-Sim, ela foi encontrada aqui na escola. Nós que a achamos, na verdade, foi a Lydia.
-A mesma coisa da piscina? –eu o olhei curiosa.
-Sim.
Eu suspirei e encarei o xerife, ele bateu o olho em nós e arregalamos os olhos, tentando sair de lá.
-Ei vocês, esperem!
Suspiramos e nos viramos.
-Sr Stilinski! –eu sorri nervosa.
-Não, não vai funcionar Sophie –eu o olhei –Sei que estão cheios de teorias sobre padrões em três e sacrifícios, mas eles, seja quem for, não vão sair impunes matando um dos nossos.
-Pai, eles mataram a Tara –suspirou Stiles –Sabe quantas vezes ela me ajudou na lição de casa enquanto te esperava na delegacia?
Abaixei a cabeça.
-Só vão para a aula ok? –ele nos olhos e saiu andando em seguida.
Apertei de leve o ombro de Stiles, ele parecia abalado. A nossa volta vários cartazes estavam pendurados nos painéis de recado, neles estavam estampados instrumentos.
-Este concerto, você vai vir? –perguntei à Stiles.
-Não sei, provavelmente. E você?
-Acho que precisamos de um pouco de paz. E infelizmente não fomos os únicos que perdemos alguém este ano.
Stiles assentiu e fomos para a aula de literatura. Enquanto a Srta. Blake explicava algo, Scott me chamou.
-O quê foi?
-Acha que podemos falar com Ethan? –ele perguntou.
-Para quê? –perguntou Stiles, que estava sentado ao meu lado.
-Os Druidas são emissários certo? E se o Darach for um emissário para os Alphas?
-Para começar não acredito que chegamos ao ponto que “E se o Darach for o emissário dos Alphas?” faça sentido –eu comentei –E mais, teremos um problema para chegar até Ethan.
-Qual? –perguntou Scott.
-Aiden –comentou Stiles. -Desde que ele voltou para a escola os dois andam juntos o tempo todo, como vamos separá-los de novo?
Eu sorri de canto e olhei para trás, encarando Lydia.
-O quê? –ela perguntou.
Depois de Lydia sair, nós três encontramos Ethan nas escadas, ele nos olhou supreso.
-Por que estão falando comigo? Ajudei a matar seu amigo. –ele nos olhou –Como sabe que não vou matar outro?
-Está olhando pra mim? –indagou Stiles –Está me ameaçando? Sabe o que vou fazer, vou pegar um galho gigante de tramazeira, vou enrolar em Wolfsbane e Mistletoe e enfiar no seu rab...
-Stiles, chega! –eu o olhei brava. –Estamos falando com você porque sei que não queria matar Boyd, e se algo assim acontecesse agora, você não faria de novo.
-Você não sabe o que devemos à eles, especialmente à Deucalion, não éramos como Kali e Ennis quando o conhecemos. Não éramos Alphas.
-O que eram então? –perguntou Scott.
-Ômegas –ele suspirou. –Em uma alcateia normal de lobos os Ômegas são os bodes expiatórios, os últimos a comer, os que sofrem abuso dos outros membros.
-Então você e seu irmão eram as vadias da Pack? –disse Stiles irônico.
-Algo assim –comentou Ethan.
-E o quê houve? –perguntei.
-Eles eram assassinos, as pessoas falam que somos monstros, devemos essa reputação à eles. E nosso Alpha era o pior deles.
-Porque não deram uma de Alpha gigante e mataram ele? –perguntou Stiles.
-Não sabíamos controlar naquela época –comentou Ethan.
-Deucalion que os ensinou –disse Scott pensativo.
-E então lutamos, acabamos com a pack, um por um. Quando chegamos ao nosso Alpha ele implorou por sua vida –ele bufou suspirando- E nós o estraçalhamos. Literalmente.
-E seus emissários? –eu comentei –Os de Kali e Ennis, estão todos mortos?
-Todos, menos a de Deucalion.
Ethan se assustou e segurou seu peito grunhindo de dor.
-O que foi? Está machucado? –perguntou Scott.
-Não, mas meu irmão sim.
