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História The Sound Of Silence (Inacabada) - Alucinações Part. 2


Escrita por: haleswifexj

Notas do Autor


GENTE!
Eu sinto muito pelo capítulo de ontem não ser postado, mas o spirit não o carregou e ele acabou não sendo postado :/
Enfim, este capítulo e o próximo vão se concentrar na Malia, e o sequestro de Derek e Peter, que deveria acontecer nesse começo da 3B, não vai ocorrer.
Mas enfim, espero que gostem!
Boa leitura!

Capítulo 30 - Alucinações Part. 2


Sopie POV
Tentamos ajudar o pai de Stiles o dia seguinte inteiro, fomos até a casa do pai de Malia, Scott tentou captar algo, eu também, mas não havia quase nada lá.
A noite já havia chegado e eu estava jogada no sofá, Derek teve que resolver algumas coisas, então não demorei muito pra resolver dormir. Assim que comecei a subir as escadas a porta da minha sala se abriu e Scott e Stiles me olharam.
-Mas o quê? Querem me matar do coração? O que querem aqui essa hora? –eu os olhava brava.
-Nós vamos procurar um corpo –disse Scott sorrindo.
Eu o encarei e fiz uma careta, revirando os olhos. Isso me lembrava coisas do passado.
-Vou pegar meu casaco.
Fomos até o local do acidente, Stiles segurava uma lanterna em mãos, assim como Scott.
-Se meu pai estiver certo, há um lobisomem aqui que não conhecemos –disse Stiles.
-Eu sei –suspirou Scott.
Continuamos andando até ouvirmos um uivo, Stiles se assustou e puxou Scott, que derrubou seu celular bem em uma grande poça d’água. O Alpha encarou Stiles com raiva.
-Desculpe –ele murmurou. –Eu odeio coiotes, soam como se estivessem maltratando um animalzinho indefeso.
-Ei, me de essa lanterna –disse à Scott.
Ele me estendeu o objeto curioso, eu o apontei para um local na nossa frente e suspirei.
-Acho que encontramos.
Há alguns metros se encontrava um carro, totalmente destruído, tanto pelo acidente como pelo tempo.
-Por que não o retiraram? Faz parte das evidências não faz? –perguntou Scott.
-Provavelmente porque seria um pé no saco tirá-lo daqui –disse Stiles.
Analisei o automóvel cuidadosamente, várias marcas de garras haviam rasgado a lataria em diversos lugares. Me aproximei junto com os meninos e coloquei meus dedos nas fendas, eles se encaixavam perfeitamente.
-Garras de animas seriam mais juntas, não seriam? –olhei Stiles.
-Então foi um lobisomem –disse Scott –Seu pai estava certo.
Eu me abaixei e olhei o carro por dentro, as marcas de garras também preenchiam o interior do carro, em cima do banco passageiro, algo reluzia. Agarrei a coisa e a puxei, era uma boneca.
-Estou com fome –disse o brinquedo.
Stiles gritou e se jogou assustado no chão junto com Scott, eu joguei a boneca no chão e a encarei.
-Está possuída –disse Scott.
-Vamos queimar –disse Stiles.
-Calem essa boca, é só a bateria que ainda funciona! –eu disse.
Ouvi um rosnado entre as árvores e encarei o local à minha frente, no meio da escuridão dois olhos brilhavam em azul.
-Vocês estão vendo aquilo, não estão? –eu continuei a encarar o suposto animal.
-Sim, estamos –disse Stiles.
O animal correu e eu corri atrás dele, Scott me acompanhou e ao longe escutei Stiles nos chamando. Continuei a correr, pulando troncos caídos e raízes de árvores, meus poderes tinham libertado tantas coisas novas em mim, que nem sabia por onde começar. Avistei o animal que corria rapidamente para um enorme barranco de Terra, ele pulou e parou ao lado oposto, Scott e eu pulamos atrás e caímos bem de cara com um coiote.