Nós saímos em disparada pelos corredores até o vestiário, assim que abri a porta Aiden e Cora lutavam, Scott e Ethan foram até o Alpha o segurando.
-AIDEN, NÃO PODE FAZER ISSO! –gritou Ethan.
-Ela me atacou!
-Não importa! Kali deu à Derek até a próxima lua cheia, não podemos tocar neles! Em nenhum deles!
Aiden suspirou e abaixou a cabeça, Ethan o puxou saindo da sala, me abaixei até Cora e suspirei.
-Gente, acho que ela está bem machucada.
Ajudei a Beta a se levantar e ela pegou um pano úmido, passando-o na testa.
-Você está bem? –eu a olhei.
-Vou curar –ela comentou, seca.
-Está louca indo atrás deles assim? –perguntou Stiles.
-Eu fiz isso por Boyd –ela comentou –Nenhum de vocês está fazendo algo.
-Estamos tentando –eu comentei.
-E estão falhando! São só um bando de adolescentes correndo por aí achando que podem impedir pessoas de serem mortas –ela comentou- Mas vocês sempre chegar tarde demais, tudo o que fazem é achar os corpos.
Ela nos olhou com raiva e saiu do local, eu suspirei e olhei à todos.
-Ela definitivamente é minha cunhada –eu comentei.
-Vou ter certeza que ela chegue bem em casa –disse Stiles, saindo em seguida.
Eu olhei Scott e o chamei num canto.
-Precisamos falar com a conselheira.
-Tudo bem.
Fomos até a sala de aconselhamento.
-Sinto muito –disse uma voz feminina –Mas não me lembro de ter hora marcada hoje.
-Bom, mas precisamos de uns conselhos –eu comentei.
Ela nos olhou e fechou a porta, se sentando em sua mesa.
-Não sei porque perdem tempo comigo. –ela disse. –Sabem que o tempo está acabando, que mais alguém será levado.
-Por você –comentou Scott.
-Ah, vamos Scott. Não devia deixar o interrogatório pra alguém como Stilinski? –ela disse
-É você que está matando pessoas? –eu perguntei.
-Está ouvindo meu batimento cardíaco? –ela olhou Scott. -Não, não sou eu que está matando pessoas.
Scott me olhou e balançou a cabeça de leve, ótimo, nada havia mudado.
-A verdade é que sou a única coisa entre Deucalion e a vida de seus amigos –ela olhou Scott e depois me olhou –Sou eu que seguro as correias quando eles querem morder.
-O quê quer dizer? –perguntou Scott.
-Ele quer um True Alpha em sua pack, e ele acha que é você. E uma pequena distração como sacrifícios humanos não vai desviá-lo de seu prêmio.
-Eu não sou um Alpha. –disse Scott.
-Mas está quase lá, não está? –ela o olhou.
-Me lembrei da noite em que vi os olhos de Scott brilhando em vermelho.
-Então o que ele está esperando? O que ele quer que eu faça? –ele bateu com as mãos na mesa.
Ela fez o mesmo e o encarou.
-Ele quer o transformar em um assassino, é o que ele faz.
-Mas se eu matar alguém, não posso ser um True Alpha, certo?
-Exatamente –eu comentei –Ele é um obcecado que ao mesmo tempo deseja e se sente ameaçado por você –olhei Scott.
-Nada disso vai acontecer –comentou Scott.
-Não diria isso –ela sorriu –Você está jogando o jogo dele, enquanto pensam o que fazer ele já fez dez jogadas na sua frente, planejando o Xeque-Mate.
Nós saímos da sala nervosos, Deucalion não desistiria fácil, isso era um fato.
Um tumulto na sala ao lado me alertou, caminhei com Scott até lá e me assustei ao ver que era Lydia.
-Ele já era –ela dizia para a Srta. Blake –Ele vai ser o segundo à ser assassinado.
Ela apontou um número escrito na lousa, em volta dele um símbolo celta preenchia o espaço verde.
-Lydia, você escreveu este número –disse a Professora.
-Tudo bem –ela suspirou –Eu sou vidente.
-Você é vidente? –debochou Jennifer.
Alguém parou ao meu lado e Ethan encarava tudo atento.