Eu encarei confusa o animal, os olhos brilhavam azuis como os de Derek. Analisei novamente seus olhos e suspirei assustada.
-Malia?
O animal voltou a correr e eu suspirei, encarando Scott totalmente confusa.
Voltamos a correr atrás do coiote, mas ele havia sumido, continuamos a correr até eu trombar em algo e gritar, assustada.
-STILES! –eu bati em seu ombro.
-Ai, Sophie! –ele fez uma careta.
-Achamos algo –disse Scott, que chegou logo depois.
-Eu também –suspirou Stiles.
O acompanhamos pela floresta até acharmos um buraco em uma das rochas, era visivelmente apertado mas nós conseguimos entrar. Em volta um urso de pelúcia, algumas cobertas velhas e mais alguns brinquedos ocupavam o lugar.
-É um covil de coiote –disse Stiles.
-Werecoyote –eu disse suspirando.
-Estão vendo isso?-Stiles levantou uma blusa –É de Malia, ela usava na foto que estava na casa, lembram?
-Sim –eu murmurei.
Scott olhou em volta e nos encarou nervoso.
-Não devíamos estar aqui.
-O que quer dizer? –eu o olhei curiosa.
-Agora ela não vai mais voltar, acabamos de invadir sua casa. Nosso cheiro vai ficar em toda parte.
-Mas, se ela não voltar para cá, pra onde ela vai? –perguntou Stiles.
-Eu não sei –disse Scott.
-Consegue rastreá-la agora? Pegou o cheiro dela? –eu perguntei.
-Talvez, mas sou melhor nisso quando sou um lobo completo. E ainda estou preocupado que se me transformar por completo, não irei conseguir voltar.
-Vamos pedir ajuda à Derek –eu suspirei –E ligue para seu pai, isso é basicamente a cena do crime.
Stiles assentiu e tirou seu celular do bolso.
Tempo depois os policiais chegaram e o pai de Stiles adentrou o covil, saiu de lá com a blusa de Malia em mãos. Ele caminhou na nossa direção e me olhou.
-Tem certeza que era ela?
-Sim, olhei no fundo dos olhos, eles brilharam como os de Scott.
-Mas era um coiote de quatro patas, não uma garota –murmurou o xerife.
-Ainda estamos trabalhando nisso –comentou Scott.
-Pense bem pai, faz todo sentido! –disse Stiles –Malia se transformou no meio da estrada, perdeu o controle e atacou a mãe, causando o acidente que matou todos, exceto Malia. Assustada ela fugiu para a floresta e ficou presa no corpo de um coiote.
-Faz todo sentido –disse o Sr. Stilinski –EM UMA LENDA CHINESA! Olha, sinto muito mas...isso é insano demais. Quero manter sigilo sobre isso, não abram a boca, não quero que ninguém saiba sore isso, muito menos o Sr. Tate.
Scott observou uma pedra atrás de si e a encarou espantado, eu o cutuquei várias vezes até que o moreno se virasse, me olhando.
-Desculpe, o que foi? –ele perguntou.
Ia dizer algo quando o xerife observou um carro que parava na beira da estrada.
-Que inferno –esbravejou.
Do carro desceram dois homens, um deles era o St. Tate, e o outro um homem alto que eu não fazia ideia de quem era.
O pai de Malia se aproximou do xerife o pegou a blusa que ele havia achado no interior do covil.
-É dela –suspirou o homem.
-Certo, espere aqui –disse o segundo homem.
-Pai! –disse Scott, e eu o olhei curiosa, era pai dele?
-Eu falo com você em um minuto, gostaria de saber como a sua mãe está com você andando pela floresta tão tarde.
Ele nos encarou e saiu andando pesadamente.
-Este é seu pai? –perguntei à Scott.
-É –suspirou o Alpha.
-Seu pai é horrível –murmurei.
-Eu sei –ele suspirou novamente.