-Uma policial e um professor, qual o padrão? –ele me olhou.
-Eu não sei –suspirei.
Avisei Allison sobre o desaparecimento e guardei novamente o celular, estava com uma sensação estranha no peito.
-O que foi? –perguntou Ethan.
-Nada...só...preciso de ar.
Saí do meio da multidão e fui para o corredor, que estava vazio, algo naquela sala era poderoso, talvez o Darach realmente tenha levado o nosso professor.
Scott veio na minha direção e me olhou preocupado.
-Está tudo bem?
-Sim –eu sorri de lado –Só tinha algo lá, era forte...Talvez era por Aiden e Ethan estarem muito perto de mim.
-Se precisar de algo, me avise.
-Pode deixar.
Ele voltou para a sala e eu respirei fundo, retomando o ar para meus pulmões, tinha algo errado, bem errado.
Após as aulas eu e Scott continuamos na escola, tínhamos que achar algo, o celular de Scott tocou, depois de alguns minutos ele o desligou e me olhou.
-Allison achou o nossos professor de história.
Eu balancei a cabeça e peguei meu celular, ligando para Stiles.
-Soph?
-Stiles, não são guardiões, como policiais. São filósofos, como professores.
-Isso faz sentido, Tara era professora antes de se tornar policial.
-Então o quê fazemos? –eu suspirei.
-É meio complicado agora, todos os professores estão indo para casa.
Eu olhei o salão e abri a boca.
-Não, estão indo para o concerto de música.
Eu e Scott descemos apressados até o salão, assim que abri a porta pude ver mais de 30 professores e várias pessoas ocupando os lugares.
-Tem muitos, como vamos prestar atenção em todos? –eu olhei o Beta.
Lydia se aproximou de nós.
-Não ia para casa? –eu a olhei.
-Ia. Não sei porque eu fico achando os corpos, mas se eu parar de lutar contra isso, talvez os ache antes de acontecer algo, para vocês fazerem algo à respeito.
Eu a olhei e assenti, sorrindo de canto e segurando sua mão.
Allison, Isaac e Chris entraram pela porta um pouco ofegantes.
-Alguma coisa? –Perguntou Allison.
-Nada ainda –eu olhei em volta. –Ainda...
O concerto começou e eu me concentrei nos músicos.. A música soava alta e bonita, me lembrava de minha mãe ouvindo algo assim. Stiles também apareceu, ele suspirou e assentiu enquanto olhava em volta.
Olhei em volta mais uma vez e me assustei ao perceber que Lydia havia saído do salão.
-Lydia sumiu –disse para Scott e Stiles.
Os dois se entreolharam e saímos do lugar.
-LYDIA!
Eu gritava assustada pelo estacionamento, infelizmente não havia nenhum sinal dela.
-Ela não responde as mensagens, o quê fazemos? –perguntou Stiles.
Scott parecia abalado, ele olhava em volta perdido.
Ao fundo ouvi a música do concerto mudar, ela parecia mais forte, mais determinada. Olhei a porta ao ouvir as vozes, eram as mesmas da gravação.
-Ele está aqui –eu arfei nervosa – O Darach.
Os dois me olharam assustados.
-Como sabe? –perguntou Scott.
-Eu sinto –eu o olhei.
Me assustei com algo e tampei meus ouvidos, era um grito, percebi que Scott fazia o mesmo.
-O que é? –Stiles nos olhou.
-Lydia! –eu comecei a correr para dentro da escola, acompanhada de Stiles e Scott.
Eu e o Beta éramos mais rápidos, assim que adentrei a sala vi Jennifer jogar uma faca no xerife, que apontava a arma para ela. Usei meus poderes para desamarrar Lydia e a abracei, ela chorava muito, desesperada. Scott rugiu e eu o olhei, O xerife observava tudo confuso e assustado.
Ele foi até a professora e tentou atingir ela com suas garras, mas ela desviou delas facilmente e bateu no peito de Scott, o fazendo voar longe, peguei minhas facas e fui para cima dela, mas ela acertou meu estômago e me jogou no chão, sem ar.
Stiles apareceu na porta, Jennifer empurrou a mesa em sua direção, fazendo a porta se fechar. Ela caminhou na direção do xerife e o olhou sorrindo.