No dia seguinte chamei Allison num canto e tirei meu tablet da bolsa. Nele um mapa da floresta indicava com um ponto azul o local do covil.
-É aqui, bem no meio das trilhas de escala –eu disse.
-Isso pode limitar as coisas, coiotes viajam em trilhas fixas –ela comentou –Mas acho que aquilo que Scott comentou é verdade, ela não vai voltar para seu covil. Coiotes não gostam de lobos, e são muito espertos. Para não serem ouvidos eles andam na ponta das patas.
O sinal tocou e Allison agarrou sua bolsa.
-Preciso ir, mas mande a localização.
-Tudo bem –eu disse.
Segundos depois que ela se foi Scott e Stiles adentraram a sala.
-Falou com ela? –perguntou Scott.
-Sim, vou mandar tudo pra ela depois.
Os dois assentiram e fomos nos sentar, vi Kira se aproximar de Scott e sorri de canto.
-Oi! Eu sou Kira. Ah, você já sabe disso, eu sabia que sabia disso, não sei porque disse de novo. –Scott riu do nervosismo da garota –Mas enfim, tenho algo para você.
Ela remexeu sua bolsa.
-Para mim?
-É, sobre o bardo, minha explanação está meio que por todo lugar, então eu imprimi e trouxe pra você.
Scott coçou a nuca envergonhado.
-Não precisava ter feito isso –ele sorriu.
-Só demorou algumas horas.
-Uau, então realmente não precisava ter feito isso –disse o moreno.
-Juro que tinha imprimido –ela disse mexendo em suas coisas.
-Kira, você esqueceu aquele trabalho que fez pro garoto que você gosta –disse seu pai, chegando até os dois.
Abaixei a cabeça para evitar a risada ao ver o rosto vermelho de ambos, ela agarrou as folhas e entregou à Scott, que não parava de sorrir. Ela se sentou e Scott também, o olhei e fiz um sinal positivo com os dedos, ele riu do gesto.
-Muito bem pessoal, estávamos falando sobre campos de concentração e prisioneiros de guerra –disse o professor –Gostaria de um voluntário para ler este capítulo para nós. Que tal você, Sr. Stilinski?
Stiles o encarou e suspirou nervoso.
-Ahn, talvez outra pessoa possa.
-Todos participam na minha aula Sr Stilinski.
-Certo.- ele suspirou.
Ele caminhou lentamente e parou na frente do livro, o encarando. Ele olhava fixamente para as palavras, confuso e nervoso. Ele agarrou a borda de madeira e a apertou com força, ele suava frio desesperado.
-Stiles, você está bem? –eu me levantei.
Ele quase caiu, e se segurou novamente na madeira, me olhando. Eu o agarrei pelo braço e olhei o Sr. Yukimura, que assentiu, dando permissão para que saísse.
Eu o levei para fora da sala e abri a primeira porta de banheiro que avistei, sorte que estava vazio. Ele correu até o espelho e agarrou a pia para evitar uma queda
-É só um sonho, é um sonho, um sonho! –ele repetia.
-Não Stiles, não é um sonho, é real, você está aqui, aqui comigo. O que faz para saber se está acordado ou dormindo?
-Os dedos, conte os dedos. Você tem dedos a mais no sonho.
-Quantos eu tenho? –o moreno olhou para baixo arfando –Ei!
Ele me olhou pelo espelho e eu o encarei nervosa.
-Olhe minhas mãos, olhe para elas e conte comigo. –ele se virou para mim –Um, dois.
Conforme levantava os dedos ele os contava baixo, ele desviou o olhar e eu segurei seu queixo delicadamente.
-Continue –eu suspirei.
-Três –ele sussurrou –Quatro...Cinco, Seis, sete, oito, nove, dez.
Abri totalmente as mãos e ele suspirou, sentando no chão gelado e encostando na parede, caminhei até ele e o abracei, ele agarrou minhas costas e sentia lágrimas molharem minha blusa.
-O que está acontecendo comigo? –ele disse.
-Vamos descobrir e dar um jeito, você vai ficar bem.
-Vou? –ele me olhou. –Scott vai? Você vai? Sophie, Scott nem consegue se transformar, Allison é assombrada pela tia morta, você não consegue controlar seus poderes e eu estou perdendo minha cabeça. O que diabos está acontecendo conosco?! Não vamos conseguir fazer isso, não podemos...Não podemos ajudar Malia, ajudar ninguém.
Abaixei a cabeça e me sentei no chão ao seu lado, abraçando as pernas.
-Podemos tentar. Sempre podemos tentar, e sempre tentamos.

Enquanto Sophie e Stiles estavam no banheiro, o sinal da aula de história disparou, os alunos saíram apressados pela porta, Scott foi um dos primeiros. Kira saía por último quando observou duas mochilas ao lado das cadeiras. Ela as agarrou na intenção de devolvê-las à Sophie e Stiles. Quando caminhava pelo corredor já vazio ela observou o pé da escada, arregalou os olhos assustada ao ver um animal a olhando, rosnando.
Um coiote.
A garota, assustada, correu até a primeira porta que viu e a trancou, colocando também um móvel na frente da mesma, para impedir o animal de empurrá-la. Ela correu para trás de um armário de metal, e lá ficou, arfando em desespero.
O silêncio que se instalou no local quase fez Kira suspirar de alívio, até ouvir vidro se quebrando e o rosnado preencher de novo seus ouvidos.
A garota se levantou e andou lentamente para trás, alguém a segurou pelos ombros e ela deu um pulo, era Scott. O garoto a puxou para longe e empurrou com força os armários, que caíram um por um, espantando o animal.
O Alpha caminhou até a porta, o cheiro já estava se afastando, mas outra coisa chamou sua atenção. Dentro da bolsa de Stiles, por um buraco, ele observou uma boneca, a mesma que acharam no acidente.


Sophie POV
Entrei acompanhada de Stiles no vestiário, o barulho alto que veio de lá nos alertou. Scott conversava com Kira, claramente abalada.
-O que aconteceu?! –eu os olhei.
-Um coiote –disse Kira –ele me atacou, se não fosse por Scott...
Ela o olhou e sorriu envergonhada, ele devolveu o sorriso mas nos olhou preocupado.
-Chamaram a polícia? –eu a olhei.
-Ahn, não. Boa ideia.
Ela saiu para falar com seu pai e eu olhei Scott.
-O que Malia faria aqui? Acha que ela sentiu nosso cheiro?
-Não –ele murmurou –Ela sentiu o cheiro daquilo ali.
Ele apontou a boneca caída no chão e eu me virei brava para Stiles.
-Não acredito –eu murmurei.
-Me desculpe! –ele exclamou –Achei que seria algo útil.
-Sim, seria. Para seu pai! Não para nós! –eu disse irritada. –Ligue para ele!
Stiles agarrou o celular e observou Scott.
-Ela dá medo –ele suspirou.
-VAI!
Ele pulou de susto e saiu pela porta.

O xerife chegou minutos depois, eu e ele caminhávamos pelo corredor.
-Estudantes disseram que viram o coiote atravessar o campo de Lacrosse e sair na floresta. -ele disse.
-Eu observei a área, não achei nada relevante, algumas pegadas na direção do prédio, vindo do mesmo lugar pelo qual ela se foi. –eu suspirei.
-Temos sorte de ninguém ter se machucado –disse ele parando na frente do vestiário.
-E se ela machucar? –disse Stiles, encostando na porta.
-Provavelmente vão ter que matá-la.
-Matá-la? Pai, não se esqueça que tem uma garota lá dentro, uma que você matará. Não está deixando de acreditar está?
-Olha, eu acredito que tem muitas coisas que eu não entendo ainda. Mas tem certas coisas que é difícil de engolir. –o xerife suspirou –Tem 100% de certeza que é uma garota e não um coiote?
-Sim –disse Stiles –Porque Sophie tem certeza.
Eu olhei Stiles e sorri agradecendo.
-Tudo bem, vamos resolver isso.
Adentramos o local e vi Kira falando com sei pai, ela me olhou cabisbaixa mas eu sorri, fazendo a garota sorrir de volta. Peguei a boneca de dentro da bolsa de Stiles e a observei mais atentamente, sentia algo naquilo, mas não era de Malia.
-Ei! Onde achou isso?
O Sr. Tate adentrou o local e agarrou o brinquedo de minhas mãos.
-Era de minha filha –ele sussurrou.
-Sophie, deixe que eu resolvo isso –disse o xerife se aproximando.
Eu assenti e me levantei, indo até Stiles e Scott.
-Sr. Tate, não sei como ficou sabendo disso, se tem seu próprio scanêr policial, mas não pode ficar aqui.
O xerife o empurrou levemente para trás, mas bateu a mão em algo. Encarou o homem e ergueu sua jaqueta, revelando uma arma presa à sua cintura.
-Tenho permissão –sussurrou o pai de Malia.
-Escolas da Califórnia são livre de armas, licenciadas ou não. Precisa sair, agora.
O Sr.Tate bufou, antes de sair mirou o xerife.
-Ache aquele animal, ache aquela coisa!
Ele saiu e nós nos encaramos, nervosos.
-Precisamos fazer algo, agora. –eu disse.
-Nós vamos –suspirou Scott –Ligue para Allison. Vamos capturar um coiote.


Notas Finais


Foi isso gente!
Na véspera de natal o capítulo vai sair a tarde ok?
Até amanhã e um grande bj <3


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