-Havia uma garota anos atrás, que encontramos na floresta –comentou o xerife –com o rosto e o corpo desfigurados. Foi você não foi?
-Talvez eu devesse ter começado por filósofos –ela suspirou –com conhecimento e estratégia.
Ela caminhou com firmeza e o xerife atirou em sua perna, mas o ferimento se curou imediatamente.
Stiles forçou a porta em desespero, a janela se quebrou e eu me levantei assustada.
-PAI! -gritou Stiles.
Encaramos a janela confusos e perdidos, eles haviam levado o Sr. Stilinski.
-Precisamos ir atrás de Derek! –eu disse.
-O quê? Por que? –perguntou Scott.
-Além de ele ser um Guardian é a única pessoa com poderes suficientes que conhece a Srta. Blake. Ela vai atrás dele para se proteger.
Os dois assentiram e saímos correndo da escola, paramos no loft de Derek e eu subi as escadas afobada.
-Sophie? –ele me olhou assustado.
-Precisamos de contar algo, urgente.
Mas alguém bateu na porta, eu, Scott e Stiles fomos para um canto do apartamento, apontei a porta indicando para Derek abrir a mesma. Ele fez, e Jennifer entrou.
-Derek! Preciso da sua ajuda, eles querem me matar!
-Eles? –indagou o moreno.
Sua falta de expressão ao ver a professora o entregou, ela suspirou cansada e olhou para ele.
-Eles já estão aqui, não estão?
Saí de onde estava e caminhei lentamente até ela.
-Então eles te contaram que eu estou levando as pessoas?
-As matando –eu a olhei com raiva.
-Isso, cometendo sacrifícios humanos? –ela riu irônica.
Meus pulsos se fecharam automaticamente, eu queria espancá-la até a morte.
-Cadê meu pai? –perguntou Stiles chorando.
-Como vou saber? –ela olhou em volta. –Eles estão com histórias na cabeça, histórias que não podem provar.
-Podemos, na verdade. –eu ergui um frasco sorrindo.
-O que é isso? –ela me encarou nervosa.
-Pode usá-lo como cura se quiser –eu comentei –Mas também podemos usá-lo contra você.
-Mistletoe –ela disse com ódio.
Eu joguei o conteúdo do pote em sua direção e ela se abaixou, assim que o pó a atingiu seu rosto mudou totalmente para algo horrendo, a mesma coisa que vi no motel. Derek a segurou pelos braços mas ela o jogou no chão.
-Seus filhas da... –ela olhou em volta –Vocês me pagam!
Eu corri em sua direção, ela bateu em meu peito, mas em vez de voar para longe como Scott, o golpe não me atingiu, ela travou e me olhou horrorizada.
-Uma Fênix –ela sussurrou.
-Uma Fênix que vai chutar seu traseiro.
Eu a joguei para longe, ela bateu com a cabeça na parede, mas antes que eu a socasse de novo, ela segurou meu colar, todos vieram em nossa direção, inclusive Derek, que me olhava assustado.
-Sabe o que acontece com uma Fênix quando seu amuleto é quebrado Sophie?
-TIRE AS MÃOS DELA! –gritou Derek.
-Isso é fofo –ela sorriu para o Alpha –Você tentando proteger sua amada –ela voltou seu olhar para mim –Mas seu poder precisa ser liberto em algum momento, não precisa?
Ela puxou meu colar e eu arregalei os olhos, a soltando, ele havia arrebentado. Meu corpo começou a queimar e eu gritei, caindo no chão, eu gritava há plenos pulmões, a dor era insuportável.
-LIBERTE ELE SOPHIE! –Gritou Jennifer –LIBERTE O PODER DA FÊNIX!
Eu gritei mais forte e levantei a cabeça, meus olhos brilhavam num roxo florescente, as coisas à minha volta, inclusive as pessoas levitaram, caindo em seguida quando eu me abaixei novamente e encarei Jennifer.
-O que você...fez?
Ela apenas sorriu, tinha algo muito errado.
Se o colar servia para controlar meus poderes, agora que ele estava quebrado...o que aconteceria?!
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